CORPUS CHRISTI
A "INFIORATA" NA ITÃLIA
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http://italytraveltipsblog.com/2010/05/italys-colorful-infiorata/
L'Infiorata:
http://www.comune.genzanodiroma.roma.it/gnz/infiorata/festa/tappeto.bfr
Há dois séculos, todos os anos, por ocasião da Festa de Corpus Christi, na cidadezinha de Genzano de Roma, realiza-se a procissão da "infiorata", um imenso tapete de flores composto por 13 quadros, e que se estende por cerca de 2 mil metros quadrados pela central via Italo Belardi que sobe até a igreja de Santa Maria della Cima, de onde parte o Sacramento em honra do qual se faz este singular enfeite sobre as ruas.
Com legÃtimo orgulho os cidadãos explicam como são realizados estes quadros: com a seleção dos esboços cujo esquema será desenhado sobre o calçamento e confiado aos “infioratori†que trabalham com as flores. Há a paciente coleta de 350 mil flores (além das essências vegetais) que são conservadas nas grutas da pequena cidade com um minucioso trabalho de separação de pétalas das corolas.
L'Infiorata:
http://www.comune.genzanodiroma.roma.it/gnz/infiorata/festa/tappeto.bfr
O CORPO DE CRISTO
A celebração de Corpus Christi (Corpo de Cristo) surgiu na Idade Média e consta de uma missa, procissão e adoração ao SantÃssimo Sacramento. Quarenta dias depois do Domingo de Páscoa é a quinta-feira da Ascensão do Senhor. Dez dias depois temos o Domingo de Pentecostes. O domingo seguinte é o da SantÃssima Trindade, e na quinta-feira é a celebração do Corpus Christi.
É uma das mais tradicionais festas do Brasil e é comemorado no paÃs desde a chegada dos portugueses.
A tradição de fazer o tapete com folhas e flores vem dos imigrantes açorianos. Essa tradição praticamente desapareceu em Portugal continental, onde teve origem, mas foi mantida nos Açores e nos lugares onde chegaram seus imigrantes, como por exemplo Florianópolis.
O barroco enriqueceu esta festa com todas as suas caracterÃsticas de pompa. Em todo o Brasil esta festa adquiriu contornos do barroco português. Corpus Christi é celebrado desde a época colonial com uma profusão de cores, música expressões de grandeza.
No Brasil, a tradição de se fazer os tapetes de ruas acontece em inúmeras cidades, geralmente com voluntários que começam os preparativos dias antes da solenidade e varam a noite trabalhando.
SOLIDARIEDADE
A festa religiosa é uma oportunidade para a prática da solidariedade. Neste dia, os fiéis têm costume de fazer doações, depois revertidas para as famÃlias necessitadas ou obras sociais mantidas pela Igreja.
Durante a missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.
HISTÓRIA DA SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI
No final do século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento EucarÃstico cujo centro foi a Abadia de Cornillon, fundada em 1124 pelo Bispo Albero. Este movimento deu origem a vários costumes eucarÃsticos, como por exemplo a Exposição e Bênção do SantÃssimo Sacramento, o uso dos sinos durante sua elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.
Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi a enviada de Deus para propiciar esta Festa. A santa nasceu em Retines, perto de Liège, Bélgica, em 1193. Ficou órfã muito pequena e foi educada pelas freiras Agostinas em Mont Cornillon. Quando cresceu, fez sua profissão religiosa e mais tarde foi superiora de sua comunidade. Morreu em 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses, em Fosses, e foi enterrada em Villiers.
Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao SantÃssimo Sacramento. E sempre esperava que se tivesse uma festa especial em sua honra. Este desejo se diz ter intensificado por uma visão que ela teve da Igreja, sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que significada a ausência dessa solenidade.
Juliana comunicou estas aparições a Dom Roberto de Thorete, o então bispo de Lieja, a Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos PaÃses Baixos, e a Jacques Pantaleón, nessa época arquidiácolo de Lieja e mais tarde Papa Urbano IV.
O bispo ficou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas dioceses, convocou um sÃnodo em 1246 e ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte. Ao mesmo tempo, o Papa ordenou que um monge, de nome João, escrevesse o ofÃcio para essa ocasião. O decreto está preservado em Binterim (Denkwürdigkeiten, V.I. 276), junto com algumas partes do ofÃcio.
Dom Roberto não viveu para ver a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte na quinta-feira posterior à festa da SantÃssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu esse costume e o estendeu por toda a atual Alemanha.
Naquela época, o Papa Urbano IV tinha sua corte em Orvieto, um pouco ao norte de Roma. Muito perto dessa localidade fica a cidade de Bolsena, onde em 1263 (ou 1264) aconteceu o famoso Milagre de Bolsena: um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a Consagração da hóstia fosse algo real. No momento de partir a Sagrada Hóstia, viu sair dela sangue, que empapou o corporal (pequeno pano onde se apóiam o cálice e a patena durante a Missa). A venerada relÃquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 junho de 1264. Hoje se conserva o corporal, em Orvieto, onde também se pode ver a pedra do altar de Bolsena, manchada de sangue.
O Santo Padre, movido pelo prodÃgio, e por petição de vários bispos, fez com que a festa do Corpus Christi se estendesse por toda a Igreja por meio da bula "Transiturus", de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes, e outorgando muitas indulgências a todos que assistirem a Santa Missa e o ofÃcio nesse dia.
Em seguida, segundo alguns biógrafos, o Papa Urbano IV encarregou de escrever um ofÃcio - o texto da liturgia - a São Boa-ventura e também a Santo Tomás de Aquino. Quando o PontÃfice começou a ler, em voz alta, o ofÃcio feito por Santo Tomás, São Boa-ventura o achou tão bom que foi rasgando o seu em pedaços, para não concorrer com o de São Tomás de Aquino.
A morte do Papa Urbano IV (em 2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no concÃlio geral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 foi promulgada uma recompilação das leis - por João XXII - e assim a festa foi estendida a toda a Igreja.
Nenhum dos decretos fala da procissão com o SantÃssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.
A festa foi aceita em Cologne em 1306; em Worms a adoptaram em 1315; em Strasburg em 1316. Na Inglaterra foi introduzida, a partir da Bélgica, entre 1320 e 1325. Nos Estados Unidos e nos outros paÃses a solenidade era celebrada no domingo depois do domingo da SantÃssima Trindade.
Na Igreja grega a festa de Corpus Christi é conhecida nos calendários dos sÃrios, armênios, coptos, melquitas e rutÃnios da GalÃcia, Calábria e SicÃlia.
Finalmente, o ConcÃlio de Trento declarou que, muito piedosa e religiosamente, foi introduzida na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, em determinado dia festivo, seja celebrado este excelso e venerável sacramento com singular veneração e solenidade; e reverente e honorificamente seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos. Dessa forma, os cristãos expressam sua gratidão por tão inefável e verdadeiramente divino benefÃcio, pelo qual se faz novamente presente a vitória e triunfo sobre a morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
HISTÓRIA DA FESTA DE "CORPUS CHRISTI" NO BRASIL
A festa foi trazida para o Brasil pelos portugueses. No Brasil, numa carta de 9 de agosto de 1549, o Padre Manuel da Nóbrega, da Bahia, informava: “Outra procissão se fez dia de Corpus Christi, mui solene, em que jogou toda a artilharia, que estava na cerca, as ruas muito enramadas, houve danças e invenções à maneira de Portugalâ€. (Cartas do Brasil, 86, Rio de Janeiro, 1931).
As procissões portuguesas eram esplendorosas: tropas, fidalgos, cavaleiros, andores, danças e cantos. A imagem de São Jorge, padroeiro de Portugal, seguia a procissão montada em um cavalo, rodeada de oficiais de gala.
A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.
Fonte: http://www.portaldafamilia.org.br/.
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