VESTIDO PARA MATAR
DRESSED TO KILL
English:
http://www.hrp.org.uk/TowerOfLondon/WhatsOn/Dressedtokill.aspx
See more:
http://www.dailymail.co.uk/news/article-1166382/How-Henry-VIII-dressed-kill-despite-rapidly-expanding-waistline.html
Se é nos arquivos que residem as melhores respostas, pode estar numa exposição de armaduras medievais a origem da expressão "Vestido para matar", amplamente reproduzida no fashion, na música e no cinema.
Montada na White Tower, localizada dentro do complexo da Torre de Londres, a mostra, cujo tÃtulo é exatamente "Dressed to Kill", faz um apanhado do guarda-roupa de guerra de Henrique VIII, rei temido por mulheres (ele teve seis e condenou duas delas à forca), homens e até dragões, segundo reza a lenda.
ConstruÃdas muitas vezes por artesãos italianos (veja a conexão com o fashion), as peças são verdadeiras obras de arte e trazem detalhes surpreendentes como a impressão das rosas da Casa Tudor, famÃlia de Henrique VIIII e Elizabeth I, como se fossem estampas, e outros requintes.
O material fica exposto até janeiro do próximo ano, mas o site oficial (www.hrp.org.uk) também traz informações importantes para quem não tiver planos de cruzar o Atlântico nos próximos meses.
Natália D'ornellas - Fonte: O Tempo - 01/11/09.
Veja mais:
http://www.dailymail.co.uk/news/article-1166382/How-Henry-VIII-dressed-kill-despite-rapidly-expanding-waistline.html
PAPEL DE PAREDE - DAMASCO
Damasco vista do topo do monte Qasiyun durante uma festa para celebrar o fim do Ramadã. Foto de Ed Kashi.
A foto: http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/papeis-de-parede/edicao116-novembro-2009-508917.shtml?foto=0p.
Fonte: National Geographic - Edição 116.
MANUAL DA PAIXÃO SOLITÃRIA
O escritor gaúcho Moacyr Scliar foi o grande vencedor do mais tradicional prêmio literário brasileiro, o Jabuti. Em cerimônia realizada na Sala São Paulo, "Manual da Paixão Solitária" (editora Companhia das Letras) foi escolhido melhor livro do ano de ficção.
Membro da Academia Brasileira de Letras, Scliar já foi agraciado três outras vezes com o Jabuti, em 1988, 1993 e 2000. Ele é autor de uma vasta obra, que compreende 63 tÃtulos entre contos, romances, crônicas, ensaios e ficção infanto-juvenil.
O livro vencedor, que retrata episódio bÃblico de forma provocativa, já havia ganhado na categoria romance. Ao receber o prêmio, Scliar lembrou os pais. "Meu pai era um grande contador de histórias enquanto minha mãe criava condições para que eu pudesse ler", disse o escritor. "O Jabuti tornou-se o Oscar literário do Brasil", comentou Scliar. "Saio daqui convencido de que minha carreira como escritor teve algum sentido."
Já o Jabuti de melhor livro de não-ficção ficou com "Monteiro Lobato - Livro a Livro" (Unesp/Imprensa Oficial), organizado por Marisa Lajolo e João LuÃs Ceccantini, que analisa a obra infantil de Lobato. Os livros do ano levaram R$ 30 mil cada.
Lupa - Fonte: O Tempo - 06/11/09.
Jabuti 2009 - http://www.cbl.org.br/jabuti/
Manual da Paixão Solitária - http://www.submarino.com.br/produto/1/21459951/manual+da+paixao+solitaria
Monteiro Lobato - Livro a Livro - http://forum.unesp.br/int_noticia_imgesq.php?artigo=4628
ATIVO INTANGÃVEL
Na Era da Informação o conhecimento está se transformando no recurso organizacional mais importante das empresas. Uma riqueza muito mais importante e crucial do que o dinheiro. Gradativamente, o capital financeiro, que predominou na Era Industrial, está cedendo lugar para o capital intelectual - um capital invisÃvel composto de ativos intangÃveis - como a base fundamental das operações empresariais. (Idalberto Chiavenato).
Fonte: Revista Brasileiral de Administração - Ano XIX - Número 22.
GRANDES PALAVRAS
Palavrões em livros didáticos. Uma mistura curiosa, pois se nada é mais didático que um palavrão, seu nicho ecológico não pode ser o ensino formal. Ensinado à s crianças por sisudos educadores, o palavrão deixa de ser palavrão, vira palavra. Seu encanto é a saliência, nascida do não-dizer. A atração das crianças pelas palavras feias vem daÃ, elas aprendem que tais palavras são proibidas, e por isso mais encantadoras que as outras. Sabiamente, as religiões fazem o mesmo: os termos divinos tornam-se impronunciáveis (não diga Seu nome em vão) e, portanto, mais maravilhosos.
Na conservadora Lisboa dos anos 70, lembro-me de como meus coleguinhas e eu nos deliciávamos com palavras proscritas. Já fui publicamente humilhado pela professora (de quem, aliás, morro de saudades) por conta de um palavrão. Em sociedades moralmente agrárias e católicas como a brasileira e a portuguesa, palavrão é o que a criança não diz na frente dos pais, dos professores, da autoridade. É o que se diz secretamente, só pro melhor amigo, e mesmo assim de noite, baixinho, debaixo das cobertas. Novamente por essa moralidade agrária, o palavrão também é associado à gente pobre: é da boca do vulgo (na senzala, na cozinha) que saem vulgaridades, embora, pela histórica associação da classe senhorial com as modas da metrópole, seja no salão requintado que as baixezas da fala se misturam às baixelas de prata.
Nas cidades cosmopolitas, o palavrão perde a saliência mágica e mistura-se à s palavras mundanas. No Rio e em Londres, por exemplo, as duas palavras mais execradas nas respectivas lÃnguas foram incorporadas ao falar cotidiano e viraram um coringa linguÃstico, como o "pá" português, o "bah" gaúcho ou o "uai" mineiro. Outra, referente ao órgão masculino, enriqueceu-se urbanamente e tanto pode significar uma coisa excelente (do X), insatisfação (que X) ou surpresa (X!). Quem já leu Gregório de Mattos, mestre da flor do Lácio de 300 anos atrás, sabe o quanto isso é antigo, produtivo e literário na lÃngua portuguesa.
TÃpico no pensamento ocidental é a associação entre palavrão e as desvalorizadas emoções, que devemos controlar pela racionalidade ou elevação espiritual. É o que se diz na hora da raiva. Ou do amor. Se quiser saber se uma palavra é feia, um bom teste negativo é procurá-la no jornal. Se encontrar, não é palavrão. Ao contrário de termos publicáveis que se referem à guerra, à fome, à doença e até à escatologia e ao sexo (para alguns, matérias-primas do palavrão), a má palavra não tira sua força do significado, mas do não-uso.
Oponho-me veementemente à inclusão de palavrões nos livros didáticos, pois sou um admirador desse rico vocabulário proibido, e torço por sua sobrevivência. Os moralistas que não gostam de palavras feias, por outro lado, devem fazer uma campanha para sua incorporação massiva aos livros didáticos (atualizados anualmente, claro). Seria o fim das grandes palavras.
Beto Vianna - Linguista - Fonte: O Tempo – 05/11/09.
SUFIXOS PERDEM SENTIDO ORIGINAL
Nem tudo é o que parece -e isso também se aplica à lÃngua. Estamos acostumados a associar a terminação "-inho(a)" das palavras ao grau diminutivo e a terminação "-ão" ao seu grau aumentativo.
Em muitos casos, estaremos agindo acertadamente, mas nem sempre. "Galinha", "farinha" e "rainha", por exemplo, estão no seu grau normal.
"Pão", "cão" ou "alemão", por sua vez, não são aumentativos.
A interpretação popular dos fenômenos linguÃsticos, no entanto, pode dar origem a novos termos. A palavra "botequim", no grau normal, por causa da sua terminação, foi confundida com um diminutivo e deu origem ao tão popular "boteco".
A perda do sufixo (no caso, um falso sufixo) fez surgir outra palavra, num processo chamado derivação regressiva. Foi isso, aliás, o que ocorreu com "sarampão", o nome original da doença que hoje conhecemos como "sarampo". Por parecer um aumentativo, acabou perdendo o falso sufixo ("-ão").
Na história da lÃngua, também ocorreu outro fenômeno relativo aos sufixos de diminutivo e de aumentativo. Muitas vezes, eles foram perdendo a informação semântica especÃfica e deram origem a novas palavras, isto é, os termos passaram por um processo de ressignificação graças ao apagamento da noção de tamanho antes presente nos sufixos.
O "camarim", por exemplo, hoje o recinto onde os atores se preparam antes de entrar em cena, era um diminutivo de "câmara", esta entendida como um aposento da casa, em especial o quarto de dormir. "Selim", o assento da bicicleta, é um diminutivo de "sela"; "cutÃcula", diminutivo erudito de "cútis", é a pelÃcula que cresce em torno das unhas; "glóbulo" é um diminutivo de "globo" etc.
"Caixão", por exemplo, já não se usa como aumentativo de "caixa" -e "caixinha", por sua vez, pode ser até um sinônimo de gorjeta, já num processo figurativo metonÃmico.
"Portão", "cartão", "papelão" e mesmo "palavrão" também não funcionam como aumentativos. O diminutivo de "folha" é "folhinha", mas "folhinha" também pode ser um sinônimo de calendário. Também são os sufixos de diminutivo que aparecem em termos como "camiseta" e "camisola" - caso em que o uso consagrou diferentes significados em cada lado do Atlântico.
Os portugueses chamam de "camisola" o que por aqui chamamos de "camiseta".
A palavra "estilete" também carrega um sufixo de diminutivo. Sim, trata-se de um diminutivo de "estilo", que, no passado, longe do abrangente leque de significados que tem hoje, era um ferro pontudo que se usava para escrever em tábuas enceradas.
A viagem pela história das palavras é um caminho para adentrar o fascinante estudo da lÃngua.
ThaÃs Nicoleti de Camargo - consultora de lÃngua portuguesa do Grupo Folha-UOL - Fonte: Folha de S.Paulo – 03/11/09.
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