FELIZ ANO NOVO COM ARTE
2011 COM MUITA ARTE
English:
http://www.daylife.com/photo/0bJ80ff80ragG?q=Harwinder+Singh+Gill
See more of the Indian artist Harwinder Singh Gill:
http://www.daylife.com/search?q=Harwinder+Singh+Gill+
O indiano Harwinder Singh Gill apresenta sua arte ao talhar nos lĂĄpis de cor a frase "happy new year 2011" (Feliz Ano-Novo 2011).
Fonte: Folha de S.Paulo - 31/12/10.
Veja mais da arte do artista indiano:
http://www.daylife.com/search?q=Harwinder+Singh+Gill+
ESPERANĂA DE UM BOM ANO
Escreve-se muito sobre este interessante e recorrente fenÎmeno que é a renovação de esperanças, propósitos e projetos em cada ano novo. A simples virada de uma pågina no calendårio provoca nas pessoas até mesmo a revisão dos valores e dos objetivos, como se tudo fosse começar do zero.
O que alimenta essa curiosa atitude Ă© a esperança. Sempre comento com meus alunos na universidade que a esperança Ă© o grande combustĂvel da vida. Para que seguir se nĂŁo houver a expectativa de que as coisas vĂŁo melhorar, o futuro Ă© promissor e tudo vai dar certo? Se nĂŁo hĂĄ esperança de dias mais risonhos, a vida nĂŁo faz sentido.
à esse fantåstico mecanismo que empurra a humanidade para a frente; os casais querem gerar filhos, sonham com a formação escolar deles, com o casamento deles, com os netos, os bisnetos e assim segue o trem da história: com a esperança de que os pósteros terão boa sorte.
E para isso lutamos, trabalhamos e nos comprometemos com a construção de um mundo melhor.
Mas, sem dĂșvida, a mais perfeita sĂntese dessa maravilha Ă© o agricultor: ele Ă© alimentado pela esperança todo o tempo, alĂ©m atĂ© da virada do ano.
A maior demonstração disso Ă© o prĂłprio ato que simboliza sua profissĂŁo: plantar uma semente. SĂł pode ser um ato de esperança e tambĂ©m de fĂ©: ele acredita que haverĂĄ calor e umidade suficientes para que no interior daquele grĂŁozinho vĂĄ acontecer um extraordinĂĄrio processo fisiolĂłgico que provocarĂĄ a emissĂŁo de raĂzes e de uma futura parte aĂ©rea.
O agricultor acredita que essa segunda parte atravessarĂĄ a camada de terra que estĂĄ sobre a semente, enfrentarĂĄ seca, geada, granizo, pragas e doenças; que no solo haverĂĄ nutrientes; que a colheita serĂĄ boa; que os preços remunerarĂŁo a tal ponto que serĂĄ possĂvel pagar os bancos, os impostos e demais custos, e ainda sobrarĂĄ recursos para reformar as mĂĄquinas e equipamentos e tocar para a frente. Ă essa esperança lastreada na confiança que o agricultor tem em si e em seu trabalho que o move e o anima e que, a cada final de ciclo agrĂcola, faz com que ele repita, ano apĂłs ano (porque nunca tudo acontece positivamente, sempre tem algum problema pelo caminho), que "o ano que vem serĂĄ melhor".
Mas, desta vez, o homem do campo tem boas razĂ”es para achar que 2011 serĂĄ mesmo um bom ano. Vem chovendo dentro do esperado (Ă© claro que um paĂs tĂŁo grande como o nosso tem regiĂ”es onde sobra ou falta ĂĄgua) e os preços estĂŁo, em geral, acima das mĂ©dias histĂłricas.
AlĂ©m dos preços dos grĂŁos, cafĂ© e laranja tĂȘm as cotaçÔes mais altas dos Ășltimos anos e o açĂșcar, as carnes e o algodĂŁo estĂŁo com oferta menor do que a demanda.
NĂŁo hĂĄ indicação de queda brusca desses preços, mesmo sabendo que parte deles se deve Ă especulação, o que Ă© um risco; hĂĄ equilĂbrio mundial entre produção e consumo, e este vem se aquecendo sobretudo nos paĂses emergentes onde a crise financeira fez menos estragos.
AlĂ©m disso, temos governo novo em BrasĂlia, nos Estados, um Congresso renovado, e estĂĄ todo mundo querendo acertar. E tambĂ©m temos o horizonte desenhado pela OCDE, segundo a qual o Brasil precisa aumentar em 40% a produção de alimentos, em dez anos, para que o mundo todo aumente sua prĂłpria capacidade produtiva em 20% nesse perĂodo e possa atender a explosiva demanda global.
Hå, portanto, uma conjugação de vårios fatores favoråveis para que o produtor brasileiro espere mesmo um bom ano em 2011.
Vai sempre ser preciso que o governo nĂŁo atrapalhe, que resolva logo a questĂŁo do CĂłdigo Florestal, que reforme as leis obsoletas, que faça investimentos substanciais em logĂstica e em infraestrutura (um dos nossos maiores gargalos), coloque recursos abundantes e tempestivos Ă disposição dos produtores e monte uma boa estratĂ©gia integrando todos os ministĂ©rios e os ĂłrgĂŁos afins.
Se isso acontecer, a agricultura irĂĄ bem e empurrarĂĄ o paĂs todo para um futuro tambĂ©m melhor.
E hå fundadas esperanças de que isso aconteça!
Roberto Rodrigues, 67, coordenador do Centro de AgronegĂłcio da FGV, presidente do Conselho Superior do AgronegĂłcio da Fiesp e professor do Depto. de Economia Rural da Unesp - Jaboticabal, foi ministro da Agricultura (governo Lula).
Fonte: Folha de S.Paulo - 01/01/11.
Centro de AgronegĂłcio da FGV - http://www.eesp.fgv.br/centro_de_estudo_detalhe.php?idCentroEstudo=5
Conselho Superior do AgronegĂłcio da Fiesp - http://www.fiesp.com.br/irs/agronegocio/default.aspx
Depto. de Economia Rural da Unesp - Jaboticabal - http://www.fcav.unesp.br/departamentos/economia/index.php
Ministério da Agricultura - http://www.agricultura.gov.br/portal/page/portal/Internet-MAPA/pagina-inicial
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php