TLACHTLI MEXICANO
TLACHTLY. ESPÉCIE DE MISTURA DE FUTEBOL COM BASQUETE
English:
http://www.footballnetwork.org/dev/historyoffootball/earlierhistory_3.asp
Cerca de 50 quilômetros distante da caótica Cidade do México, metrópole com quase 25 milhões de habitantes, está localizado o parque de Teothiuacán. Lá ficam as pirâmides do Sol (63m de altura) e da Lua (47 m). Os monumentos são apenas algumas amostras da imponência Asteca, sanguinário povo pré-colombiano da região onde hoje fica um dos principais países da América Latina.
Os habitantes brigavam entre si e arrancavam os corações dos inimigos como amostra de crueldade antes de decapitá-los. O modo de vida estendia-se ao esporte, o Tlachtli. Espécie de mistura de futebol com basquete, funcionava como tributo aos deuses. Ao capitão do time vencedor cabia a honra de ser sacrificado em homenagem ao sol. Ao perdedor, o mesmo destino. Só que o corpo era oferecido à deusa da morte.
Mais de dois mil anos depois, o cenário é quase uma regressão. Ao fundo, a pirâmide da Lua. Mais abaixo, há uma quadra com cerca de 90 metros quadrados e um aro perpendicular ao piso. No muro, uma pintura que representa os deuses do sol e da morte torna o ambiente ainda mais Asteca. O Tlachtli ainda é praticado.
Duas equipes mexicanas, inclusive o time da cidade de Teothiuacán, fizeram uma partida de exibição de Thachil na Alemanha, nomeada Pok ta Pok, dias antes da estréia do México contra o Irã na Copa do Mundo de 2006.
Leia mais, veja mais fotos e entenda a forma de disputa:
http://esportes.terra.com.br/interna/0,,OI2665176-EI1877,00.html
Bernardo Ramos - Fonte: Terra - 09/03/08.
TIRO DE META
A empresa de Juan Figer, que há 40 anos faz representação de jogadores de futebol como Robinho e Valdívia, criou um braço focado em marketing esportivo. O momento é propício para empresas se aliarem ao futebol, segundo Alan Cimerman, CEO da Figer. "Em junho, teremos os 50 anos da primeira Copa em que o Brasil foi campeão. E a Copa no Brasil já está próxima para quem quer investir", diz. A agência, presidida por Marcel Figer, já tem como clientes Unimed Rio, Sony do Brasil, Secretaria dos Esportes do Rio e a rede de academias Pelé Club. Na semana passada, a empresa começou a negociar para fechar mais um cliente. A expectativa é encerrar 2008 com faturamento de R$ 13 milhões.
Mercado Aberto - Guilherme Barros - Fonte: Folha de S.Paulo - 09/03/08.
INSTÁVEL EQUILÍBRIO
Como o futebol é um esporte de técnica e emoção, de razão e paixão, de organização e improviso, e é jogado por seres humanos imperfeitos e instáveis, nunca haverá o perfeito equilíbrio.
No início do futebol, os times jogavam com dois defensores, três médios e cinco atacantes. Era o total desequilíbrio. A preocupação era só fazer gols. Uma delícia. Aí os treinadores acabaram com a brincadeira e trocaram os atacantes por defensores. O sonho dos técnicos é não ter nenhum atacante fixo, todos marcando e atacando.
Se o campo é dividido entre três setores, nunca haverá um total equilíbrio. Seriam três atrás, três no meio e três na frente. Sobra o décimo jogador, que pode ser colocado em qualquer parte, de acordo com o humor e as preferências do técnico e as necessidades do momento.
Quando falo em três atletas na frente, não faz diferença se são dois atacantes e um meia ofensivo ou dois atacantes pelos lados e um centroavante. O Fluminense jogou no início da Taça Guanabara com quatro na frente (três atacantes e um meia ofensivo).
Para o Fluminense continuar atuando bem com dois meias e dois atacantes (quatro na frente), um dos meias, alternadamente, terá que participar da marcação no meio-campo, como fizeram contra o Arsenal. Porém mais importante que o esquema tático é a qualidade dos quatro da frente, especialmente de Dodô.
Outra qualidade do Fluminense nesse jogo foi a marcação por pressão, que o São Paulo fazia e não faz mais.
Enfim, muitos times brasileiros e de todo o mundo têm feito essa marcação cada vez mais e com mais eficiência, como realizou o Arsenal, da Inglaterra, mesmo fora de casa, contra o Milan.
Neste início de ano, o time brasileiro mais equilibrado é o Cruzeiro, que tem sempre, no mínimo, três jogadores marcando no meio-campo e três perto do gol adversário. Mas uma derrota hoje para o Atlético, grande rival, pode gerar um grande desequilíbrio na equipe.
A busca pelo equilíbrio é importante em qualquer atividade. Porém, quando ela é obsessiva, retira o prazer e a beleza das coisas.
O equilíbrio é sempre rígido, como uma corda puxada pelos dois lados. Um dia arrebenta. Quanto mais tensa, mais perto está de ser rompida.
Nada mais chato também que um jogo entre duas equipes excessivamente equilibradas. Uma anula a outra. Viva o desequilíbrio, com equilíbrio.
Tostão - Fonte: Folha de S.Paulo - 09/03/08.
PAÍS DO FUTEBOL: NENHUM TIME BRASILEIRO CUMPRE NOVA LEI DA FIFA
A nova legislação da Fifa para clubes estabelece exigências legais, financeiras e de infra-estrutura que, hoje, nenhum dos brasileiros conseguiria cumprir. Neste caso, pelos termos da lei, não poderiam jogar campeonatos da CBF.
As regras para licenciamento de clubes são válidas já em 2008, mas dependem de regulamentação da confederação.
Fazem parte do pacote de moralização da entidade máxima do futebol, anunciado ontem pelo presidente Joseph Blatter. O caso Corinthians/ MSI é uma das justificativas para a criação dessas medidas.
Entre outros pontos, a nova legislação estabelece que nenhum clube pode ter atraso de pagamento nos salários, na transferências de atletas ou nos impostos com o governo até o final do ano anterior ao licenciamento dos times.
Também os obriga a declarar seus donos ou acionistas. E impede que pessoas físicas ou empresas tenham controle ou interferência sobre mais de um time na mesma competição.
Outra exigência é que o clube tenha um estádio próprio ou que estabeleça um contrato de concessão para poder usar um que pertença a um terceiro.
Esses critérios são obrigatórios pela Fifa, que proíbe a participação em campeonatos sem seu cumprimento. Há outras exigências esportivas, administrativas e legais. A recomendação da entidade é aplicá-las para todos os times da primeira divisão de cada país.
A CBF tem que fazer uma regulamentação para licenciar os clubes brasileiros que inclua esses itens. Há a possibilidade de a confederação pedir a exclusão de medidas, sujeita à aprovação da Fifa. Procurada pela reportagem, a CBF não se pronunciou sobre o caso.
A confederação tem até o início da temporada européia de 2009-2010 para estabelecer sua legislação. Segundo a Fifa, os clubes têm de estar adaptados até o meio de 2010.
"Será o corpo relevante da confederação que deve ser responsável pelas eventuais sanções. A Fifa só intervirá se essas regras não forem respeitadas", afirmou a assessoria da Fifa, questionada pela Folha.
São os próprios representantes de clubes brasileiros que dizem não estarem adaptados às demandas da Fifa. A maioria, por sinal, desconhecia as determinações da entidade.
Entre eles, há dúvidas sobre se as medidas da entidade mundial se tornarão efetivas no Brasil. Isso porque já existem outras normas da Fifa que não são respeitadas no país.
"Hoje, não teria nenhum clube adaptado. Vai ter que ser ajustado à realidade brasileira. Se não, fecha o futebol", diz o advogado do Corinthians Luis Felipe Santoro, o único ouvido pela reportagem que já tinha lido a íntegra da legislação.
O advogado ressaltou que a norma da Fifa para transferências de jogadores, por exemplo, não é seguida no Brasil para determinados pontos, como deveria. E a CBF nunca fez nada.
Para o presidente do Flamengo, Márcio Braga, terá de haver uma análise se a aplicação das novas normas da Fifa não fere leis nacionais. Ele defende que a CBF discuta o assunto com os times. "O problema é que a CBF não lida com os clubes. Precisaria ouvi-los [neste caso]. E o Clube dos 13 não funciona como um fórum."
No C13, entidade que congrega os principais clubes do Brasil, o departamento jurídico ainda não tinha tido acesso à nova legislação. Por isso, não comentou o tema.
Tida como exemplo de organização, a diretoria do São Paulo também não conhecia as novas regras. Ao ler o texto, o assessor especial da presidência, João Paulo de Jesus Lopes, disse que o clube teria de fazer ajustes para se adaptar. E entende que nenhuma agremiação brasileira já está dentro das regras. "Vamos, a partir de agora, procurar estudar para nos adaptar", declara Jesus Lopes. "Acho que é benéfico para quem, como nós, segue a lei."
As regras do licenciamento de clubes já valem na Europa. Foram instauradas pela Uefa com sucesso, segundo a Fifa, que deseja começar a implantá-la na Ásia ainda neste ano.
Rodrigo Mattos – Fonte: Folha de S.Paulo – 13/03/08.
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