DIVERSÃO EM CAMPO
WEMBLEY STADIUM
English: http://www.wembleystadium.com/default.aspx
Totalmente reconstruído em 2000, o mítico estádio londrino conta com uma loja de artigos esportivos onde os fãs podem comprar kits de camiseta e calção da seleção inglesa e uma série de presentes com o tema futebol. Quem quiser, pode fazer uma visita monitorada fora dos dias de jogos: dura 90 minutos e dá acesso a quase todas as dependências do estádio, como vestiários e áreas vips. Incluso também está o prazer de poder levantar por alguns segundos os troféus expostos no local.
Visite o site: http://www.wembleystadium.com
ALLIANZ ARENA - ALEMANHA
http://www.allianz-arena.de/en/
CAMP NOU - ESPANHA
http://www.fcbarcelona.com/web/english/
SAN SIRO - ITÁLIA
http://www.sansiro.net/
Fonte: TAM Nas Nuvens - Junho 2008.
COPA DE 1958 - 50 ANOS DA CONQUISTA NA SUÉCIA
Confira todos detalhes e fotos em:
http://veja.abril.com.br/historia/copa-1958/indice.shtml
O BERÇO DO FUTEBOL
Copa de 2010 se aproximando, Brasil nervoso com 2014, vem pergunta: o que foi que levou um jogo, criado na Inglaterra, a se tornar uma paixão nacional? Ao se fazer uma pesquisa rápida, a surpresa: os primórdios do futebol não têm origem na Inglaterra. O pontapé inicial da história do futebol inglês foi, sim, dado em 1963, quando aconteceu a separação do Rugby-Football e da Association Football, com a fundação, logo em seguida, da Football Association. Agora, o chute para valer mesmo foi dado entre os séculos 2 e 3, antes da Era de Cristo, pelos... chineses. Isso é, além do macarrão tipo exportação, os chineses também inventaram o futebol.
Tudo começou na época da dinastia Han, bem lá para trás. Consta na literatura militar oriental, com vasta documentação, que foi uma bola de couro, enxertada com plumas e pêlos, a primeira esfera com conotação futebolística. Essa "coisa" foi usada para compor exercícios físicos de treinamento militar, chamados de tsuh kuhteria e tinha de ser lançada para dentro de um alvo com abertura de 30 cm a 40 cm, cercado de varas de bambu. Um minigol, poderiamos batizar assim.
Mas e aí, só se usava os pés? Há duas versões. Uma diz que sim e outra sinaliza que a bola poderia "andar" por meio dos pés, peito e ombros, tudo liberado, menos as mãos. Isso cheira a cartão amarelo antecipado. E cerca de 600 anos mais tarde, ainda pelo Oriente, outro avanço que pode ser comparado aos treinos de hoje. Apareceu, então, um tipo de futebol em círculos: sobre uma superfície relativamente pequena, os "jogadores" se distraíam passando a bola sem deixá-la cair no chão.
Acabou? Nada disso. Os romanos praticavam o harpastum, jogo que consistia em uma bola e duas equipes jogando num terreno retangular, limitado com linhas de marcação e dividido com uma linha mediana. A bola teria de ser lançada atrás da linha de marcação do adversário. Muito popular entre os anos 700 e 800, para chegar mais perto do futebol que se conhece hoje, teria de incluir um gol. Foi esse jogo, aliás, que os romanos introduziram na Bretanha e pode, sim, ser considerado como precursor do futebol.
Sonia Racy - Fonte: TAM Nas Nuvens - Junho 2008.
Rugby-Football - http://www.rfu.com/index.htm
Football Association - http://www.thefa.com/UMBROFivesSplash.aspx
A FRITURA ESTÁ QUENTE
Brasil e Argentina mostraram muitas de suas deficiências e poucas de suas virtudes. Confirmaram que estão piores do que as principais seleções da Europa. Piores, mais defensivas, mais previsíveis e com menos jogadores de talento. Está tudo trocado. O futebol endoidou.
Se tivesse ido ao estádio, ficaria ainda mais decepcionado com o jogo. Livrei-me também de alguns aborrecimentos.
A prática, freqüente em todo o Brasil, de convidar uma multidão de políticos e de pessoas famosas, muitas sem talento e sem nenhuma relação com o futebol, para ir aos jogos da seleção é uma demonstração, entre outras coisas, de breguice e de pobreza cultural.
No Mineirão, as grandes estrelas eram outras. O Skank deveria ter tocado mais tempo e diminuído a duração do jogo.
Pelé, garoto-propaganda da Copa de 2014, mostrou novamente sua enorme simpatia, talento e jogo de cintura para ficar bem com todos. Elogiou até Dunga.
Nesta semana, li a mais original definição do craque Pelé, dos gramados, escrita pelo professor de literatura, ensaísta, compositor e músico José Miguel Wisnik, no seu excepcional livro "Veneno e Remédio". Sintetizando, José Miguel Wisnik disse que Pelé jogava em altíssima velocidade, como se estivesse vendo a partida em câmera lenta, com mais tempo para pensar, enquanto os outros assistiam à partida em altíssima velocidade e jogavam em câmera lenta.
Uma outra atração no Mineirão foi o técnico José Mourinho. Ele foi mais endeusado do que merecia pelas televisões. Parecia até que José Mourinho reinventou o futebol. Ele é apenas um excelente técnico, como outros. Prefiro o Felipão.
Outra estrela no Mineirão foi Ronaldinho. Quando o vi, não acreditei. Pensei que fosse um sósia. Falaram tanto nos últimos meses de seus graves problemas físicos e emocionais e de seu longo sumiço que imaginei vê-lo internado em um hospital psiquiátrico ou ortopédico, ou que tivesse chutado o balde e se tornado um monge tibetano ou amigo do Bin Laden.
Nesse tempo, a comissão técnica da seleção e parte da imprensa trataram Ronaldinho como um jogador qualquer, em final de carreira, no nível de tantos que jogaram contra a Argentina. Só falavam na falta de Kaká. Ronaldinho virou agora solução, mesmo sem jogar há vários meses.
Como ninguém da comissão técnica nem da imprensa foi a Barcelona para saber exatamente o que acontecia com o Ronaldinho (daria ótimas reportagens), ele, surpreendentemente, apareceu no Mineirão para mostrar que está vivo, dizer que está curado e que quer jogar na Olimpíada.
No outro dia, tudo ficou mais claro. A ausência de Kaká, e talvez a de Robinho, na Olimpíada e as declarações de Ricardo Teixeira ao "Jornal Nacional" convocando Ronaldinho para ir a Pequim mostram que a fritura de Dunga começou antes do jogo contra a Argentina, já que o técnico nunca quis o jogador. O chefe é quem manda.
A CBF só espera agora o pedido de demissão do técnico para não dizer que ele foi demitido. Os pretendentes ao cargo já se preparam para entrar em campo.
Tostão - Fonte: Folha de S.Paulo - 22/06/08.
EI, DUNGA, PEDE PRA SAIR!
Meu caro Dunga, acabou. Não é possível que você, depois de ter sido crítico da geração da Copa do Mundo de 1982 e, coerente com seu equívoco, ter estendido o raciocínio para craques como Kaká e Ronaldinho Gaúcho, vá agora aceitar passivamente uma convocação enfiada goela abaixo. Seu chefe nem fez questão de disfarçar, como nas vezes anteriores, nos episódios com Romário, que Parreira acatou em 1994, e com o mesmo Baixinho, em 2002, que Felipão repeliu.
Claro, Dunga, Felipão era o salvador da pátria, tinha mesmo carta-branca e podia peitar a chefia. Nem você tem nem Parreira, então, a tinha. E fica até gozado ver Parreira dizer que não foi o patrão quem impôs Romário, porque isso "fugiria do estilo de Ricardo Teixeira", depois que o país viu o presidente da CBF, na TV, em horário nobre, fazer a convocação de Ronaldinho.
Antes, ao menos, ele era mais discreto. Agora, nem isso, sabe que é o Rei Ricardo 1º, o Único. E sabe onde foi que você errou, caríssimo Dunga?
Errou ao aceitar um cargo para o qual não estava preparado, porque ninguém pode começar pelo topo -nem mesmo Paulo Roberto Falcão, mais gabaritado, pôde.
Franz Beckenbauer é algo único, gênio, não serve como exemplo, porque é a exceção da regra. Claro que é compreensível que você se deixasse cair em tentação, mas os primeiros resultados, principalmente aquela vitória de 3 a 0 sobre a Argentina em seu segundo amistoso, levaram à arrogância, ao desatino, à falta de educação, a ponto de o assessor de imprensa da CBF entregar você às feras com comentários maldosos e com endereço certo para serem vazados por quem não tem rabo preso.
A conquista surpreendente da Copa América, então, parece ter dado a você a convicção de que poderia tudo, e não era verdade. Pois se é verdade que você tem o mérito de tratar igualmente mal a todos e não dar preferência a ninguém, o que, você tem razão, fere muitos interesses e apressa sua queda, você poderia, ao menos, não ter fustigado os craques que você fustigou sem piedade.
Saiba que não tenho o menor prazer em dizer nada disso, até porque o que deve vir adiante será, ao menos do ponto de vista das relações humanas, da pior qualidade possível, com a volta do compadrio e das convocações suspeitas, embora, neste último quesito, algumas das suas, você sabe, tenham sido nebulosas.
Mas, ao menos, nunca ninguém viu você trocando beijos com jornalistas e/ou mesmo com cartolas. Como me agrada ouvi-lo chamar Ricardo Teixeira de Ricardo Teixeira e não de doutor, o que ele não é nem aqui nem na China, país para onde quer levar o Ronaldinho mesmo que você não queira.
Diga-se, aliás, que até o Felipão tratava o homem como doutor.
É isso, meu caro.
Sei que nossas relações, que começaram tão bem em 1990, quando você fez o "Diário da Copa" para "Placar", estarão irremediavelmente comprometidas depois de mais esta coluna, mas é o que, francamente como sempre nos demos, achei que deveria lhe dizer.
E lamento ter de fazê-lo.
Juca Kfouri - Fonte: Folha de S.Paulo - 22/06/08.
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