UTI DA PALAVRA! AH! PALAVRA!
EUROPA VISTA DO CĂU VII
Para curtir a velha Europa, que ainda nos oferece muita coisa bonita. SĂł podia ser na coluna da Marilene Carolina, assĂdua freqĂŒentadora do velho continente.
Paisagem na região de Kukës, Albania. Veja foto!
(Colaboração: A.M.B.)
OlĂĄ meus amiguinhos e minhas amiguinhas,
Apesar todos os meus cursos de graduação, pĂłs-graduação, mestrado, pĂłs-mestrado, doutorado, pĂłs-doutorados e outros tantos cursos de especialização, eu ainda tenho tempo para ler jornal todos os dias. Nessa semana, lendo a Folha de S.Paulo (28/06), achei muito interessante a matĂ©ria abaixo e estou compartilhando com vocĂȘs, pois sei que meus lindinhos tĂȘm tempo para os bares todos os dias, mas nunca tĂȘm tempo para ler.
UTI da palavra
Desde criança estranho qualquer tipo de sigla. Sei que sĂŁo necessĂĄrias e prĂĄticas, reduzem qualquer conceito ou fato a poucas letras. LĂĄ atrĂĄs, em respeito ao nome de Deus, os judeus criaram a primeira sigla, que foi JavĂ©, uma combinação cabalĂstica de conceitos cuja soma se refere a Adonai, o Senhor.
NĂŁo entendo lĂnguas orientais, mas sei que os criptogramas funcionam mais ou menos como siglas, determinado sinal significa uma ĂĄrvore, a repetição do mesmo sinal significando floresta.
Fiquei pasmo quando me explicaram que SOS, que eu sabia ser o pedido de socorro, significava "save our soul" (salve nossa alma). Em princĂpio, quem pede socorro quer salvar a pele, e nĂŁo exatamente a alma. Seria o "save our skin".
A tecnologia, em seus diferentes estĂĄgios, inundou o mercado com siglas complicadĂssimas. Ler o placar de uma Bolsa de Valores ou a rota de um aviĂŁo que vai de um lugar a outro Ă© topar com uma sucessĂŁo de siglas esotĂ©ricas, algumas impronunciĂĄveis, porque nĂŁo tĂȘm vogais.
Louvemos a Aids, que pode ser dita, o SUS, que é quase uma variação do SOS, e outras poucas que entram fåcil pelo ouvido e pela compreensão. Daà a precariedade dos dicionårios, que não podem acompanhar a velocidade com que são criadas as siglas que participam do nosso cotidiano.
VHS, DVD, MPB, TPM, PTA, PAC -poderia encher milhares de påginas citando milhares de siglas. Os manuais de redação dos jornais tentam disciplinar o uso ou o abuso desse recurso, que, afinal, procura poupar tempo e espaço na comunicação oral ou escrita.
Um dia, chegaremos à simplificação måxima do MTYJ -"me, Tarzan, you, Jane". Em matéria de linguagem, atingiremos o topo e poderemos ir definitivamente para a UTI da palavra.
CARLOS HEITOR CONY
Meus queridos e minhas queridas! Escrevam para mim, mandem e-mails... Eu adoro receber e-mails. Ah! E não se esqueçam, podem me "interpelar" à vontade... Também adoro ser interpelada... (rs)
Beijinhos,
Marilene Carolina
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