A COPA DO SILÊNCIO...
MAS A FIFA NÃO PODE PROIBIR VAIAS!
English:
http://www.101greatgoals.com/blog/brazilian-president-dilma-booed-before-brazil-japan-blatter-calls-for-respect-booed-as-well/
Folha.uol.com.br/cup-of-silence
Video:
http://www.youtube.com/watch?v=1HRjqBVVi6Y
101 Great Goals –
http://www.facebook.com/101GreatGoalsCom
Facebook:
http://www.facebook.com/#!/VaiasParaDilma?fref=ts
Após polêmicas com a vuvuzela e a caxirola, Fifa proíbe todo tipo de instrumento musical na Copa das Confederações, mas não tem como impedir as vaias..
No artigo 4 do código de condutas nos estádios, a Fifa usa megafones e buzinas como exemplos de produtos vetados. Mas qualquer torcedor será proibido de entrar em uma das seis arenas com instrumentos que animavam anos atrás os brasileiros em torneios internacionais, como o tamborim e o pandeiro.
VAIAS...
Encerrando uma das mais tensas semanas à frente do Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff foi vaiada, por três vezes, antes do jogo entre Brasil e Japão, no Mané Garrincha.
Dilma e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, que estava ao seu lado e que também foi vaiado, ficaram visivelmente constrangidos com vaias vindas de boa parte da torcida -o estádio estava lotado, com 67 mil pessoas.
Pesquisa Datafolha apontou queda de oito pontos em sua popularidade. Durante a semana, o dólar subiu e forçou o governo a adotar medidas para conter sua alta.
Pressionada, a presidente elevou o tom e atacou, em três ocasiões, seus críticos. Classificou-os de pessimistas, "vendedores de caos" e de fazer "terrorismo informativo".
Dilma e sua equipe avaliam que economistas e oposição estão "exagerando" no tom e traçando uma "situação irreal" da economia brasileira para enfraquecer a petista.
Em reação, ela garantiu ao longo da semana que a inflação está sob controle e que o governo não poupará medidas para evitar sua alta.
Ontem, durante as vaias contra a presidente, Blatter chegou a explicitar seu incômodo com a situação. Ao discursar, perguntou para a torcida: "Onde está o respeito, onde está o fair play?". Foi outra vez vaiado pelo público.
A primeira vaia a Dilma se deu quando o nome da presidente foi anunciado pelo sistema de som do estádio, antes da execução dos hinos nacionais das duas seleções.
Depois, quando foi mencionada por Blatter em sua rápida fala, novas vaias.
As últimas vieram quando a própria presidente passou a falar ao microfone para declarar oficialmente aberta a Copa das Confederações. Nessa última, parte dos presentes também a aplaudiu.
Segundos antes de ser anunciada pelo sistema de som e receber as primeiras vaias, ela foi bem acolhida pela torcida posicionada abaixo de seu camarote.
LULA
Na abertura dos Jogos Pan-americanos de 2007, no Rio, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi vaiado e não fez discurso -acabou substituído pelo presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e do Co-Rio, Carlos Arthur Nuzman.
Fonte: Folha de S.Paulo – 16/06/13.
Leia mais – A Copa do Silêncio:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/113397-a-copa-do-silencio.shtml
Vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=1HRjqBVVi6Y
101 Great Goals –
http://www.facebook.com/101GreatGoalsCom
Facebook:
http://www.facebook.com/#!/VaiasParaDilma?fref=ts
RESENHA DA SEMANA
E a Dilma? A Dilma foi ÚÚÚÚvacionada! E sabe o que ela gritou? "Maaaantega, me aplaude".
Agora ela mandou construir um estádio em Palmas. "O próximo estádio será em PALMAS!". Rarará!
O mais hilario das vaias da Dilma não foram as vaias, foi o Blatter pedindo respeito! Rarará.
Uma vez o Juscelino foi vaiado e disse: "Feliz do país que pode vaiar um presidente". E aí foi aplaudido. Rarará. Tem que ser esperto pra reverter a vaia!
Charge do Pelicano (http://www.pelicanocartum.net/) com a Dilma: "Não gostei nadica da acústica dessa arena". Rarará!
E o Luciano do Valle chamando o estádio Mané Garrincha de Manoel Garrincha! Rarará.
E a inauguração do estádio Mané Garrincha tinha que ter show da Elza Soares!
Placa bilíngue da Fifa: "O pau tá comendo! The dick is eating!". Rarará!
José Simão (http://www.facebook.com/#!/macacosimao) - Fonte: Folha de S.Paulo – 18-20/06/13.
A COPA DAS MANIFESTAÇÕES
Políticos e cartolas tentam minimizar as manifestações pelo país afora.
Joseph Blatter diz que o futebol superará os protestos.
Geraldo Alckmin descobriu a pólvora ao ver fundo político nas passeatas.
Marco Polo Del Nero declarou que os atos são coisa de quem não tem o que fazer e endossou a opinião de Blatter: ambos veem oportunismo nos que surfam sobre as atenções que o futebol desperta. Queriam o quê? Que não se aproveitasse o momento em que o mundo está olhando para cá? Brincam com fogo.
Já Aloizio Mercadante repele que se misture política e futebol, mesma falácia de João Havelange, o que lhe permitia conviver alegremente com Videlas e Médicis da vida.
O presidente da Fifa está tão iludido como quando pediu fair play para evitar as vaias que ele e Dilma Rousseff receberam.
O governador de São Paulo, que se supunha político, repele a prática e, talvez, passe a se dedicar à medicina.
O presidente da FPF, que não viu excessos na ação da PM e quer que as pessoas gritem Brasil, parece que além de cego está surdo, porque o que mais se ouviu foi o grito de Brasil nas ruas.
Além disso, não se dá conta de como representa muito do que causa a indignação dos ativistas, no faraônico prédio da federação, vampira dos recursos do futebol.
Já o ministro da Educação, cuja maior contribuição para a língua portuguesa foi desmoralizar o significado da palavra irrevogável, aloprou novamente, ao tentar dissociar o indissociável.
O fato é que o povo se encheu e a gota-d'água apareceu também na suntuosidade de estádios pagos com o seu dinheiro, dinheiro que a cartolagem e os políticos, além das empreiteiras, querem só para superfaturar. Mas querem que a patuleia pague e cale.
Quando o povo grita para diminuir a tarifa e mandar a conta para a Fifa ou que Copa não, mas saúde e educação, está sendo o mais claro possível.
Tão claro que a seleção brasileira não está sendo confundida nem com os políticos, nem com os cartolas, nem com os empreiteiros, a exemplo do que aconteceu com a seleção tricampeã mundial em 70, quando o país soube distinguir o time da ditadura.
A superestrutura do futebol brasileiro faz parte da miséria nacional. Quem está nas ruas também gosta de futebol e sabe o quanto tudo poderia ser melhor.
Que ninguém perca por esperar, pois a hora da cartolagem está prestes a chegar. E, que raro, Hulk e David Luiz apoiam as manifestações.
Juca Kfouri - Fonte: Folha de S.Paulo – 19/06/13.
Não deixem de enviar suas mensagens através do “Fale Conosco” do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php