9 DE NOVEMBRO - A QUEDA DO MURO - 20 ANOS
O MURO DE BERLIM
English:
http://www.germany.info/Vertretung/usa/en/10__Press__Facts/03__Infocus/04__Without__Walls/__Main__S.html
http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/november/9/newsid_2515000/2515869.stm
http://www.time.com/time/world/article/0,8599,1892408,00.html
See more photos:
http://www.time.com/time/photogallery/0,29307,1631993,00.html
Uma declaração precipitada derrubou o muro de Berlim. Às 19h de 9 de novembro de 1989, Günter Schabowski, porta-voz do governo da Alemanha Oriental, anunciava a aprovação de uma lei que facilitava viagens ao estrangeiro. A informação deveria ser divulgada no dia seguinte. Mas, por engano, Schabowski disse que ela vigorava imediatamente.
Imediatamente, milhares de alemães orientais que acompanhavam a entrevista pela TV ocidental lotaram as ruas de Berlim. O principal ponto de aglomeração era o posto de controle na rua Bornholmer. Nervosos, os policiais barravam a fronteira. As pessoas começavam a gritar "Tor auf!", ou "Abram o portão!."
Finalmente, às 23h, a fronteira foi aberta. Do outro lado, os "wessies", como eram chamados os alemães ocidentais, esperavam ansiosamente pelos "ossis", os orientais. Lágrimas corriam, desconhecidos se abraçavam e festejavam pelas ruas. No Portão de Brandenburgo, o muro era escalado. Com picaretas, os primeiros pedaços eram arrancados. Acabava assim a espera pelo reencontro dos dois lados de uma cidade rachada.
RESTOS PRESERVADOS
Pouco sobrou do muro. O maior trecho fica na Galeria East Side. Pedaços ficam em lojas de Berlim, na sede da CIA em Washington e no Museu Imperial de Guerra de Londres.
NOVO BAIRRO CENTRAL
A relação de centro e periferia mudou em ambos os lados. Tradicional destino de turcos, Kreuzberg terminava na fronteira. Com a queda do muro, virou um bairro central.
ESPECULAÇÃO
Bairros orientais degradados, como Mitte, foram restaurados e se tornaram ponto preferencial para as galerias de arte e várias das lojas mais caras da cidade.
ORIENTAIS EXPULSOS
Outro bairro promovido foi Prenzlauer Berg, hoje o principal reduto de polÃticos, artistas e profissionais. Os antigos moradores tiveram que migrar para a periferia.
RECONSTRUÇÃO
Antiga terra de ninguém, a Potsdamer Platz era atravessada pelo muro. Um grande esforço arquitetônico transformou a praça de Potsdam em centro cultural.
MARCO RESTAURADO
O portão de Brandenburgo, importante sÃmbolo da cidade, foi liberado. E o Reichstag, o palácio que hoje abriga o parlamento alemão, passou por uma restauração.
Fonte: Aventuras na História - Edição 76.
Veja mais fotos:
http://www.time.com/time/photogallery/0,29307,1631993,00.html
1989 E O MURO
O 20º aniversário da queda do Muro de Berlim é o 20º aniversário do ano glorioso de 1989.
Em pouco mais de um ano acabaram-se um império (o soviético), uma modalidade de organização polÃtica (a ditadura do partido comunista) e um modo de produção (o socialista). Extinguiu-se também a chama dos projetos revolucionários como instrumento de transformação das sociedades.
A "queda do Muro" foi o desfecho de um processo que começou seis meses antes, quando a Hungria abriu sua fronteira com a Ãustria, drenando a população da Alemanha Oriental. Ao final de maio pedaços de arame farpado da fronteira austro-húngara já eram vendidos como souvenirs.
Aprende-se isso, e muito mais, no livro "1989 - O ano que Mudou o Mundo", do jornalista americano Michael Meyer. Ele testemunhou a mudança e presenciou a revolução tcheca, ao som do chacoalhar dos chaveiros. Quem tiver curiosidade pela grandeza de 1989 e pela ousadia da reunificação da Alemanha, pode dispor de 236 páginas de inteligente narrativa.
Quem quiser fechar o foco na revolução alemã estará bem servido com "O Muro de Berlim - Um Mundo Dividido, 1961-1989". Nele aprende-se o nome da pessoa que furou a barreira. Foi Harald Jaeger e comandava o posto policial da cancela da Bornholmer Strasse. Jaeger ergueu a barreira e deixou a multidão passar. Em 1997 comprou uma banca de jornais e trabalha nela, com a mulher.
Elio Gaspari (http://www.submarino.com.br/portal/Artista/80141) - Fonte: Folha de S.Paulo - 01/11/09.
1989 - O ano que Mudou o Mundo - http://www.zahar.com.br/catalogo_exclusivo.asp?id=1268&ide=231
O Muro de Berlim - Um Mundo Dividido, 1961-1989 - http://www.record.com.br/livro_sinopse.asp?id_livro=24331
DEPOIS DO MURO
Vinte anos após a queda do muro de Berlim, não se dissipa a impressão de que algo de assombroso, de quase mágico, ocorreu naquele 9 de novembro de 1989.
A barreira criada pelo regime pró-soviético em 1961, que fazia da antiga República Democrática Alemã uma verdadeira prisão a céu aberto, desaparecia com surpreendente facilidade, sem que os vigias -antes prontos a fuzilar quem quisesse ultrapassá-la- esboçassem qualquer tentativa de reprimir a multidão subitamente liberada.
É até certo ponto natural, quando se comentam fatos históricos dessa magnitude, que diminua a percepção do papel que neles desempenhou a circunstância e o acidente. O que era anteriormente impensável assume, depois de algum tempo, o caráter de uma fatalidade.
Hoje parece claro que o sistema econômico, polÃtico e ideológico criado no Leste europeu não teria como prosperar, tal a irracionalidade de seus pressupostos, tão evidente a mentira em que se assentava. Mas o momento exato da Queda do Muro foi o de uma peculiar conjunção entre a circunstância imprevista (um confuso pronunciamento oficial, pela TV, forneceu como que a senha para a multidão) e um processo paulatino de colapso.
Essa dupla face do evento não deixou de ter consequências do ponto de vista ideológico. A esquerda, incluindo-se os seus setores mais desfavoráveis ao modelo soviético, sentiu o chão fugir-lhe sob os pés, na perplexidade do súbito cataclismo. Os defensores da liberdade absoluta de mercado sentiram, por outro lado, confirmar-se como uma verdade natural, quase biológica, o acerto de algumas poucas premissas imutáveis.
Dos dois lados, mas com diferentes sentidos, a conclusão parecia ser a mesma: a História tinha acabado. Certamente, o horizonte das alternativas, dos projetos viáveis para o futuro, unificou-se no ideal das modernas democracias de mercado. Não se confirmou contudo, pelo menos no prazo destes 20 anos, o prognóstico de que seria fácil alcançar esse objetivo em toda parte.
Os inegáveis progressos materiais da globalização, e os imensos ganhos de liberdade polÃtica alcançados com o fim do comunismo não se estenderam a todos os paÃses, nem estão a salvo de crises e acidentes.
O fim da divisão do mundo em dois blocos rivais não estabeleceu uma serena homogeneidade no planeta: particularismos, nacionalismos e fundamentalismos de várias extrações renascem e se inventam em nossos dias. À ameaça de guerra nuclear seguiu-se o medo da catástrofe climática. O incremento das liberdades teve a acompanhá-lo o desencanto com a polÃtica.
Alguns poucos nostálgicos prefeririam, é certo, o antigo "paraÃso comunista" ao "paraÃso consumista" de hoje, atraente até mesmo para os que dele não desfrutam. Mas não se resumem a este estranho modelo de conformismo insaciável, de insegurança individual e indiferença coletiva, os sonhos de solidariedade, de emancipação e democracia que a Queda do Muro pôs, uma vez mais, em movimento na história humana.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 07/11/09.
ALERTA GERAL
A nova "Economist" se concentra no aniversário da queda do muro de Berlim e avisa que "tanto se ganhou" mas também há "tanto a perder", hoje. Em suma, "nos últimos 20 anos a liberdade econômica ganhou mais que a liberdade polÃtica", mas nenhuma das duas pode ficar sem atenção.
Diz que a globalização deve muito à queda do muro e que "gigantes instintivamente estatistas do mundo emergente, como Brasil, Ãndia e China, teriam aberto suas economias muito mais lentamente se a alternativa ainda existisse". Afirma que os "liberais do Ocidente" precisam persistir na defesa das duas liberdades, agora.
Toda MÃdia (www.todamidia.folha.blog.uol.com.br) - Nelson de Sá - Fonte: Folha de S.Paulo - 06/11/09.
Confira a matéria em inglês:
http://www.economist.com/opinion/displayStory.cfm?story_id=14802240&source=hptextfeature
O MURO DE BERLIM NA TV
- Muro de Berlim - Fuga para a liberdade (http://www.sky.com.br/GuiaDaTV/Ficha/default.aspx?__qsFicha=556464): Dia 09, 0h30, GNT.
- Berlim - Onde está o muro?: Dia 09, 21h, GNT.
Fonte: Monet - Número 80.
Não deixem de enviar suas mensagens através do “Fale Conosco†do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php