PAZ, AMOR E ROCK'N ROLL
40 ANOS DE WOODSTOCK
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http://www.thewoodstockmuseum.org/
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Entre 15 e 18 de agosto de 1969, 450 mil pessoas se reuniram numa fazenda no estado americano de Nova York para protagonizar o maior festival de rock jå realizado. A festa tinha tudo para acabar mal. A organização esperava não mais que 50 mil fãs. Não havia comida nem ågua suficientes, os congestionamentos ultrapassaram os 30 km e choveu tanto que, a partir do segundo dia, as pessoas tiraram as roupas molhadas.
Ainda assim, Woodstock foi um sucesso. Houve poucos incidentes, incluindo dois nascimentos e trĂȘs mortes (uma overdose de heroĂna, uma apendicite e um atropelamento por trator). Passaram pelo palco gurus hippies, como o indiano Swami Satchidananda, e 32 bandas e artistas do porte de The Who, Janis Joplin e Jimi Hendrix. Quarenta anos depois, a fazenda de 2,4 mil km2 onde foi realizado o festival abriga um museu e um centro de artes.
Fonte: Aventuras na História - Edição 73.
Saiba mais:
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WOODSTOCK MUSEUM
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1969: WOODSTOCK
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VĂDEO HISTĂRICO
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IMPROVISADO, WOODSTOCK REUNIU MAIS DE 400 MIL NA LAMA
Woodstock tornou-se o principal festival da histĂłria da mĂșsica pop ao reunir no mesmo palco Jimi Hendrix, The Who, Janis Joplin, Joan Baez (grĂĄvida de seis meses) e dezenas de artistas que se apresentaram para cerca de 400 mil pessoas. Mas nĂŁo era para ser assim.
Woodstock foi planejado pelo produtor Michael Lang para ser "apenas" uma celebração hippie, uma festa com algumas bandas e um pĂșblico modesto. Mas fatores diversos, como o recrudescimento da Guerra do VietnĂŁ e a mobilização em torno de direitos civis nos EUA, por exemplo, ampliaram o apelo popular do festival.
"Fiquei amigo do Michael Lang e ele me contou que o festival teve um grau de improvisação muito grande", diz Roberto Medina, produtor do Rock in Rio, à Folha. "Ele iria fazer uma festa, mas a coisa foi crescendo, foram convidando mais gente, até que eles tiveram que buscar um lugar grande, uma fazenda, para montar o evento. Ninguém ali sabia que ia ser algo daquela dimensão."
A maior parte do pĂșblico pagou US$ 18 (cerca de R$ 35) para assistir a 32 apresentaçÔes entre 15 e 17 de agosto de 1969 -mas um nĂșmero considerĂĄvel de gente "pulou a cerca" da fazenda de Bethel (Nova York).
Mesmo sob tempestade e lama, enfrentando engarrafamentos e com estrutura mĂnima, o pĂșblico comportou-se de acordo com o lema hippie "paz e amor". CrĂtico do "New York Times", Jon Pareles esteve em Woodstock e contou no jornal, dias atrĂĄs, suas impressĂ”es sobre o evento (na Ă©poca ele nĂŁo trabalhava na publicação):
"Woodstock deu a praticamente todos os envolvidos -pĂșblico pagante, gente que invadiu o evento, mĂșsicos, mĂ©dicos, polĂcia- um senso de troca de humanidade e cooperação. Durante aquele fim de semana, as pessoas trataram as outras com gentileza".
ApĂłs 40 anos, Woodstock continua sendo parĂąmetro para os principais festivais de mĂșsica do mundo.
"Woodstock uniu mĂșsica, cultura e contestação politica e marcou uma geração. Apesar de ter sido feito de forma muito precĂĄria para os padrĂ”es atuais, foi a Ășnica coisa boa que a Guerra do VietnĂŁ deixou. O conceito de paz, amor e mĂșsica estĂĄ no inconsciente, ou consciente, de todo festival de mĂșsica produzido desde entĂŁo", afirma Luiz Oscar Niemeyer (produtor de shows de Radiohead, U2, Rolling Stones).
Do Who iniciando show às 4 da manhã e tocando "My Generation" a Hendrix quebrando as cordas da guitarra em "Red House", Woodstock foi o åpice terreno da utopia hippie. Quatro meses depois, o sonho morreria no Altamont Festival, onde um homem foi assassinado pelos Hell's Angels (que faziam a segurança do evento) durante show dos Rolling Stones.
DocumentĂĄrio
Um dos principais legados do festival Ă© o excelente "Woodstock", que ganhou o Oscar de melhor documentĂĄrio em 1971. O filme, dirigido por Michael Wadleigh, ganha lançamento no Brasil em uma caprichada caixa com trĂȘs DVDs.
Nos EUA, Michael Lang contarĂĄ os batidores do evento em "The Road to Woodstock".
Em janeiro do ano que vem, chega aos cinemas brasileiros "Aconteceu em Woodstock", de Ang Lee, baseado em livro homÎnimo, de Elliot Tiber e Tom Monte, que estå nas livrarias. Espécie de "biografia falada" do festival, "Woodstock", de Peter Fornatale, engrossa a lista de produtos relacionados ao evento.
Thiago Ney - Fonte: Folha de S.Paulo - 11/08/09.
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