CONGRESSO NAS NUVENS...
ARCO-ĂRIS DOS CĂUS!!!
Vento e ĂĄgua do sistema de irrigação do gramado que fica em frente ao Congresso Nacional provocam um arco-Ăris.
Fonte: Folha Online - 13/09/07.
UM POUCO DE CULTURA - ANOS 1600/1700
Ao se visitar o PalĂĄcio de Versailles, em Paris, observa-se que o suntuoso PalĂĄcio nĂŁo tem banheiros. Na Idade MĂ©dia, nĂŁo existiam escovas de dente, perfumes, desodorantes, muito menos papel higiĂȘnico. As excrescĂȘncias humanas eram despejadas pelas janelas.
Em dia de festa a cozinha do palĂĄcio conseguia preparar banquete para l.500 pessoas sem a mĂnima condição de higiene. Vemos nos filmes as pessoas sendo abanadas. A explicação nĂŁo estĂĄ no calor, mas no mau cheiro que exalavam por debaixo das saias que eram feitas propositalmente para conter os odores das partes Ăntimas jĂĄ que nĂŁo havia adequada higiene.
TambĂ©m nĂŁo havia o costume de se tomar banho devido ao frio e Ă quase inexistĂȘncia de ĂĄgua encanada. O mau cheiro era dissipado pelo uso do abanador.
Só os nobres tinham lacaios para abanå-los, para dissipar o mau cheiro que o corpo e boca exalavam, além de também espantar os insetos.
Quem jå visitou Versalies admirou muito os jardins enormes e belos que, na época, não eram simplesmente contemplados, mas "usados" como vaso sanitårio nas famosas baladas promovidas pela monarquia, porque lå também não havia banheiros.
Na Idade MĂ©dia, a maioria dos casamentos ocorria nos meses de junho (para eles o inĂcio do verĂŁo). A razĂŁo Ă© simples: o primeiro banho do ano era tomado em maio; assim, em junho, o cheiro das pessoas era ainda tolerĂĄvel. Entretanto, como os Odores jĂĄ começavam, a incomodar, as noivas carregavam buquĂȘs, junto ao corpo, para disfarçar o mau cheiro. DaĂ termos Maio como o mĂȘs das Noivas, e a explicação da origem dos buquĂȘs de noiva.
Os banhos eram tomados numa Ășnica tina, enorme, cheia de ĂĄgua quente, e o chefe da famĂlia tinha o privilĂ©gio do primeiro banho na ĂĄgua limpa. Depois sem trocar a ĂĄgua, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres tambĂ©m por idade, e por fim, as crianças. Os bebĂȘs eram os Ășltimos a tomarem banho. Quando chegava a vez deles, a ĂĄgua jĂĄ estava tĂŁo suja que era possĂvel âperderâ um bebĂȘ lĂĄ dentro. Ă por isso que existe a expressĂŁo em inglĂȘs âdonÂŽt throw the baby out with the bath waterâ, literalmente âNĂŁo jogue o bebĂȘ fora junto com a ĂĄgua do banhoâ, que hoje usamos para os mais apressadinhos.
Os telhados das casas nĂŁo tinham forro e as vigas de madeira que os sustentavam eram o melhor lugar para os animais â cĂŁes, gatos, ratos e besouros se aquecerem. Quando chovia, as goteiras forçavam os animais pularem para o chĂŁo assim a nossa expressĂŁo âestĂĄ chovendo caniveteâ tem o equivalente em inglĂȘs âitÂŽs raining cats and dogsâ (estĂĄ chovendo gatos e cachorros).
Aqueles que tinham dinheiro possuĂam pratos de estanho. Certos tipos de alimentos oxidavam o material, fazendo com que muita gente morresse envenenada. Lembremo-nos de que os hĂĄbitos higiĂȘnicos, da Ă©poca, eram pĂ©ssimos. Os tomates, sendo ĂĄcidos, foram alimentos considerados, durante muito tempo venenosos.
Copos de estanho eram usados para cerveja ou uĂsque. Essa combinação, Ă s vezes, deixava o indivĂduo âno chĂŁoâ (numa espĂ©cie de narcolepsia induzida pela mistura da bebida alcoĂłlica com oxido de estanho). AlguĂ©m poderia pensar que ele estivesse morto, portanto recolhia o corpo e preparava o enterro. O corpo era entĂŁo colocado sobre a mesa da cozinha por alguns dias e a famĂlia ficava em volta, em vigĂlia, comendo e bebendo e esperando para ver se o morto acordava ou nĂŁo. DaĂ surgiu o velĂłrio, que Ă© a vigĂlia junto ao caixĂŁo.
A Inglaterra paĂs de territĂłrio pequeno, Ă© onde nem sempre havia espaço para se enterrarem todos os mortos. EntĂŁo os caixĂ”es eram abertos, retirados os ossos, colocados em ossĂĄrios, e o tĂșmulo usado para outro cadĂĄver. As vezes, ao abrirem os caixĂ”es, percebia-se que havia arranhĂ”es nas tampas, pelo lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade havia sido enterrado vivo. Assim surgiu a idĂ©ia de ao se fechar os caixĂ”es, amarrar uma tira de pano no pulso do defunto, passĂĄ-la por um buraco feito no caixĂŁo e amarrĂĄ-la a um sino. ApĂłs o enterro alguĂ©m ficava de plantĂŁo ao lado do tĂșmulo durante alguns dias. Se o indivĂduo acordasse, o movimento de seu braço faria o sino tocar e ele seria âsaved by de bellâ, ou literalmente âsalvo pelo gongoâ, expressĂŁo que utilizamos atĂ© os dias de hoje.
(Colaboração: A.M.B.)
BIENAL DO LIVRO
"Os escritores e intelectuais nĂŁo devem permitir que se apague essa histĂłria de pobreza e analfabetismo; Ă© sĂł assumindo o paĂs, sem histerias e demagogias, que Ă© possĂvel acabar com esse horror"
LYGIA FAGUNDES TELLES - escritora - Fonte: Folha de S.Paulo - 10/09/07.
A XIII Bienal Internacional do Rio de Janeiro deste ano presta tributo aos paĂses das AmĂ©ricas e darĂĄ privilĂ©gio Ă presença de latinos e americanos. Os escritores escolhidos para serem homenageados nesta edição sĂŁo Gabriel GarcĂa MĂĄrquez e Ariano Suassuna. Este participarĂĄ da programação cultural, que trarĂĄ outros escritores para um tĂȘte-Ă -tĂȘte com os leitores.
A Bienal terĂĄ um nĂșmero recorde de autores - serĂŁo 290 - e expositores - somam 950. Entre os 20 estrangeiros que vĂȘm participar dos encontros, hĂĄ dois grandes destaques. Um Ă© o australiano Marcos Zusak, autor de A Menina que Roubava Livros, que estĂĄ hĂĄ um ano na lista de mais vendidos do jornal americano The New York Times e figura entre os primeiros no ranking do Brasil, onde jĂĄ vendeu mais de 150 mil exemplares. Outro Ă© o afegĂŁo Shah Muhammad Rais, maior editor do paĂs, que inspirou o best-seller O Livreiro de Cabul, da jornalista norueguesa Asne Seierstad. Rais entrou com um processo contra a autora e escreveu seu prĂłprio livro, intitulado Eu Sou o Livreiro de Cabul, em que conta sua versĂŁo dos fatos.
SĂŁo novidades na feira dois espaços: o Botequim FilosĂłfico, com debates em clima de mesa de bar, e a Esquina do Leitor, em que o pĂșblico poderĂĄ dar sua opiniĂŁo nos debates, atravĂ©s de votação eletrĂŽnica. MantĂȘm-se firmes os jĂĄ tradicionais CafĂ© LiterĂĄrio, com grandes nomes da literatura, a Arena Jovem e o Jirau de Poesia.
Segundo Rosa Maria AraĂșjo, responsĂĄvel pela programação, a expectativa Ă© que todas essas atraçÔes tragam 28 mil os visitantes, pelo menos 5 mil a mais que que dois anos atrĂĄs. O pĂșblico total estimado para o evento Ă© de 600 mil pessoas.
âAs pessoas gostam de ver seu escritor falar de uma maneira lĂșdica, como num talk-showâ, afirma Rosa. Os novos modelos de discussĂŁo, com votação, foram inspirados nos usados pelas livrarias de Londres. âParto do princĂpio que opiniĂŁo se discute, simâ. Os temas debatidos vĂŁo de aborto a patrocĂnio para a literatura.
Para Paulo Rocco, presidente do Sindicato Nacional dos Escritores Livreiros (SNEL), entidade que organiza a Bienal, considera que, ainda que haja algumas iniciativas para popularizar o acesso aos livros - a Editora Record, por exemplo, vai lançar um selo de Bolso, com livros abaixo de R$ 20 -, ele ainda Ă© um bem elitizado no paĂs. âA maior vocação da Bienal Ă© popularizar a literatura. Queremos criar uma base de leitores, fazer um programa familiar, de lazer, nĂŁo aquela coisa sisuda e carrancuda de literaturaâ, diz.
A expectativa é que os saraus de poesia e os eventos com escritores como Lygia Fagundes Teles, Zuenir Ventura, João Ubaldo Ribeiro e Luis Fernando Verissimo juntem as multidÔes com novos amigos da leitura.
Serviço:
XIII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro
Data: 13 a 23 de setembro de 2007
Local: Riocentro Avenida Salvador Allende, nÂș 6.555 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ
Ingressos: R$ 10 e R$ 5 para estudantes.
Idosos e menores de 1,20 m nĂŁo pagam.
Para mais informaçÔes, acesse: http://www.bienaldolivro.com.br
13 de setembro - quinta-feira - de 12h a 22h
14 de setembro - sexta-feira - de 09h a 23h
15 de setembro - sĂĄbado - de 10h a 23h
16 de setembro - domingo - de 10h a 22h
17 de setembro - segunda-feira - de 09h a 22h
18 de setembro - terça-feira - de 09h a 22h
19 de setembro - quarta-feira - de 09h a 22h
20 de setembro - quinta-feira - de 09h a 22h
21 de setembro - sexta-feira - de 09h a 23h
22 de setembro - sĂĄbado - de 10h a 23h
23 de setembro - domingo - de 10h a 22h
Fonte: Ăpoca - NĂșmero 486.
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http://www.faculdademental.com.br/fale.php