DOBRE QUALQUER COISA
A MAGIA DO ORIGAMI
English:
http://blogs.ngm.com/blog_central/2009/09/confessions-of-an-origami-novice-i-fold.html
GaranhĂŁo de papel de Robert Lang.
Tudo pode ser feito com origami - desde aves e insetos até stents arteriais e telescópios. à só uma questão de matemåtica.
Uma folha de papel, sem cortes: mesmo em sua forma mais simples, o origami, a arte japonesa de dobrar papel, encanta. Desde que o mais antigo manual conhecido, o :
Mil Grous, foi publicado no JapĂŁo em 1797, bandos de aves de papel pousaram nas janelas. Nos Ășltimos tempos, porĂ©m, essa arte tradicional foi revitalizada por outra forma de expressĂŁo: a matemĂĄtica. Ao descrever o que fazem em termos numĂ©ricos e desenvolver projetos com computador, os origamistas deram um salto do papel para o metal e o plĂĄstico e do brinquedo para a tecnologia. Objetos dobrados foram levados ao espaço e, no futuro, Ă© bem possĂvel que um deles seja introduzido em nossas artĂ©rias. "JĂĄ se comprovou matematicamente que podemos criar qualquer forma com dobraduras", diz o fĂsico Robert J. Lang, que hĂĄ oito anos abandonou o trabalho para se dedicar ao origami. "Conseguimos resolver o problema de criar qualquer tipo de apĂȘndice."
Cada apĂȘndice consiste em uma borda dobrada, e cada borda usa uma porção circular, um quarto ou a metade de um cĂrculo, do quadrado original. Essa foi uma descoberta crucial, diz Lang, pois revelou um vĂnculo entre o problema bĂĄsico dos origamistas - como planejar as dobras para dar forma a uma folha de papel - e um enigma matemĂĄtico secular: como preencher um quadrado com cĂrculos. Essa questĂŁo permitiu que os origamistas criassem figuras complexas e vislumbrassem aplicaçÔes tecnolĂłgicas. Quando engenheiros encarregados de projetar airbags perguntaram a Lang a melhor maneira de dobrĂĄ-los em um carro, ele encontrou a solução no algoritmo desenvolvido para insetos de papel.
Essa, contudo, não foi a primeira aplicação pråtica da técnica do origami. Em 1995, engenheiros japoneses lançaram um satélite com um conjunto de painéis solares pregueados que se dobravam como um mapa para caber em um foguete. Uma vez em órbita, ele se desdobrou para receber os raios solares. Após isso, Lang ajudou no projeto de uma lente de telescópio espacial do tamanho de um campo de futebol que se fecha como guarda-chuva. O protótipo, quando aberto, tem o tamanho de 5 metros.
Os pesquisadores tambĂ©m trabalham em escala oposta, criando stents desdobrĂĄveis para manter abertas artĂ©rias e caixas feitas de DNA autodobrĂĄvel, bilhĂ”es de vezes menores que um grĂŁo de arroz e capazes de transportar drogas atĂ© cĂ©lulas enfermas. Basta conversar com um origamista para entrever novas possibilidades se abrindo no futuro. Um dia, diz Erik Demaine, do MIT, "vamos ter robĂŽs capazes de se reconfigurar e assumir novas formas", como no desenho animado Transformers. No futuro, especula Lang, toda a mirĂade de componentes de um edifĂcio poderia ser feita das mesmas folhas, dobradas em mirĂades de formas. "Ainda nĂŁo chegamos ao limite do origami", diz ele. "Nem sabemos quais sĂŁo esses limites."
Por Jennifer S. Holland - Foto de Rebecca Hale - Fonte: National Geographic - Ano 10 - NĂșmero 115.
VĂdeo: http://blogs.ngm.com/blog_central/2009/09/confessions-of-an-origami-novice-i-fold.html
PAPEL DE PAREDE - MONTANHAS AKAKUS
Areia propelida por fortes ventos escavaram um arco nas montanhas Akakus. O clima em deterioração forçou antigos povos a bater em retirada, deixando as belezas do Fezzan em paz. Foto de George Steinmetz.
Confira: http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/papeis-de-parede/edicao115-outubro-2009-501101.shtml?foto=11p.
Fonte: National Geographic - Ano 10 - NĂșmero 115.
LIĂĂES DE PIANO
O site Zebra Keys (http://www.zebrakeys.com/) disponibiliza 50 liçÔes para aprender a tocar piano pela internet. Alunos maiores de 13 anos podem aprender com animaçÔes e dicas de DVDs e livros. Outra dica é o site http://pianoencyclopedia.com/, no qual podem ser encontrados livros eletrÎnicos gratuitos e espaços de discussão.
notas - Fonte: Folha de S.Paulo â 28/10/09.
DE FRANCES.PERKINS@ORG PARA D.ROUSSEFF@GOV
Prezada Ministra Dilma Rousseff,
Quase certamente a senhora nunca ouviu falar de mim. Chamei-me Frances Perkins e fui a primeira mulher a ocupar um ministério no governo americano. Fui secretåria do Trabalho de 1933 a 1945, entrei com Franklin Roosevelt e saà quando ele morreu.
Escrevo-lhe porque meu chefe pediu. Ele tem muito interesse pelo trabalho do seu presidente e soube que vocĂȘs trabalham numa Consolidação das Leis Sociais. TambĂ©m acredito que posso lhe dar algumas sugestĂ”es.
VĂĄ fundo ministra. Faça logo tudo o que se quer fazer. Quando eu cheguei Ă Casa Branca, as vendedoras do Bloomingdale's cumpriam jornadas de 14 a 16 horas. Os Estados Unidos nĂŁo tinham salĂĄrio mĂnimo, PrevidĂȘncia pĂșblica, seguro-desemprego nem plano de saĂșde universal. Quando saĂ, a jornada era de oito horas, os trabalhadores tinham aposentadoria e proteção no desemprego. Deixamos o plano de saĂșde para depois e deu no que deu.
Essas coisas nĂŁo saĂram a preço de custo. A Corte Suprema se tornara um estĂĄbulo do patronato. A PrevidĂȘncia era coisa de socialista e o vice-presidente quis mandar o ExĂ©rcito acabar com uma greve a bala. Diziam que nĂŁo era Frances Perkins, mas Mathilda Watsky, nem seria americana e protestante, mas judia e russa.
Dona Dilma, minha militĂąncia social começou na tarde de 25 de março de 1911. Eu estava tomando chĂĄ no palacete de uma amiga e ouvimos a sirene dos bombeiros. Fomos ver incĂȘndio e presenciamos a tragĂ©dia da FĂĄbrica TriĂąngulo. Morreram 146 operĂĄrias, quase todas italianas ou judias. As moças se atiravam do nono andar. Eu vi.
Passei a vida negociando com empresĂĄrios e lĂderes sindicais. Sempre tive um fraco por gente rica. Minhas amigas progressistas eram chamadas de "Brigada do Vison". Nesse sentido, acho que a senhora circula pouco na ĂĄrea atapetada. Erro. Eu consegui que o empresariado aceitasse a sindicalização dos trabalhadores e quem me ajudou foi o presidente da US Steel. Depois ele foi nomeado embaixador no Vaticano. Quero lhe confessar que nunca gostei de sindicalistas, mas negociei umas 200 greves, algumas das quais com mortos, e uma delas com dinamite.
Sei que acusam a senhora de mal-humorada. Ă coisa de homem. Pegue mais pesado. Quando fui assumir a secretaria, o meu antecessor disse que eu deveria esperar, pois ele tinha um compromisso para o almoço. Respondi que estava muito bem, pois assim terĂamos tempo para tirar as coisas dele da sala. Tenho horror a jornalistas e acho que vivi melhor assim. Eu adorava mentir para eles. (AliĂĄs, meu nome nĂŁo era Frances, mas Fannie.)
Faça a Consolidação das Leis Sociais ampliando os programas que jĂĄ existem e crie outros. O GetĂșlio Vargas, que Ă© amigo do meu chefe e detesta o seu, diz que o Bolsa FamĂlia Ă© demagogia, mas gosta do ProUni. Eu gosto de todos.
Sei que a senhora Ă© candidata a presidente da RepĂșblica e que estĂĄ sendo acusada de buscar alianças com larĂĄpios. Faz muito bem. Quando o corrupto vem para o nosso lado, podemos confiar na sua lealdade. Eles nunca me decepcionaram.
Finalmente, um conselho: procure economizar. Eu conheço o seu patrimÎnio. à menor que o meu quando fui para o governo. Pois até vir para cå, em 1965, aos 85 anos, eu morava de favor na Universidade de Cornell.
Muito cordialmente,
Frances Perkins
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo â 28/10/09.
GRĂMIO ESTUDANTIL: COMO MONTAR O SEU
O que Ă©?
à uma organização que representa os alunos de uma escola. à formada apenas por estudantes. Além de reivindicar seus direitos e resolver conflitos, os participantes podem organizar eventos no colégio, como competiçÔes e festinhas.
Todo mundo pode ter?
A lei nÂș 7.398, de 1985, diz que todo aluno dos ensinos fundamental e mĂ©dio tem direito a formar um grĂȘmio. A escola nĂŁo pode impedir.
Existe um limite para a atuação?
A lei não diz nem que sim nem que não. Mas é importante buscar sempre dialogar e negociar seus pedidos, nunca extrapolando o bom senso da reivindicação.
Por onde eu começo?
Se sua escola ainda nĂŁo tem grĂȘmio, proponha a criação de um para a direção e siga esses cinco passos:
>> Convide os alunos para formar a comissĂŁo prĂł-grĂȘmio, que vai elaborar um estatuto com as regras da entidade
>> Convoque uma assembleia geral, aberta a todos os estudantes, para definir o nome do grĂȘmio, a data das eleiçÔes e aprovar o estatuto
>> Organize as eleiçÔes para a primeira diretoria. O voto deve ser direto e secreto
>> Envie uma cĂłpia da ata da eleição (o resumo de como foi) e do estatuto do grĂȘmio para a direção da escola
>> A direção deve reconhecer a existĂȘncia do grĂȘmio
Que tipo de evento posso organizar?
Pense em montar espetåculos, fazer exposiçÔes de arte, shows de bandas de alunos, gincanas, um jornalzinho... Mas não se esqueça de consultar a escola e seus colegas sobre suas ideias.
O que devo reivindicar?
A solução para tudo o que estiver incomodando vocĂȘ e seus colegas. Mas entenda caso sua escola nĂŁo possa atender os pedidos. Pode haver uma sĂ©rie de dificuldades estruturais.
Ainda tenho dĂșvidas!
No site http://www.soudapaz.org/, vocĂȘ encontra manuais sobre como montar um grĂȘmio. HĂĄ tambĂ©m um modelo de estatuto para consulta.
Fonte: Folha de S.Paulo â 26/10/09.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php