Ă NATAL!!!
CIENTISTAS DESENVOLVEM ĂRVORE DE NATAL QUE NĂO PERDE FOLHAS
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http://www.nytimes.com/2012/12/06/garden/building-a-better-christmas-tree.html?ref=garden
Washington State University â
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Uma ĂĄrvore perene de dois metros de altura terĂĄ mais ou menos 350 mil folhas em formato de agulha. E, se tudo der certo para Gary Chastagner nesta temporada, poucas delas vĂŁo acabar no chĂŁo da sua sala.
Como fitopatologista da Universidade Estadual de Washington, Chastagner, 64, dirige um da meia dĂșzia de laboratĂłrios de pesquisas para ĂĄrvores de Natal que existem nos EUA.
Ele estĂĄ trabalhando em um projeto de US$ 1,3 milhĂŁo que sequencia o RNA de ĂĄrvores para tentar descobrir os genes associados Ă perda das folhas.
Por que fazer isso? "Bom, o setor das ĂĄrvores de Natal Ă© um setor de US$ 1 bilhĂŁo", diz ele.
A Associação Americana da Ărvore de Natal, uma entidade setorial, estima que cerca de 15 mil fazendas e plantaçÔes irĂŁo vender mais de 20 milhĂ”es de ĂĄrvores neste ano. Talvez um quarto delas venha de propriedades de quatro a seis hectares que usam tĂ©cnicas bĂĄsicas de manejo e equipamentos primitivos, segundo Dennis Tompkins, arborista que por quase duas dĂ©cadas editou a revista "American Christmas Tree Journal". Os maiores produtores colhem atĂ© 1 milhĂŁo de ĂĄrvores por ano e as transportam de helicĂłptero. Uma fazenda pequena pode cultivar atĂ© 30 mil pĂ©s.
HĂĄ 32 anos, Chastagner conduz algumas das mais importantes pesquisas relativas ao cultivo de ĂĄrvores de Natal, inclusive investigando doenças graves das conĂferas. Num dia recente no laboratĂłrio de Chastagner, sucessivas prateleiras abrigavam centenas de galhos cortados -talvez 5.000 no total. O projeto, em termos mais amplos, envolveu avaliar os hĂĄbitos e o ritmo de crescimento das ĂĄrvores, a data de surgimento dos brotos e sua resistĂȘncia a doenças e as preferĂȘncias do consumidor.
Mas, na experiĂȘncia de hoje, uma tĂ©cnica solitĂĄria, Kathy Riley, estava contando as folhas pontiagudas caĂdas de cada galho. Ela ditava uma estimativa do percentual das folhas no chĂŁo, com base numa escala de um a sete. Um assistente anotava esses nĂșmeros numa enorme planilha.
O que os detetives do RNA esperam descobrir Ă© o polimorfismo de nucleotĂdeo Ășnico (ou seja, a variação) que controla a queda das folhas. Os cientistas poderĂŁo usar essa informação para desenvolver um teste genĂ©tico de campo. EntĂŁo, os coletores de conĂferas em florestas e em viveiros controlados poderiam rapidamente analisar uma ĂĄrvore antes de colher suas sementes para vendĂȘ-las aos arboricultores.
No futuro, os produtores poderĂŁo tentar manter viveiros apenas com ĂĄrvores superiores.
Em um recĂ©m-lançado livro sobre a histĂłria da ĂĄrvore de Natal, o alemĂŁo Bernd Brunner estabelece suas origens no sĂ©culo 12 ou no sĂ©culo 13, vinculando-a a uma tradicional cerimĂŽnia da vĂ©spera de Natal, a "peça do paraĂso", que recontava "a histĂłria original do banimento de AdĂŁo e Eva do jardim", disse Brunner, de Istambul. "Havia uma ĂĄrvore verde do paraĂso", objeto cĂȘnico que teria sido decorado com maçãs e hĂłstias.
AtĂ© a dĂ©cada de 1970, a ĂĄrvore de Natal ia parar aleatoriamente nos lares americanos, segundo Tompkins. Lenhadores percorriam as matas e levavam o que encontrassem para o mercado. A solução representou aquela que deve ter sido a primeira inovação hortĂcola no comĂ©rcio de ĂĄrvores de Natal.
Uma pesquisa feita em 1964 pela Universidade Cornell em plantaçÔes de ĂĄrvores de Natal mostrou que mais de metade dos pĂ©s estava inapta para a venda. Muitas ĂĄrvores e sementes de conĂferas eram sobras dos viveiros de mudas.
Um Ăłtimo lugar para observar como a ĂĄrvore de Natal evoluiu Ă© a plantação de Ken e JoAnn Scholz, com 140 hectares, chamada Snowshoe Evergreen, perto do gabinete de Chastagner. Quando o casal começou, hĂĄ 40 anos, "vocĂȘ comprava sementes de qualquer um", disse Ken Scholz, 67. "Estava tudo em coleçÔes selvagens."
Agora, seu maior volume vem de contratos para produzir mudas.
A busca por uma ĂĄrvore melhor leva os produtores a procurar variedades menos comuns, como os abetos turcos, coreanos e de CanaĂŁ.
Scholz fumiga o chĂŁo para controlar ervas daninhas e afastar agentes patogĂȘnicos. Dezenas de milhares de plantas podem ser estragadas por um punhado de mudas infectadas. "Se alguĂ©m estĂĄ confiando em mim para o cultivo de plantas, preciso usar as melhores prĂĄticas", disse Scholz.
Chastagner jĂĄ fez algumas pesquisas sobre o cultivo orgĂąnico, testando vĂĄrios bloqueadores naturais de ervas daninhas.
Qual é o tamanho, então, do mercado das årvores de Natal orgùnicas? Ele respondeu sem hesitação: "Ele nem aparece".
Michael Tortorello â Fonte: Folha de S.Paulo â 17/12/12.
Reportagem original em inglĂȘs do âThe New Yorkâ Times:
http://www.nytimes.com/2012/12/06/garden/building-a-better-christmas-tree.html?ref=garden
Universidade Estadual de Washington â
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