CULTURA E QUALIDADE
MICHELANGELO
Vaticano - Um esboço perdido do artista renascentista Michelangelo foi encontrado na Cidade do Vaticano. O jornal L'Osservatore Romano afirmou que o desenho data de 1563 e seria um projeto para a cĂșpula da BasĂlica de SĂŁo Pedro. O papel estava no meio de documentos sobre os custos de construção do prĂ©dio.
Vaticano encontra Ășltimo desenho de Michelangelo
O Vaticano informou nesta quinta-feira que encontrou um esboço perdido do mestre do Renascimento Michelangelo que seria um projeto para a cĂșpula da BasĂlica de SĂŁo Pedro.
O jornal do Vaticano L'Osservatore Romano disse que o pequeno desenho, feito em 1563, quando Michelangelo tinha 88 anos, seria o Ășltimo esboço do artista antes de sua morte, no ano seguinte.
O desenho, um setor da cĂșpula, contĂ©m algumas medidas que seriam utilizadas para definir o corte das pedras, apĂłs Michelangelo ter rejeitado um corte feito anteriormente.
Michelangelo trabalhou como arquiteto da basĂlica a partir de 1547 atĂ© pouco antes de sua morte, em 1564. O jornal disse que Michelangelo, que destruiu a maior parte de seus esboços para a BasĂlica, provavelmente desenhou este no prĂłprio local da construção, e o teria entregado diretamente a um operĂĄrio.
Feito com giz cor de vinho no papel, o esboço aparentemente sobreviveu porque parte do papel foi utilizada novamente para cĂĄlculos, talvez pelo operĂĄrio. O desenho estava acidentalmente no meio de documentos sobre os custos da construção da basĂlica.
Reuters - Fonte: Terra - 06/12/07.
PISA - EXAME OCORRE A CADA 3 ANOS EM 57 PAĂSES
O Pisa (sigla em inglĂȘs para Programa Internacional de Avaliação de Alunos) Ă© uma avaliação internacional aplicada a cada trĂȘs anos pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento EconĂŽmico) a alunos de 15 anos de idade.
Participam dela os 30 paĂses da OCDE, alĂ©m de 27 naçÔes voluntĂĄrias.
A cada edição, a ĂȘnfase Ă© em uma das trĂȘs ĂĄreas avaliadas. Em 2000, foi leitura, em 2003, matemĂĄtica e, em 2006, ciĂȘncia.
No Brasil, fizeram o teste 9.295 alunos de 7ÂȘ ou 8ÂȘ sĂ©rie ou ensino mĂ©dio de 625 escolas, pĂșblicas e privadas, de 390 cidades.
A escala das notas Ă© padronizada para que a mĂ©dia dos 30 paĂses membros da OCDE fique em 500 pontos. Uma mĂ©dia de 390, como a do Brasil, significa que o paĂs estĂĄ 110 pontos distante da mĂ©dia das demais naçÔes.
Fonte: Folha de S.Paulo - 05/12/07.
PERDEMOS EM QUALIDADE
Sempre que uma avaliação do ensino escancara o nosso atraso, os saudosistas lamentam o fato lembrando que, no passado, a escola pĂșblica era de qualidade.
Ainda que o Brasil só tenha começado a comparar o desempenho de seus estudantes em 1995, essa afirmação, muito provavelmente, é verdadeira.
O que nem sempre Ă© levado em conta Ă© que aquela escola pĂșblica era para poucos. Em 1940, apenas 31% das crianças de 7 a 14 anos estavam na escola. NĂŁo Ă© difĂcil imaginar o perfil de quem estava fora dela.
Em 2000, essa proporção chegou a 95%. Ganhamos em quantidade, perdemos em qualidade.
A chegada dos mais pobres Ă escola pĂșblica foi acompanhada da migração gradativa da elite para o ensino privado. Para um paĂs que se esmerou como poucos na construção de uma sociedade desigual, a convivĂȘncia dessas duas classes num mesmo espaço -no caso, a escola- nĂŁo fazia sentido.
Esse modelo funcionou bem para aquele projeto de paĂs. Os mais ricos eram educados em escolas privadas e, com isso, asseguravam seu futuro profissional, jĂĄ que os melhores postos de trabalho nĂŁo estavam ao alcance de quem tinha como Ășnica opção a escola pĂșblica.
Os resultados do Pisa evidenciam que esse projeto nĂŁo serve mais nem mesmo para quem sempre se beneficiou dele. Numa economia cada vez mais globalizada, ganham mais empregos e investimentos os paĂses que tĂȘm sua mĂŁo-de-obra mais qualificada.
As naçÔes que conseguiram as melhores posiçÔes foram justamente aquelas onde a desigualdade de notas entre seus melhores e piores alunos foi a menor: Finlùndia e Hong Kong.
Na FinlĂąndia, sequer existe ensino particular (98% estĂŁo em escolas pĂșblicas). Em Hong Kong, a maioria (91%) estĂĄ no ensino privado, mas em escolas que dependem de financiamento pĂșblico.
NĂŁo por acaso, os Estados do Brasil que se saĂram melhor no Pisa foram os da regiĂŁo Sul. Ă lĂĄ que, como mostra o Exame Nacional do Ensino MĂ©dio, a distĂąncia entre a rede pĂșblica e a privada Ă© menor no Brasil.
O que FinlĂąndia e Hong Kong fizeram foi equalizar as oportunidades. Por isso, ficam entre os primeiros mesmo quando se compara apenas os mais pobres ou somente os mais ricos.
Com uma educação de qualidade e para todos, os melhores, para se sobressair, tĂȘm de ser ainda melhores.
AntĂŽnio Gois - Fonte: Folha de S.Paulo - 05/12/07.
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