FELIZ ANIVERSÃRIO, SAMPA
457 ANOS DE HISTÓRIA
History of São Paulo:
http://www.aboutsaopaulo.net/history-of-sao-paolo.html
Video:
http://wn.com/Sampa_457
São Paulo(ou a vila de São Paulo de Piratininga teve inÃcio em 25 de janeiro de 1554-Comemora em 2011, 457 anos) é um municÃpio brasileiro, capital do estado homônimo e principal centro financeiro, corporativo e mercantil da América Latina, sendo a maior cidade do Brasil, das Américas e de todo o hemisfério Sul.É impossÃvel não se surpreender com uma cidade que abriga mais de 10 milhões de habitantes. A "Terra da Garoa", como foi carinhosamente apelidada. Uma das cidades brasileiras mais influentes no cenário global, São Paulo é considerada a 14ª cidade mais globalizada do planeta.A cidade é mundialmente conhecida, e exerce significativa influência nacional e internacional, seja do ponto de vista cultural, econômico ou polÃtico. Conta com importantes monumentos e museus, como o Memorial da América Latina, o Museu da LÃngua Portuguesa, o MASP, o Parque Ibirapuera e a Avenida Paulista, e eventos de grande repercussão, como a Bienal Internacional de Arte, o Grande Prêmio do Brasil etc.
O cruzamento das avenidas Ipiranga e São João se transformou definitivamente em um dos sÃmbolos e referências mais famosos de São Paulo, especialmente do Centro da cidade, em 1978, quando Caetano Veloso gravou a música "Sampa". (Aquela que diz "alguma coisa acontece no meu coração/ que só quando cruza a Ipiranga e avenida São João".)As duas avenidas tiveram seus dias de ruas tranqüilas até a década de 30. De 1938 a 1945, durante a gestão do prefeito Prestes Maia, tiveram inÃcio grandes obras na cidade, principalmente com o alargamento de ruas e a abertura de novas vias. Este programa visava comportar os automóveis, que eram cada vez mais utilizados.O prefeito prolongou a avenida São João e transformou a então rua Ipiranga em avenida. Prédios modernos começaram a ser construÃdos nestas vias, que se transformaram na artéria principal da cidade, onde estavam as grandes empresas. O local virou ponto de encontro na década de 70.
Este cruzamento da Av.Ipiranga com a Av.São João ,ficou imortalizado na música "SAMPA" de Caetano Veloso,que a compôs em Homenagem a Cidade de São Paulo,abaixo trechos da Letra:
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difÃcil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso...
Fonte: http://mais.uol.com.br/.
VÃdeo:
http://wn.com/Sampa_457
SAMPA URGENTE! RELAXA E BOIA!
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República!
Feriadão da Afundação de São Paulo! AQUASSAB URGENTE! São Paulo foi fundada há 457 anos. E afundada na enchente de cinco minutos atrás! Afundação de Sampa!
E o Kassab já lançou uma montadora especial pra cidade: a HYNUNDAI! E programa de paulista é convidar os amigos pra ver a chuva: "Ah, vem ver a chuva aqui em casa que a gente chama uma pizza".
E quem vai entregar a pizza? O comandante Hamilton do Datena? Rarará! E São Paulo é a capital da gastronomia: todo mundo come todo mundo. E São Paulo tem tanto gay que devia se chamar SÃO PAULA!
E São Paulo é tão "workaholic" que tem carteiro na segunda-feira de Carnaval. É verdade. Uma vez eu passei o Carnaval em São Paulo na segunda-feira cedo e ouvi um grito: "Caaaarteiro!". E aà apareceu um outro e ligou a britadeira.
E eu sempre digo que paulista é o único povo que leva macarrão a sério. Eu sempre repito isso porque macarrão em São Paulo tem nome, sobrenome e recheio: torteli angolini al mascaporne com recheio de shiitake e shimeji!
Em São Paulo tem japonesa loira e bunduda! E outra instituição tipicamente paulista: a padoca! Padaria! Padoca e desmanche. Nunca vi cidade pra ter tanto desmanche. Toda rua em São Paulo é assim: uma padoca, um desmanche e uma agência do Bradesco!
São Paulo tem tanto buraco que você não consegue nem tomar uma Coca-Cola dentro do carro. Quando a lata tá chegando na boca, catapumba, engasga! Já tem buraco com carro dentro.
E já tem uma versão de "Sampa", do Caetano: "Alguma coisa acontece no meu piscinão/ que só quando eu fico ilhado na avenida São João/ É que quando eu cheguei por aqui/ comprei logo um jet ski". É o SAMPISCINÃO! E o Kassab disse que as obras antienchente estão surtindo efeito. Efeito Cascata. Rarará!
E desde menino que escuto esse slogan: "São Paulo não pode parar". São Paulo não pode parar porque não tem estacionamento. Carro em São Paulo tem que pagar IPTU. Bem imóvel.
São Paulo tem Capão Redondo, sendo que eu não sei o que é capão e muito menos por que é redondo. Em São Paulo ainda se come esfiha com Fanta! São Paulo tem tanto dinheiro que você só é rico na cidade dos outros. Rarará!
Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colÃrio alucinógeno!
José Simão (http://www2.uol.com.br/josesimao/) - Fonte: Folha de S.Paulo – 25/01/11.
"SÃÃO PAUULOOO!"
Abordagens de nossa cidade têm contemplado questões como diversidade, modernidade, generosidade, requinte, violência e grandeza. Mas uma realidade é pouco observada. Falo de nossa raiz, esfumaçada por parte da elite paulistana, que vê no resquÃcio tupiniquim algo que envergonha.
Nossas comunidades indÃgenas desaldeadas só são retratadas, e quando o são, em poucas escolas. É possÃvel alfabetizar crianças em guarani, mesmo alijadas de seu cÃrculo comunitário, como as que moram em conjuntos habitacionais ou favelas. Uma educação bilÃngue.
O que se ensina e aprende são costumes que felizmente já estão em nós. E se estão, a ponto de interferir em nosso modo de viver e ver as coisas, é porque passaram a fazer parte de nós.
O resgate histórico de nossa cidade passa por olhar, coletivamente, o ambiente urbano. Realiza-se, a partir de nossos antepassados, a árvore do que será. Ora, a era atual representa o fruto. A simbiose do tempo nos persegue, em equação que conserva um todo. Um corpo.
Estamos presentes no Real Parque, no Capão Redondo, no Jardim Elba, em Paraisópolis, no Grajaú, no Jardim das Palmas, na Sônia Maria e no Jardim Irene (pankararu).
Também no pico do Jaraguá (jaraguá-ytu), em Parelheiros (guaranis), em Guaianases e em Itaquera (guaianás). Mas, aqui, valeria o ditado de raiz tupi "cada macaco no seu galho"?
E o que poderÃamos dizer do encontro da Ãndia Bartira e de João Ramalho, de cujos nove filhos surgiram a matriz de Piratininga (nossa cidade em tupi-guarani)?
As nossas tão invocadas simplicidade e generosidade teriam raiz no ato dos guaianás, que, após um naufrágio em 1513, permitiram a João Ramalho que com eles convivesse e que se casasse com a filha do chefe festeiro Tibiriçá?
José de Anchieta aprendeu com eles a lÃngua tupi-guarani, lÃngua oficial brasileira até o final do século 17. Falada em São Paulo até o século 19! Paulista não pronuncia o "r" no final das palavras. Jacaré, macaco, ipê, piracema, tantas as influências tupis-guaranis.
A criação em nossa cidade de um museu indigenista, técnico, tecnológico e interativo alimentaria nossa autoestima e cumpriria obrigação constitucional e legal, também moral, de valorizar o patrimônio cultural. DÃvida ainda não paga.
O museu indÃgena na capital consagraria, apenas por sua presença, a nossa história. Moema, Ibirapuera, Guaianases, Mooca, Itaquera, Morumbi, Mandaqui, Tatuapé... Não se trata, pois, de segregar, mas de agregar.
Formação é indissociável. Melhor se considerarmos o que somos-fomos. Somos-fomos bons quando vivos em nós mesmos. Resgate de nossa crença, da força transformadora do todo.
E não venham com mesquinharias. A reconstrução de nossa rica história merece um museu à nossa altura: à proporção de nossa generosidade e tolerância, ainda que com as consequências dessas heranças, que nos fazem, ao mesmo tempo, reféns e desfrutadores.
Também caberia a reflexão da educação indÃgena em nossas escolas. Que não mais nos envergonhe o tupi, porque "tupi or not tupi", há um século, "was the question". Saudades de Oswald de Andrade...
Fausto Martin de Sanctis é juiz federal em São Paulo e escritor.
Fonte: Folha de S.Paulo - 25/01/11.
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