FM - Faculdade Mental

FUTEBOL SHOW - 18/10/2006

3Âª TAÃ‡A NOVOS HORIZONTES!

3Âª TAÃ‡A NOVOS HORIZONTES

OS CACHORROS campeÃµes da 1Âª TaÃ§a, LOS HERMANOS levaram a 2Âª TAÃ‡A (foto) e agora, quem serÃ¡ campeÃ£o da 3Âª TAÃ‡A NOVOS HORIZONTES? Vale a pena conferir!

Arena Topper no Padre EustÃ¡quio. Cobertura total do FACULDADE MENTAL!

GRUPO A
Toa Toa
Los Hermanos
MandrÃ´la
Faculdade Mental

GRUPO B
Rapa Nada
Real Matismo
KirikÃº
Coopsef

PRIMEIRA RODADA 29/10/2006

MandrÃ´la        X     Real Matismo 09:00
Los Hermanos X    Coopsef         10:00
Toa Toa          X     KirikÃº            11:00
F. Mental        X     Rapa Nada     12:00

HaverÃ¡ uma interrupÃ§Ã£o no dia 04/11 devido ao feriado. Rodada seguinte 12/11/2006. A grande final estÃ¡ programada para 10/12/2006. Vamos lÃ¡ galera! Vamos prestigiar e comparecer em massa na Arena Topper.

3Âª TAÃ‡A NOVOS HORIZONTES - Ricardo Lobenwein & JÃºlio Buchecha.

REGULAMENTO

I- FINALIDADES
ARTIGO 1Âº - O TORNEIO FUTSAL DA FACULDADE NOVOS HORIZONTES, Na Categoria masculino/Adulto, tem pÃ´r finalidade congregar os alunos das unidades do Santo agostinho e do Barreiro, meio de lazer e prÃ¡tica sadia do esporte.

II- DO PERÃODO DE REALIZAÃ‡ÃƒO
ARTIGO 2Âº - Os jogos estarÃ£o compreendidos no perÃodo de 02 de Abril Ã 04 de Junho de 2006. Sendo que dias 23 de Abril e 14 de Maio haverÃ¡ recesso.

PARAGRAFO 2Âº - Os jogos marcados em tabelas nÃ£o poderÃ£o sofrer alteraÃ§Ãµes nas datas e horÃ¡rios preestabelecidos.

III â€“ DAS EQUIPES PARTICIPANTES
ARTIGO 3Âº - PoderÃ£o participar do campeonato as equipes previamente escritas com os organizadores do torneio.

PARAGRAFO 1Âº - SerÃ£o consideradas escritas as equipes que atenderem todos os requisitos exigidos pela a organizaÃ§Ã£o.

REQUISITOS EXIGIDOS
A) InscriÃ§Ã£o dos atletas com nome completo e matricula;
B) Pagamento taxa de inscriÃ§Ã£o;
C) Cheque calÃ§Ã£o no valor de R$ 300,00 (Trezentos reais);
D) Assinatura das duas vias do termo de compromisso.

IV - DAS INSCRIÃ‡OES DE ATLETAS
ARTIGO 5Âº - Cada equipe devera inscrever no mÃnimo 05 atleta e no mÃ¡ximo 10 atletas.
ARTIGO 6Âº - PoderÃ£o participar atletas acima de 18 anos completos.
ARTIGO 7Âº - O Atleta poderÃ¡ atuar somente em uma equipe durante a competiÃ§Ã£o.
ARTIGO 8Âº - Os Atletas terÃ£o que ser Alunos da Faculdade Novos Horizontes, com Contrato assinado, com no mÃnimo 01 mÃªs e poderÃ£o participar os alunos formados no segundo semestre de 2005.
ARTIGO 9Âº - SerÃ¡ obrigatÃ³rio Ã apresentaÃ§Ã£o da carteirinha da faculdade ou boleto bancÃ¡rio de pagto da mensalidade da FNH juntamente com a carteira de identidade no jogos.
ARTIGO 10Âº - Caso nÃ£o apresente nenhum dos documentos referentes no ARTIGO 9Âº o atleta nÃ£o poderÃ¡ participar do jogo.

VI â€“ DAS PARTIDAS
As partidas serÃ£o regidas de acordo com as regras oficiais da ConfederaÃ§Ã£o Brasileira de futebol Futsal. O tempo do jogo serÃ¡ de 40 minutos, divididos em dois tempos de 20 minutos, com intervalo de 05 minutos.

ARTIGO 11Âº â€“ Todas as equipes deverÃ£o apresentar-se 15 minutos antes do horÃ¡rio previsto para o inicio da partida.
ARTIGO 12Âº â€“ NÃƒO HAVERÃ EM HIPÃ“TESE ALGUMA TOLERÃ‚NCIA EM NEMHUM DOS JOGOS.
OBS (ESTE ARTIGO PREZA EM MANTER OS HORÃRIOS DAS PARTIDAS COMO ESTA NAS TABELAS.).
ARTIGO 13Âº - A equipe que nÃ£o se apresentar em condiÃ§Ãµes de jogo no horÃ¡rio marcado na tabela, serÃ¡ considerada perdedora de W.O. e serÃ¡ eliminada automaticamente do torneio e tendo que pagar uma multa no valor de R$ 300,00 (Trezentos reais).

PARÃGRAFO 4Âº â€“ A equipe que abandonar o campo de jogo pÃ´r qualquer motivo serÃ¡ Considerado perdedor e perderÃ¡ 5 (cinco) pontos.

ARTIGO 14Âº â€“ FicarÃ¡ a cargo da coordenaÃ§Ã£o a forma de disputa do campeonato, tomando como base, o nÃºmero de equipes inscritas.

PARÃGRAFO 1Âº- A forma de disputa na primeira fase nunca serÃ¡ eliminatÃ³ria simples.

ARTIGO 15Âº - DOS CRITÃ‰RIOS DE CLASSIFICAÃ‡ÃƒO:
A pontuaÃ§Ã£o das equipes nas partidas serÃ¡ zero pontos para o perdedor, um ponto para as duas partidas no caso de empate, e trÃªs pontos para a equipe vencedora.
A) MAIOR NÃšMERO DE PONTOS GANHOS;
B) MAIOR NÃšMERO DE VITÃ“RIAS;
C) CONFRONTO DIRETO;
D) MAIOR SALDO DE GOLS;
E) ATAQUE MAIS POSITIVO;
F) SORTEIO.

ARTIGO 16Âº- DOS CRITÃ‰RIOS PARA DESEMPATE (1Âª Fase)
A) MAIOR NÃšMERO DE VITÃ“RIAS;
B) MAIOR SALDO DE GOLS;
C) GOLS A FAVOR;
D) SORTEIO.

VII - PREMIAÃ‡ÃƒO
A) 1Âº COLOCADO - TrofÃ©u e medalha;
B) 2Âº COLOCADO - TrofÃ©u e medalha;
C) 3Âº COLOCADO - Medalha;
D) ARTILHEIRO - TrofÃ©u;
E) GOLEIRO MENOS VAZADO - TrofÃ©u.

VIII â€“ DAS PENALIDADES E PUNIÃ‡Ã•ES
A) 02 CARTÃ•ES AMARELOS â€“ SUSPENSÃƒO DE 01 JOGO;
B) 01 CARTÃƒO VERMELHO - SUSPENSÃƒO DE 01 JOGO.

PARAGRAFO 1Âº - As puniÃ§Ãµes serÃ£o feitas de acordo com os relatÃ³rios dos oficiais de arbitragem, delegados membros da F.F.FTSAL.M.G legais ou nomeados.

PARAGRAFO 2Âº - A puniÃ§Ã£o do cartÃ£o vermelho poderÃ¡ ser aumentada em caso de agressÃµes a atletas, arbitragem ou dirigentes.

X - DISPOSIÃ‡Ã•ES GERAIS

ARTIGO 17Âº â€“ A ORGANIZACAO DO TORNEIO, nÃ£o se responsabiliza pÃ´r acidentes ou atos de terceiros (agressÃµes, quedas) no decorrer desta competiÃ§Ã£o.
ARTIGO 18Âº - As arbitragens serÃ£o efetuadas somente pÃ´r Ã¡rbitros da F.F.FUTSAL.M.G.
ARTIGO 19Âº - Todos os participantes serÃ£o considerados conhecedores do regulamento, regras e leis oficiais do Futebol Society.
ARTIGO 20Âº - FICA ESTABELECIDA UMA MULTA DE R$ 300,00, PARA A EQUIPE QUE APÃ“S ENVIAR A FICHA DE INSCRICAO, NÃƒO COMPARECER AOS JOGOS.

FRASES

Atleticano

"Se houver uma camisa do galo pendurada no varal durante um tempestade, o atleticano torce contra o vento" Roberto Drumond.

Cruzeirense

"Se durante uma tempestade, uma mulher gostosa estiver de minisaia, sem calcinha, o cruzeirense torce contra o vento." Autor desconhecido

(ColaboraÃ§Ã£o: Matheus)

A MASSA - ARMANDO NOGUEIRA

"Torcidas, haverÃ¡ as mais numerosas (Flamengo), ou mais conhecidas por sua grandeza (Corinthians), mas nenhum sÃ©qÃ¼ito futebolÃstico brasileiro se compara ao do Clube AtlÃ©tico Mineiro em mÃstica apaixonada, em anedotÃ¡rio herÃ³ico, em poesia acumulada ao longo dos anos.
â€œA Massa", como Ã© simplesmente conhecida em Minas Gerais, compartilha com a torcida corinthiana ("A Fiel") a honra de deixar-se conhecer com um substantivo ou adjetivo comum transformado em nome prÃ³prio, inconfundÃvel.
A Fiel, A Massa: poucas outras torcidas terÃ£o realizado tal operaÃ§Ã£o de mutaÃ§Ã£o de um nome comum em nome prÃ³prio.
Muito distintas sÃ£o, no entanto, as torcidas dos alvi-negros paulistano e belo-horizontino: quem jÃ¡ vestiu a camisa do time do Parque de SÃ£o Jorge sabe que a Fiel Ã© fiel em sua paixÃ£o, nÃ£o em seu apoio. Na derrota, a Fiel Ã© implacÃ¡vel; nÃ£o desaparece, como a torcida do Cruzeiro. EstÃ¡ sempre lÃ¡.
Mas Ã© capaz de crucificar com um pequeno manifestar-se de sua raiva. Na vitÃ³ria, cobra cada vez mais, e reinstala aÃ sua insatisfaÃ§Ã£o, cuja raiz quiÃ§Ã¡ esteja no mal-resolvido trauma dos 23 anos sem tÃtulo, e do grande pesadelo de duas dÃ©cadas chamado PelÃ©. A Fiel Ã© fiel, e sempre o foi, mas sua fidelidade se nutre de um descompasso entre a alma do torcedor e a alma do time.
No caso do atleticano, a alma do time nÃ£o Ã© senÃ£o a alma da torcida.
Toda a mÃstica da camisa, das vitÃ³rias sobre times tecnicamente superiores (e tambÃ©m das derrotas trÃ¡gicas e traumÃ¡ticas), emana da Ã©pica, das legendÃ¡rias histÃ³rias que nutre sua apaixonada torcida: nem o Urubu, nem o Porco, nem o Peixe, nem a Raposa, nem o LeÃ£o, nem nenhum animal mascote se confunde com o nome do time, com sua identidade, com sua alma mesma, como o Galo com o AtlÃ©tico Mineiro. E Galo Ã© o nome da torcida (GA-LO), bissÃlabo cantÃ¡vel e entoÃ¡vel como grito de guerra que ela eternizou ao encarnar em si o espÃrito do animal. Nenhum outro time Ã© conhecido por tantas vitÃ³rias improvÃ¡veis sÃ³ conquistadas porque a massa empurrou.
"Quem possui uma torcida como esta, Ã© praticamente impossÃvel de ser derrotado em casa" (TelÃª Santana).
Pelos idos de 69 ou 70, o timaÃ§o do Cruzeiro jÃ¡ tetra ou pentacampeÃ£o entrava em campo mais uma vez e parecia que de novo ia humilhar o AtlÃ©tico, que jÃ¡ amargava o quinto aniversÃ¡rio do MineirÃ£o sem nenhum tÃtulo estadual. A superioridade tÃ©cnica de TostÃ£o, Dirceu Lopes, Natal, Raul, Piazza e cia. era simplesmente incontestÃ¡vel. Mesmo naquele clÃ¡ssico durante vacas tÃ£o magras, a massa atleticana era, como sempre foi, maioria no MineirÃ£o. Impotente, ela viu Dirceu Lopes abrir o placar e o time do Cruzeiro massacrar o Galo durante 45 minutos. No intervalo, a Massa que cantava o hino do AtlÃ©tico foi inflamada por um recado de DadÃ¡ Maravilha pelo rÃ¡dio: "Carro nÃ£o anda sem combustÃvelâ€.
A fanÃ¡tica multidÃ£o encheu-se de brios, fez barulho como nunca, entoou o grito de guerra como nunca, encurralou sonoramente a torcida cruzeirense, e o time do AtlÃ©tico infinitamente inferior, liderado pelo artilheiro Dario e pelo seu grande goleiro (como Ã© da tradiÃ§Ã£o atleticana) Mazurkiewcz - virou o placar para 2 x 1 sobre o escrete azul, e abriu caminho para a reconquista da hegemonia em Minas, selada com o tÃtulo estadual de 70 e o Brasileiro de 71. Nenhum dos jogadores atleticanos presentes nessa vitÃ³ria jamais se esqueceu da energia que emanava das arquibancadas, e que literalmente ganhou o jogo.
TambÃ©m as derrotas tradicionalmente contribuÃram para a mÃstica e paixÃ£o atleticana: como em 1998, quando o visitante Corinthians trouxe ao MineirÃ£o sua mÃ¡quina que se preparava para ser bicampeÃ£ brasileira e campeÃ£ mundial. O Galo se recuperava no Campeonato Brasileiro, vinha de uma vitÃ³ria sobre o GrÃªmio no OlÃmpico, e a Massa mais uma vez lotou o estÃ¡dio.
Com seu toque de bola, o Corinthians envolveu o time atleticano, e no meio do segundo tempo jÃ¡ aplicava impiedosos 5 x 0, enquanto tocava a bola, colocava os atleticanos na roda e esperava o fim do jogo. Vendo seu time humilhado por um adversÃ¡rio superior dentro de seu prÃ³prio terreiro, massa se levantou, e cantou durante mais de 10 minutos o belo hino, mais alto e com mais amor que nunca. Nenhum jogador presente se esqueceu, e um ano depois o Galo devolveria ao Corinthians os 5 x 1 do MineirÃ£o, com sonoros 4 x 0 no MaracanÃ£.
Como no silÃªncio sepulcral que envolveu o MineirÃ£o em marÃ§o de 1977, quando a grande equipe atleticana de Cerezo, Reinaldo, Paulo Isidoro, JoÃ£o Leite e Marcelo perdeu nos pÃªnaltis o tÃtulo que todos jÃ¡ consideravam seu, incluindo-se, Ã s vezes parece, os prÃ³prios adversÃ¡rios sÃ£o-paulinos. O time do AtlÃ©tico, mesmo jogando sem Reinaldo, injustamente suspenso, foi empurrado pela torcida, mostrou-se muito superior ao do SÃ£o Paulo, como havia feito durante todo o campeonato em que acumulou 17 vitÃ³rias, 4 empates e nenhuma derrota, encurralou o adversÃ¡rio durante 120 minutos, mas o gol nÃ£o saiu. O tÃtulo Ã© perdido nos pÃªnaltis, mesmo depois de duas grandes defesas de JoÃ£o Leite em cobranÃ§as sÃ£o-paulinas. Ã‚ngelo, um dos craques do jovem time atleticano, deixou a partida pisoteado por ChicÃ£o, e nunca mais seria o mesmo.
O Galo, base da seleÃ§Ã£o brasileira de Osvaldo BrandÃ£o, sai de campo vice-campeÃ£o invicto, com os 11 jogadores abraÃ§ados, 10 pontos Ã frente do campeÃ£o, e a Massa recebe aÃ sua grande tarefa dos prÃ³ximos anos: realizar o luto pelo enorme trauma. ComeÃ§ou a tarefa no domingo seguinte Ã s 10 da manhÃ£, levando legiÃµes de bandeiras para uma amarga partida contra o Bahia no MineirÃ£o.
Nenhuma outra derrota de um favorito no BrasileirÃ£o se revestiria de tanta mÃstica apaixonada. A partir daÃ essa Massa acumularia 10 tÃtulos mineiros em 12 anos, e uma seqÃ¼Ãªncia de campanhas sensacionais no BrasileirÃ£o (o AtlÃ©tico Mineiro Ã© o time que mais pontos conquistou nos Campeonatos Brasileiros), interrompidas na final ou semifinal, em jogos fatÃdicos (Flamengo-80, Santos-83, Coritiba-85, Guarani-86, Flamengo-87, Corinthians-88).
A magia atleticana se encarnaria no seu torcedor mais famoso, Sempre, cujo nome real nÃ£o se conhece, tal Ã© forÃ§a do apelido. Durante dÃ©cadas, Sempre ocupou as arquibancadas do IndependÃªncia e do MineirÃ£o, com sua bandeira e seus ditos legendÃ¡rios. Nunca deixou de comparecer e nunca vaiou o time, embora chorasse nas derrotas. Foi dos primeiros a entoar o hino composto por Vicente Motta em 1969, e depois aprendido por milhÃµes em todo o Brasil. Abria e fechava o clube diariamente, e participou de epopÃ©ias memorÃ¡veis da massa atleticana, como quando a multidÃ£o carregou no colo o artilheiro Ubaldo, pentacampeÃ£o mineiro de 1956, de sunga, ao longo dos 5,5 quilÃ´metros que separam o estÃ¡dio IndependÃªncia da PraÃ§a Sete, ou como quando 20.000 atleticanos invadiram o MaracanÃ£ e empurraram o time Ã conquista do Primeiro Campeonato Brasileiro, em 1971, sobre o Botafogo de Jairzinho.
O FuracÃ£o de 70 sentiu seu peso de novo cinco anos mais tarde, na decisÃ£o do Mineiro de 76, quando a Massa, mesmo tendo comemorado sÃ³ 1 dos Ãºltimos 11 campeonatos mineiros, tomou conta do MineirÃ£o para empurrar uma turma de meninos de 18-21 anos (de nomes Reinaldo, Cerezo, Paulo Isidoro, Danival, Marcelo) a vitÃ³rias contundentes sobre o campeÃ£o da Libertadores.
Estava aberto o caminho para o hexacampeonato de 78-83.
"Se houver uma camisa alvi-negra pendurada no varal num dia de tempestade, o atleticano torce contra o vento". O achado do cronista Roberto Drummond resume a mitologia do Galo: contra fenÃ´menos naturais, contra todas as possibilidades, contra forÃ§as maiores, a torcida atleticana passa por radical metamorfose e se supera. Superou-se tantas vezes que jÃ¡ nÃ£o duvida de nada, e cada superaÃ§Ã£o reforÃ§a ainda mais a mÃstica, como uma bola de neve da paixÃ£o futebolÃstica.
Nenhum atleticano hesitaria em apostar na capacidade da Massa de transformar o impossÃvel em possÃvel a qualquer momento, de fazer parar aquela tempestade que aÃ§oita o pavilhÃ£o alvi-negro deixado solitÃ¡rio no varal.
NÃ£o surpreende, entÃ£o, o sucesso que tiveram os jogadores uruguaios que atuaram no AtlÃ©tico Mineiro, do grande Mazurkiewcz ao maior lateral-esquerdo da histÃ³ria do clube, Cincunegui. Se hÃ¡ uma mÃstica de garra e amor Ã camisa que se compara Ã atleticana, Ã© a da celeste, nÃ£o mineira, mas uruguaia. SÃ³ Ã seleÃ§Ã£o uruguaia a pura paixÃ£o por um nome e um sÃmbolo levou a tantas vitÃ³rias inacreditÃ¡veis, improvÃ¡veis, espÃritas, ou puramente herÃ³icas. Em 1966, as duas camisas legendÃ¡rias se encontraram, e o Galo derrotou o Uruguai duas vezes (26/04/66 - AtlÃ©tico 3 x 2 Uruguai, 18/05/66 - AtlÃ©tico 1 x 0 Uruguai).
Ao contrÃ¡rio das torcidas conhecidas por sua origem Ã©tnica (Palmeiras,Cruzeiro, Vasco), por sua origem social (Flamengo, Fluminense, GrÃªmio, SÃ£o Paulo), ou por seu crescimento a partir de uma grande fase do time (Santos), qualquer menÃ§Ã£o da torcida do AtlÃ©tico Mineiro evoca, invariavelmente, substÃ¢ncia mesma que constitui o torcer. O amor ao time na vitÃ³ria e na derrota, o apoio incondicional, a garra, a crenÃ§a de que sempre Ã© possÃvel virar um resultado, o hino entoado unissonamente: a legiÃ£o fanÃ¡tica que ama o Galo acima de tudo sabe que ser atleticano Ã© unir-se num estado de espÃrito, compartilhar uma memÃ³ria, e fazer da esperanÃ§a uma permanente iminÃªncia.
A massa atleticana Ã© a prova maior de que, mesmo em Ã©poca de profissionalizaÃ§Ã£o total do futebol, e do negÃ³cio futebol, para o povo brasileiro este Ã© acima de tudo paixÃ£o por uma cor, um nome, um sÃmbolo, a memÃ³ria de um instante que pode ser um gol, um campeonato, um abraÃ§o ou um beijo. Galo Ã© o nome que mais radical e verdadeiramente expressa, para tantos milhÃµes de brasileiros, o inexplicÃ¡vel dessa paixÃ£o.
O Galo Ã© o Ãºnico clube a ter vencido a SeleÃ§Ã£o Brasileira. E nÃ£o foi qualquer uma. Ela entrou em campo com Felix, Carlos Alberto, Djalma Dias, Joel e Rildo (Everaldo); Piazza e GÃ©rson (Rivelino); Jairzinho, TostÃ£o (ZÃ© Maria), PelÃ© e Edu (Paulo CÃ©sar). O Galo venceu com Mussula, Humberto Monteiro, Grapete, Normandes (ZÃ© Horta) e Cincunegui (Vantuir); Oldair e Amauri (Beto); Vaguinho, Laci, Dario e TiÃ£o (Caldeira)."