AMIGOS DA EUROPA
"GELADEIRAS, OS ÚNICOS LUGARES FRIOS QUE RESTAM?"
English:
http://www.daylife.com/search?q=dressed+as+a+penguins+march+12%2C+2009
Friends of the Earth Europe - http://www.foeeurope.org/
Bélgica - Ativista do ONG Friends of Earth Europe vestido de pingüim monta um "campo de refugiados" para a espécie durante protesto em frente à sede da Comissão Européia, em Bruxelas. No cartaz se lê: "Geladeiras, os únicos lugares frios que restam?".
Fonte: Terra - 12/03/09.
Mais fotos:
http://www.daylife.com/search?q=dressed+as+a+penguins+march+12%2C+2009
Friends of the Earth Europe - http://www.foeeurope.org/
PIROTÉCNICO FRANCÊS
No dia 21 de abril, os franceses do Groupe F. fazem um megashow de pirotecnia para inaugurar a programação do Ano da França no Brasil. A festa será na lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio.
Mônica Bergamo - Fonte: Folha de S.Paulo - 09/03/09.
Groupe F. - http://www.groupef.com/
Ano da França no Brasil - http://anodafrancanobrasil.cultura.gov.br/
IN VINO VIVERE
A ligação entre vinho e medicina vem de longa data. Desde o Egito Antigo, cerca de 2200 a.C., há relatos do uso do vinho como medicamento. Em 450 a.C., Hipócrates, considerado o pai da medicina, descrevia o uso do vinho como medicamento, desinfetante e parte de uma dieta saudável.
O primeiro trabalho cientÃfico a chamar a atenção para a relação entre o consumo moderado de vinho e a redução do risco de doenças foi publicado pelo francês Serge Reunaud na conceituada revista Lancet em 1992. O estudo mostrava que os franceses tinham 2,5 vezes menos mortes por doenças coronarianas que os norte-americanos, apesar do uso exagerado do fumo e da ingestão de gordura nos mesmos nÃveis. A explicação estaria no consumo regular e moderado de vinho. A descoberta foi chamada de O Paradoxo Francês e abriu caminho para centenas de outros trabalhos semelhantes, que confirmaram os dados de Reunaud.
Desde então, ficou claro que algumas substâncias presentes especialmente nos vinhos tintos - sendo a mais conhecida o resveratrol - tinham um papel decisivo na ação benéfica do vinho. Outro composto fundamental é o álcool, que, dentro de limites estreitos, tem importante papel na prevenção de algumas doenças, especialmente as ligadas ao sistema circulatório.
O que está bem claro é que os efeitos só aparecem com o consumo moderado e constante do vinho. E quanto seria moderado? É muito difÃcil estabelecer esse limite, pois há influência de sexo, idade, constituição fÃsica, patrimônio genético e uso de drogas, entre outros.
O consenso mundial aponta hoje para algo como 375 ml por dia para os homens e metade dessa quantidade para as mulheres. O ideal seria consumir o vinho diariamente, durante as refeições. Não vale guardar tudo para o fim de semana, pois os efeitos não serão os esperados. Novamente, moderação é a palavra-chave para se usufruir dessa milenar e generosa bebida. Saúde.
Arthur Azevedo é consultor de vinhos da TAM, diretor executivo da Associação Brasileira de Sommeliers-SP (http://www.abs-sp.com.br/), editor da revista Wine Style (http://www.winestyle.com.br/) e diretor do site Art Wine (http://www.artwine.com.br/).
Fonte: Tam nas Nuvens - Número 15.
CINEMA - GUERRA NA SALA DE AULA (ENTRE OS MUROS DA ESCOLA)
Entre os Muros da Escola (Entre les Murs, França, 2008) é uma daquelas obras fabulosas que demonstram de quanta convicção o cinema ainda pode ser capaz. O filme do diretor Laurent Cantet, ganhador do último Festival de Cannes, acompanha um ano letivo em uma escola multirracial da periferia de Paris, observando a interação entre um professor e sua classe de alunos entre 13 e 15 anos. O que emerge daà é bem mais que um retrato da adolescência. É um instantâneo riquÃssimo da França atual, de uma Europa desconfortável com sua herança pós-colonial e das tribulações vividas em qualquer ponto do mundo onde afluência e exclusão se chocam – como o Brasil. Como é quase regra nos casos em que se atinge esse grau de universalidade, sua força advém de se fixar no que há de mais especÃfico: a experiência pessoal do professor François Bégaudeau, que interpreta a si mesmo, na missão de tirar seus estudantes (também interpretando a si mesmos) da apatia ou da resistência e tentar fazer com que eles entendam quem são e que lugar podem ocupar no mundo.
Entre os Muros da Escola é uma dramatização do livro homônimo (publicado aqui pela Martins Fontes) que Bégaudeau lançou em 2006, narrando nove meses de aula – quase de batalha campal, na verdade – com uma classe de malineses, caribenhos, marroquinos, argelinos, chineses e, surpresa, até alguns franceses. Na direção tensa e sem entreatos de Cantet, Bégaudeau os provoca, seduz e briga com eles, ajudando-os a encontrar sua própria voz; e tem necessariamente de suportar que essa voz se levante contra ele, em confrontos que não raro ficam a um passo da guerra declarada. Num episódio infeliz, essa linha é cruzada: vencido pela irritação, o professor diz a duas alunas que elas estão agindo como vagabundas e provoca uma rebelião. A beleza desses enfrentamentos é que esses jovens, que na maioria nasceram na França mas com boa razão não se sentem franceses, têm a oportunidade de se testar contra uma figura de autoridade que representa tudo aquilo que eles não são e que parece vetado a eles. E o extraordinário em Bégaudeau, um homem de seus 38 anos, bonito e de voz grave, é que ele se ofende, se cansa, desanima e erra, mas é visceralmente incapaz de entregar os pontos. Como os professores idealizados pelo cinema americano, ele é alguém que acredita que uma missão essencial lhe foi confiada; mas, ao contrário deles, tem de viver no mundo real, onde os sucessos são pequenos e infrequentes e o único passe de mágica possÃvel – mas que mágica – é não se refugiar na indiferença e continuar tentando.
Isabela Boscov (http://veja.abril.com.br/isabela_boscov/) - Fonte: Veja - Edição 2103.
Trailer - http://www.youtube.com/watch?v=YD7CFS0mLaY
Entre les murs - http://www.imdb.com/title/tt1068646/
O livro - http://www.martinseditora.com.br/detalhes_ProximosLancamentos.asp?id=83
FRONTEIRAS DO PENSAMENTO
O escritor norte-americano Tom Wolfe, 78, autor de livros como "Fogueira das Vaidades", "Eu Sou Charlotte Simmons" e conhecido como criador, nos anos 60, do movimento "novo jornalismo", é um dos destaques da terceira edição do Fronteiras do Pensamento, evento anual que acontece em Porto Alegre e, desde o ano passado, em Salvador. A programação, bem mais magra do que nos anos anteriores, começa no dia 23, com o psicólogo e linguista canadense Steven Pinker, autor de "Como a Mente Funciona", "Tábula Rasa" e "Do que É Feito o Pensamento", lançados no Brasil pela Companhia das Letras. Os passaportes para o evento já estão sendo vendidos no site http://www.fronteirasdopensamento.com.br/, ao preço único de R$ 240.
Lupa - Fonte: O Tempo - 14/03/09.
BNDES E O ENSINO SUPERIOR PRIVADO
Outro dia recebi os mantenedores de uma instituição de ensino superior particular instalada em um municÃpio do interior do Estado de São Paulo. Como a maioria das instituições do setor, a escola vem enfrentado uma desaceleração no ritmo de crescimento das matrÃculas, especialmente pela falta de linhas adequadas de financiamento para capital de giro e investimentos em obras, instalações e equipamentos, bem como para custeio dos estudos superiores dos alunos.
Esse é um dos exemplos mais expressivos da importância do projeto encaminhado pelo Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, do qual o Semesp faz parte, ao presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Luciano Coutinho, para criação pelo BNDES de programa que contemple a concessão de financiamento a instituições do setor privado.
No tocante ao desenvolvimento econômico, é preciso considerar que o segmento privado do ensino superior representa 1% do PIB nacional.
Produz um faturamento anual de R$ 24 bilhões e mais R$ 1 bilhão de renda indireta, além de gerar 380 mil empregos e uma massa salarial de R$ 16 bilhões. O pleito justifica-se, porém, não apenas pelo significado atual do setor como agente econômico e social mas principalmente pelo perfil das instituições que o integram.
Nada menos que 82% das instituições particulares de ensino superior em funcionamento no Brasil são de pequeno e de médio portes. A maior parte dessas instituições tem capacidade para matricular no máximo 2.000 alunos. Elas estão estabelecidas em 569 diferentes municÃpios -que representam 65% dos municÃpios atendidos pelo setor e que certamente não estão contemplados nos planos de abertura de novos campi de nenhuma instituição pública.
Esses dados deveriam ser considerados em qualquer avaliação do pleito formulado pelo ensino superior particular, que tem como única fonte de receita a mensalidade paga pelos alunos. O programa solicitado ao BNDES -que ainda não respondeu oficialmente ao segmento- não tem como objetivo oferecer financiamento para as grandes instituições de ensino particular. As principais beneficiárias dessa linha de crédito serão, na verdade, as instituições de pequeno e de médio portes. São essas que, muitas vezes, para manter a sua prestação de serviços aos alunos, se veem obrigadas a deixar de investir em laboratórios e em bibliotecas e de adotar novas tecnologias de aprendizado, com evidente impacto tanto na melhoria da qualidade quanto no atendimento aos objetivos de crescimento das matrÃculas do ensino superior brasileiro.
Soma-se à inexistência de linhas de financiamento adequadas a essas instituições a constatação de que atualmente apenas 6,9% dos alunos matriculados no ensino superior privado têm algum tipo de financiamento, sendo que 20,1% das linhas são oferecidas pelas próprias instituições de ensino. Essa situação resulta em elevado nÃvel de inadimplência: 22% no vencimento da mensalidade e 7% após mais de 90 dias de atraso.
Quanto ao argumento de que o ProUni (Programa Universidade para Todos) já oferece um incentivo oficial para as instituições particulares por meio da redução de impostos para custear a ocupação de vagas privadas por alunos de baixa renda, é preciso ressaltar que o custo gerado por meio dessa renúncia fiscal seria infinitamente inferior caso fossem criadas as mesmas vagas em instituições públicas. Enquanto o custo anual de um aluno em uma instituição de ensino superior pública equivale aproximadamente a R$ 12 mil, o custo no ProUni é de apenas R$ 418, ou seja, o custo de um aluno matriculado em uma instituição pública equivale a 29 alunos matriculados pelo ProUni.
Desde a década de 1960, o Brasil fez opção pelo setor privado como principal agente promotor da oferta de ensino superior aos brasileiros, fator indispensável ao desenvolvimento nacional. Hoje as instituições particulares proporcionam estudo a 75% dos alunos de cursos superiores, que somam 3,6 milhões de estudantes, e passaram a atender, além das classes A e B, as classes C e D. Esse salto substancial, no entanto, ainda é insuficiente para o atendimento da população brasileira.
Segundo as projeções do IBGE, a população de 18 a 24 anos deve chegar a 24 milhões em 2010. Para alcançar a meta do PNE, terÃamos de ter 7,2 milhões de jovens matriculados, ou seja, 2,3 milhões de alunos a mais, até 2010, o que equivale a um crescimento de 48% em relação a 2007. Com o ensino público crescendo a menos de 3% ao ano e a falta de incentivos ao ensino privado, certamente será difÃcil atingirmos esse objetivo até 2010.
Hermes Ferreira Figueiredo, 70, historiador, é presidente do Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo) e do Grupo Educacional Cruzeiro do Sul. - Fonte: Folha de S.Paulo - 09/03/09.
Semesp - http://www.semesp.org.br/
BNDES - http://www.bndes.gov.br/
Grupo Educacional Cruzeiro do Sul - http://www.portalunicsul.com.br/
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