A COPA JÁ COMEÇOU...
O BRASIL NA COPA
English:
http://www.fifa.com/live/competitions/worldcup/finaldraw/index.html
Photos:
http://www.fifa.com/worldcup/photo/photolist.html#1144586
Os palcos das batalhas - Sorteio realizado na Cidade do Cabo (à esq.): o Brasil conheceu seus primeiros rivais na Copa, que enfrentará nos estádios de Ellis Park (à dir.) e Soccer City , ambos em Johanesburgo. Só oito gomos - A nova bola que será usada nos jogos: mais trabalho para os goleiros
O sorteio dos oito grupos que disputarão a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, ocorrido na Cidade do Cabo, definiu como serão as emoções iniciais da competição. O Brasil vai estrear no mundial no dia 15 de junho contra um adversário que não assusta, a Coreia do Norte. Nas duas partidas seguintes, porém, a seleção do técnico Dunga terá de suar. A primeira será contra a Costa do Marfim. A seleção desse país africano conta com vários jogadores que atuam em grandes times europeus, como o atacante Didier Drogba, do Chelsea, da Inglaterra. Na última partida dessa fase, o Brasil enfrentará Portugal, cuja seleção tem o jogador eleito o melhor do mundo pela Fifa, o atacante Cristiano Ronaldo, do Real Madrid. A última vez em que a seleção brasileira enfrentou a portuguesa numa Copa do Mundo foi em 1966, na Inglaterra – e a partida evoca más lembranças. O Brasil foi eliminado na última partida da fase de grupos, após uma derrota por 3 a 1 para Portugal, com dois gols do atacante Eusébio. "Com um grupo como esse, todos nós temos de ficar concentrados e muito atentos", declarou Dunga após o sorteio.
A Fifa apresentou também a bola que será utilizada na Copa de 2010. Como de hábito nas Copas do Mundo, ela ganhou um nome que faz referência ao país que sedia a competição – Jabulani. A palavra significa "festejar" no dialeto do povo bantu, falado por 25% da população sul-africana. A novidade da bola é que ela tem oito gomos, contra catorze daquela usada na Alemanha em 2006. Uma bola com menos gomos tende a ganhar mais velocidade ao ser chutada. Além disso, sua trajetória pode se alterar significativamente pelo atrito com o ar. "Essa bola, mesmo quando chutada sem efeito, ou seja, sem que gire em torno de seu eixo, possibilita variações na trajetória de até 1 metro para a esquerda ou para a direita", disse a VEJA o engenheiro inglês Ken Bray, da Universidade de Bath, especialista em física dos esportes. Até a Copa de 2002, as bolas tinham 32 gomos, o que tornava os chutes mais previsíveis.
As duas primeiras partidas do Brasil serão em Johanesburgo. Contra a Coreia do Norte, o estádio será o Ellis Park, já conhecido da seleção brasileira. Lá, em junho deste ano, o Brasil ganhou a Copa das Confederações vencendo de virada os Estados Unidos. O jogo contra a Costa do Marfim será no Soccer City, que foi totalmente reformado e vai abrigar o jogo de abertura e a final da Copa. Foi no Soccer City que o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela fez o primeiro discurso após sair da prisão, em 1990. O terceiro jogo do Brasil na primeira fase será no estádio de Durban.
A Copa da África do Sul será disputada em dez estádios. Cinco deles (inclusive o de Durban) foram construídos especialmente para a competição e outros cinco foram reformados. Não faltaram problemas na empreitada. Em julho passado, 70 000 operários que trabalhavam nas obras de todos os estádios entraram em greve por uma semana, reivindicando melhores salários. O Soccer City, que ficaria pronto neste mês, só deverá ser inaugurado em março do ano que vem. Falta resolver problemas de segurança e transporte nas cidades que abrigarão os jogos. De qualquer maneira, a África do Sul mostra que faz de tudo para tornar um sucesso a primeira Copa realizada no continente africano.
Copa - Alexandre Salvador - Fonte: Veja - Edição 2142.
Veja foto do sorteio:
http://www.fifa.com/worldcup/photo/photolist.html#1144586
Blog da Copa Veja:
http://veja.abril.com.br/blog/copa-2010/
PARABÉNS FLAMENGO
O mais sinceros parabéns do FM à enorme torcida do Mengão.
Hexacampeão brasileiro de futebol.
Confira o site do Mengo:
http://www.flamengo.com.br/
COPA 2010 - "NÓS" QUEM?
Durante o sorteio das chaves da Copa da África do Sul, Carlos Alberto Parreira impressionou a delegação brasileira com o seu otimismo. Dizia o tempo todo: "Nós vamos ser campeões". Referia-se ao Brasil. Parreira é atualmente técnico da África do Sul.
Panorama - Radar - Lauro Jardim - Fonte: Veja - Edição 2142.
RONALDINHO GAÚCHO É O MELHOR DA DÉCADA
Apesar da queda de rendimento nas últimas duas temporadas, Ronaldinho Gaúcho foi eleito ontem o melhor jogador da década, em eleição promovida pela revista britânica "World Soccer".
Ele superou o argentino Lionel Messi e o português Cristiano Ronaldo, eleito o melhor jogador da temporada passada pela Fifa. Messi, favorito ao prêmio deste ano da entidade, foi eleito o melhor jogador da temporada passada pela revista.
Fonte: O Tempo - 11/12/09.
World Soccer Magazine - http://www.worldsoccer.com/
"THE DAMNED UNITED" (2009)
TOM HOOPER
Baseado em fatos reais, o filme conta a história do inglês Brian Clough, técnico de futebol e falastrão, que levou times irrelevantes a títulos importantes
POR QUE É LEGAL?
Não é preciso gostar de futebol: basta ser fã de cinema para se divertir com o filme, muito bem feito; bons atores, boa direção, excelente recriação de época (a Inglaterra dos anos70)
Detalhes:
http://www.hdtvfilmes.ws/794/
http://www.imdb.com/title/tt1226271/
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=G_QiKT-6hlo
Fonte: Folha de S.Paulo - 07/12/09.
OS MEUS MELHORES DO ANO
A minha seleção dos melhores do Brasileirão não é igual à da CBF nem de ninguém. Voto em Bruno, mal-educado pegador de pênaltis, e não em Victor, que até mereceu ser escolhido, embora tenha sido excluído do último jogo de seu time, contra o Flamengo, por decisão da direção do clube, como ele mesmo fez questão de deixar bem claro. Estranho, não?
Verdade que o goleiro titular do Corinthians, Felipe, enfrentou o Flamengo e, como forma de protesto, não tentou defender um pênalti que valeu o segundo gol.
Talvez a exclusão de Victor e a omissão de Felipe expliquem porque um esteja dentro e o outro nem seja cogitado pela seleção.
Na lateral direita, escalo Vítor, sem c, do Goiás, pelo vigor com que defende e a eficácia com que ataca.
Meu miolo de zaga é original: tem o goleador Gum e tem, também, Ronaldo Angelim, sóbrio, sério, competente e autor do gol do título do Flamengo.
Fazer escalações antes das últimas rodadas, dá nisso.
Um gigante na decisão fica fora, ou um goleiro que falha na final, como aconteceu na Copa do Mundo de 2002, é eleito o jogador do torneio.
Na lateral esquerda eu vou de Kléber, que ressurgiu no segundo turno do Brasileirão.
Lamento não ter lugar para Guiñazu entre meus volantes, mas escalo Pierre e Hernanes, ambos fundamentais para, pela ausência, a queda do Palmeiras, e, pela presença, manutenção do São Paulo, ao menos, na Libertadores.
E boto na frente deles os dois mais brilhantes representantes da legião estrangeira no Brasil: o sérvio Petkovic e o argentino Conca.
Sem o sérvio, o Flamengo não estaria em festa, porque foi ele quem fez a maior diferença ao dar brilho e cadência ao rubro-negro que só com Adriano e Andrade não chegaria tão longe. É inegável que Maldonado e Álvaro também foram importantes, mas o sérvio foi o toque que desequilibrou e que Diego Souza acabou por não ser.
Já o argentino esteve bem até nos piores momentos, e foram tantos, do tricolor carioca.
E, na frente, Adriano e Fred. Porque sem o primeiro o Fla não teria sido o primeiro e sem o último o Flu não deixaria de ser o último. Os dois chamaram para eles a responsabilidade, coisa que Diego Tardelli quase fez, mas não fez, e que Washington também fez, mas não com o mesmo resultado, a glória e a salvação.
Ronaldo leva menção honrosa.
Meu técnico, com dor no coração por não ficar com Andrade, o primeiro técnico negro campeão brasileiro, é Paulo Silas, não só pelo brilhante sexto lugar do Avaí mas, principalmente, por ser ele um adepto do jogo bonito e limpo, características que espero que ele mantenha agora à frente do Grêmio.
E indico Giuliano como revelação, mais um da fábrica colorada. O destaque positivo do ano ficou por conta da emoção do torneio e de duas torcidas, da dupla Fla-Flu, mais a do Flu, porque apoiou na desgraça.
O negativo fica para o verdadeiro inferno verde da torcida do Coritiba, além do triste STJD, símbolo da incoerência, da ingerência indevida, da tradição cartorial e bacharelesca dos colonizadores que herdamos e teimamos em manter.
Juca Kfouri (http://blogdojuca.blog.uol.com.br/) - Fonte: Folha de S.Paulo - 10/12/09.
A DIGNIDADE PERDIDA
Moderno, muito moderno! Mas, afinal, o que vem a ser moderno? Quando Rousseau usou pela primeira vez a expressão, a palavra “moderno” tinha o mesmo sentido que o atual, bem antes da Revolução Francesa e da Americana. O filósofo refletiu e discutiu como poucos de sua época sobre algumas das mais interessantes tradições modernas, como, por exemplo, a democracia participativa. Ele queria demonstrar as contradições implícitas nas transformações futuras ou em processos de amadurecimento.
Muitos séculos atrás, portanto, ele incomodava seus contemporâneos ao declarar em alto e bom-tom que a sociedade europeia estava à beira do abismo. O Velho Continente estava próximo de grandes perturbações revolucionárias decorrentes do que ele chamava de turbilhão social. Referia-se ao “espírito do tempo” dos grandes aglomerados humanos em formação, herança da migração do homem do campo para a cidade. Semelhante ao que se viu em nosso país em meados do século XX, com a formação de megalópoles insensíveis, irracionais e desfiguradas pela invasão descontrolada de uma imensa massa humana que perseguia um eldorado imaginário.
Certa vez, um dos personagens de Rousseau realiza uma, digamos, expedição ao olho do furacão social – uma viagem que seria empreendida por milhões de jovens no Primeiro Mundo e por desvalidos dos recantos menos desenvolvidos nos séculos seguintes. E o que ele vivencia? Uma sociedade em permanente conflito, geradora de conluios os mais diversos e em um contínuo ir e vir de opiniões antagônicas. Ou seja, seres eternamente contraditórios.
Nota ainda as inúmeras oportunidades que se lhes apresentam e repara na necessidade de estar pronto a eventualmente modificar os seus princípios, com o objetivo de ajustar os passos perante a plateia.
Entre as frases desse personagem, algumas ferem as “modernas” convicções. Uma em particular nos fala alto: “De todas as coisas que me atraem, nenhuma toca meu coração, embora perturbem meus sentimentos de modo a fazer com que me esqueça de quem sou e qual é o meu lugar”. Chocante como tudo o que até hoje nos cerca, os tais “tempos modernos”. Uma atmosfera estressante a nos embriagar e sedar, expandindo o nosso leque de experiências possíveis, as quais, contudo, serão usufruídas somente se destruirmos nossas barreiras morais.
E no futebol, “moderno” quer dizer o quê? O que seria arcaico e o que é “moderno” e contemporâneo? Contemporâneo no sentido clássico do termo indica o período iniciado na Revolução Francesa, no qual a razão deveria imperar, a ciência encontraria respostas a todas as querências humanas e a civilização progrediria sempre, a partir dos conhecimentos que gradativamente seriam adquiridos. Terminologia questionada em sua essência quando constatamos os terríveis e sangrentos conflitos que insistem em se perpetuar mundo afora e que são obra dos chamados povos desenvolvidos. Conflitos por energia, riquezas ou simples mania de mandar.
Teríamos de considerar arcaico o futebol ou seus precursores como um jogo de bola que seria praticado na China 26 séculos antes da nossa era. Ou o jogo indígena com bola de látex – como até hoje ocorre na Amazônia – conhecido pelos navegadores espanhóis quando aportaram em terras americanas. Ou o Calcio italiano, cujas regras foram fixadas no fim do sé-culo XVI. Por extensão, o que veio depois seria o “moderno”?
Não exclusivamente, diria eu. O futebol “moderno” deve ser chamado assim a partir do momento em que esse esporte tornou-se um grande negócio e, como consequência, perdeu muito de sua beleza, encanto, paixão e ingenuidade. Ou seja, tenha deixado de ser exclusivamente humano para se transformar no “moderno” de Rousseau.
Onde já não cabe o chamado “amor à camisa” evidente, por exemplo, no rosto do goleiro Barbosa, responsabilizado pela derrota da nossa seleção no único mundial disputado em terras tupiniquins. Barbosa, que carregou com galhardia o terrível fardo que destruiu sua simples e dedicada existência, como se debulhasse o trigo.
O goleiro da seleção é, porém, de um tempo em que os jogadores não viviam em eterna contradição, conluios nem conflitos. De um tempo em que as oportunidades eram poucas e que, por isso, não precisavam mascarar seus princípios. Tempo em que jogar futebol tocava seus corações apaixonados pelo jogo. E a atmosfera que os cercava nem de longe os sedava e cegava. E onde os goleiros sempre tentavam defender todas as bolas, inclusive os pênaltis, mesmo os incompreensíveis. Eram tempos nada “modernos”, como se pode ver. E, no entanto, muito mais dignos.
Sócrates - Fonte: Carta Capital - Edição 575.
Não deixem de enviar suas mensagens através do “Fale Conosco” do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php