ARTE DA SERRA ELĂTRICA
BONI WILDLIFE SCULPTURE 2009
English: http://www.abundance-acres.com/
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Veja o que de arte se pode fazer com a Serra Elétrica...
(Colaboração: A.M.B.)
O site oficial: http://www.abundance-acres.com/
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CUIDE DO SEU BOLSO E DO PLANETA JĂ!
Faça o download gratuito no site http://www.redetres.com/.
(COLABORAĂĂO: PROFESSORA ADRIANA FILETO)
A ARTE DE VIVER BEM
O Instituto Arte de Viver e o site http://www.artedeviverbem.com.br foram criados para organizar açÔes que promovem a atividade esportiva como forma de recuperar a mulher que teve cĂąncer de mama. A agĂȘncia Energy, braço digital da Y&R, vai criar campanha com atletas brasileiros mostrando casos de superação.
Mercado Aberto â Guilherme Barros â Fonte: Folha de S.Paulo - 17/06/09.
HOUAISS GANHA NOVA VERSĂO
Depois de quase quatro anos de trabalho, chega Ă s livrarias a nova versĂŁo do "DicionĂĄrio Houaiss", feita para concorrer com o lĂder do segmento, o "AurĂ©lio". Publicado pela editora Objetiva, o novo dicionĂĄrio Ă© o primeiro grande lĂ©xico a chegar Ă s livrarias adaptado ao Acordo OrtogrĂĄfico. A edição esteve a cargo do lexicĂłgrafo Mauro Villar. Segundo Roberto Feith, diretor da Objetiva, o investimento chegou a R$ 4 milhĂ”es.
Lupa - Fonte: O Tempo - 20/06/09.
DicionĂĄrio Houaiss - http://www.objetiva.com.br/objetiva/cs/?q=node/574
Leia mais:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/escola/modules/noticias/article.php?storyid=342
PAPEL DE PAREDE â VISĂES DA TERRA â ESTADOS UNIDOS
Caverna Stephens Gap, Alabama. Das duas vias de acesso, opte por ir caminhando pela da direita ou aprenda a lidar com cordas e desça na vertical pela esquerda. HĂĄ trĂȘs andares abaixo do pedestal iluminado pelo sol atĂ© o chĂŁo da caverna.
Foto de Stephen Alvarez: http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/papeis-de-parede/edicao111-junho-2009-474037.shtml?foto=3p.
Fonte: National Geographic Brasil - Junho 2009.
OFICINAS NA UFMG
Estão abertas até 25 de junho as inscriçÔes para as seis oficinas do 41° Festival de Inverno da UFMG. Os interessados devem preencher formulårio no site da Fundep (www.fundep.ufmg.br). O valor da inscrição é de R$ 40 para adultos e R$ 20 para crianças de até 12 anos. O resultado do processo seletivo serå divulgado no dia 30 de junho.
Lupa - Fonte: O Tempo - 18/06/09.
AS CAVERNAS DE AJANTA
Confiram imagens belĂssimas das Cavernas de Ajanta na Ăndia.
http://p.download.uol.com.br/millor/aberto/nota10/images/237.pps#319,1,AS CAVERNAS DE AJANTA.
(Colaboração: Shirley - Caraguatatuba)
CONCURSO GUGGENHEIM E GOOGLE
Para comemorar o cinquentenårio de aniversårio da morte do arquiteto Frank Lloyd Wright, que projetou a unidade nova-iorquina do Guggenheim, o museu promove, em parceria com o Google, o concurso online Design It: Shelter Competition, uma competição de desenhos 3-D feitos no Google SkechtUp e no Google Earth.
O torneio Ă© uma extensĂŁo da exposição "Learning by Doing", em cartaz no centro de educação artĂstica do museu, com projetos, fotos e modelos de abrigos feitos por estudantes da escola de arquitetura Frank Lloyd Wrigh.
Ao longo dos Ășltimos 70 anos, os alunos dessa escola foram desafiados a desenhar, construir e morar em pequenos abrigos cravados na paisagem das unidades da escola. A proposta do abrigo Ă© convidar o aluno a levar em conta, ao fazer um projeto, as necessidades humanas, como segurança e conforto. InscriçÔes podem ser feitas no site www.guggenheim.org/new-york/education/sackler-center/design-it-shelter.
Lupa â Fonte: O Tempo - 16/06/09.
Frank Lloyd Wright - http://www.franklloydwright.org/Home.html
Design It: Shelter Competition â http://www.guggenheim.org/new-york/education/sackler-center/design-it-shelter
Google SkechtUp â http://sketchup.google.com/
Google Earth â http://earth.google.com/intl/pt/
"Learning by Doing" - http://www.guggenheim.org/new-york/exhibitions/on-view-now/learning-by-doing
PALAVRAS NO MURO
"Prepare-se o leitor para o sublime encontro entre um autor anĂŽnimo, possivelmente sujo, talvez faminto e desocupado, e um dos luminares da literatura"
O amor Ă© importante, pombas. No original, nĂŁo Ă© "pombas". Ă um palavrĂŁo, que tambĂ©m começa com "po". A frase, desenhada com as letras angulosas e sem curvas dos grafiteiros, nas Ășltimas semanas tomou conta de muros, paredes e beiradas de viadutos de SĂŁo Paulo. Enfim, um grafiteiro inteligente. Ou poĂ©tico, ou pungente, dependendo do estado de espĂrito de quem o lĂȘ. "O amor Ă© importante, po", de autoria desconhecida, eleva o grafite paulistano da habitual indigĂȘncia ao nĂvel dos clĂĄssicos do ramo produzidos no maio de 1968 francĂȘs â "A imaginação no poder", "Seja realista: exija o impossĂvel", "Ă proibido proibir".
O segredo da frase Ă© a palavrinha que começa com "po" aposta Ă oração principal. Ă o que faz que um pensamento banal adquira vĂsceras e atinja o leitor. "O amor Ă© importante", sozinho, seria uma bobagem. Ocorre que o grafiteiro queria dizer exatamente isso, que o amor Ă© importante. Encontrou um jeito de driblar o lugar-comum ao socorrer-se do palavrĂŁo. O palavrĂŁo contrapĂ”e-se Ă pieguice do desabafo sentimental e o redime. A violĂȘncia do expletivo chulo compensa a moleza do pensamento central. Produz-se o inesperado. E o rabisco na rua alcança o patamar da beleza literĂĄria.
Esse mesmo fenĂŽmeno de uma expressĂŁo secundĂĄria, na frase, sobrepor-se ao principal e salvĂĄ-la encontra-se em⊠(em quĂȘ? em quem? âŠprepare-se o leitor para saltar dos clandestinos assaltos aos muros de SĂŁo Paulo para os textos antolĂłgicos da literatura universal) âŠem Jorge Luis Borges. NĂŁo que se queira comparar o desconhecido grafiteiro com o criador do Aleph (ou melhor: Ă© o que se quer, sim; prepare-se o leitor para o sublime encontro entre um autor anĂŽnimo, possivelmente sujo, talvez faminto, quase certamente desocupado, cuja diversĂŁo Ă© vagar pelas ruas da cidade nas horas vazias da noite, e um dos luminares da literatura do sĂ©culo XX). O recurso empregado em "O amor Ă© importante, po" Ă© o mesmo de dois versos do poema La Luna, de Borges:
"SegĂșn se sabe, esta mudable vida
Puede, entre tantas cosas, ser muy bella".
A ideia central, a de que a vida pode ser bela, Ă© simplĂłria como a de que o amor Ă© importante. A maravilha dos versos se deve ao "segundo se sabe" com que se abrem e ao "entre tantas coisas" que precede a qualificação da vida. Eis, de novo, a mĂĄgica de componentes secundĂĄrios da frase â dois, neste caso â tomarem o lugar do principal e o modificarem a ponto de conferir-lhe estatuto de obra de arte. O "segundo se sabe" prepara o espĂrito para algo jĂĄ muito repisado, e com isso ameniza a banalidade do que virĂĄ a seguir, mas nĂŁo estĂĄ aĂ seu efeito principal. Mais relevante Ă© que se trata de uma expressĂŁo marcadamente prosaica, frequente em peças de argumentação, aquelas em que se procura defender um ponto, como um editorial de jornal, uma tese acadĂȘmica ou um arrazoado de advogado. EncontrĂĄ-la num poema, a escorar um luminoso momento de encantamento com a vida, produz um contraste da mesma famĂlia do palavrĂŁo sacado pelo grafiteiro para sublinhar o recado de que o amor Ă© importante.
O "entre tantas coisas" abre ao infinito o leque de feiçÔes que pode assumir a vida. Nenhuma surpresa. A vida pode ser bela, mas pode ser muitas outras coisas, feia inclusive. "Vida", como mulher fåcil, pode ir com qualquer adjetivo. Mas aà que estå. Se a vida pode ser também feia, trågica, cruel, frustrante e dura, além de agradåvel, surpreendente ou reconfortante, quando nos damos conta de que, "entre tantas coisas", ela pode também ser bela, aà sim é que se torna mais bela ainda. Se Borges tivesse apenas escrito que a vida pode ser bela, que decepção, para um escritor de sua estatura. Seria como se o grafiteiro afirmasse que o amor é importante, e ponto final. Ao escrever que a vida "puede, entre tantas cosas, ser muy bella", ele a torna extraordinariamente bela, ofuscantemente bela.
Se a frase do grafiteiro Ă© digna de Borges, como aqui se procurou demonstrar, a recĂproca Ă© verdadeira. Borges Ă© tambĂ©m digno do grafiteiro. NĂŁo. NĂŁo dĂĄ para imaginar o argentino, spray na mĂŁo, a esgueirar-se na noite, em busca do muro mais imaculado para aplicar sua marca, isso nĂŁo. Mesmo porque enxergava mal e podia acidentar-se. Mas dĂĄ para imaginar o "SegĂșn se sabe, esta mudable vidaâŠ" aplicado a um muro, uma parede, uma beirada de viaduto. O efeito seria o mesmo do "O amor Ă© importante, po". O de uma pausa, uma surpresa e um renovador respiro, em meio Ă selva da cidade.
Roberto Pompeu de Toledo (http://www.objetiva.com.br/objetiva/cs/?q=node/233) - Fonte: Veja - Edição 2117.
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