A SEMANA SANTA
PAIXÃO DE CRISTO - NOVA JERUSALÉM
A encenação em nove palcos ganha efeitos especiais de luz e som, em Nova Jerusalém.
Embora a Paixão de Cristo, na Semana Santa, seja relembrada em vários locais pelo PaÃs, nenhum deles ostenta a grandiosidade da cidade-teatro de Nova Jerusalém (PE), construÃda há 40 anos, perto de Caruaru. São 100 mil metros quadrados ao ar livre onde, todos os anos, é encenado o percurso de Jesus até a crucificação. As apresentações mais recentes são feitas por 500 pessoas, entre figurantes e atores, muitos do circuito nacional.
O público de 8 mil espectadores, presente a cada dia da via-crúcis, pode diversificar as atividades em Fazenda Nova, no agreste pernambucano. Cozinha e artesanato regionais, turismo ecológico entre mirantes, formações rochosas e sÃtios arqueológicos, bem como fontes hidrotermais, com propriedades terapêuticas, constituem a infra-estrutura de entretenimento e lazer nas proximidades.
Mais detalhes - http://www.novajerusalem.com.br/2009/
Fonte: http://images.google.com.br/
OS FESTEJOS DA SEMANA SANTA PELO BRASIL
Várias cidades brasileiras reproduzem a Paixão de Cristo e, maiores ou menores, os espetáculos cumprem a função de emocionar. Além do show de Nova Jerusalém (acima), em Brejo da Madre de Deus (Pernambuco), têm os de Congonhas, Diamantina e Alpinópolis (Minas Gerais), mantendo uma tradição que, a cada ano, ganha contornos de superprodução. Há também as cidades que programam procissões, rezas, cantos, cerimônias e musicalidade para lembrar o martÃrio, a palavra de Jesus e seu renascer. Confira a programação em algumas cidades pelo PaÃs:
PROCISSÃO DO FOGARÉU EM GOIÃS VELHO (GO)
Ponto alto na programação do feriado da Semana Santa é a cidade de Goiás (GO), ou Goiás Velho, como preferem alguns. Lá, na quarta-feira da Semana Santa, as ruas do Patrimônio Cultural da Humanidade cedem a vez à Procissão do Fogaréu, uma cerimônia que reproduz a caminhada dos soldados romanos que prenderam Jesus.
MINAS GERAIS
As cidades mineiras são um livro vivo de história do nosso paÃs. Percorrer cada ruela é reencontrar uma época distante, porém fundamental para a formação polÃtica e cultural do Brasil. Durante a semana santa, esse sentimento fica ainda mais intenso. Além das curvas do barroco, das esculturas de Aleijadinho, da força e beleza do artesanato em pedra-pome, das igrejas talhadas com ouro, é possÃvel participar de uma série de encenações e comemorações especiais que pintam de cores ainda mais vivas a tradição cristã.
EM CONGONHAS: CENÃRIO PERFEITO
Congonhas (MG) - Somente Cristo mesmo para, há 2 mil anos, imaginar que sua saga iria dar no que deu: seis palcos interligados por passarelas e cenários, telões e um público de 20 mil pessoas, além de 240 atores e figurantes. Tudo emoldurado pelo mestre Aleijadinho com seus 12 profetas de pedra-sabão: Amos, Abdias, Jonas, Daniel, IsaÃas, Baruc, Oséias, Ezequiel, Jeremias, Joel, Naum e Habacuc. Profetas que se tornam espectadores privilegiados do espetáculo, postados na BasÃlica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, conjunto que é Patrimônio Cultural da Humanidade. A encenação da Paixão de Cristo em Congonhas, a 82km de Belo Horizonte, é, no mÃnimo, grandiosa. Tanto pelo número de participantes, público, belos figurinos e cenários, quanto pela paixão que os envolvidos em fazer o espetáculo mostram.
Congonhas, no entanto, entra no clima das comemorações da Semana Santa no Domingo de Ramos e vai até o Domingo de Páscoa. São procissões, rituais e também encenações bÃblicas nos dois domingos e na quarta e quinta-feiras santas. O espetáculo da Paixão de Congonhas é coordenado por José Félix Junqueira, o Zezeca, e este ano, como nos dois anteriores, terá a participação do Coral Cidade dos Profetas com o Concerto da Paixão, e músicas cantadas em latim.
MARIANA - PROCISSÃO DAS ALMAS
Um espetáculo de fé. Assim podem ser definidas as celebrações da Semana Santa em Mariana, histórica cidade a l00km de Belo Horizonte. A Semana Santa, festejada na cidade desde o século 18, é considerada um dos mais tradicionais eventos do calendário litúrgico da Arquidiocese de Mariana. Um dos momentos mais marcantes das comemorações é a Procissão das Almas, manifestação cultural e popular única no Estado, que se perdeu no tempo, mas foi resgatada há 35 anos, por obra do historiador Waldemar de Moura Santos. Dezenas, à s vezes centenas de pessoas, se vestem de túnicas brancas e com velas acesas percorrem várias ruas da cidade, com paradas em algumas igrejas. A cerimônia, que dura pouco mais de uma hora, acontece na madrugada de Sexta-feira da Paixão para Sábado de Aleluia e começa por volta de meia-noite. Um balaio cheio de penas simboliza os pecados de cada um. As penas são atiradas ao alto, uma forma de exorcizá-los. Uma tradição reza que durante a Procissão das Almas nenhum dos participantes deve olhar para trás. A procissão pode ser seguida por qualquer um, desde que se use as túnicas. Durante o cortejo, marcado pelo som de bumbo e matraca, várias canções são entoadas. Com as cores dos tapetes de serragem e enfeites nas janelas coloniais, a festa começa com Procissão de Ramos, que relembra a chegada de Cristo a Jerusalém. O sermão do encontro, na Terça-feira Santa, é outra passagem bÃblica relembrada e acontece na praça Minas Gerais, que reúne um dos mais belos conjuntos arquitetônicos brasileiros. Fazem parte do conjunto as igrejas do Carmo e a de São Francisco, construÃdas bem próximas uma da outra. Na Quinta-Feira Santa, na Catedral BasÃlica da Sé, a cerimônia que marca o trÃduo pascal, com a consagração dos sacerdotes e a bênção dos santos: o batismo, a crisma e a unção dos enfermos. À noite, há a celebração do Lava-pés. A paixão e morte de Jesus Cristo, na Sexta-Feira Santa, é marcada pelo Sermão do Descendimento, cerimônia que faz muita gente se emocionar e leva uma multidão para a procissão de enterro e o cortejo que segue pelo centro histórico. No Sábado de Aleluia, os fiéis ficam em vigÃlia, à espera da chegada do Domingo da Ressurreição.
ALPINÓPOLIS - NO MONTE DAS OLIVEIRAS
Com apresentação do Grupo de Teatro do Oprimido e do Grupo de Jovens Stellun, a cidade de Alpinópolis, a 351 km de Belo Horizonte, no sudoeste mineiro, realiza a Paixão de Cristo em três espetáculos. As apresentações são feitas num espaço de 90 mil metros, o Monte das Oliveiras, uma reprodução de vários cenários bÃblicos. Quase 80 personagens participam das encenações. O público fica numa arquibancada em frente ao Palácio de Herodes e acompanha os personagens em diversas cenas. Já o caminho para o calvário é percorrido por toda a platéia, que testemunha de perto a crucificação de Cristo. O Cenário BÃblico Monte das Oliveiras começou a ser construÃdo em 1983 e, desde então, é administrado pela associação filantrópica Apóstolos de Cristo. Aberto à visitas durante todo o ano (entrada de R$ 3), o lugar recebe também verbas da prefeitura e doações, o que contribuiu para que a associação levantasse, aos poucos, os monumentos religiosos de Jerusalém. No local estão representados o Deserto, os Patriarcas, as Tábuas da Lei, o Calvário, a Gruta de Belém, a Mesa dos Apóstolos, o Muro das Lamentações e vários outros estão previstos. O Monte das Oliveiras tem também a Fortaleza de Antônia, uma casa de orações criada para receber grupos religiosos durante o ano. No espaço, com cinco quartos coletivos e duas suÃtes que abrigam, juntos, até 50 pessoas, são realizados retiros espirituais e encontros religiosos. O espetáculo tem entrada gratuita e os custos de produção são bancados pela renda das entradas no Monte das Oliveiras durante o ano, além de ajuda da prefeitura municipal. A encenação dura cerca de uma hora e meia.
OURO PRETO - FESTA POPULAR
Tradição é o traço que define a semana santa na cidade de Ouro Preto. O turista poderá conferir todas as procissões e missas que encantam milhares de pessoas desde o século 18. A programação religiosa da cidade começa uma semana antes da semana santa propriamente dita. Nesse começo de festa, a procissão que mais chama atenção é a do Encontro, que acontece no Domingo de Ramos. Esse evento encena o encontro de Nossa Senhora e Jesus a caminho do Calvário. Mas o ponto alto da semana santa de Ouro Preto se dá mesmo a partir da quinta-feira Santa. Nesse dia, ocorre a cerimônia do Lava-pés, uma missa no Largo do Rosário, em que o padre lava os pés de 12 crianças vestidas de apóstolos.
Na sexta-feira da paixão, ocorre o descendimento da cruz e a Procissão do Enterro. A participação popular é o grande destaque dessa procissão. São quase 6 km de percurso e, mesmo assim, de cinco a 10 mil pessoas a acompanham. Ela adentra a madrugada. A caminhada começa na Paróquia da Conceição de Antônio Dias e vai até a Paróquia do Pilar. Uma curiosidade de Ouro Preto é que em cada ano, uma dessas paróquias toma conta da organização dos festejos do feriado religioso. Isso acontece para evitar a rixa histórica entre paulistas, que freqüentavam a Antônio Dias, e portugueses, que freqüentavam a paróquia do Pilar. Esses dois grupos, que foram os primeiros moradores da cidade, disputavam as minas de ouro da região.
O sábado de aleluia é marcado pela festa de malhação do Judas. A cerimônia acontece ao lado da capela do Bonfim e as crianças recebem balas. E por falar nelas, as balas de amêndoas oferecidas aos anjinhos nas procissões do Enterro e da Ressurreição são mais uma das tradições que só Ouro Preto tem. Elas são um costume do século 18 e, até hoje, são feitas manualmente seguindo a receita da época. O doce só é encontrado nesta época do ano. Não adianta procurar fora da semana santa que não vai achar.
Na manhã do domingo de Páscoa, Ouro Preto volta a ganhar cor. Os moradores enfeitam toda a cidade com tapetes coloridos feitos de flores, serragem, grãos de arroz, etc. Eles contam a história de Cristo e são feitos para celebrar sua ressurreição. É uma tradição espontânea, não são contratados artistas para confeccionar os tapetes. É o povo que se encarrega de fazer. Além disso, no domingo também ocorre a procissão da Ressurreição.
As músicas que fazem a trilha sonora dos eventos desse roteiro religioso também não fogem ao ritual histórico. A orquestra e coro do Pilar, sob a regência de Alcindo Alves, prepara as peças do século 18 a serem executadas durante as principais cerimônias. O latim ainda é usado em algumas das missas e os objetos religiosos de vários séculos saem das gavetas para fechar a tradição que emociona os moradores e turistas que passam o feriado em Ouro Preto.
SABARà - PROCISSÃO DE FÉ
Ela é acolhedora, pequena e bonita. Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte, é uma das principais cidades históricas do paÃs. Fundada em 1555, o que se vê pelas vielas e calçadas da cidade são casarões antigos, igrejas imponentes, obras barrocas, tudo isso em uma atmosfera digna do interior de Minas Gerais, com a população receptiva e fiel à s tradições do estado. A maioria dos 115 mil moradores é de religião católica. Por isso, a festa da semana santa se afirmou como uma das mais importantes do calendário oficial do municÃpio. Sabará começa a se preparar para a celebração da morte e ressurreição de Cristo dois meses antes.
Popular atração da histórica cidade mineira, o Coral Flós Carmeli, já tem os componentes afinados para participar da festa. O coral faz a trilha sonora nos passos da Paixão de Cristo, nas procissões e na Igreja do Carmo, onde foi criado.
Na semana santa, a religiosidade de Sabará é consolidada em manifestações como a cerimônia do Lava-pés, descendimento da cruz, via-sacra da penitência, e o domingo de ramos, quando manjericão, arruda e alecrim perfumam a rua da cidade. A cerimônia do encontro das imagens do Senhor dos Passos e de Nossa Senhora das Dores também reúne milhares de fiéis pelas ladeiras e ruas de Sabará.
A encenação do calvário pelo qual Cristo passou é realizada logo nas primeiras horas da sexta-feira da paixão. Desde as 4h da manhã, fiéis se juntam na Igreja São Francisco e de lá partem em procissão até a Capela do Senhor Bom Jesus, no Morro da Cruz. Durante o percurso são entoadas canções religiosas e celebradas cada uma das 13 estações da Via-Sacra de Jesus. No sábado santo é comemorada a Benção do Fogo e da Ãgua, além da VigÃlia Pascal que acontece em todas as igrejas locais. No mesmo dia, realiza-se a Procissão da Ressurreição pelas paróquias. À noite, há encenações dos Quadros Vivos da Via-Sacra, elaboradas por artistas locais, com uma produção completa de roteiro e figurino.
A mais extensa das procissões realizadas durante a semana santa é a do Enterro. Os moradores, fiéis, visitantes e turistas se encontram na Igreja de São Francisco e caminham até a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, acompanhada pela marcha fúnebre, interpretada pela Banda Santa CecÃlia.
Além da parte litúrgica, que compreende as procissões que serão realizadas nas igrejas do Carmo, Rosário, Nossa Senhora da Conceição e das Mercês, há também a parte artÃstica da semana santa na cidade mineira. Peças teatrais, apresentações musicais e exposição do artesanato local fazem Sabará se transformar em um caldeirão cultural durante o feriado religioso.
DIAMANTINA - QUADROS VIVOS
Diamantina é uma das cidades mineiras que mais marcaram a história contemporânea de nosso paÃs. Afinal, é a terra do ex-presidente Juscelino Kubitschek, grande idealizador de BrasÃlia. Apesar de ter papel tão marcante nesse momento mais recente, ela não perde em nada para as outras cidades históricas de Minas Gerais. Sua tradição e acervo cultural são tão ricos, que Diamantina é palco de um dos festejos de semana santa mais significativos do estado.
A cidade inteira ajuda na preparação das comemorações e, por um pequeno perÃodo do ano, eles substituem as famosas serestas pelos cânticos religiosos. Na quinta-feira, a semana santa é inaugurada com a cerimônia do Lava-pés, na Catedral Metropolitana. Mas o grande destaque de Diamantina é que, diferentemente de outros locais que contratam atores para encenar a paixão de Cristo, aqui a Via-Sacra é realizada pelos próprios moradores. Cerca de 240 habitantes da cidade viram os protagonistas dos chamados quadros vivos, 15 cenas que relembram a morte, a crucificação e a ressurreição de Jesus. Essa encenação, realizada desde o século 18, ocorre na sexta-feira da paixão.
A procissão do Sepultamento e o sermão do Descendimento da Cruz, que também ocorrem na sexta, contam mais um capÃtulo da história de Jesus. Mulheres vestidas de negro representam as santas que acompanharam a paixão de Cristo. Com elas, vêm as irmandades religiosas conduzindo velas acesas durante o percurso. Outras figuras bÃblicas também aparecem, como José de Arimatéia e José de Nicodemos, que colocam o corpo de Jesus num esquife. Os doze apóstolos também não são esquecidos. Salomé e Madalena, além de um grupo de jovens vestidos de túnicas brancas, guiam os martÃrios. O exército romano, responsável pela captura de Jesus, é representado por 200 homens trajados a caráter. A procissão é realizada ao som de uma música fúnebre que é executada pela banda da PolÃcia Militar de Diamantina.
Durante o sábado de aleluia, a vigÃlia de Páscoa toma conta da cidade. Os moradores passam um dia de recolhimento e oração. A imagem do Senhor Morto fica todo o sábado na Igreja do Carmo para visitação dos fiéis.
O domingo de Páscoa também ganha uma comemoração requintada. A procissão da Ressurreição, que acontece pela manhã, traz a alegria de volta à cidade. Enfim, todo o sofrimento de Cristo é compensado com a ressurreição. Para festejar o renascimento, os moradores enfeitam as ruas de Diamantina com flores, papel picado, serragem, tinta, e as janelas das casas são decoradas com colchas, toalhas coloridas e vasos floridos. Ao meio-dia, ocorre o repique de sinos em todas as igrejas e a queima de fogos para a saÃda das bandeiras do Divino EspÃrito Santo, que visitarão as famÃlias em preparação à Festa de Pentecostes.
Fonte: Redação, Estado de Minas e Correio Braziliense (http://images.google.com.br/).
O PEIXE NA SEXTA-FEIRA SANTA
O peixe é o mais antigo sÃmbolo da era cristã. O peixe era usado como senha. Por meio da figura, os cristãos se identificavam nos tempos difÃceis de perseguição. O peixe surgiu na época da formação das primeiras comunidades cristãs. Quando Jesus já não vivia mais entre os seus discÃpulos, o Império Romano e outras religiões queriam acabar com o cristianismo. Mas os seguidores de Jesus não cederam à s ameaças e continuaram reunindo-se, ensinando o que Jesus havia dito.
Essas pessoas resistiram à perseguição e criaram um sÃmbolo que identificasse a sua fé: o peixe. Este sÃmbolo foi escolhido porque a palavra PEIXE, em grego, é um acróstico de confissão de fé: “Jesus Cristo, Filho de Deus (é o ) Salvadorâ€. Esta foi uma das maneiras que aqueles cristãos utilizaram para continuar se encontrando, testemunhando a fé em Jesus e resistindo à s perseguições.
Mas por que se costuma comer peixe na Sexta-feira Santa? É apenas um costume, não é uma ordem de Cristo. O fato de não se comer carne com sangue na Sexta-feira Santa quer demonstrar o respeito ao sangue derramado por Cristo em nosso favor. Aliado a isso está o fato do peixe ter sido dado por Cristo ao povo faminto.
Fonte: http://www.centrodeliteratura-ieclb.com.br/
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