A CACHAÇA MINEIRA É A MELHOR DO BRASIL
PIRA PAN-AMERICANA (Veja foto)
O Comitê organizador dos Jogos (CO-Rio) apresentou nesta quinta-feira 28/06 a pira pan-americana. Ela não ficará no alto do estádio, ao contrário do que ocorre em eventos assim, mas num platô junto a um dos setores de cadeiras (brancas) do Maracanã. A pira tem formato arredondado e remete ao sol, assim como a mascote Cauê e o palco da festa de abertura, também no Maracanã.
Criada pela carnavalesca Rosa Magalhães, a pira, inspirada no sol, custou cerca de R$ 2,5 mi.
ANIVERSÁRIO DO JORGE RIBEIRO
Foi dia 29/06. Parabéns Jorjão (Pai da Clarinha). O FM deseja muitas felicidades para você. Que você tenha muita tocha olímpica e muita pira olímpica para queimar...
PARABÉNS PROFESSOR BORGES
O Faculdade Mental envia os mais sinceros parabéns ao Professor Borges pelo nascimento de seu filho Marcos Lott Borges. Foi dia 24/06/2006 às 09:45 hs.
Muitas felicidades, professor!
A CACHAÇA MINEIRA É A MELHOR DO BRASIL
RANKING PLAYBOY DA CACHAÇA: Foram reunidos os maiores especialistas do Brasil para eleger as 20 melhores aguardentes.
Por Willian Vieira
Cada vez mais, o Brasil deixa de ser o único país do mundo a se envergonhar do seu destilado. A boa e velha cachaça há muito deixou de ser uma bebida sem valor. Hoje é apreciada em confrarias, tem admiradores mundo afora e já conta com legislação específica. Fatores que, combinados, impulsionam um mercado promissor, com lucro de até 600 milhões de dólares ao ano.
São mais de 5 mil marcas de cachaça legalizadas no Brasil e uma produção de cerca de 1,4 bilhão de litros ao ano. Nessa conta estão desde cachaças artesanais que levam anos para ficarem prontas e podem custar até 500 reais a garrafa, até pingas industriais produzidas em algumas horas e vendidas a 2 ou 3 reais. Um abismo não só de preço, mas principalmente de qualidade. Dizer qual cachaça tem sabor mais intenso, melhor buquê, melhor aroma e, em especial, qual realmente vale o que se paga por um vinho importado (embora raramente custe tanto) não é tarefa simples. Por isso, foram reunidos 13 experts no assunto e para que votassem nas melhores cachaças do Brasil. Apurada a votação, foi levada ao químico especialista em destilados Erwin Weimann, autor do livro Cachaça: a Bebida Brasileira, à Universidade da Cachaça, em São Paulo, onde, ao lado do chef Sérgio Arno, dono da casa, ele degustou e comentou cada uma das 20 escolhidas. Confira aqui quais são, segundo os bons entendedores, as melhores aguardentes do país.
1° Lugar: Vale Verde
Procedência: Betim, MG
Graduação alcoólica: 40%
Envelhecimento: três anos em carvalho
A campeã é uma cachaça correta em todos os sentidos. É produzida na fazenda Vale Verde que, além de engenho de cachaça, é também um parque ecológico, com visitas guiadas onde se pode conhecer os "segredos" da produção. A aguardente é equilibrada, encorpada e madura. Segundo os produtores, suas técnicas de fermentação e destilação foram baseadas naquelas praticadas na Europa para fabricação de whiskies. Isso proporciona um produto final equilibrado, estável, pronto. Os três anos em tonéis de carvalho explicam a cor dourada e o buquê marcante de madeira. É justamente esse envelhecimento que garante o equilíbrio da bebida, que desce redondinha, sem aspereza. A cana colhida no ponto certo, fruto dos solos calcários da região de Betim, a fermentação nos antigos alambiques de cobre e a criteriosa escolha dos barris de carvalho garantem a cor brilhante e o sabor adocicado persistente. Além disso, a Vale Verde tem a melhor relação custo-benefício: uma garrafa custa, em média, 30 reais.
2° Lugar: Anísio Santiago
Procedência: Salinas, MG
Graduação alcoólica: 44,8%
Envelhecimento: entre seis e oito anos em carvalho e bálsamo
Anísio Santiago é mais que uma cachaça - é um mito. Forte, com cheiro de madeira seca, um leve amargor que permanece na boca, sabor e aroma persistentes. "O segredo de Anísio é a combinação de madeiras diversas. Não é perfeita, é mais uma boa cachaça, um ícone a ser reverenciado", diz Weimann. E que se tornou mitológica devido a uma questão judicial: a Havana perdeu o nome e foi rebatizada como Anísio Santiago. Hoje, uma garrafa antiga de Havana chega a custar mais de 20 mil reais. "É o marketing 'cubano': 'a gente faz por gosto, dane-se o mercado, quem quiser que corra atrás'. Ainda que haja uma dúzia de cachaças tão boas quanto ela por 10% do preço", diz o jornalista Ronaldo Ribeiro, autor de várias reportagens sobre a Havana. O preço de uma Anísio Santiago varia bastante, podendo custar entre 200 e 300 reais em São Paulo. "A expectativa é tão grande que, ao provar, no primeiro gole você já está fascinado", garante Ribeiro. Tal é o sabor de uma boa história.
3° Lugar: Canarinha
Procedência: Salinas, MG
Graduação alcoólica: 44%
Envelhecimento: três anos em bálsamo
A procedência e o sobrenome do produtor são belas credenciais. Produzida em Salinas, a Canarinha é feita por Noé Santiago, sobrinho de Anísio Santiago, criador da famosa cachaça Havana (veja abaixo). Antes de ser embalada nas tradicionais garrafas de cerveja, ela é envelhecida por três anos em tonéis de bálsamo, o que lhe confere uma cor suave, amarelinha, e um sabor levemente apimentado, típico das aguardentes de Salinas. Para Weimann, a cor dourada como um champagne, o sabor frutado e o buquê de flores do campo e capim fazem a diferença. "É uma cachaça das mais puras, equilibrada, persistente e excelente", garante Weimann.
4° Lugar: Germana
Procedência: Nova União, MG
Graduação alcoólica: 40%
Envelhecimento: dois anos em carvalho e bálsamo
Facilmente reconhecida numa prateleira devido à embalagem, a garrafa da Germana é toda revestida de folhas secas de bananeira por mulheres artesãs do Engenho de Nova União. O objetivo é proteger a bebida da luz e do calor e assim manter suas características. Antes de ser engarrafada, a Germana envelhece dois anos em tonéis de carvalho e bálsamo. O resultado é uma cachaça suave, com sabor sutil, que pode agradar também ao público leigo.
5° Lugar: Claudionor
Procedência: Januária, MG
Graduação alcoólica: 48%
Envelhecimento: entre um e meio e dois anos em carvalho
A cidade de Januária já foi sinônimo da bebida, mas perdeu a vez para Salinas como região emblemática da cachaça mineira. A Claudionor, porém, é ótima opção para quem gosta de cachaça à moda antiga, forte, com muito gosto de cana. Para adequar-se à nova legislação, teve de reduzir seus 54% de graduação alcoólica para "apenas" 48%. Transparente, apesar de bem envelhecida, Claudionor tem buquê neutro, de cana madura e bem descansada, cujo gosto persiste na boca. É uma cachaça com corpo, equilibrada, perfeita para quem foge das madeiras.
6º Lugar: Boazinha
Procedência: Salinas, MG
Graduação alcoólica: 42%
Envelhecimento: dois anos em bálsamo
7º Lugar: Casa Bucco
Procedência: Passo Velho, RS
Graduação alcoólica: 40%
Envelhecimento: dois anos em bálsamo e carvalho
8º Lugar: Armazém Vieira
Procedência: Florianópolis, SC
Graduação alcoólica: 44%
Envelhecimento: quatro anos em ariribá
9º Lugar: Magnífica
Procedência: Miguel Pereira, RJ
Graduação alcoólica: 45%
Envelhecimento: três anos em carvalho
10º Lugar: Piragibana
Procedência: Salinas, MG
Graduação alcoólica: 47%
Envelhecimento: 22 anos em bálsamo e carvalho
11º Lugar: Maria Izabel
Procedência: Parati, RJ
Graduação alcoólica: 44% (o rótulo indica, erroneamente, 42%)
Envelhecimento: entre um e quatro anos em carvalho
12º Lugar: Indaiazinha
Procedência: Salinas, MG
Graduação alcoólica: 48%
Envelhecimento: oito anos em bálsamo
13º Lugar: Sapucaia Velha
Procedência: Pindamonhangaba, SP
Graduação alcoólica: 40,5%
Envelhecimento: dez anos em carvalho
14º Lugar: Corisco
Procedência: Parati, RJ
Graduação alcoólica: 45%
Envelhecimento: dois anos em carvalho
15º Lugar: Mato Dentro
Procedência: São Luiz do Paraitinga, SP
Graduação alcoólica: 41%
Envelhecimento: descansada oito meses em amendoim
16º Lugar: Lua Cheia
Procedência: Salinas, MG
Graduação alcoólica: 45%
Envelhecimento: entre dois e três anos em bálsamo
17º Lugar: Abaíra
Procedência:Chapada Diamantina, BA
Graduação alcoólica: 42%
Envelhecimento: três anos em carvalho
18º Lugar: Seleta
Procedência: Salinas, MG
Graduação alcoólica: 42%
Envelhecimento: dois anos em umburana
19º Lugar: GRM
Procedência: Araguari, MG
Graduação alcoólica: 41%
Envelhecimento: dois anos em carvalho, umburana e jequitibá-rosa
20º Lugar: Volúpia
Procedência: Alagoa Grande, PB
Graduação alcoólica: 42%
Envelhecimento: descansada um ano em freijó
OS DEZ MANDAMENTOS DA BOA AGUARDENTE
Por Sérgio Arno, Chef e Dono da Universidade da cachaça
1º MANDAMENTO: ANALISARÁS BEM O RÓTULO
Verifique o ano, a procedência, a cor, o lacre e a graduação alcoólica. Garrafa deve ser sempre transparente, pois a cor ajuda a identificar, entre outras coisas, as impurezas.
2º MANDAMENTO: NÃO TERÁS PRECONCEITO
Se de qualidade garantida, a cachaça não tem nada de "marvada". Ter preconceito é totalmente infundado.
3º MANDAMENTO: BEBERÁS SEMPRE EM TEMPERATURA AMBIENTE
A temperatura ambiente é ideal, pois mantém o aroma e o sabor intocados.
4º MANDAMENTO: DARÁS A CADA CACHAÇA SEU FIM MERECIDO
Para a mundialmente conhecida caipirinha, deve-se usar uma cachaça com teor alcoólico alto, pois o gelo dilui a bebida. E sempre branca. O sabor envelhecido não combina com a caipirinha. O mesmo tipo de cachaça, branca e forte, deve ser usado para culinária, pois o alto teor alcoólico flamba melhor. E, para beber purinha, vale a melhor cachaça, claro, envelhecida em tonéis de madeira e de boa procedência.
5º MANDAMENTO: ESTOCARÁS SEMPRE
Monte a sua adega. Mantenha as garrafas num ambiente escuro, fresco e longe da mesa, para evitar a tentação.
6º MANDAMENTO: CONHECERÁS PARA DEGUSTAR
Um pouco de conhecimento sobre o mercado e a história da cachaça ajuda a não levar gato por lebre. Salinas, por exemplo,é ícone da cachaça nacional, mas algumas marcas desconhecidas embarcam na fama e vendem pinga barata com a rubrica da cidade. Atenção às cachaças indicadas por este ranking. Livros, como o de Erwin Weimann, também ajudam.
7º MANDAMENTO: NUNCA BEBERÁS CACHAÇA SOZINHO
Cachaça é para bebericar com os amigos, é algo social. Quanto mais amigos se tem, mais cachaça na cabeça...
8º MANDAMENTO: COMBINARÁS A BOA CACHAÇA COM A BOA COMIDA
Tudo que é gorduroso vai bem com cachaça. Mas tem de ser branca, nunca envelhecida, porque o sabor da madeira compete com o do alimento. Cachaça envelhecida, só após as refeições, de preferência com um bom charuto.
9º MANDAMENTO: CONQUISTARÁS AMIGOS E MULHERES
Para impressionar, diga que cachaça envelhecida guardada no freezer ganha a viscosidade de um licor, e substitui até um bom brandy.
10º MANDAMENTO: DEGUSTARÁS, MAS NÃO SE TORNARÁS UM CACHACEIRO
As provas de cada cachaça devem ser pequenas. Mesmo. Mas não se cospe depois- seria pedir demais. Tenha sempre água, pão ou bolinho para consumir entre as provas, para limpar a boca.
Fonte: Playboy – abril de 2007.
(Colaboração: A.M.B.)
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