A PRIMEIRA MULHER EM ECONOMIA
MULHER LEVA NOBEL DE ECONOMIA PELA 1ª VEZ
English:
http://news.bbc.co.uk/2/hi/business/8302662.stm
http://newsinfo.iu.edu/news/page/normal/12185.html
Indiana University - http://www.indiana.edu/
University of California - http://www.ucla.edu/
NOBEL 2009 - http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/2009/
O Prêmio Nobel de Economia, criado em 1969, foi concedido pela primeira vez a uma mulher. Elinor Ostrom, 76, professora da Universidade de Indiana (EUA), é doutora em ciência polÃtica e pesquisa a gestão de recursos por comunidades. Ela dividiu o prêmio com Oliver Williamson, 77, professor da Universidade da Califórnia e doutor em economia. Ele estuda tomadas de decisão em empresas.
O Nobel deste ano registrou um número recorde de prêmios entregues a mulheres. No total, foram cinco pesquisadoras laureadas em áreas como quÃmica, medicina, literatura e economia.
No ano da crise, o comitê deixou de lado trabalhos focados em macroeconomia e em modelos abstratos. Os vencedores desenvolveram pesquisas de campo que procuram compreender como as pessoas cooperam entre si fora dos mercados convencionais. Um dos fatores em comum entre os trabalhos é a questão da regulação.
Para o comitê do prêmio, embora a teoria econômica tenha iluminado de forma abrangente as virtudes e as limitações dos mercados, tradicionalmente prestou menos atenção a outros arranjos institucionais.
O trabalho de Ostrom tem implicações em polÃticas ambientais e questões relacionadas ao aquecimento global. Seu trabalho derruba a tese de que, quando comunidades administram recursos ou bens finitos, acabarão por destruÃ-los, e que o melhor seria uma regulação centralizada ou privatização.
Com base em exemplos de gestão de áreas de floresta, suprimento de água e pasto, Ostrom comprovou que a gestão comunitária pode ter resultados melhores do que o previsto.
A pesquisadora se mostrou surpresa com o prêmio: "Que maneira de começar uma segunda de manhã!".
Burocratas
Em entrevistas, comentou seu trabalho: "Desde que nós descobrimos que algumas vezes os burocratas não têm as informações corretas, enquanto cidadãos e usuários dos recursos têm, nós esperamos que isso ajude a encorajar um senso de capacidade e de poder".
Na prática, o trabalho de Ostrom indica que polÃticas públicas, principalmente ambientais, têm mais resultados quando são baseadas na colaboração entre as partes, e não na simples imposição de regras. Em um trabalho de 2006, afirma que, quando os usuários estão engajados nas decisões referentes a regras que afetam a maneira como usam os recursos, a probabilidade de seguirem o que foi definido e monitorarem os outros é bem maior do que quando uma autoridade simplesmente impõe normas.
Já o trabalho de Williamson procura explicar o processo de tomada de decisão das empresas e como elas se estruturam.
As diversas hipóteses estudadas explicariam, por exemplo, por que uma empresa dependente de uma matéria-prima decide comprar o produto, no mercado livre, do fornecedor que oferecer o menor custo, ou se vai definir um contrato de longo prazo com um único fornecedor ou ainda se vai promover uma fusão para contar com o produto na própria empresa.
Segundo a pesquisa, o fator que define essas escolhas é o custo de transação. Na prática, em mercados de maior competição faz mais sentido negociar com parceiros externos. Em mercados menos eficientes, com menos competição, pode ser melhor à empresa desenvolver toda a cadeia, da matéria-prima ao produto final.
"Williamson mostrou que muito do que pensávamos como comportamento anticompetitivo pode ser uma resposta aos custos de transação", disse o economista Alex Tabarrok, da George Mason University.
Janaina Lage - Fonte: Folha de S.Paulo – 13/10/09.
Universidade de Indiana - http://www.indiana.edu/
Universidade da Califórnia - http://www.ucla.edu/
NOBEL 2009 - http://nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/2009/
ÀS VEZES A PATULEIA ENSINA AOS SÃBIOS
Uma pessoa capaz de lembrar que "o mundo tem problemas, mas as universidades têm departamentos" deveria ganhar algum prêmio. Elinor Ostrom ganhou o Nobel de Economia sem ser economista e escreveu um livro onde só há algarismos na numeração das páginas. Seu estilo pode ser seco, mas entende-se tudo o que diz. Chama-se "Governing Commons" (Governando Comunidades com Ãreas de Uso Comum, numa tradução livre).
A professora Ostrom dissecou comunidades de pescadores do Japão, sistemas de irrigação espanhóis e grupamentos de suÃços. Seu objetivo foi desmentir a ideia segundo a qual a propriedade comum acaba em colapso econômico e destruição do meio ambiente. Pelo contrário, desde que sejam respeitados alguns princÃpios (e ela ensina quais) a propriedade comum funciona, e bem.
Quem acredita na eficácia da criação das regiões metropolitanas e na centralização das delegacias educacionais pode ler na internet um trabalho da professora (infelizmente, em inglês), intitulado "A Análise de PolÃticas no Futuro das Boas Sociedades".
Ostrom mostra como essas ideias perderam adeptos, diz porquê e recomenda, entre outras coisas, que se acredite menos em reformas concebidas por sábios e mais naquilo que as comunidades têm a dizer.
Chega-se ao artigo passando "Policy Analysis in the Future of Good Societies" e "Elinor Ostrom", no Google.
Elio Gaspari (http://www.submarino.com.br/portal/Artista/80141) - Fonte: Folha de S.Paulo - 18/10/09.
CINCO MULHERES RECEBERAM O PRÊMIO EM 2009
Cinco mulheres receberam o Prêmio Nobel neste ano -um número recorde. Desde o inÃcio das premiações, em 1901, 40 mulheres foram premiadas -5% do total. O Nobel já foi concedido a 802 pessoas.
As ganhadoras do Nobel em 2009 são: Elinor Ostrom, 76 (Economia), Elizabeth Blackburn, 60, e Carol Greider, 48 (Medicina), Ada Yonath, 70 (QuÃmica) e Herta Mueller, 56 (Literatura).
No inÃcio do século passado, o Prêmio Nobel foi concedido a Marie Curie duas vezes. Ela ganhou o o Nobel de FÃsica em 1903 e o de QuÃmica em 1911.
Com as cinco ganhadoras deste ano, foi quebrado o recorde anterior de 2004, quando três mulheres foram premiadas.
Ostrom, vencedora do Nobel de Economia, irá compartilhar um prêmio equivalente a US$ 1,4 milhão com o outro ganhador da categoria, Oliver E. Williamson.
Fonte: Folha de S.Paulo – 13/10/09.
MULHERES QUEREM MAIS
O BCG (The Boston Consulting Group) acaba de lançar o livro "Women Want More" (Mulheres Querem Mais, na tradução livre), da editora HarperBusiness. Escrita por Michael Silverstein e Kate Sayre, a obra aborda a expansão do consumo feminino e prevê aumento de US$ 5 trilhões na renda das mulheres nos próximos anos. O livro se baseia em pesquisa com mais de 12 mil mulheres e está à venda na Amazon.com.
Mercado Aberto – Maria Cristina Frias - Fonte: Folha de S.Paulo – 14/10/09.
Detalhes:
http://www.womenwantmorethebook.com/
http://www.amazon.com/gp/mpd/permalink/mOYNICNWR824B
LABORATÓRIO DAS MENINAS
Quando era adolescente, Mayana Zatz já sabia que gostaria de passar a vida num laboratório pesquisando genética. Foi uma das últimas gerações de estudantes de escolas estaduais capazes de entrar na USP sem fazer cursinho. Neste mês, ela apresenta uma de suas experiências em laboratório, em que a maioria das cobaias vem, como ela, de escolas públicas -e quase todas meninas. Mas não tem nada a ver com genética.
Pró-reitora de pesquisas da USP, Mayana teve a ideia de abrir os laboratórios da universidade para alunos de escolas públicas. Seriam acompanhados por pesquisadores dos diversos departamentos da USP. "A vivência com o laboratório fez deles pessoas mais curiosas e autoconfiantes. Ficar naquele ambiente é sentir um pouco de magia", afirma Mayana.
Mayana ainda sente essa magia nas pesquisas que a projetaram mundialmente como uma das principais defensoras, no Brasil, de pesquisas com células-tronco -antes da pró-reitoria, assumiu a coordenação do Centro de Estudos do Genoma Humano. Via também como os alunos mais interessados nos programas de iniciação cientÃfica desenvolviam maior aptidão para as descobertas.
Foi daà que veio a proposta de convidar alunos do ensino médio a frequentarem os laboratórios por um ano. "Seria um jeito de aproximá-los da USP." Demorou até a ideia sair do papel. Enfrentou a burocracia da Secretaria Estadual da Educação e, ao mesmo tempo, a resistência de alguns responsáveis pelos laboratórios. Cada aluno recebeu uma espécie de bolsa de iniciação cientÃfica no valor de R$ 150; o pesquisador também recebeu uma bolsa para acompanhar as experiências.
As desconfianças foram, aos poucos, se dissipando quando os pesquisadores observavam o interesse dos estudantes -a maioria deles nem imaginava que, algum dia, poria os pés naquela universidade. Tornaram-se leitores vorazes. "No final, teve projeto que vai ser patenteado. Alguns professores querem tê-los de volta", conta Mayana.
Nesse próximo dia 29, na USP, os trabalhos serão apresentados e, segundo está previsto, com a presença do governador José Serra. O objetivo é não só ampliar o número de vagas mas também levar esse projeto a outras universidades brasileiras. "Vemos que dá certo." Segunda ela, esse é um dos mecanismos para desmistificar as ciências e mostrar o valor da experimentação -algo que, dificilmente, ocorre em escolas públicas, onde, em geral, faltam professores de ciências.
A experiência ensinou que existe uma espécie de nova genética escolar. No dia da apresentação, na USP, se verá que 80% dos responsáveis pelos trabalhos são meninas que, nas provas de seleção da secretaria estadual, bateram os meninos.
PS - Essa história serve para sintetizar as comemorações, nesta semana, dos dias da Criança, do Professor e da Leitura. O melhor jeito de estimular a educação é, antes de mais nada, estimular a curiosidade.
Gilberto Dimenstein (http://www.dimenstein.com.br/) - Fonte: Folha de S.Paulo – 14/10/09.
Centro de Estudos do Genoma Humano - http://genoma.ib.usp.br/
AS MULHERES NA SOMÃLIA
Mulheres somalis que usam sutiã estão sendo chicoteadas em público pelo grupo radical islâmico Al Shabaab, acusadas de violar as leis do islã ao enganar outras pessoas, segundo relataram ontem moradores da capital do paÃs, MogadÃcio.
As testemunhas contaram que homens armados cercam qualquer mulher que aparente ter um busto firme. Após ser chicoteada, ela ainda é obrigada a retirar o sutiã.
O Al Shabaab -que significa "juventude" em árabe- não quis comentar o assunto. O grupo controla algumas regiões da Somália e, segundo os EUA, tem ligações com a rede terrorista Al Qaeda.
A interpretação radical da sharia (lei islâmica) feita pelos insurgentes não agrada a muitos somalis, que são muçulmanos moderados por tradição. Alguns, no entanto, creditam ao grupo a restauração da ordem em algumas regiões do paÃs, que há duas décadas é assolado pela guerra civil. No inÃcio deste mês, dois jovens acusados de roubo tiveram um pé e uma mão amputados cada um.
O Al Shabaab proibiu ainda filmes, danças em cerimônias de casamento e assistir ou jogar futebol. A "limpeza moral" também tem os homens como alvo -qualquer um pego sem barba é açoitado publicamente.
Fonte: Folha de S.Paulo – 17/10/09.
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