MANIFESTAĂĂO COMĂSTICA
CRĂTICA Ă MATANĂA DE TUBARĂES
English:
http://www.seashepherd.org/news-and-media/editorial-090702-1.html
França - A artista britĂąnica Alice Newstead Ă© suspensa por ganchos em protesto em frente a loja de produtos cosmĂ©ticos em Paris. A manifestação teve o objetivo de criticar a "matança de tubarĂ”es" patrocinada pela indĂșstria cosmĂ©tica mundial.
Fonte: Terra - 02/07/09
SEA SHEPHERD - GARDIĂES DO MAR - http://www.seashepherd.org.br/
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http://www.seashepherd.org/news-and-media/editorial-090702-1.html
LUA ENCANTADORA
A Lua, que andava esquecida depois de recorrentes imagens da Nasa de Marte, voltou a encantar. Um satĂ©lite japonĂȘs tirou fotos em alta definição da superfĂcie lunar pouco antes de se chocar com ela. As fotos foram postas em sequĂȘncia e formaram um vĂdeo de um minuto mostrando um sensacional rasante sobre a Lua. Foi visto 400 mil vezes.
Veja o vĂdeo:
http://www.jaxa.jp/video/index_e.html
http://www.youtube.com/watch?v=AxDNWXZpC3g
Rafael Pereira - Bombou na Web - Fonte: Ăpoca - Edição 580.
MUSEU LUMIĂRE
EdifĂcio de Lyon reĂșne relĂquias dos irmĂŁos que inventaram o cinema. O endereço deste museu nĂŁo foi escolhido por acaso. No lugar onde ele estĂĄ instalado, na cidade francesa de Lyon, foi rodado âSaĂda dos OperĂĄrios das FĂĄbricas LumiĂšreâ, um curta-metragem que marcou o começo do cinema.
Site oficial: http://www.institut-lumiere.org/.
Rita Loyola - Fonte: Aventuras na HistĂłria â Edição 72 â Julho 2009.
OLHAR FEMININO â HOMEM ENGRAĂADO Ă MAIS INTELIGENTE
Uma pesquisa da Universidade de Northumbria, em Newcastle, Grã-Bretanha, sugere que mulheres acreditam que homens engraçados são mais inteligentes que os outros. Kristofor McCarty, que liderou a pesquisa, ouviu 45 mulheres heterossexuais, que leram descriçÔes de vårios homens, escritas por eles mesmos - algumas mais engraçadas, outras menos.
Interessa â Etc - Fonte: O Tempo â 03/07/09.
Universidade de Northumbria - http://www.northumbria.ac.uk/
CORRUPĂĂO CULTURAL OU ORGANIZADA?
Ficams muito atentos, nos Ășltimos anos, a um tipo de corrupção que Ă© muito frequente em nossa sociedade: o pequeno ato, que muitos praticam, de pedir um favor, corromper um guarda ou, mesmo, violar a lei e o bem comum para obter uma vantagem pessoal. Foi e Ă© importante prestar atenção a essa responsabilidade que temos, quase todos, pela corrupção polĂtica -por sinal, praticada por gente eleita por nĂłs.
Esclareço que, por corrupção, nĂŁo entendo sua definição legal, mas Ă©tica. Corrupção Ă© o que existe de mais antirrepublicano, isto Ă©, mais contrĂĄrio ao bem comum e Ă coisa pĂșblica. Por isso, pertence Ă mesma famĂlia que trafegar pelo acostamento, furar a fila, passar na frente dos outros. Ăs vezes Ă© proibida por lei, outras, nĂŁo.
Mas, aqui, o que conta Ă© seu lado Ă©tico, nĂŁo legal. Deputados brasileiros e britĂąnicos fizeram despesas legais, mas nĂŁo Ă©ticas. Ă desse universo que trato. O problema Ă© que a corrupção "cultural", pequena, disseminada -que mencionei acima- nĂŁo Ă© a Ășnica que existe. AliĂĄs, sua existĂȘncia nos poderes pĂșblicos tem sido devassada por inĂșmeras iniciativas da sociedade, do MinistĂ©rio PĂșblico, da Controladoria Geral da UniĂŁo (ĂłrgĂŁo do Executivo) e do Tribunal de Contas da UniĂŁo (que serve ao Legislativo).
Chamei-a de "corrupção cultural" pois expressa uma cultura forte em nosso paĂs, que Ă© a busca do privilĂ©gio pessoal somada a uma relação com o outro permeada pelo favor. Ă, sim, antirrepublicana. Dissolve ou impede a criação de laços importantes. Mas nĂŁo faz sistema, nĂŁo faz estrutura.
Porque hĂĄ outra corrupção que, essa, sim, organiza-se sob a forma de complĂŽ para pilhar os cofres pĂșblicos -e mal deixa rastros. A corrupção "cultural" Ă© visĂvel para qualquer um. Suas pegadas sĂŁo evidentes. Bastou colocar as contas do governo na internet para saltarem aos olhos vĂĄrios gastos indevidos, os quais a mĂdia apontou no ano passado.
Mas nem a tapioca de R$ 8 de um ministro nem o apartamento de um reitor -gastos nĂŁo republicanos- montam um complĂŽ. NĂŁo fazem parte de um sistema que vise a desviar vultosas somas dos cofres pĂșblicos. Quem desvia essas grandes somas nĂŁo aparece, a nĂŁo ser depois de investigaçÔes demoradas, que requerem talentos bem aprimorados -da polĂcia, de auditores de crimes financeiros ou mesmo de jornalistas muito especializados.
O problema é que, ao darmos tanta atenção ao que é fåcil de enxergar (a corrupção "cultural"), acabamos esquecendo a enorme dimensão da corrupção estrutural, estruturada ou, como eu a chamaria, organizada.
Ora, podemos ter certeza de uma coisa: um grande corrupto nĂŁo usa cartĂŁo corporativo nem gasta dinheiro da CĂąmara com a faxineira. Para que vai se expor com migalhas? Ele ataca somas enormes. E sĂł pode ser pego com dificuldade.
Se lembrarmos que Al Capone acabou na cadeia por ter fraudado o Imposto de Renda, crime bem menor do que as chacinas que promoveu, Ă© de imaginar que um megacorrupto tome cuidado com suas contas, com os detalhes que possam levĂĄ-lo Ă cadeia -e trate de esconder bem os caminhos que levam a seus negĂłcios.
Penso que devemos combater os dois tipos de corrupção. A corrupção enquanto cultura nos desmoraliza como povo. Ela nos torna "blasĂ©". Faz-nos perder o empenho em cultivar valores Ă©ticos. Porque a repĂșblica Ă© o regime por excelĂȘncia da Ă©tica na polĂtica: aquele que educa as pessoas para que prefiram o bem geral Ă vantagem individual. DaĂ a importĂąncia dos exemplos, altamente pedagĂłgicos.
Valorizar o laço social exige o fim da corrupção cultural, e isso só se consegue pela educação. Temos de fazer que as novas geraçÔes sintam pela corrupção a mesma ojeriza que uma formação ética nos faz sentir pelo crime em geral.
Mas falar só na corrupção cultural acaba nos indignando com o pequeno criminoso e poupando o macrocorrupto. Mesmo uma sociedade como a norte-americana, em que corromper o fiscal da prefeitura é bem mais raro, teve hå pouco um governo cujo vice-presidente favoreceu, antieticamente, uma empresa de suas relaçÔes na ocupação do Iraque.
A corrupção secreta e organizada nĂŁo Ă© privilĂ©gio de paĂs pobre, "atrasado". PorĂ©m, se pensarmos que corrupção mata -porque desvia dinheiro de hospitais, de escolas, da segurança-, entĂŁo a mais homicida Ă© a corrupção estruturada. Precisamos evitar que a necessĂĄria indignação com as microcorrupçÔes "culturais" nos leve a ignorar a grande corrupção. Ă mais difĂcil de descobrir. Mas Ă© ela que mata mais gente.
Renato Janine Ribeiro, 59, Ă© professor titular de Ă©tica e filosofia polĂtica do Departamento de Filosofia da USP. Ă autor, entre outras obras, de "RepĂșblica" (coleção Folha Explica, Publifolha = http://publifolha.folha.com.br/catalogo/autores/570/). Fonte: Folha de S.Paulo - 28/06/09.
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