FUTEBOL MEDIEVAL
BRASÃO ESPORTIVO
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http://www.bbc.co.uk/news/10327864
Peça do século 13 é encontrada na Inglaterra.
Uma figura de três leões estampa um crachá medieval de cobre recentemente encontrado junto a pedras de um muro na cidade de Coventry, na Inglaterra. Acredita-se que a peça, que traz o logotipo de um time de futebol britânico, seja do arreio de um cavalo e date do século 13. Para Caroline Rann, arqueóloga responsável pelo achado, o objeto pode ter ficado incrustado entre blocos de arenito durante a construção do muro. O material, que, especula-se, não seja muito valioso, representa os três animais usados até hoje como símbolo oficial do trono inglês - e do time nacional britânico.
Aretha Yarak - Fonte: Aventuras na História - Edição 85.
Mais detalhes:
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FUTEBOL CIVILIZADO
São elogiáveis as medidas sancionadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que aperfeiçoam o Estatuto do Torcedor. Passam a ser consideradas crime, que poderá ser punido com prisão e multa, práticas como a manipulação de resultados de jogos, a venda de ingressos por cambistas e a violência promovida por torcedores.
As novas regras já estão em vigor e é de esperar que o tempo necessário a adaptações não se alongue a ponto de termos mais uma boa lei que não irá "pegar" -como aconteceu, aliás, com alguns itens do próprio Estatuto, gestado no último mandato do governo Fernando Henrique Cardoso.
A reforma do diploma legal supre uma carência da legislação, que não descia a aspectos característicos dos espetáculos esportivos. Em relação às torcidas organizadas, por exemplo, se policiais detivessem um ônibus com torcedores e encontrassem uma bomba caseira, o artefato seria recolhido, mas o grupo estaria livre para entrar no estádio. Com as novas normas, o ingresso será vetado.
A proposta levou em conta a experiência internacional, que demonstrou a necessidade de normas específicas para identificar e punir frequentadores envolvidos em atos de violência.
Sabe-se que as partidas de futebol no Brasil ainda são eventos organizados de maneira precária, em desrespeito aos direitos básicos do consumidor e em contradição com os interesses econômicos dos próprios clubes, entidades esportivas e jogadores.
Os riscos de conflitos e a falta de condições adequadas na maior parte dos estádios afastam o público, brutalizam o esporte e diminuem as receitas que poderiam ser obtidas na bilheteria.
É preciso que a legislação seja rigorosamente aplicada -e o quanto antes- para que seus efeitos já estejam integrados ao cotidiano do esporte na Copa de 2014.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 02/08/10.
TORCIDA SOLIDÁRIA
Existe no direito um conceito chamado responsabilidade solidária. Significa, em linhas gerais, que a responsabilidade sobre um ato cometido por membro de um grupo, empresa ou organização pode ser compartilhada por todos os seus componentes.
Líderes de torcidas organizadas pretendem entrar na Justiça para tirar de seus ombros essa responsabilidade, estabelecida nas recentes mudanças feitas no Estatuto de Defesa do Torcedor.
A partir de agora, de acordo com o estatuto, as torcidas organizadas respondem "de forma objetiva e solidária" por danos causados por seus membros em estádios, nas suas imediações e no trajeto de ida e volta para os jogos. Podem, por conta dos atos de torcedores, ser banidas das arquibancadas.
As organizadas argumentam que as penas devem ser aplicadas apenas aos indivíduos que desrespeitaram o estatuto.
Dizem que não têm como controlar os que entoam cânticos discriminatórios, racistas ou xenófobos.
Deveriam ter. Se conseguem organizar multidões, fretar ônibus que as levem aos jogos e criar musiquinhas que se espalham por todo o estádio, com um pouquinho de boa vontade convencerão seus componentes de que respeitar o estatuto será bom para todos.
Em entrevista à Folha, o presidente de uma das torcidas organizadas queixou-se: "Por acaso, quando um policial comete um crime, a polícia é fechada?"
Não, e nem o Estatuto do Torcedor prevê o fechamento das organizadas. Mas, quando um policial agride um torcedor, por exemplo, ele responde judicialmente por seu ato. Pode ser condenado e ir parar na cadeia.
Ao Estado, que empregou o policial, cabe indenizar a vítima em caso de violação da lei. Das torcidas organizadas, que cobram mensalidades de seus associados, espera-se compromisso semelhante.
Cristina Grillo - Fonte: Folha de S.Paulo - 05/08/10.
OS FRANCESES VÊM AÍ
O gigantesco grupo francês Lagardère, conglomerado de mídia e marketing esportivo, entre outras atividades pelo mundo afora, quer comprar parte da Traffic, parceira do Palmeiras.
A Traffic, que também opera no setor de mídia, direitos de transmissão e de atletas, gestão de arenas, negociaria, por incrível R$ 1 bilhão, seus braços menos rentáveis no momento, os que dizem respeito às transmissões de TV e compra e venda de atletas.
Na penúltima semana de julho, uma turma da Lagardère esteve no CT da Traffic.
Um executivo francês, que não quer ser identificado, conta que há cinco anos já havia negociações entre as duas empresas, mas que, então, divergências sobre o valor emperraram a continuidade das conversas, agora retomadas e aceleradas durante a Copa, em encontros na cidade de Johannesburgo.
Até mesmo o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, velho parceiro do empresário J. Hawilla, dono da Traffic, esteve em pelo menos uma dessas reuniões.
Para o presidente da Traffic, Júlio Mariz, no entanto, há exagero em torno dos entendimentos.
Mariz garantiu que nada da Traffic está à venda, que o interesse da empresa é apenas na experiência da Lagardère no gerenciamento de arenas, algo nevrálgico no momento em que o Brasil se prepara para organizar uma Copa. "E nossos encontros na África do Sul foram mais para jogar conversa fora", explica.
De fato, não é essa a visão do outro lado. "A Traffic quer crescer na área das arenas e está perdendo dinheiro com transmissões de eventos. A Traffic Arenas tem a ambição de faturar coisa de R$ 80 milhões por ano e conta com a do Palmeiras para tanto, na Copa do Mundo, inclusive", conta um dos envolvidos na mirabolante, bilionária transação.
Que argumenta, além do mais, com a dificuldade de se captar dinheiro privado para o projeto da nova arena alviverde com a WTorre, razão pela qual não só o tal bilhão de reais seria muito bem-vindo como, além do mais, a demonstração da viabilidade do projeto posto em pé facilitaria o indispensável socorro de dinheiro público.
Nada disso impressiona Mariz, que, otimista, chama a atenção para o momento de repatriações do futebol brasileiro, até de técnicos, como Luiz Felipe Scolari. "Depois de muitos anos, a balança de negociações com o exterior, importações x exportações, é negativa. O momento para a Traffic não é de vender braços, mas de acumular expertise."
Expertise. Palavra, coincidentemente, de origem francesa.
Juca Kfouri (http://blogdojuca.uol.com.br/) - Fonte: Folha de S.Paulo - 05/08/10.
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