FM - Faculdade Mental

MANCHETES DA SEMANA - 12/03/2009

15/03 - DIA MUNDIAL DO CONSUMIDOR

ALIMENTO SAUDÃVEL PARA AS CRIANÃ‡AS
English:
http://www.consumersinternational.org/
http://junkfoodgeneration.org/index.php?option=com_content&task=view&id=80&Itemid=86
A campanha da OrganizaÃ§Ã£o Internacional dos Consumidores para o Dia do Consumidor 2009 estÃ¡ direcionada e com foco no marketing de alimentos nÃ£o saudÃ¡veis para crianÃ§as.
A OrganizaÃ§Ã£o Mundial de SaÃºde (http://www.who.int/en/) estÃ¡ sendo requisitada para a criaÃ§Ã£o de um cÃ³digo internacional para banir esse tipo de marketing em todo o mundo.
Mais detalhes nos sites:
http://www.consumersinternational.org/
http://junkfoodgeneration.org/index.php?option=com_content&task=view&id=80&Itemid=86

O DIA MUNDIAL DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR
O Dia Mundial dos Direitos do Consumidor foi comemorado, pela primeira vez, em 15 de marÃ§o de 1983. Essa data foi escolhida em razÃ£o do famoso discurso feito, em 15 de marÃ§o de 1962, pelo entÃ£o presidente dos EUA, John Kennedy. Em seu discurso, Kennedy salientou que todo consumidor tem direito, essencialmente, Ã seguranÃ§a, Ã informaÃ§Ã£o, Ã escolha e de ser ouvido. Isto provocou debates em vÃ¡rios paÃses e estudos sobre a matÃ©ria, sendo, por isso, considerado um marco na defesa dos direitos dos consumidores.
No Brasil, o CÃ³digo de Defesa do Consumidor foi instituÃdo em 11 de setembro de 1990, com a Lei nÂº 8.078, mas entrou em vigor apenas em 11 de marÃ§o de 1991. Sua necessidade nasceu da luta do movimento de defesa do consumidor no PaÃs, que comeÃ§ou com a vigÃªncia da Lei Delegada nÂº 4, de 1962, e se fortaleceu em 1976, com a criaÃ§Ã£o do Programa Estadual de ProteÃ§Ã£o e Defesa do Consumidor de SÃ£o Paulo. Isso serviu de incentivo e modelo para a criaÃ§Ã£o dos demais Proconâ€™s do PaÃs, inclusive o de Mato Grosso.
Os Proconâ€™s e os movimentos de defesa do consumidor pressionaram o Congresso Constituinte que aceitou a proposta de inserir na ConstituiÃ§Ã£o Federal de 1988 a defesa do consumidor. Sendo assim, o inciso XXXII, do art. 5Âº da CF 88 diz que â€œo Estado promoverÃ¡, na forma da lei, a defesa do consumidorâ€. No tÃtulo que trata da Ordem EconÃ´mica e Financeira, a defesa do consumidor foi incluÃda como um dos princÃpios gerais da atividade econÃ´mica, nos termos do art. 170, V, da CF 88. A partir de entÃ£o, o CÃ³digo de Defesa do Consumidor (CDC) disciplinou todas as relaÃ§Ãµes de consumo, com dispositivos de ordem civil, processual civil, penal e de Direito Administrativo.
Um dos maiores avanÃ§os do CDC Ã© o do reconhecimento da vulnerabilidade de todo o consumidor no mercado de consumo que em concurso com outros princÃpios, como da igualdade, liberdade, boa-fÃ© objetiva, repressÃ£o eficiente dos abusos, visa atender as necessidades dos consumidores, o respeito Ã sua dignidade, saÃºde e seguranÃ§a, a proteÃ§Ã£o de seus interesses econÃ´micos, a melhoria de sua qualidade de vida, bem como a transparÃªncia e harmonia das relaÃ§Ãµes de consumo.
O que faz do CÃ³digo de Defesa do Consumidor uma das leis mais avanÃ§adas do mundo nÃ£o Ã© o fato dele nascer de um processo de elaboraÃ§Ã£o legislativa de iniciativa do Governo Federal ou do Congresso Nacional e sim da pressÃ£o da sociedade, representada no movimento consumerista, pressionando, discutindo, exigindo, tornando-se presente. Por isso, mais importante que a lei Ã© o movimento de defesa do consumidor.
Secom (http://www.presidencia.gov.br/secom/)
Fonte: http://www.portaldoconsumidor.gov.br/

CONSUMIDOR DO SÃ‰CULO XXI
"MultiplicaÃ§Ã£o indefinida das necessidades" (Gilles Lipovetsky):
Era da experiÃªncia e da escolha;
Grande oferta de bens e liberdade espaÃ§o-temporal;
Consumo vinculado Ã identidade.
Pesquisa especial realizada entre 25/08/08 e 31/08/08 com pessoas entre 18 e 64 anos, nas oito principais regiÃµes.
Confira os detalhes: http://www.ibope.com/consumidor/
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INMETRO LANÃ‡A CARTILHA QUE ENSINA A TER UMA CASA SEGURA
Como parte da comemoraÃ§Ã£o ao Dia Internacional do Consumidor celebrado em 15 de marÃ§o, o Inmetro lanÃ§arÃ¡ a cartilha Casa Segura. O livreto, de 34 pÃ¡ginas, contÃ©m dicas de como os consumidores podem aumentar a seguranÃ§a dos eletrÃ´nicos e utensÃlios usados no dia-a-dia em suas residÃªncias. A distribuiÃ§Ã£o serÃ¡ gratuita e a previsÃ£o Ã© de que sejam distribuÃdas 12 mil cartilhas em todo o Brasil.
Uma das dicas da cartilha Ã© quanto Ã conservaÃ§Ã£o e cuidados necessÃ¡rios com panelas de pressÃ£o. Manter sempre a vÃ¡lvula de alÃvio, aquela que chia, limpa e desobstruÃda; trocar o anel de borracha da tampa sempre que apresentar danos e sinais de envelhecimento, e a cada 5 anos trocar as vÃ¡lvulas das panelas em representante autorizado sÃ£o algumas das orientaÃ§Ãµes existentes na cartilha.
Outra dica Ã© sobre como comprar corretamente cadeiras plÃ¡sticas, muito usadas em Ã¡reas externas. Com quatro classes diferentes adequadas para suportar determinado peso, esse tipo de cadeira costuma causar muitos acidentes quando o consumidor nÃ£o presta atenÃ§Ã£o nas recomendaÃ§Ãµes do Inmetro. A ao seguir as orientaÃ§Ãµes do Instituto, o consumidor aumentarÃ¡ sua seguranÃ§a.

A MARCA NA ERA DO CONSUMO RESPONSÃVEL
O sÃ©culo 21 trouxe com ele novos valores. A chamada "sociedade de consumo" abre as portas para a "sociedade do consumo responsÃ¡vel", o que traz Ã tona valores humanos como o bem-estar social e a preservaÃ§Ã£o do meio-ambiente, fatores que passaram a ser considerados pelos consumidores em suas escolhas de produtos e das empresas que os produzem.
Neste contexto, dar atributos para engajar pessoas em torno de uma marca, tornou-se fundamental para se obter os melhores resultados. Pesquisa realizada pelo Instituto Akatu, em conjunto com o Instituto Ethos em 2005, destacou que mais de 60% dos consumidores entrevistados acreditam que o papel das grandes empresas Ã© "ir alÃ©m do que Ã© determinado pela lei e ajudar ativamente a construir uma sociedade melhor para todos".
Como conseqÃ¼Ãªncia, construir a identidade de uma marca requer que o consumidor se identifique com os atributos e acredite nos valores dessa marca. Isto vai ao encontro a uma sÃ©rie de projetos sociais e ambientais executados pelas organizaÃ§Ãµes que buscam, por intermÃ©dio destas iniciativas, sedimentar a personalidade de suas companhias e marcas.
Mas quais mecanismos uma organizaÃ§Ã£o pode utilizar para fazer com que a sua imagem chegue ao consumidor sem distorÃ§Ãµes, gerando repercussÃ£o e envolvimento com a marca?
O marketing de relacionamento tem sido um dos caminhos mais utilizados. Por meio de ferramentas como eventos, promoÃ§Ã£o, campanhas de relacionamento, incentivo e CRM (Gerenciamento de relaÃ§Ãµes com o cliente), ele busca engajar pessoas em torno de uma marca, possibilitando Ã s companhias e produtos a expressÃ£o real da sua identidade.
Os eventos, por exemplo, reÃºnem em um mesmo local o pÃºblico exato que a marca quer atingir. Isso facilita para que todos os detalhes sejam planejados para superar as expectativas deste pÃºblico, criando um acontecimento assertivo a ponto de propiciar um momento "mÃ¡gico" aos participantes, e que possa repercutir e impactar cada vez mais pessoas.
As campanhas de relacionamento, por sua vez, visam ampliar a aproximaÃ§Ã£o das empresas e marcas com seu pÃºblico pela interatividade, seja com abordagens nos pontos-de-venda ou com aÃ§Ãµes de marketing direto.
JÃ¡ as promoÃ§Ãµes e campanhas de incentivo agem pontualmente, nÃ£o sÃ³ estimulando a venda, mas provocando um intercÃ¢mbio de informaÃ§Ãµes com o consumidor, onde a empresa transmite a mensagem que quer incutir no inconsciente do pÃºblico, ao passo em que determina a resposta que deseja receber.
NÃ£o basta adotar uma atitude socialmente responsÃ¡vel, Ã© preciso fazer com que o pÃºblico-alvo acredite nesta atitude, confie na empresa e nas marcas que ela comercializa. Para que isto aconteÃ§a Ã© preciso extrapolar a esfera da publicidade e partir para uma aproximaÃ§Ã£o, colocar-se frente a frente com o consumidor, e Ã© exatamente neste ponto que o marketing de relacionamento atua.
*Silvana Torres Ã© sÃ³cia-diretora da Mark Up; conselheira da Ampro (AssociaÃ§Ã£o de Marketing Promocional) e autora do livro "Marketing de Incentivos".
Fonte: http://www.ipcdigital.com/.
Instituto Akatu - http://www.akatu.org.br/
Instituto Ethos - http://www.ethos.org.br/
Mark Up - http://www.markup.com.br/
Ampro - http://www.ampro.com.br/
Marketing de Incentivos - http://www.relativa.com.br/livros_template.asp?Codigo_Produto=18372

ONDE AVALIAR PRODUTOS, PALPITAR, RECLAMAR
E-BIT
A consultoria de comÃ©rcio eletrÃ´nico tem ferramentas para avaliar lojas cadastradas. Se quiser dar notas, vocÃª deve primeiro se cadastrar clicando em "Associe-se jÃ¡", na pÃ¡gina www.ebit.com.br. Depois, serÃ¡ preciso informar nome, endereÃ§o, e-mail e CPF e entrar no site de comparaÃ§Ã£o de preÃ§os BuscapÃ©. A classificaÃ§Ã£o Ã© atualizada todos os dias, somando as opiniÃµes dos Ãºltimos 90 dias.
RECLAME AQUI E NUNCAMAIS.NET
Nesses dois sites de usuÃ¡rios, Ã© possÃvel ver as reclamaÃ§Ãµes de consumidores e os rankings de atendimento e queixas. Para fazer a sua queixa,vocÃª tem que se cadastrar. No www.reclameaqui.com.br, apÃ³s colocar seus dados pessoais vocÃª jÃ¡ pode reclamar. No NuncaMais.net (www.nuncamais.net), para poder escrever Ã© necessÃ¡rio ativar sua conta por e-mail.
SHOPPING UOL E BUSCAPÃ‰
Os sites de comparaÃ§Ã£o de preÃ§o tÃªm espaÃ§os para avaliar produtos e lojas.DÃ¡ para ver os comentÃ¡rios sem ser cadastrado. Para dar opiniÃ£o,Ã© preciso se cadastrar. No http://shopping.uol.com.br Ã© possÃvel dar notas de zero a cinco para os produtos, clicando em "AvaliaÃ§Ãµes". No www.buscape.com.br vocÃª pode dar notas e escrever comentÃ¡rios sobre os produtos.
Fonte: Folha de S.Paulo - 14/03/09.

CÃ“DIGO DA CIDADANIA
O Dia Internacional do Consumidor completa 47 anos. E o CÃ³digo de Defesa do Consumidor entrou em vigor hÃ¡ 18 anos -completados na Ãºltima quarta-feira. Ou seja, a luta pelos direitos do consumidor jÃ¡ atingiu a maturidade. E o excelente CDC do Brasil jÃ¡ Ã© um jovem com plenos direitos, dono do seu nariz.
Direitos do consumidor sÃ£o tÃ£o importantes porque estÃ£o entrelaÃ§ados a outros conceitos de cidadania: os quatro atributos do ser humano, como cidadÃ£o, eleitor, contribuinte e consumidor.
Somente de posse desses quatro direitos (e deveres) somos completos, Ãntegros, sujeitos e agentes da histÃ³ria.
Consumir Ã© uma responsabilidade sem par, porque afeta as relaÃ§Ãµes de trabalho, ecologia e ambiente, relaÃ§Ãµes humanas e empresariais. Comprar um produto ou serviÃ§o significa, de alguma maneira, chancelar ou nÃ£o comportamentos, prÃ¡ticas e decisÃµes.
Quem compra um tÃªnis fabricado por crianÃ§as que deveriam estar na escola, em um paÃs pobre, queira ou nÃ£o, assina embaixo a exploraÃ§Ã£o daqueles menores de idade.
Quem adquire os frutos do combate, do trÃ¡fico de drogas, da exploraÃ§Ã£o de subempregados, Ã© coautor desses crimes.
Quem se deslumbra com um mÃ³vel esculpido em madeira nobre, ameaÃ§ada de extinÃ§Ã£o, que cale a boca antes de falar em defesa do planeta Terra.
O mundo globalizado, interligado pela internet, jÃ¡ nÃ£o admite quem olha para o lado enquanto bandidos corrompem ou dilapidam patrimÃ´nios universais.
O consumidor, mais do que acender a 18Âª velinha para comemorar o aniversÃ¡rio do seu CÃ³digo, pode e deve ser consciente.
Lembrar-se de que a Ã¡gua Ã© escassa e valiosa demais para substituir a vassoura na limpeza de uma calÃ§ada.
Que nÃ£o se jogam sofÃ¡s, geladeiras e fogÃµes em cÃ³rregos, em um dia, e depois se lamenta a enchente inesperada de um dia tÃ³rrido de verÃ£o.
Se vocÃª Ã© contra a exploraÃ§Ã£o de crianÃ§as no mercado de trabalho, informe-se sobre a origem dos produtos que compra.
Se acha um absurdo que patrÃµes abusam dos direitos do trabalhador, avalie se vale a pena comprar um MP4 de um paÃs que nÃ£o respeita esses direitos.
Vivemos em um mundo em que a hipocrisia nÃ£o passa mais despercebida aos olhos dos outros. Quem quiser tratamento digno deve agir dignamente em relaÃ§Ã£o aos demais.
Um automÃ³vel sem catalisador nÃ£o polui somente o ar que os outros respiram. Uma gelatina com corante proibido em paÃses desenvolvidos ou excesso de aÃ§Ãºcar faz mal para todos, inclusive para nossas crianÃ§as.
Lutar pelos direitos do consumidor nÃ£o Ã© veleidade, nÃ£o Ã© atitude xiita, Ã© somente autodefesa. O produto que faz mal para os filhos dos outros tambÃ©m afeta nossos filhos.
Por isso, nunca penso no CDC somente como um CÃ³digo de Defesa do Consumidor. Para mim, Ã© tambÃ©m o CÃ³digo da Cidadania. A forma de melhorar ou piorar o mundo. VocÃª, leitor, leitora, escolhe em que mundo quer viver. Mas jÃ¡ sabe que o bumerangue dos maus atos Ã© rÃ¡pido e nada sutil. Volta na sua cabeÃ§a, dos seus filhos, dos seus entes queridos. Pense nisso.
Maria InÃªs Dolci (http://mariainesdolci.folha.blog.uol.com.br/) - Fonte: Folha de S.Paulo - 14/03/09.
CÃ³digo de Defesa do Consumidor - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm