SOLIDARIEDADE BRASILEIRA
BRASIL SOLIDÃRIO
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Advogado cria instituto e realiza sonho de levar educação, saúde e cultura a mais de 300 mil brasileiros carentes. Quando descobriu, aos 20 anos, que estava com diabetes, o advogado Luis Eduardo Salvatore decidiu ser feliz. Isso para ele significava realizar alguma coisa para melhorar a vida das pessoas mais carentes. Decidiu deixar o emprego, abdicar da carreira e seu primeiro passo foi viajar para uma aldeia no Alto Xingu, onde encontrou o que realmente queria fazer: ajudar a quem precisava a ter acesso a educação, saúde e cultura. Em troca da permissão para entrar na aldeia e fotografar os costumes indÃgenas, prometeu levar dentistas para cuidar da saúde bucal dos Ãndios. Ao ver o resultado, ficou encantado com a experiência.
Assim começou o seu projeto. Depois de quatro anos, nascia o Instituto Brasil Solidário (IBS), que criou em parceria com a irmã Ana Elisa.
Ex-empregada de uma agência de designer, ela abraçou a ideia e, em pouco tempo, a ação casual de Salvatore no Xingu se tornou um projeto que atende cerca de dez cidades por ano e, até 2007, contabilizou 343 mil beneficiados diretos. Os projetos sociais realizados pelo instituto são fundamentados na convivência, inovação e na necessidade real de cada municÃpio.
"Para nós, é uma grande conquista. Doamos a ferramenta e depois fazemos a gestão de todo o trabalho"
Luis Salvatore, diretor do Instituto Brasil Solidário
As equipes viajam por todo o Brasil para desenvolver os programas em comunidades socialmente desfavorecidas e com baixo Ãndice de Desenvolvimento Humano (IDH). Uma das ações implementadas nas escolas é a construção de "escovódromos" para incentivar a higiene dental diária, que é programada juntamente com o horário das aulas. Cada aluno ganha um kit para toda a famÃlia e aprende a escovar os dentes. "Houve diminuição de cáries e dor de dente, e até de evasão escolar que antes ocorria por esses fatores", diz Salvatore.
Neste ano, o instituto iniciou o Programa de Desenvolvimento Sustentável: Amigos do Planeta na Escola, que, em parceria com a Casas Bahia, vai atender dez cidades até 2011 com metodologias educacionais nas escolas e diversas ações voltadas à sustentabilidade, saúde, meio ambiente, teatro, música, cinema e inclusão digital. O IBS distribui às crianças em idade escolar kits com livros doados por editoras e material didático. A pasta é, muitas vezes, recebida por muitas crianças como um presente único. Algo a que elas dificilmente teriam acesso e serve de incentivo para os alunos. Além do material didático, em algumas cidades recebem instrumentos e educação musical - um dos pontos mais valorizados pelo IBS.
Outro programa importante é a Expedição Brasil Melhor, que, desde 2002, atua em parceria com o evento esportivo Rally Internacional dos Sertões. Essa ação social leva assistência médica e odontológica gratuita à s populações das cidades por onde passa a prova de corrida, monta bibliotecas, faz palestras educacionais, oferece capacitação profissional e entretém a população com teatro de marionetes e cinema. Somente em 2009, o IBS investiu cerca de R$ 1,2 milhão nesse programa, atendeu seis cidades e continuou a ação iniciada no ano anterior em outros oito municÃpios. Nesse perÃodo, 1.580 consultas médicas e oftalmológicas foram realizadas e 26.380 livros doados para escolas e alunos.
Givanilson Correia da Silva, 16 anos, é um dos muitos que foram beneficiados pelo instituto. Em 2008 era um dos melhores alunos do curso de fotografia, vÃdeo e rádio promovido pelo IBS em Balsas, no Maranhão. O projeto não só ensinou um ofÃcio ao jovem como o colocou no mercado de trabalho. Ele foi empregado por indicação do instituto e hoje desenvolve trabalhos de tratamento de imagens em uma loja e fotografa em eventos na cidade. "Com este incentivo, pretendo seguir a carreira e, quem sabe, ser até jornalista", disse Givanilson. O instituto acompanha o desenvolvimento do garoto em Balsas, assim como o de outros jovens beneficiados pelo PaÃs. "Para nós, é uma grande conquista. Doamos a ferramenta e depois fazemos a gestão de todo o trabalho. A gente começa a fazer não o nosso sonho, mas o daquela pessoa", afirma Salvatore.
Larissa Domingos - Fonte: Isto É – Edição 2079.
O Instituto: http://www.brasilsolidario.org.br/
PROGRAMA BRINQUEDOTECA MÓVEL
Bela iniciativa do Servas e governo de minas, o Programa Brinquedoteca Móvel, lançado em agosto, continua a entrega das 120 unidades na região metropolitana de Belo Horizonte e no interior. Segundo a presidente do Servas, Andrea Neves, o programa visa contribuir na recuperação de crianças e adolescentes em tratamento.
Paulo Navarro - Fonte: O Tempo - 16/09/09.
O programa: http://www.servas.org.br/brinquedoteca/o-que-e.aspx
PAPEL DE PAREDE - ANDALUZIA
Espraiando-se por um terreno já dividido por propriedades rurais andaluzas, as usinas Andasol 1 e 2 dependem da mesma fonte de energia que torna possÃvel o cultivo da terra. As plantas armazenam energia solar por meio da fotossÃntese; nessas instalações termo-solares, o armazenamento de parte da energia captada dos raios solares durante o dia se faz com o aquecimento de milhares de toneladas de sal fundido. O reaproveitamento desse calor após o crepúsculo lhes permite gerar eletricidade durante mais 7,5 horas.
Foto de Michael Melford. Confira: http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/papeis-de-parede/edicao-114-setembro-2009-494035.shtml?foto=22p.
Fonte: National Geographic - Número 114 - Setembro 2009.
MONA LISA DA CHINA
Um museu de Pequim, capital da China, montou uma exposição chamada Galeria viva. A atração mistura obras clássicas com tecnologias de interatividade, como 3-D, holografia e identificação de sons. O principal destaque da exposição é a Mona Lisa interativa. É uma réplica eletrônica da pintura de Leonardo da Vinci que sorri, acena e até conversa com os visitantes.
Confira o vÃdeo: http://www.youtube.com/watch?v=OwYFWtPdL3Y.
Bombou na Web (http://www.bombounaweb.com.br) - Fonte: Época - Edição 591.
HISTÓRIA MALUCA – ÃGUA ANTISSUICÃDIO
Quando o médico grego Sorano de Éfeso recebia pacientes deprimidos ou agitados demais em seu consultório, não tinha dúvida da receita a indicar: “Vá tomar banho! E beba águaâ€. Mas não em qualquer lugar. Tinha que ser em uma fonte que ficava perto de Roma. Vivendo no século 2 a.C., Sorano era um visionário: sabe-se hoje que tal fonte é rica em lÃtio, o principal medicamento usado para tratar distúrbio bipolar.
Rodrigo Rezende - Fonte: Aventuras na História – Edição 74.
PELO ENCANTO NÃO DIGITAL
O fotógrafo paulista Ed Viggiani acostumou-se a viajar pelo PaÃs, registrando cenas de cotidiano, religiões, cidades ou lances de futebol. Suas imagens refletem uma postura observadora, que capta momentos especiais sem que a presença do fotógrafo seja notada. “Estou voltado para o anônimo, não à imagem oficial. É uma mania de andar na contramãoâ€, diz. As temáticas brasileiras, sempre presentes em seu trabalho, formam também a exposição Meu Olho Esquerdo, na Caixa Cultural São Paulo, de 19 de setembro a 1º de novembro. Todas em preto e branco, as 40 imagens que formam a exposição foram realizadas em diferentes regiões brasileiras entre 1988 e 2008. De semelhante, guardam a maneira como foram reveladas. Autodidata, desde que começou a fotografar, no fim da década de 1970, Viggiani utiliza filmes analógicos e faz ampliações em papel fotográfico manualmente. Para ele, o fato de não aderir à s novas tecnologias força seu olhar a se manter mais consciente, obrigando-o a observar atentamente um ambiente antes de um disparo.
Camila Alam - Fonte: Carta Capital – Edição 563.
Mais detalhes: http://catracalivre.folha.uol.com.br/2009/09/meu-olho-esquerdo/
SUPERAÇÃO DE UM MITO VIA EDUCAÇÃO
Último paÃs a abolir a escravidão negra, em 1888, e com a segunda maior população negra mundial, menor apenas que a da Nigéria, o Brasil demorou mais de um século para começar a questionar o mito de democracia racial, principal combustÃvel do racismo velado e ainda presente na sociedade brasileira.
Só a partir dos anos 1990, fruto de reivindicações dos movimentos sociais, o Estado brasileiro reconheceu a relevância da questão étnico-racial para a superação dos problemas sociais, desenvolvendo uma série de ações e programas que hoje colocam o paÃs em posição destacada no cenário internacional.
A escolha da polÃtica educacional como eixo central nessa nova conjuntura sinaliza uma possÃvel mudança substantiva das relações étnico-raciais na sociedade.
A agenda étnico-racial brasileira teve seu ponto de inflexão na participação do Brasil na 3ª Conferência Mundial contra Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata da Unesco, em Durban, realizada em 2001.
Após a conferência ampliaram-se os espaços de implementação de polÃticas públicas inovadoras para a eliminação das desvantagens sociais enfrentadas especialmente pelos afrodescendentes, com a criação da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, no MEC, e da Secretaria Especial de PolÃticas de Promoção da Igualdade Racial.
É também a partir de Durban que as universidades brasileiras passam a implementar programas de ações afirmativas, tais como as cotas raciais.
Para a Unesco, o marco histórico dessa nova trajetória foi a promulgação, em 2003, da lei 10.639, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas de ensino fundamental e médio.
A lei estabelece que o conteúdo programático inclua a história da Ãfrica e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e a sua importância na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e polÃtica.
A lei contribui para a construção de um novo pacto social por meio do qual a valorização formal da cultura negra é reconhecida como uma das matrizes da sociedade brasileira.
Não se trata apenas da introdução de conteúdos no currÃculo escolar, mas de um instrumento para mudar concepções e práticas pedagógicas que estruturem novas relações na escola e na sociedade.
Por isso é importante que a lei saia do papel e vire uma prática. Apesar do esforço de alguns Estados e instituições, a sua aplicação ainda não é uma realidade na rede de ensino do paÃs devido a problemas como a falta de materiais didáticos adequados e a fragilidades na formação docente.
Duas importantes iniciativas, realizadas por meio de cooperação internacional com a Unesco, certamente contribuirão para a efetiva aplicação da lei nas práticas pedagógicas em sala de aula, promovendo um ensino mais coerente com a importância da cultura negra na história brasileira, evitando a imagem racializada e eurocêntrica do continente africano.
A primeira delas é o lançamento, em diferentes regiões brasileiras, do Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Em novembro próximo, no marco da comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra, serão lançados dois volumes da versão em lÃngua portuguesa da Coleção História Geral da Ãfrica, publicada pela Unesco após um trabalho desenvolvido durante 30 anos com a contribuição de 350 especialistas e 39 intelectuais, sendo dois terços africanos. Trata-se do primeiro estudo contado a partir da visão de pesquisadores nativos.
Espera-se que a coleção contribua para o desenvolvimento da educação mais focada na diversidade cultural como um valor, contribuindo assim para a ressignificação da contribuição africana na nossa história.
As mudanças no currÃculo escolar são ações de grande relevância, mas sabemos que só será possÃvel atingir a utopia da democracia racial e da igualdade social, tão almejada pelo Brasil, se pudermos construir uma história comum e firmar as bases de um diálogo intercultural genuÃno, capaz de transmitir uma mensagem universal de respeito à s diferenças, como bem lembrou o diretor-geral da Unesco, Koïchiro Matsuura, em mensagem por ocasião do Dia Internacional de Lembrança do Tráfico de Escravos e sua Abolição, comemorado em 23 de agosto.
Vincent Defourny, 49, doutor em comunicação pela Universidade Católica de Louvain, Bélgica, é representante da Unesco no Brasil (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Fonte: Folha de S.Paulo - 13/09/09.
Universidade Católica de Louvain - http://www.uclouvain.be/
Unesco - http://www.brasilia.unesco.org/
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