O MELHOR EMPREGO DO MUNDO
QUEENSLAND
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Felicidade. Ben Southall (Ã direita) posa para foto promocional do Departamento de Turismo de Queensland.
Ben Southall vai receber US$ 111 mil para cuidar de ilha paradisÃaca. Britânico ganha concurso para o 'melhor emprego do mundo'. Vencedor superou 35 mil candidatos à vaga em praia situada na Austrália.
O vencedor da disputa pelo chamado "melhor emprego do mundo" é um britânico que gosta de praticar bungee jumping e montar em avestruzes, mas ultimamente trabalhava como arrecadador de fundos para uma instituição de caridade. Ben Southall, 34, natural de Petersfield, conquistou o contrato de seis meses para ser o zelador de uma ilha tropical australiana.
Ele superou cerca de 35 mil candidatos de todas a partes do mundo para realizar as tarefas como nadar, explorar e relaxar na ilha de Hamilton, na Grande Barreira de Corais, enquanto escreve um blog para promover a região. O vencedor vai receber pelo trabalho 150 mil dólares australianos (US$ 111 mil), pagos pelo Departamento de Turismo do Estado de Queensland.
Southall e outros 15 finalistas passaram quatro dias na ilha, onde foram submetidos a um prolongado processo de entrevistas que incluiu mergulhar em águas cristalinas, aproveitar um churrasco na praia e relaxar num spa. Os finalistas também tiveram que demonstrar suas habilidades como blogueiros e fazer testes de natação.
"Foi muito traumático hoje porque passamos a gostar de todos, então ter de escolher um foi terrÃvel", disse o diretor geral de turismo de Queensland, Anthony Hayes, após o anúncio. "Porém, acho que escolhemos a pessoa certa. Sua capacidade de lidar com pessoas é incrÃvel." O emprego é parte de uma campanha de turismo de 1,7 milhão de dólares australianos para promover a região nordeste de Queensland.
Frase
"O mais importante para mim é ter um trabalho divertido que me faça feliz e que coloque sorriso nos rostos das pessoas.
Ben Southall
aventureiro
Perfil
Ben Southall. Cidadão britânico, natural de Petersfield, tem 34 anos.
Profissão. Já trabalhou como guia turÃstico na Ãfrica, dirigindo projetos de caridade no Reino Unido ao lado do pai, como administrador de um festival de música. Gosta de correr maratonas e escalar montanhas.
Contato. Southall mantém o site http://www.afritrex.com/ (em inglês).
MÃdia
Promoção. Já houve geração de publicidade de mais de 110 milhões de dólares australianos para a região de Queensland, dizem autoridades australianas
Interessa - Fonte: O Tempo - 07/05/09.
Mais fotos:
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BELEZA INDÃGENA
Dezessete Ãndias de diferentes etnias participaram do 1o Concurso Beleza IndÃgena, organizado pela Fundação Municipal de Cultura de Campo Grande. Valéria Figueiredo, de 18 anos, foi eleita a Ãndia mais bonita do Pantanal. Segundo os organizadores, o concurso aumenta a autoestima da mulher indÃgena.
Fonte: Época - Número 572.
Saiba mais: http://www.pmcg.ms.gov.br/index.php?s=48&location=2&idNot=12544
CAFÉ ALEXANDRINA
Reservas: 3261.26.33
Rua Pernambuco , 797
Savassi
NA REDE - BRINCANDO COM AS PALAVRAS
Com referências literárias, o site Wordtoys recria de forma poética a experiência da escrita. Estamos ao mesmo tempo num mundo medieval, feito de mitos e mistérios; num mundo borgeano, costurando histórias inacabadas e com mentiras que parecem verdades e num mundo tecnológico, em que a Idade Média e Borges só podem acontecer por causa de botões.
A tecnologia é grande, mas surpreendentemente delicada. Como se não estivéssemos acionando teclas, mas tivéssemos voltado a usar a pena e o mata-borrão.
E a proposta do site Wordtoys (http://www.findelmundo.com.ar/wordtoys/) faz coincidirem, como que por necessidade, possibilidades modernas oferecidas pelo computador com a nostalgia do artesanato.
Wordtoys são brinquedos de palavras. Mas são brinquedos literários e bibliotecários. O site é um livro-biblioteca, em que cada página convida o leitor a uma brincadeira diferente, todas absurdas e onÃricas.
Na página "Escreve o Teu Próprio Quixote", surge uma tela branca e, independentemente do que o leitor digite, aparece o texto de Dom Quixote. Não haveria outra maneira de realizar o sonho possÃvel e impossÃvel de Borges, que não fosse por meio do computador.
Não há outra maneira não verbal de fazer com que uma pessoa sempre escreva o mesmo texto. E o efeito é tão ilusionista que, após algum tempo, nós nos sentimos como autores do texto, que agora deixou de ser de Cervantes.
Em "Por que a Senhorita Chao se Suicidou?", após contar a triste história de uma jovem chinesa que esfaqueia a si mesma no momento de ser levada ao casamento arranjado, o leitor depara com a pergunta e, no lugar de letras coloridas, ele é convidado a criar sua própria resposta para a pergunta.
Em um "Processador de Textos Rimbaudiano", após a leitura do poema "Voyelles" (Vogais), de Rimbaud, em que se comparam as vogais a cores, o leitor pode escrever seu próprio poema, que terá suas letras transformadas em diferentes cores, segundo estabelecido por Rimbaud.
Há uma coleção de mariposas-citações, porque, é claro, as mariposas se parecem com livros e, como dizia Galileu, a natureza inteira é um grande alfabeto; há poemas feitos de água (lembrando Joan Brossa), que escorrem quando se abre a torneira; há o idioma dos pássaros e os céus do sul, por onde passa um avião antigo.
Há o barulho das páginas virando, as páginas marmorizadas ou as iluminuras e o site da autora, Belén Gache, uma artista argentina (http://www.findelmundo.com.ar/). A internet é, para quem quiser e souber, um mundo sem fim. As artes são, também para quem pode, o fim do mundo, o fim de um mundo, o mundo num lugar onde ficamos felizes em nos postar à beira do abismo.
Noemi Jaffe - Fonte: Folha de S.Paulo - 05/05/09.
CASA-GRANDE E SENZALA, SEMPRE
Respeitados economistas europeus e americanos avisam que a crise econômica global ainda vai atingir maior gravidade nos paÃses em desenvolvimento. Responsáveis pela saúde do mundo temem a pandemia suÃna. Mas não é destas crises que aqui se fala, e sim de outra, especÃfica, de nÃtida marca brasileira. Nasce do descrédito das instituições democráticas, nas barbas do Pacto Republicano recentemente selado.
O PaÃs tem o presidente mais popular de sua história e goza de um prestÃgio internacional nunca dantes navegado, graças à simpatia e à vocação diplomática de Lula, e a uma polÃtica externa inteligente, independente e assertiva. Em contrapartida, a nação não alimenta a mais pálida confiança em relação ao Legislativo e ao Judiciário.
A opinião pública brasileira, por mais difÃcil que seja traçar-lhe os contornos, está indignada com os comportamentos dos parlamentares federais, entregues a uma mamata, como se dizia antigamente, sem precedentes. Muitos brasileiros fingem não perceber a evidência: a falta de decoro e pudor é apenas um dos aspectos de uma inesgotável trajetória de predações variadas e crescentes, a gerar uma crise moral que transcende largamente as fronteiras do Congresso Nacional.
Sem grande esforço tropeçaremos em desmandos iguais nas assembleias estaduais e nas câmaras municipais de todo o PaÃs, sem excluir a possibilidade de algumas, raras, surpresas. E sem falar da leniência mais ou menos generalizada em relação a valores éticos, em nome do célebre jeitinho, praticado em quaisquer nÃveis com a celebração do lema: aos amigos tudo, aos inimigos a lei.
Quanto ao Judiciário, é o império do presidente Gilmar Mendes, despótico não somente em Diamantino. O ministro Joaquim Barbosa não está enganado quando afirma que a Justiça está a ser “destruÃdaâ€, embora nem todas as responsabilidades caibam a Mendes. Resta um fato indiscutÃvel: o entrevero no STF, encenado ao vivo na semana passada do Oiapoque ao ChuÃ, teria cenário mais adequado se desenrolado em um botequim do arrabalde.
Barbosa também não erra quando recomenda prestar atenção aos humores da rua. Mendes pode contar com o apoio estratégico dos seus pares e de boa parte da mÃdia, espanta, porém, a maioria dos patrÃcios e os incentiva a desacreditar da Justiça a partir da sua mais alta instância. São sentimentos e pensamentos que vêm de longe, agora, entretanto, se exasperam.
É possÃvel que a crise das instituições não esteja tão clara aos olhos dos privilegiados e dos aspirantes ao privilégio. Ou, ao menos, dos cidadãos prontos a se identificarem com a hipocrisia midiática. Assentam suas crenças no seu próprio bem-estar, e o resto que se moa.
Conviria, porém, entender as razões deste descrédito vertiginoso em que despencaram o Legislativo e o Judiciário. Não se exija dos descrentes que na operação espremam as meninges. Constatem, simplesmente, que o Brasil continua atado à cultura da escravidão, a da casa-grande e da senzala. A prepotência, a desfaçatez, a empáfia dos predadores baseiam-se na certeza da impunidade e na resignação popular. A casa-grande age à vontade porque se sente à vontade.
Sim, em outros tempos a crise das instituições submeteria o Brasil a riscos hoje inimagináveis. Gerados inclusive pela necessidade dos presidentes governarem com o apoio de oligarcas e apaniguados. A questão tornou-se crucial depois do enterro do Estado Novo, primeiro com Getúlio democraticamente eleito e enfim suicida, depois com JK, com Jânio e suas apostas falidas, com Jango até o golpe.
A composição não foi árdua, depois da ditadura, para Sarney e Fernando Henrique Cardoso, excelentes no cumprimento da praxe antidemocrática. A dificuldade de Lula está aà com a nitidez do meio-dia, apesar de seu talento de conciliador, talento que nem sempre convém à situação. Nos tais tempos idos a casa-grande, em meio à meteorologia turva, não hesitou em convocar seus gendarmes. Hoje os gendarmes não são mais aqueles e os senhores quem sabe se tenham convencido de que como está é bom para eles, bom demais.
A casa-grande porta-se, sempre e sempre, com extremo imediatismo. O presente é que interessa, predação-já. Houvesse a vontade de cogitar do futuro, creio que o Brasil teria tomado os rumos da contemporaneidade. Mas a casa-grande jamais se preocupou com a senzala.
Mino Carta - Fonte: Carta Capital - http://www.cartacapital.com.br/.
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