FM - Faculdade Mental

MANCHETES DA SEMANA - 13/01/2011

CALCULADORA ONLINE

SITE CALCULA SUCESSO DA FERTILIZAÃ‡ÃƒO

English:
http://www.guardian.co.uk/society/2011/jan/05/ivf-success-online-calculator
The site:
http://www.ivfpredict.com/index.html
Uma calculadora on-line pode dizer qual a probabilidade de um casal infÃ©rtil ter sucesso em uma fertilizaÃ§Ã£o in vitro (FIV).
A ferramenta foi desenvolvida por pesquisadores das universidades de Glasgow e Bristol, no Reino Unido. Segundo eles, o aplicativo Ã© 99% eficaz.
Para chegar Ã fÃ³rmula, o grupo analisou 144 mil ciclos de FIV feitos entre 2003 e 2007, de acordo com dados da agÃªncia que regulamenta o procedimento no Reino Unido.
A calculadora pode ser acessada gratuitamente em http://www.ivfpredict.com/index.html. Em breve, o aplicativo deve estar disponÃvel para iPhone.
Para fazer o cÃ¡lculo, Ã© preciso responder a nove perguntas, como a idade, o nÃºmero de tentativas de engravidar e o sucesso em outros tratamentos.
Para o ginecologista Arnaldo Schizzi Cambiaghi, do Instituto Paulista de Ginecologia e ObstetrÃcia, a calculadora Ã© superficial.
"Ela tem no mÃ¡ximo 40% de eficÃ¡cia. Existem muitas variÃ¡veis que nÃ£o foram consideradas."
Segundo ele, nÃ£o Ã© considerada, por exemplo, a gravidade de problemas de saÃºde que levam Ã infertilidade.
Para o ginecologista Bruno Scheffer, do Instituto Brasileiro de ReproduÃ§Ã£o Assistida, o aplicativo tem valor estatÃstico, mas nÃ£o dispensa avaliaÃ§Ã£o de um especialista.
"Em algumas perguntas, a pessoa precisa ter ido ao mÃ©dico antes para saber o que tem."
Com agÃªncias internacionais.
Fonte: Folha de S.Paulo - 06/01/11.

MAIS UMA OBRA DO PODER PÃšBLICO
Confira: http://www.faculdademental.com.br/fotosEventos3.php?fea_id=174.
Fonte: Folha de S.Paulo - 14/01/11.

A MAIOR TRAGÃ‰DIA
Embora superando recordes histÃ³ricos, mortandade no Estado do Rio inscreve-se numa rotina de omissÃ£o e descaso das autoridades A calamidade que se abateu sobre a regiÃ£o serrana do Estado do Rio de Janeiro, na madrugada da quarta-feira, nÃ£o se dimensiona apenas pelo nÃºmero de mortos -passavam de 500 ao tÃ©rmino desta ediÃ§Ã£o- nem pelas imagens impressionantes do rastro de Ã¡gua e lama que, em poucas horas, transformou chalÃ©s turÃsticos e moradias simples num cenÃ¡rio de desespero e destruiÃ§Ã£o.
No que tange ao cÃ´mputo das vÃtimas, TeresÃ³polis, PetrÃ³polis e Nova Friburgo jÃ¡ superam o recorde de meados dos anos 60, quando 300 pessoas morreram em temporais no Rio e mais de 400, estima-se, perderam a vida em Caraguatatuba (SP). Essas haviam sido as maiores catÃ¡strofes atribuÃdas a causas naturais no paÃs.
Mas a expressÃ£o "causas naturais" Ã© enganosa quando se fala em acontecimentos deste tipo. Se a violÃªncia das chuvas foi excepcional, nÃ£o se deve a nenhum fenÃ´meno atmosfÃ©rico o fato de que encostas tenham sido ocupadas descontroladamente -a exemplo, aliÃ¡s, do que acontece em muitas outras cidades do paÃs.
NÃ£o depende da meteorologia a ausÃªncia de mapeamento adequado das Ã¡reas de risco. NÃ£o constitui, por fim, culpa de sÃ£o Pedro (para usar o clichÃª das autoridades nesta Ã©poca do ano) que menos da metade das verbas federais para prevenÃ§Ã£o de desastres tenha sido aplicada em 2010.
Segundo o MinistÃ©rio das Cidades, de 99 municÃpios com histÃ³rico de tragÃ©dias apenas 45 apresentaram projeto que os habilitasse a receber dinheiro para obras de prevenÃ§Ã£o. Isso nÃ£o justifica desvios polÃticos do governo federal, como os praticados pelo ex-ministro da IntegraÃ§Ã£o Nacional Geddel Vieira, que destinou metade das verbas a seu Estado, a Bahia, em 2009. Tampouco explica os atrasos ou a retenÃ§Ã£o de recursos -jÃ¡ escassos- prometidos quando ocorrem os desastres.
NÃ£o se trata apenas de incompetÃªncia tÃ©cnica nem de falta de recursos. Por motivos polÃticos, autoridades nas mais diversas regiÃµes do paÃs nÃ£o se dispÃµem a pagar o preÃ§o de remover os habitantes das Ã¡reas ameaÃ§adas. Facilitaram, muitas vezes, a sua ocupaÃ§Ã£o, criando redutos eleitorais em terrenos predestinados Ã tragÃ©dia. Ignoraram normas de edificaÃ§Ã£o, consideraram dispensÃ¡veis os cuidados com a cobertura florestal e com a impermeabilizaÃ§Ã£o do solo.
SoluÃ§Ãµes tÃ©cnicas podem ser diferentes, no vale do ItajaÃ (SC) ou na regiÃ£o metropolitana de SÃ£o Paulo, em Pernambuco ou no Rio de Janeiro. Igual, entretanto, em toda parte, parece ser a omissÃ£o das autoridades -que sÃ³ pode ser chamada de criminosa, quando suas vÃtimas, mais uma vez, se contam Ã s centenas nestes dias.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 14/01/11.

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