O CABOCLO
24 DE JUNHO - DIA DO CABOCLO
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Foto: O Famoso Picador de Fumo. Consagrado por retratar o mourejar do interiorano, o pintor Almeida Junior (1850-1899) Ă© autor da inconfundĂvel tela "O Caipira Picando Fumo". Mas que caipira era esse? Dona OfĂ©lia Fonseca de Almeida revela que o personagem era figura real: "NhĂŽ Joaquim era um tipo alto, esguio e reservado, que conheci muito. Morava esse caboclo com seus irmĂŁos num rancho em terreno de nossa fazenda; plantavam o necessĂĄrio para comer e de lĂĄ nĂŁo saĂam e nem apareciam a ninguĂ©m". Pra quem quiser espiar, a tela faz parte do acervo da Pinacoteca do Estado, em SĂŁo Paulo.
Fonte: Almanaque Brasil - NĂșmero 110.
O caboclo, ou mameluco, vem da miscigenação da raça branca com a indĂgena, com predominĂąncia dessa Ășltima. O resultado dessa mescla, Ă© uma raça forte e bonita. A miscigenação Ă© o resultado da mistura de povos diferentes e os brasileiros herdaram essa mestiçagem desde a Ă©poca da colonização. Podemos dizer que uma quarta parte da população brasileira sĂŁo descendentes de Ăndios e branco.
O Ăndio amazĂŽnico, por seu temperamento dĂłcil, foi facilmente dominado pelo branco colonizador. Como os colonizadores europeus geralmente vinham para o Brasil sozinhos, sem as esposas, as aborĂgines acabavam alvo de assĂ©dios sexuais e serviam de matrizes para a criação da raça cabocla.
Esse assĂ©dio era tĂŁo comum, que o fundador da cidade de SantarĂ©m (PA), um padre chamado JoĂŁo Felipe Betendorf, confinava as Ăndias solteiras em uma espĂ©cie de curral, por um perĂodo de tempo, sob pretexto religioso, mas o real motivo era protegĂȘ-las do colonizador branco. Ao longo do sĂ©culo XVIII, o homem branco europeu tambĂ©m percorreu a regiĂŁo sul e encontrou muitas tribos indĂgenas em seu caminho. A miscigenação de brancos e Ăndios foi inevitĂĄvel. A tradição agrĂcola dos indĂgenas Ă© um legado ao caboclo, que manteve o mesmo apego Ă terra de seus antepassados.
Com o passar dos anos, o termo caboclo passou de Ă©tnico-produtivo Ă social-produtivo por reconhecer como caboclo todo indivĂduo que se dedica Ă economia agrĂcola de subsistĂȘncia, seja ele de origem indĂgena ou nĂŁo. Perante a constituição, todos os seres humanos tĂȘm direitos, independente de raça, cor e religiĂŁo. Infelizmente, esses direitos da cidadania muitas vezes nĂŁo sĂŁo respeitados em função de um racismo ainda existente no Brasil.
O que devemos lembrar Ă© que todos nĂłs brasileiros descendemos de "Ăndios e negros" e que nossos antepassados foram os responsĂĄveis pela construção do nosso paĂs, portanto, a miscigenação deve ser exaltada e respeitada, pois nĂłs somos essa mistura de raças e nĂŁo hĂĄ sentido mantermos o preconceito em nosso paĂs.
Fonte: http://www.brasilcultura.com.br
O CAIPIRĂS CAI NA PROVA
No municĂpio mineiro de Carmo do Rio Claro, a Secretaria Municipal de Educação oficializou o projeto Vida Rural na rede de ensino. Ă o caipirĂȘs como matĂ©ria sobre linguagem, crendices, mĂșsica e medicina popular. O objetivo Ă© valorizar a identidade do povo que mora no interior. Com isso, desde cedo os pititicos jĂĄ se dĂŁo conta de que a cultura caipira Ă© motivo de orgulho.
Fonte: Almanaque Brasil - NĂșmero 110.
Saiba mais:
http://www.proec.ufg.br/revista_ufg/agro/T34_linguagem.html
"A experiĂȘncia Ă© uma chama que sĂł ilumina queimando" (Benito PĂ©rez GaldĂłs).
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http://www.faculdademental.com.br/fale.php