PROJETO GENOGRÃFICO
THE HUMAN FAMILY TREE
English:
http://channel.nationalgeographic.com/channel/human-family-tree
Photos:
http://news.nationalgeographic.com/news/2002/12/photogalleries/journey_of_man/
Filme prega democracia racial pelo DNA. Documentário da National Geographic usa diversidade étnica de Nova York para recontar migrações pré-históricas. Trabalho mostra projeto que usa amostras genéticas de povos distintos para montar árvore genealógica de toda a população global.
O detalhamento da prova cientÃfica de que toda a humanidade descende de uma única população africana pode ajudar a construir um mundo de tolerância racial. Ninguém, contudo, deve esperar milagres, diz o diretor do projeto que está mapeando o DNA de povos do mundo inteiro desde 2005.
O geneticista Spencer Wells, estrela do documentário que a National Geographic produziu para divulgar o trabalho, diz que a origem comum "é a principal mensagem social do filme", mas que o conhecimento cientÃfico tem limites em sua capacidade de mudar o mundo.
"Há um monte de gente por aà que prega o ódio racial por diversas razões, e não necessariamente a ciência vai mudar a cabeça deles", diz. "Muita gente, porém, poderá se identificar com aquilo que estamos dizendo. Alguns lÃderes religiosos de fato costumam dizer que todas as pessoas fazem parte de uma mesma grande famÃlia, e é isso que nós estamos mostrando."
Wells é diretor do Projeto Genográfico, iniciativa que a National Geographic e a IBM lançaram em 2005 para bancar testes genéticos de ancestralidade em pessoas do mundo todo. A ideia era mapear o histórico de migrações desde que os primeiros humanos deixaram o leste da Ãfrica para explorar o resto do mundo. Os resultados do projeto vêm sendo publicados gradualmente em estudos cientÃficos, mas o trabalho que deve ter maior impacto no público é mesmo o filme que estreia domingo que vem na TV.
"A Grande Ãrvore Genealógica" parte da proposta de que toda a diversidade genética humana do mundo cabe hoje em um único bairro, o Queens, no leste de Nova York, onde vivem imigrantes de praticamente todos os cantos do planeta.
Feira diversificada
Recrutando pessoas para doar amostras de DNA numa feira livre, Wells acha afro-americanos, indianos, tailandeses, gregos, bósnios, irlandeses etc. cuja ancestralidade dá conta de recontar a pré-história de todos os povos do mundo.
O Projeto Genográfico ajudou a fortalecer a teoria de que toda a humanidade descende de um "Éden" africano. Os cromossomos Y de todos os homens do mundo remontam a um único "Adão" que viveu 60 mil anos atrás. E uma "Eva" ainda mais antiga liga toda a humanidade atual por meio do DNA de suas mitocôndrias -estrutura celular que herdamos apenas de nossas mães.
Para além disso, porém, o projeto coordenado por Wells mais bagunçou do que organizou a história de migrações humanas, que trabalhos anteriores em genética e paleontologia estavam tentando pintar.
"Resultados que colhemos no Chade, por exemplo, mostram que houve uma grande onda migração de volta à Ãfrica num perÃodo", conta Wells. Em alguns lugares onde o Genográfico já conseguiu detalhar histórias inusitadas de povos pequenos. "A população que estudamos nas Filipinas, os Aeta, está conectada a uma onda de migração muito antiga, e não se parece com povos asiáticos ao redor porque ficou isolada."
De volta à Ãfrica
O grande mérito do projeto, ao que parece, está sendo o de detalhar um panorama geral que já estava havia sido determinado por outras pesquisas. Poucos geneticistas populacionais, por exemplo, haviam olhado com tanto afinco para o que aconteceu na Ãfrica antes de os humanos saÃrem do continente. Wells e colegas mostraram parte do processo que criou a diversidade genética que existe dentro do continente. "Populações distintas no nordeste e no sul da Ãfrica ficaram separadas talvez por até 100 mil anos", diz o cientista.
A maior parte da história das migrações humanas contadas no documentário, porém, não é baseada em descobertas do Projeto Genográfico em si. O que também não faz diferença, já que o objetivo do filme é mesmo o de mostrar para o grande público o que células e cromossomos têm a ver com o ideal de democracia racial: 99,9% do genoma de todas pessoas é virtualmente igual.
Para ilustrar as migrações da pré-história, Wells reúne todos os seus voluntários do Queens formando um mapa-múndi num parque, de acordo com a ancestralidade de cada um. No fim, todos terminam de mãos dadas no pedaço de gramado que representa a Ãfrica. É uma pieguice perdoável, já que passa a mensagem de Wells de maneira mais do que contundente.
Parentesco providencial
Alguém pode argumentar que a prova dessa origem comum não deveria ser pré-requisito para a paz na humanidade. Assim, se não fossemos todos parentes distantes, seria possÃvel justificar a segregação étnica. Mas o fato de que todos os humanos são, sim, parentes, faz diferença para alguns.
Eamon O'Tuama, um músico irlandês, ficou sabendo do trabalho de Wells no Queens e foi à feira com um objetivo especÃfico: ele queria provar que seu DNA tinha relação com o de povos asiáticos. A intenção era convencer os pais conservadores de sua namorada coreana de que ele se qualificaria como bom marido, apesar de não ter nascido na Coreia. "Não sei se a estratégia vai dar certo, mas não custa tentar", diz o pretendente, em depoimento ao filme.
Rafael Garcia - Fonte: Folha de S.Paulo - 20/09/09.
Leia mais:
http://www.natgeo.com.br/especiais/a-grande-arvore-genealogica/sobre-spenser-wells.asp
Mais detalhes:
http://channel.nationalgeographic.com/channel/human-family-tree
Veja fotos:
http://news.nationalgeographic.com/news/2002/12/photogalleries/journey_of_man/
PAPEL DE PAREDE - CALADENIA PECTINATA
Seguindo uma trilha aromática, zangões na Austrália tomam liberdades com uma orquÃdea Caladenia pectinata. Certos de que o "lábio" vermelho é uma parceira, eles se roçam ali; um deles levará o pólen da planta. Toda orquÃdea tem uma pétala modificada para a polinização.
Caladenia pectinata; Vespa da subfamÃlia thynninae
Foto de Christian Ziegler. Confira: http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/papeis-de-parede/edicao-114-setembro-2009-494035.shtml?foto=21p.
Fonte: National Geographic - Setembro 2009.
PEIXE SOFRE, SIM
Eles não gritam nem choram, mas estudo da Purdue University, Estados Unidos, provou: peixes têm dor. Os pesquisadores anexaram ao corpo de peixinhos dourados aquecedores (projetados para o estudo, com sensores e dispositivo de segurança para evitar dano fÃsico) e, em metade do grupo, administraram o analgésico morfina. Em contato com a temperatura alta, todos se contorceram – o que, de inÃcio, levou a equipe a achar que apresentavam reações reflexivas ao calor. A surpresa veio depois: os peixes que receberam morfina ficaram tranquilos; os outros estavam assustados. “Isso mostra que o segundo grupo conscientemente percebeu a experiência como dolorosaâ€, afirma Joseph Garner, autor do estudo.
Amigo Bicho – Aline Angeli – Fonte: Cláudia – Setembro 2009.
Purdue University - http://www.purdue.edu/
MUSEU DO HOMEM DO NORDESTE
Entidade reúne o acervo de três antigos museus do Recife. Criado em 1979 na capital pernambucana, o Museu do Homem do Nordeste nasceu da fusão de três outros: O Museu de Antropologia (1961-1979), o Museu de Arte Popular (1955-1966) e o Museu do Açúcar (1963-1977). A iniciativa foi inspirada no sociólogo Gilberto Freyre (1900-1987), que desde 1924 pedia instituições regionais antropológicas. Para ele, era fundamental “a fundação, particularmente no Nordeste, de museus de um tipo novo: que reunisse valores expressivos da cultura e do ethos de gentes brasileiramente regionaisâ€. Essa é a proposta do espaço, reaberto em 2008 após quatro anos de reforma: usar artefatos regionais para contar a história e o cotidiano do povo nordestino.
Site oficial: http://www.fundaj.gov.br/docs/indoc/muhne/muhne.html.
Mário Araújo - Fonte: Aventuras na História – Edição 74.
8° FESTIVAL LIXO E CIDADANIA
Diversidade cultural na defesa do planeta. Confira os detalhes: http://www.festivallixoecidadania.com.br/.
Fonte: Correio Semanal - Número 40.
O BRASIL EM NÚMEROS
Como vai o Brasil? A mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de DomicÃlios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE), refere-se a 2008 e apresenta dados bastante curiosos. Como se sabe, trata-se do mais amplo levantamento no Brasil sobre temas tão diversificados e amplos como população, habitação, trabalho, educação e acesso a bens e infraestrutura.
Em certas áreas, a situação mostra evidentes sinais de melhora. Os brasileiros têm maior acesso a serviços de água, esgoto e lixo, e bens como telefone já estão presentes em mais de 80% dos lares. Também a internet deixa claro que veio para ficar: em 2007, eram 20% de brasileiros a usar essa forma de comunicação. Em 2008, houve um aumento desse número para 23,8%. Não é uma grande evolução, mas merece registro.
Também digna de destaque é a diminuição na taxa de desemprego: de 8,2%, em 2007, caiu para 7,2% em 2008. O mais importante é que essa baixa se deu através de carteiras assinadas. Em todo o paÃs, 2,113 milhões de empregados tiveram seus vÃnculos empregatÃcios registrados, o que significou um aumento de 7,1% em relação a 2007.
Mas não se pense que tudo são flores. Há dados que, a princÃpio, parecem absurdos: 18,5 % dos lares nordestinos ainda não possuem uma geladeira. Na região, o analfabetismo é o dobro do registrado em todo o Brasil. E 10,2% da população infantil - em números absolutos, são 4,452 milhões de crianças - está mergulhada no trabalho, para reforçar a renda doméstica. Ainda que esse número represente um avanço em relação a 2007, quando outras 367 mil crianças estavam no mercado de trabalho, a melhora, sem dúvida, foi discreta.
Em certas regiões, como o Centro-Oeste e o Nordeste, a desigualdade social continua muito intensa. Ainda são necessárias muitas ações para melhorar esse quadro, sobretudo após a crise internacional que derrubou alguns números, mas fica claro que o Brasil merece confiança.
Editorial - Fonte: O Tempo - 20/09/09.
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