NEGĂCIOS...
âDOING BUSINESS 2013â
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A TRAVA E AS CHAVES: BRASIL EMPACA EM RANKING GLOBAL DE INCENTIVO A NEGĂCIOS
Nos 8 anos medidos por indicador do Banco Mundial, paĂs subiu sĂł 0,5 ponto. GeĂłrgia registrou o maior progresso em reformas para tornar ambiente mais rĂĄpido, prĂĄtico e previsĂvel.
O Brasil apresentou, nos Ășltimos oito anos, um avanço pĂfio em direção ao que o Banco Mundial classifica como a fronteira de excelĂȘncia para a realização de negĂłcios.
Evoluiu apenas 0,5 ponto percentual, para 47,5 (em uma escala de 0 a 100) em direção ao patamar regulatório e institucional considerado o melhor existente, segundo indicadores que usam dados de 174 naçÔes, desde 2005.
O paĂs patina entre as 20 naçÔes com menor avanço nessa medida, chamada de "distĂąncia atĂ© a fronteira". Ela passou a ser calculada pelo Banco Mundial como complemento ao ranking do relatĂłrio "Doing Business".
Os paĂses que mais tĂȘm se destacado sĂŁo chamados de "top reformers" (principais reformadores). A GeĂłrgia, que teve o maior progresso de 2005 a 2012, evoluiu 31,5 pontos percentuais; a ColĂŽmbia, melhor entre os latino-americanos, avançou 15,3 pontos.
O desempenho dos "top reformers" Ă© creditado a reformas para tornar o ambiente de negĂłcios mais rĂĄpido, prĂĄtico e previsĂvel. Pesquisas recentes tĂȘm medido o impacto positivo dessas mudanças.
Segundo o Banco Mundial, um avanço de dez pontos percentuais em direção à "fronteira" leva ao registro de uma nova empresa para cada 1.000 pessoas em idade ativa por ano. Melhoras em educação e infraestrutura também são fundamentais.
O forte aumento da renda per capita da Coreia Ă©, por exemplo, creditado em grande parte a um salto educacional. No inĂcio da dĂ©cada de 50, o PIB per capita da Coreia era 12% menor do que o do Brasil. Em 2010, jĂĄ era aproximadamente o triplo (as medidas sĂŁo ponderadas pelo poder de compra).
A desaceleração da economia do Brasil nos Ășltimos anos Ă© relacionada Ă falta de reformas para reduzir a burocracia e melhorar a educação e a infraestrutura.
O Banco Mundial registrou progressos recentes feitos pelo paĂs, como a maior sincronização eletrĂŽnica entre as autoridades tributĂĄrias federais e estaduais e a criação do cadastro de crĂ©dito positivo. Mas outras naçÔes tĂȘm avançado em ritmo mais rĂĄpido.
No best-seller "Por que as NaçÔes Fracassam", lançado em 2012, os economistas Daron Acemoglu e James Robinson mostram o papel crucial, na prosperidade das naçÔes, de instituiçÔes que reforçam direitos de propriedade e incentivam investimentos em tecnologias e talentos.
Ărica Fraga â Fonte: Folha de S.Paulo â 20/10/13.
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