FUTEBOL IRÔNICO E PROBIDO
KULULA X FIFA
English:
http://www.flickr.com/photos/flxy/4422751637/
http://news.bbc.co.uk/2/hi/africa/8576220.stm
http://www.kickoff.com/2010/news/14473/kulula-advert-breached-the-law-fifa.php
Ciumenta quanto às marcas registradas da Copa, a Fifa conseguiu retirar de circulação na África do Sul um anúncio que ironizava justamente essa obsessão.
"A transportadora não oficial de você sabe o quê", era o slogan da campanha publicitária da Kulula, uma companhia aérea famosa por usar a irreverência em seu marketing. A brincadeira, segundo disseram representantes da empresa, era com o fato de nem a expressão "Copa do Mundo" poder ser usada. O anúncio, veiculado em jornais e revistas, apresentava ainda bolas de futebol e as famosas vuvuzelas.
A entidade que comanda o futebol não achou graça e ameaçou com um processo judicial, sob o argumento de que a empresa estava fazendo "marketing de guerrilha".
"A combinação das imagens mais o slogan constituem um desrespeito às leis de direito de imagem", disse Wolfgang Eichler, porta-voz da entidade. A Kulula capitulou e retirou os anúncios de circulação, não sem antes novamente fazer piada.
"Oh, meu Deus, uma carta dos advogados da Fifa diz que nós violamos a marca registrada "África do Sul" e acha que nosso anúncio não-Copa do Mundo era sobre futebol", disse a Kulula no Twitter. A organização da Copa do Mundo promete uma blitz para proteger as marcas relacionadas ao evento.
Fábio Zanini - Fonte: Folha de S.Paulo - 20/03/10.
Imagem ampliada:
http://www.flickr.com/photos/flxy/4422751637/
CAMISA BRANCA, NUNCA MAIS
Dia desses, a Nike foi a Ricardo Teixeira e lhe mostrou um novo modelo de camisa da seleção que queria lançar antes da Copa. Era branca. Teixeira descartou-a no ato: foi vestindo uma camisa branca que a seleção jogou a trágica final da Copa de 50, no Maracanã.
Panorama - Radar - Lauro Jardim - Fonte: Veja - Edição 2157.
PARA PARTICIPAR E TORCER
Uma diversão que todo torcedor adora: simular resultados de jogos e testar cruzamentos possíveis durante um campeonato de futebol. Em VEJA.com, você pode fazer isso com as partidas da Copa do Mundo na África do Sul. Uma tabela completa do Mundial permite a brincadeira e o registro dos resultados reais.
Confira: http://www.veja.com/copa.
Katia Perin - Veja.com - Fonte: Veja - Edição 2157.
ANO DE COPA
O DVD do filme "Pelé Eterno", do diretor Aníbal Massaini, vai ganhar versão em inglês e alemão neste semestre. E no fim do ano deve pular de 120 para 240 minutos, com cenas que foram cortadas e novas entrevistas de Pelé.
Mônica Bergamo - Fonte: Folha de S.Paulo - 22/03/10.
O filme - http://www.cinepop.com.br/filmes/pele.htm
NAS BANCAS
O álbum de figurinhas oficial da Copa do Mundo, que fez sucesso em 2006, vai chegar às bancas na primeira quinzena de abril e custará R$ 3,90. Cada pacotinho, com cinco cromos em cada um, sairá por R$ 0,75.
Fonte: Folha de S.Paulo - 25/03/10.
O SABOR DA COPA
Um dos maiores eventos esportivos do planeta, a Copa do Mundo é a oportunidade ideal para dar visibilidade ao país-sede e a seus produtos. A anfitriã África do Sul espera receber 500 mil turistas para o mundial e a audiência dos jogos na tevê deverá estar na casa dos bilhões de espectadores. De olho neste público, os sul-africanos querem aproveitar a oportunidade para fazer uma tabelinha entre futebol e vinho – o país é o sétimo produtor do mundo, com 1,1 bilhão de litros por ano. A premiada vinícola Nederburg, uma das 500 do país, investiu R$ 7 milhões e lançou o rótulo Twenty10, com o apoio da Fifa. As garrafas trazem o logotipo oficial da Copa. O Twenty10 chega ao mercado em três versões: tinto, branco e rosé. “Não são grandes vinhos e sim de qualidade aceitável”, diz Dirceu Vianna Junior, único brasileiro Master of Wine, título concedido a apenas 278 pessoas no mundo desde 1955. “Mas devem ser suficientemente bons para que consumidores em busca de produtos de um lugar diferente, como a África do Sul, voltem a explorá-los.” Segundo ele, há exemplares finíssimos de sul-africanos que não fazem feio diante dos franceses.
Para não dar nenhuma bola fora, a escolha da uva tinta do vinho oficial foi conservadora. A opção recaiu sobre a conhecida cabernet sauvignon e não sobre a pinotage, que nasceu em solo sul-africano do cruzamento das uvas cinsault e pinot noir. “O mundo conhece bem a cabernet sauvignon. E, para divulgar esse novo rótulo, a universalidade da uva é importante”, explica Arthur Azevedo, diretor da Associação Brasileira de Sommerliers, de São Paulo. Até os anos 1990, as cooperativas dominavam o mercado sul-africano e fabricavam vinhos suaves de baixa qualidade. “A maior parte da produção era transformada em destilados e aguardentes”, conta a sommelière Ana Paula Pagani, diretora comercial da importadora Vinho Sul. O jogo começou a virar após o fim do apartheid. Enólogos estrangeiros aportaram no país, jovens vinicultores sulafricanos passaram a viajar pelo mundo e a exportação cresceu dez vezes desde então. Patrocinados por cerca de 4,5 mil produtores de uva espalhados por 108 mil hectares de terra, 70% da produção sul-africana, hoje, dá origem a rótulos de alta qualidade. O vinho, porém, não é a bebida mais consumida na África do Sul; a campeã é a cerveja. Mas, nessa Copa, espera-se que ela amargue um honroso banco de reservas.
Rodrigo Cardoso - Fonte: Isto É - Edição 2106.
COPA SEM COPO
Maior competição de futebol amador do país, com 384 times, a Copa Kaiser, realizada há 12 anos, terá que mudar de nome. A determinação foi dada pelo Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), que não permite que marcas de cerveja sejam vinculadas a atividades esportivas. A fabricante da bebida vai batizar o evento, também apelidado de "Copa do Mundo da Várzea", com seu próprio nome: Femsa.
Mônica Bergamo - Fonte: Folha de S.Paulo - 20/03/10.
Sobre a Copa:
http://www.simmm.com.br/menu3.asp
O MAIOR CLÁSSICO DO MUNDO
Qual é o maior clássico do futebol mundial? O duelo espanhol entre Real Madrid e Barcelona? A batalha argentina que Boca Juniors e River Plate travam desde 1908? Ou o choque político-religioso de Celtic e Rangers, da Escócia?
Não, bradam os paraenses. Segundo eles, o dérbi mais jogado do mundo começou em 1914 e é brasileiro. Remo e Paysandu se encontram, no último domingo, pela 704ª vez na história do futebol paraense. Longe da elite nacional desde 2005, o inflamado Re-Pa decidiu o título do primeiro turno do Estadual e, mais do que isso, pode parar no "Guinness Book", o famoso livro dos recordes.
"Nós temos a mais absoluta certeza de que é o confronto que mais se repetiu na história do futebol mundial", disse o jornalista João Batista Ferreira da Costa, presidente da Aclep (Associação dos Cronistas e Locutores Esportivos do Pará) e autor do livro "Remo e Paysandu, o Clássico Mais Disputado do Futebol Mundial: 700 Jogos".
Após entrar em contato com o pessoal dos recordes, Costa passou a se municiar de jornais, revistas e documentos históricos para provar a veracidade dos números.
"Já fizemos a primeira tentativa e estamos aguardando a resposta deles", disse.
O Remo, maioral no duelo (tem 247 vitórias). O Paysandu tem 27 vitórias a menos do que o Remo, mas se orgulha de ter um título estadual a mais.
De acordo com o pesquisador, o duelo Santa Cruz x Náutico é o que mais se aproxima no Brasil, com mais de 500 partidas. Celtic e Rangers se digladiaram 549 vezes.
Para os remistas, o duelo inesquecível foi em 1972: o atacante Alcino driblou a zaga do Paysandu, colocou a bola logo após a linha de gol e sentou nela. "Foi expulso, mas o gol valeu", disse o presidente do Remo, Amaro Klatau.
Os torcedores do Paysandu ainda se lembram da goleada por 7 a 0 de 1945. Até hoje, é o placar mais elástico da história do clássico.
Lucas Reis - Fonte: Folha de S.Paulo - 21/03/10.
Remo - http://www.clubedoremo.com.br/
Paysandu - http://www.paysandu.com.br/
OS CRAQUES DE MARÇO
Você se lembra da seleção das feras nascidas em janeiro e fevereiro, aqui escaladas por sugestão de um gentil leitor como contraponto à seleção de outubro escalada pelo colunista e que é verdadeiramente imbatível?
A de outubro, lembremos, foi escalada com Lev Yashin; Augusto, Elias Figueroa, Dario Pereyra e Antonio Cabrini; Bob Charlton, Falcão, Didi e Diego Maradona; Mané Garrincha e, finalmente, Pelé.
A de janeiro, com Gianluigi Buffon, Lilian Thuram, Marius Trésor, Roberto Dias e Athirson; Mauro Silva, Gérson e Rivellino; Tostão, Eusébio e Romário.
Fevereiro também tem um belo time, mas inferior aos anteriores: Dino Zoff; Djalma Santos, Carlos Gamarra, De Léon e Marinho Chagas; Wilson Piazza, Paulo César Carpegiani, Doutor Sócrates e Hagi; Batistuta e Cristiano Ronaldo.
É hora de escalar os melhores de março, sempre com ajuda do leitor Adalberto Vicente de Araújo Jr.
Os números entre parênteses se referem ao dia do nascimento de cada jogador.
O goleiro é o alemão Schumacher (6), campeão da Eurocopa de 1980 e vice-campeão mundial em 1982 e 1986; Leandro (17), do Flamengo e da seleção brasileira de 1982, apontado por Telê Santana como o melhor lateral-direito que ele viu jogar; o miolo de zaga tem o brasileiro Marinho Peres (19), revelado pela Portuguesa, titular da seleção na Copa de 1974, ídolo no Santos e no Internacional; e o holandês Ronald Koeman (21), campeão da Copa dos Campeões pelo PSV e da Eurocopa pela seleção laranja, um dos maiores ídolos da história do Barcelona, onde, além de defender com maestria, marcou 67 gols em 192 jogos; a lateral esquerda fica a cargo do brasileiro André Santos (8), ex-Corinthians, hoje no futebol turco.
A concorrência pelos lugares no meio de campo é acirrada, mas vamos com o líbero alemão Lothar Matthäus (21), cinco Copas do Mundo disputadas (ao lado do goleiro mexicano Carbajal), campeão em 1990; César Sampaio (7), de todos os grandes paulistas e da seleção na Copa de 1998; Ronaldinho Gaúcho (21) e o argentino Verón (9). Na frente, Zico (3) e Eto'o (10).
E ainda tem os goleiros Carlos (4), da Ponte Preta, do Corinthians, titular da seleção na Copa de 1986, e o argentino Cejas (22), do Santos e do Grêmio no Brasil, além da seleção argentina; os zagueiros italiano Nesta (19) e espanhol Hierro (23); o meia italiano Bruno Conti (13); o volante gaúcho Batista (8), do Inter, do Grêmio e da seleção brasileira; o meia polonês Zbiniew Boniek (3); o atacante Luizinho (7), o Pequeno Polegar, do Corinthians, nos 50 e 60; o meia peruano Teófilo Cubillas (8), maior jogador do Peru em todos os tempos, eleito para o time ideal da Copa de 1970 e o melhor jogador sul-americano de 1972; Dario, o Rei Dadá, de 4 de março, como o goleiro Carlos e o colunista (agora sessentão), que, além do mais, deu uma ajudazinha para o nascimento, também em março, da revista "Placar", que está completando 40 anos.
É de 7 de março, ainda, um símbolo do centenário Corinthians, Manuel Nunes, o atacante Neco, primeiro ídolo do clube, campeão sul- -americano de 1919 pela seleção, primeiro título internacional dela.
Juca Kfouri (http://blogdojuca.blog.uol.com.br/) - Fonte: Folha de S.Paulo - 21/03/10.
O HOMEM-MÁQUINA
O jornal "O Globo" mostrou, dias atrás, que em Illinois, EUA, já existe uma máquina, com um programa de inteligência artificial, que analisa os jogos. É a máquina que assina o comentário.
Segundo a matéria, para a geringonça funcionar, é preciso lhe dizer qual será a partida. Aí, ela, automaticamente, coleta todos os dados que estão na mídia, antes e durante o jogo, analisa as informações e as traduz para a linguagem da informática. O vocabulário é baseado em frases, expressões e lugares-comuns repetidos na imprensa. O texto não tem erros gramaticais nem é influenciado por oscilações de humor.
Quem escreve e analisa melhor, o homem ou a máquina? Há controvérsias.
Todas as atividades possuem seus chavões e terminologias. Não é tão difícil para alguém, pelo menos por um tempo, se passar por um profissional de qualquer área. Ainda mais ser um comentarista de futebol, um esporte em que todos se acham profundos entendedores, que não tem nada de exato e é repleto de figuras de estilo.
As explicações para as vitórias e as derrotas costumam ser as mesmas, independentemente do jogo. A moda é dizer que alguém decidiu a partida, mesmo que não faça nada, a não ser empurrar uma bola para as redes. Quem dá um belo e decisivo passe é menos elogiado.
Exercer uma profissão sem ser um profissional da área é algo que existe em todas as atividades. Como não tenho diploma de jornalista, sinto-me, às vezes, fora do lugar, mesmo sendo apenas um colunista, um ex-atleta, além de não ser proibido por lei. Quando disserem que é proibido, como alguns querem, vou ser um torcedor sonhador.
De vez em quando, aparece um falso médico nos noticiários policiais. Eles aprendem os nomes dos remédios, das doenças, alguns diagnósticos e frases feitas, colocam um jaleco branco, uns óculos para parecerem sérios e cultos e custam a ser descobertos. Já houve um até que se tornou chefe de um pronto-socorro, por méritos.
As pessoas, cada dia mais, são dependentes da máquina. Desconfio de que nasci sem o gene da tecnologia. Não entendo as máquinas e não sei usá-las. Ainda bem que conto com ajuda. Apesar disso, reconheço a enorme importância que elas têm para a ciência, para o desenvolvimento pessoal, além de ser uma boa distração, desde que não se transforme em vício, o que é hoje muito comum.
A máquina faz o homem mais feliz? Penso que não. Ela também não tem nada a ver com a angústia existencial do homem.
Em uma cena do filme "Zorba, o Grego", Zorba, um homem rude, pergunta a seu patrão, um homem culto, sobre o que seus livros (hoje seria o Google) falam sobre a vida após a morte. Ele responde: "Os livros não têm resposta". Zorba retruca: "Então seus livros não servem para nada".
O problema principal não é o homem ser refém da máquina. Isso já é antigo, evidente, não tem volta e, muitas vezes, traz benefícios. O problema é a ânsia do ser humano em ser igual à máquina, incorporá-la, identificar-se com ela. É o que ocorre quando alguém cria um personagem, apaixona-se por ele, e os dois passam a ser a mesma pessoa. É o homem-máquina.
Tostão - Fonte: Folha de S.Paulo - 21/03/10.
DESCASO FATAL
Um absurdo, o que aconteceu no Paraná semanas atrás, durante um jogo de futsal em que um jogador morreu ao ter sido perfurado pela madeira do piso do ginásio. Como é que se permite realizar eventos, principalmente os oficiais, em equipamentos esportivos malconservados que favorecem acidentes graves como foi o caso?
É inimaginável que coisas desse tipo continuem a acontecer em território nacional, quando estamos prestes a sediar uma Olimpíada, um evento de exageradas proporções e com as quais, dado o exemplo do episódio acima citado, ainda estamos distantes de tratá-los convenientemente.
É de fundamental importância averiguar as responsabilidades e punir os culpados para que isso deixe de ocorrer. Já não bastam as dezenas de pessoas vitimadas devido ao descaso das autoridades constituídas, como foi no evento da Fonte Nova, em Salvador, sem que nada nem ninguém pague por isso.
Mais grave é que somente agora, após a tragédia, a Confederação de Futsal anuncie a vistoria dos ginásios onde se realizam jogos sob a sua indicação. Provavelmente, serão avaliados somente aqueles em que acontecem partidas oficiais, o que, convenhamos, é muito pouco, já que Brasil afora existem milhares de equipamentos sendo utilizados pela população, a maioria em péssimas condições por falta de manutenção ou atenção dos seus administradores.
Convivi com esse problema quando fui secretário de Esportes em Ribeirão Preto, no interior paulista, e descobri que o principal ginásio da cidade não possuía alvará do Corpo de Bombeiros. Nem sequer planta aprovada pela prefeitura, então e ainda hoje proprietária e responsável pelo espaço. Isso, décadas depois de construído. Outro tremendo absurdo que, imagino, deve ser uma constante nas construções públicas.
No caso da Olimpíada, temo que falte muito para podermos receber bem os turistas, atletas e mídia internacional. No carnaval fui ao Rio de Janeiro, onde faltou quase tudo, dado o grande afluxo de visitantes. Era quase impossível encontrar um táxi, dificultando a mobilidade na zona sul da cidade. A internet era lenta e eram raros os locais de acesso. Havia poucos voos disponíveis, e o atendimento nas companhias aéreas era péssimo. Uma situação quase caótica, inimaginável em 2014. Difícil acreditar na solução de todos esses problemas até lá.
Pênalti - Sócrates - Fonte: Carta Capital - Edição 588.
Não deixem de enviar suas mensagens através do “Fale Conosco” do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php