FM - Faculdade Mental

MARILENE CAROLINA - 19/11/2007

CRIANÃ‡A GOSTA Ã‰ DE BRINQUEDO...

NATAL DE BRINQUEDOS

Vamos participar da campanha CRA/MG.

A DÃVIDA EXTERNA DA EUROPA

Ãndio surpreende chefes na reuniÃ£o de cÃºpula.
Com linguagem simples, que era transmitida em traduÃ§Ã£o simultÃ¢nea para mais de uma centena de chefes de estado e demais dignatÃ¡rios da Comunidade EuropÃ©ia, o discurso do Cacique Guaicaipuro Cuatemoc provocou um silÃªncio inquietante na audiÃªncia quando falou:
"Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a AmÃ©rica hÃ¡ 40 mil anos, para encontrar os que a encontraram sÃ³ hÃ¡ 500 anos.
O irmÃ£o europeu da aduana me pediu um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram. O irmÃ£o financista europeu me pede o pagamento, com juros, de uma divida contraÃda por um Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse.
Outro irmÃ£o europeu, um rÃ¡bula, me explica que toda dÃvida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e paÃses inteiros sem pedir-lhes consentimento.
Eu tambÃ©m posso reclamar pagamento, tambÃ©m posso reclamar juros.
Consta no Arquivo das Ãndias. Papel sobre papel, recibo sobre recibo, assinatura sobre assinatura que somente entre os anos 1503 e 1660 chegaram a SÃ£o Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhÃµes de quilos de prata provenientes da AmÃ©rica
TerÃ¡ sido isso um saque?
NÃ£o acredito porque seria pensar que os irmÃ£os cristÃ£os faltaram ao SÃ©timo Mandamento!
Teria sido espoliaÃ§Ã£o? Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmÃ£o
Teria sido genocÃdio? Isso seria dar crÃ©dito aos caluniadores, como Bartolomeu de Las Casas que qualificam o encontro de "destruiÃ§Ã£o da Ãndias" ou Arturo Uslar Pietri, que afirma que a arrancada do capitalismo e a atual civilizaÃ§Ã£o europÃ©ia se devem Ã inundaÃ§Ã£o de metais preciosos retirados das AmÃ©ricas!
NÃ£o, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhÃµes de quilos de prata foram o primeiro de outros emprÃ©stimos amigÃ¡veis da AmÃ©rica destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrÃ¡rio disso seria presumir a existÃªncia de crimes de guerra, o que daria direito a exigir nÃ£o apenas a devoluÃ§Ã£o, mas indenizaÃ§Ã£o por perdas e danos.
Eu, Guaicaipuro CuatÃ©moc, prefiro pensar na hipÃ³tese menos ofensiva.
TÃ£o fabulosa exportaÃ§Ã£o de capitais nÃ£o foi mais do que o inÃcio de um plano "Marshal-tezuma", para garantir a reconstruÃ§Ã£o da Europa arruinada por suas deplorÃ¡veis guerras contra os muÃ§ulmanos, criadores da Ã¡lgebra, da poligamia, do banho diÃ¡rio e outras conquistas da civilizaÃ§Ã£o.
Por isso, ao celebrarmos o Quinto CentenÃ¡rio desse EmprÃ©stimo, poderemos nos perguntar: Os irmÃ£os europeus fizeram uso racional, responsÃ¡vel ou pelo menos produtivo desses recursos tÃ£o generosamente adiantados pelo Fundo Indo-americano Internacional?
Ã‰ com pesar que dizemos nÃ£o.
No aspecto estratÃ©gico, o dilapidaram nas batalhas de Lepanto, em armadas invencÃveis, em terceiros reichs e outras formas de extermÃnio mÃºtuo, sem um outro destino a nÃ£o ser terminar ocupados pelas tropas gringas da OTAN, como um PanamÃ¡, mas sem o canal.
No aspecto financeiro foram incapazes, depois de uma moratÃ³ria de 500 anos, tanto de amortizar o capital e seus juros, quanto se tornarem independentes das rendas liquidas, das matÃ©rias primas e da energia barata que lhes exporta e provÃª todo o Terceiro Mundo.
Este quadro corrobora a afirmaÃ§Ã£o de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar. E nos obriga a reclamar-lhes, para o seu prÃ³prio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tÃ£o generosamente temos demorado todos estes sÃ©culos para cobrar.
Ao dizer isto, esclarecemos que nÃ£o nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmÃ£os europeus, as mesmas vis e sanguinÃ¡rias taxas de 20% e atÃ© 30% de juros que os irmÃ£os europeus cobram aos povos do Terceiro Mundo.
Nos limitaremos a exigir a devoluÃ§Ã£o dos metais preciosos emprestados, acrescidos de um mÃ³dico juro fixo de 10%, acumulado apenas durante os Ãºltimos 300 anos.
Sobre esta base, e aplicando a fÃ³rmula europÃ©ia de juros compostos, informamos aos descobridores que eles nos devem 180 mil quilos de ouro e 16 milhÃµes de quilos de prata, ambas as cifras elevadas Ã potÃªncia de 300. Isso quer dizer um nÃºmero para cuja expressÃ£o total seriam precisos mais de 300 cifras, e que supera amplamente o peso total do planeta Terra.
Muito peso em ouro e prata! Quanto pesariam calculados em sangue?
Admitir que a Europa, em meio milÃªnio, nÃ£o conseguiu gerar riquezas suficientes para pagar esses mÃ³dicos juros seria como admitir seu absoluto fracasso financeiro e/ou a demÃªncial irracionalidade dos pressupostos do capitalismo.
Tais questÃµes metafÃsicas, desde jÃ¡, nÃ£o nos inquietam aos Ãndo-americanos.
PorÃ©m exigimos a assinatura de uma carta de intenÃ§Ãµes que discipline aos povos devedores do Velho Continentes e que os obrigue a cumpri-la, sob pena de uma privatizaÃ§Ã£o ou conversÃ£o da Europa, de forma que lhes permita nos entregÃ¡-la inteira como primeira prestaÃ§Ã£o da dÃvida histÃ³rica."
Quando terminou seu discurso diante dos Chefes de Estado da Comunidade Europeia, o Cacique Guaicaipuro Cuatemoc, nem sabia que estava expondo uma tese de Direito Internacional para determinar a Verdadeira DÃvida Externa.
Agora sÃ³ resta que algum Governo Latino Americano tenha a dignidade suficiente para impor seus direitos perante os Tribunais Internacionais. Os europeus ali reunidos devem ter percebido que nesse tempo de globalizaÃ§Ã£o e tecnologia, Ãndio jÃ¡ nÃ£o quer mais apito, quer que lhe paguem o devido, com juros.
Se tem amigos honestos, faÃ§a-os conhecer este discurso. Eles tambÃ©m tÃªm sido vendidos.
http://www.quatrocantos.com/LENDAS/110_guaicaipuro_cuatemoc.htm
Prof:Gabriel Campos de Oliveira. Dep.Est. (Da comissÃ£o permanente de RelaÃ§Ãµes Publica PAELMG GOEMG/GOB)