VOAR...VOAR...VOAR...
CONTAGEM REGRESSIVA
Continuamos contando juntos! Faltam 5 ediçÔes para o FM completar a edição nĂșmero 100.
EXTRA! FACULDADE MENTAL NO MUSEU DO LOUVRE EM PARIS
A nossa querida Professora Pasqualina viajou nas férias em Agosto para a Europa. Na visita ao Louvre em Paris, fez questão de tirar uma foto com a camiseta do FM. Vejam na coluna "Nossos Colunistas". Vejam mais fotos enviadas pela professora, em Fotos de Eventos "Louvre - Paris".
PARABĂNS GALDINO E RICARDĂO!
Rolou a maior festa na Ășltima sexta 20/10 para comemoração do "niver" dos nossos amigos Galdino e Ricardo Lobenwein. O Ponto Verde ficou pequeno para tanta animação. Presença das nossas professoras ClĂĄudia e Sonia, ex-alunos tambĂ©m como a Clarinha, Carol, Marlon, Marcos Leandro dentre outros.
A surpresa ficou por conta do Faculdade Mental, que levou diretamente da Boite SayonarĂĄ a belĂssima Alice que fez um maravilhoso show. (veja em Fotos e Eventos - "Niver do Galdino e Ricardo").
Muitas felicidades e vocĂȘs sabem, o FACULDADE MENTAL Ă© nosso!!!!!
PARABĂNS LEO!
O nosso querido Leo fez "niver" em 19/10. Parabéns!
PARABĂNS CLAUDIĂO!
O querido amigo ClaĂșdio, da Sede Campestre do Cruzeiro, fez "niver" agora em outubro e o FM deseja muitas felicidades ao "amigĂŁo".
VESTIBULAR NOVOS HORIZONTES
InscriçÔes até 26 de outubro de 2006
EM 23/10/1906, EM PARIS, SANTOS-DUMONT ATRAVESSOU 60 METROS PELO AR COM SEU 14 BIS
Ă o centenĂĄrio da aviação, e começam as comemoraçÔes aqui no Brasil e na França, onde o brasileiro Alberto Santos Dumont realizou o primeiro vĂŽo motorizado da histĂłria. A bordo de seu aviĂŁo 14-Bis, o aviador sobrevoou por 220m o Campo de Bagatelle, em Paris, a 6m de altura, no dia 23 de outubro de 1906. A façanha conferiu ao aviador brasileiro o honroso tĂtulo de âpai da aviaçãoâ, mas tambĂ©m criou uma polĂȘmica ao ser questionada pelos irmĂŁos norte-americanos Orville e Wilbur Wright, que reivindicaram para si o pioneirismo do vĂŽo. Santos Dumont nasceu em 1873, em Cabangu (MG) e, aos 19 anos, foi morar em Paris (FR).
Santos Dumont foi o primeiro aeronauta a alcançar a dirigibilidade dos balÔes e a voar num aparelho mais pesado que o ar com propulsão própria (sem catapulta). Seu sonho de voar começou cedo e cedo o levou à Paris (FR), em 1891, para estudar. Jå em 1897 começou a colocar em pråtica seu aprendizado e empenhou-se em construir uma måquina que voasse de forma controlada.
Mas Santos Dumont nĂŁo estava sozinho na busca por conseguir realizar um vĂŽo controlado. VĂĄrios inventores, engenheiros e cientistas quebravam a cabeça para tentar tornar possĂvel essa façanha, e todos acreditavam que o vĂŽo motorizado estava muito prĂłximo de ser conseguido. Isso acabou se tornando uma verdadeira febre mundial, com inĂșmeros cientistas testando â sem sucesso â suas engenhocas voadoras e tentando abocanhar o tĂtulo de âpai da aviaçãoâ.
Para incentivar ainda mais as pesquisas neste sentido, o magnata do petrĂłleo Deutsch de la Meurthe ofereceu um prĂȘmio de 100 mil francos para quem realizasse o primeiro vĂŽo controlado em um balĂŁo dirigĂvel. Quem estabeleceu os critĂ©rios para determinar o que poderia ser considerado âvĂŽo controladoâ foi o Aeroclube da França - uma associação que agregava inventores e incentivadores do vĂŽo mecĂąnico. O aeroclube determinou que para considerar um vĂŽo como sendo controlado os aparelhos deveriam realizar um vĂŽo saindo de Saint Cloud, contornando a Torre Eiffel e retornando em um perĂodo de 30 minutos. AlĂ©m disso, o vĂŽo deveria ser anunciado com antecedĂȘncia e uma comissĂŁo designada pelo aeroclube deveria estar presente para elaborar a ata.
Em 19 de outubro de 1901, Santos Dumont conquista o prĂȘmio voando em seu dirigĂvel N-6 projetado, construĂdo e voado por ele apenas trĂȘs anos apĂłs ter iniciado seus experimentos aeronĂĄuticos. O brasileiro prova, assim, ser possĂvel dirigir um aparelho mais leve que o ar. A conquista da façanha foi um incentivo a mais para que o aeronauta se dedicasse ao seu maior invento (e tambĂ©m sua maior conquista): realizar um vĂŽo em um aparelho mais pesado que o ar.
Santos Dumont passou cinco anos estudando, projetando, construindo e testando suas incrĂveis mĂĄquinas de voar. Ele realizou vĂŽos mal sucedidos com suas aeronaves SD-1, SD-5, SD-15. Depois de vĂĄrias experiĂȘncias, o brasileiro conseguiu aprimorar suas aeronaves e chegar ao 14-Bis. Este aparelho era uma engenhoca de bambu revestida de linho e recebeu esse nome porque, durante um teste â quatro meses antes do primeiro vĂŽo â foi acoplado em um balĂŁo n°14 para avaliar se o aviĂŁo (de 12 metros de envergadura por 10 de comprimento), teria equilĂbrio para voar.
Santos Dummont realizou seu primeiro vĂŽo no dia 23 de outubro de 1906 quando, a bordo da aeronave 14-Bis, sobrevoou 220m do Campo de Bagatelle, em Paris (FR), a dois metros de altura, com uma velocidade mĂ©dia de 41 km/h. Por cumprir todos as normas da Federação AeronĂĄutica Internacional (FAI) e do Aeroclube da França para a realização de um vĂŽo, Santos Dummont recebeu o tĂtulo de pai da aviação.
No vĂŽo pioneiro de Santos-Dumont, milhares de pessoas encontravam-se no Campo de Bagatelle, que correram ao local devido Ă s notĂcias divulgadas pela imprensa local. Esse vĂŽo foi filmado por uma empresa cinematogrĂĄfica (âCompanhia PathĂ©â), todos os preparativos do vĂŽo foram fotografados e a grande vitĂłria alcançada por Santos-Dumont foi noticiada pelos mais importantes jornais do mundo. O Aeroclube da França registrou o acontecimento em ata especial.
Com o 14-Bis, Santos Dumont conseguiu realizar o primeiro "vĂŽo mecĂąnico" de mundo, arrebatando o tĂtulo de âpai da aviaçãoâ e os 3.000 francos do prĂȘmio Archdeacon, criado em julho de 1906 pelo norte-americano Ernest Archdeacon, para premiar o primeiro aeronauta que conseguisse voar por mais de 25 metros em um vĂŽo nivelado.
A paternidade da aviação foi contestada em 1908 pelos irmãos norte-americanos Wilbur e Orville Wright. Eles alegaram que tinham realizado o primeiro vÎo motorizado da história no dia 17 de dezembro de 1903, na cidade de Kitty Hawk, na Carolina do Norte (EUA), quando conseguiram voar 36,5 metros durante 12 segundos com sua aeronave Flyer 1. O fato é considerado em parte do mundo, especialmente nos Estados Unidos, como sendo o vÎo pioneiro.
O problema Ă© que os irmĂŁos nĂŁo cumpriram os critĂ©rios da FAI e do Aeroclube da França: nada foi filmado nem noticiado na imprensa norte-americana. A Ășnica prova que os irmĂŁos tinham de sua façanha era uma foto â que, segundo estudiosos, poderia ter sido tirada poucos dias antes. Outro problema Ă© que o aviĂŁo dos Wright necessitava de vento ou de meios externos para alçar vĂŽo.
AlĂ©m disso, o motor usado no Flyer, quando este foi levado Ă Europa, era de fabricação francesa, desenvolvia 50 HP e havia sido fabricado somente em 1907 (quatro anos apĂłs o primeiro vĂŽo dos irmĂŁos). Os irmĂŁos afirmaram que antes de adotar o motor francĂȘs, utilizaram um motor feito por eles prĂłprios, que desenvolvia 12 HP e fazia o Flyer pesar 340 kg. Estudiosos e cientistas afirmam que o fato torna, senĂŁo impossĂvel, muito difĂcil o vĂŽo com tal aeronave. Para apimentar ainda mais a polĂȘmica, uma rĂ©plica exata do Flyer 1 foi construĂda em 2003 para comemorar os 100 anos do vĂŽo do Wright mas, em sua apresentação, a aeronave nĂŁo conseguiu alçar vĂŽo.
Numa histĂłria como essa, Ă© difĂcil eleger um Ășnico campeĂŁo. Claramente, desprezar a importĂąncia dos Wright Ă© querer tapar o sol com a peneira. Entretanto, se dispensĂĄssemos os demais e ficĂĄssemos sĂł com os irmĂŁos ianques, certamente nĂŁo chegarĂamos ao aviĂŁo moderno. Nesta mĂĄquina que transformou o mundo, outros inventores tiveram papel crucial, e entre eles, Santos-Dumont Ă© o maior.
Fonte: 360 Graus/Galileu.