RIVALIDADE ENTRE BRASILEIROS E ARGENTINOS
BRASIL X ARGENTINA – HISTÓRIAS DO MAIOR CLÁSSICO DO FUTEBOL MUNDIAL
Às vésperas do jogo entre Brasil e Argentina, 05 de setembro em Rosário, pelas eliminatórias da Capa de 2010, nada melhor do que ler detalhes desse que é considerado um dos maiores clássicos do futebol mundial.
Quando disputam uma partida de futebol, Brasil e Argentina levam a campo uma rivalidade iniciada há mais de um século. Dois países tão próximos, e ao mesmo tempo tão diferentes, compartilham uma paixão obstinada pelo esporte que leva seus habitantes a extremos de alegria, tristeza e angústia.
Com o passar dos anos, as duas maneiras distintas de se jogar futebol passaram a caracterizar cada país em seus aspectos social, político e cultural.
Assim, as similaridades e diferenças entre brasileiros e argentinos ganharam vulto e importância nos gramados quando os dois selecionados se enfrentavam, e fizeram desse encontro o maior clássico do futebol mundial.
Esse livro mergulha na história dos jogos entre as seleções de Brasil e Argentina e mostra como um relacionamento esportivo inicialmente marcado pela cordialidade foi se transformando em uma rivalidade sem igual no mundo do futebol. A intenção foi realçar as maiores conquistas e destacar os grandes jogadores de ambos os lados; descrever as principais brigas em campo; contextualizar cada partida em relação ao momento vivido em cada nação; reunir, enfim, as melhores histórias que se sucederam ao longo de um século de encontros em campo.
Brasil e Argentina são duas potências do futebol, reconhecidas mundialmente. A rivalidade que transparece e que caracteriza o confronto esconde o muito que existe de respeito, admiração e inveja entre os torcedores e jogadores dos dois países. Afinal de contas, a grandeza de um ganha muito em realce e nitidez diante da estatura da outra.
Detalhes: http://www.livrosdefutebol.com/catalogo_detail.asp?cod_produto=234
FUTEBOL - É POR ENQUANTO?
Após muita vaia, Dunga deu a volta por cima. É o preferido dos brasileiros para dirigir a Seleção na Copa de 2014. Ele aparece com 36% dos votos em pesquisa realizada com mil torcedores em 70 cidades pelo Instituto Análise/Insight. Luiz Felipe Scolari vem em seguida, só com 14%. A liderança do atual técnico, porém, é relativa. Entre os entrevistados, 31% não escolheram ninguém, produzindo quase um empate técnico entre Dunga e um ponto de interrogação.
Ricardo Boechat - Fonte: Isto É - Edição 2076.
Instituto Análise/Insight - http://www.insightnet.com.br/
JOGADORES X CLUBES
O TST (Tribunal Superior do Trabalho) consolidou recentemente a jurisprudência que acaba com a bilateralidade nos contratos entre jogadores e clubes no caso de cláusulas penais. Isso significa que não serão mais aceitos pedidos de atletas ao tribunal para receberem o valor da multa quando têm seus acordos rescindidos pelos clubes. Assim, ao deixarem um time por falta de pagamento ou serem dispensados, os atletas passam a ter direito apenas à metade dos vencimentos até o final do acordo como indenização.
Painel FC – Eduardo Arruda – Fonte: Folha de S.Paulo – 24/08/09.
TST - http://www.tst.gov.br/
AVAÍ – A ONDA
Sensação do Brasileiro, o Avaí tem investido pesado em licenciamentos. O time, que já conta com mais de 70 produtos com sua marca, vai lançar agora um xampu.
Painel FC – Eduardo Arruda - Fonte: Folha de S.Paulo – 26/08/09.
Avaí - http://www.avai.com.br/
GÁS NO FLAMENGO
A Alesat é a nova patrocinadora do Flamengo. O acordo já está fechado há quase um mês, mas problemas burocráticos do clube atrasaram o anúncio e o começo do patrocínio. Distribuidora de combustível com capital 50% mineiro, a Ale substituirá na camisa rubro-negra a estatal Petrobras.
Raquel Faria - Fonte: O Tempo – 26/08/09.
Alesat - http://www2.ale.com.br/home/index.jsp
Flamengo - http://www.flamengo.com.br/
A LIGA DOS MILHÕES - Campeonato Espanhol
Os times da Espanha não poupam na hora de contratar os melhores jogadores do planeta. O Real Madrid, por exemplo, gastou 165 milhões de euros somente para contratar a dupla Kaká e Cristiano Ronaldo. O Barcelona não deixou por menor e contratou Ibrahimovic.
A partir de 30 de agosto nos canais ESPN.
Fonte: Monet - Número 77 - Agosto 2009.
Detalhes:
http://espnbrasil.terra.com.br/campeonatoespanhol
VOLUNTÁRIOS 2010
O Comitê Organizador da Copa da África festeja a marca de 50 mil inscritos para serem voluntários no Mundial-2010, pois a marca supera a da Alemanha.
Painel FC – Eduardo Arruda – Fonte: Folha de S.Paulo – 24/08/09.
FENÔMENO
O jogador Ronaldo está negociando com a Vale para ser o garoto-propaganda da mineradora no mundo todo. Hoje, o jogador já tem um contrato de trabalho para representar a Vale na China.
Mercado Aberto - Guilherme Barros - Fonte: Folha de S.Paulo - 23/08/09.
POLÊMICA RELIGIOSA
O site da rede dos EUA, CNN, publicou manifestações de líderes muçulmanos contra o técnico da Inter de Milão, José Mourinho. O treinador disse, após empate da sua equipe contra o Bari, pelo Campeonato Italiano, que o jogador Muntari, que é muçulmano, foi mal por causa do jejum praticado no Ramadã, o mês sagrado dos seguidores do Islã.
Fonte: Primeira Chamada - 27/08/09.
Detalhes:
http://www.edition.cnn.com/2009/SPORT/football/08/26/football.mourinho.ramadan.muntari/index.html
A LEI, ORA A LEI
Logo depois de trancar o processo contra o árbitro Edílson Pereira de Carvalho, o desembargador Fernando Miranda fez questão de dizer que estava cumprindo à risca o seu papel, do ponto de vista técnico. Na sua visão, Edílson não poderia ser enquadrado por estelionato, porque esse crime exige comprovação de perda de patrimônio e uma vítima identificada. Não está em julgamento se você se sentiu lesado, por comprar ingresso para jogo que estava sendo manipulado. E quem gastou em site de apostas, não é vítima? "Não, o jogo é ilegal no Brasil", diz o desembargador.
Edílson poderia ser enquadrado por evasão de divisas, segundo o desembargador. Fernando Miranda pode justificar que a argumentação do Ministério Público foi ruim. E o Ministério Público irá rebater que outro juiz aceitaria a argumentação.
O resultado prático do caso Edílson é trágico: sensação de impunidade. Edílson Pereira de Carvalho admitiu participar do esquema de manipulação de resultados desvendado durante o Brasileirão de 2005 e continua à solta.
A lei, ora a lei! Se o uso indevido da frase de Getúlio Vargas pode parecer desrespeito às instituições, façamos uma pequena adaptação. A lei, ora, a interpretação da lei. Edílson Pereira de Carvalho cometeu um crime, e isso até o desembargador Fernando Miranda admite, ao dizer que o ex-árbitro poderia ser enquadrado por evasão de divisas. Mas Edílson pagou um preço baixo demais. Deixou de apitar.
Não, não pense que interpretações das leis são problema só do Brasil. Na Itália, o caso de manipulação de escalas de arbitragem desvendado em 2006 resultou no rebaixamento da Juventus e num longo processo criminal que mantém o principal envolvido, Luciano Moggi, em liberdade. Moggi era diretor esportivo da Juventus e mantinha contatos telefônicos com árbitros. Na época, os jornais italianos revelaram: a cada conversa de Moggi, um lance polêmico a favor da Juventus.
No processo esportivo, a Juventus declarou-se culpada, uma tentativa de abrandar sua pena. O tiro saiu pela culatra: o juiz aceitou o reconhecimento de culpa como prova, e a Juventus foi condenada e rebaixada.
Luciano Moggi se demitiu do cargo de diretor esportivo para fazer sua defesa na esfera criminal. Se a Juventus se disse culpada e Moggi era funcionário do clube, então não podia ser culpado só por acatar as decisões de seu patrão. Brilhante!
Faltou dizer que quem tomava as decisões no departamento de futebol era ele mesmo, Luciano Moggi. Após três anos, o processo ainda corre em Nápoles, mas está claro que Moggi será absolvido. A alegação é que manter contato com os árbitros não era proibido pela legislação esportiva. Detalhe: após o escândalo, passou a ser. Outro ponto favorável à absolvição é a falta de provas materiais da corrupção. O resumo da ópera: ninguém vai para a cadeia, na Itália. Nem no Brasil.
Que a Itália imita o Brasil cada vez mais é claro. A Juventus, dona da maior torcida do país, declarou-se culpada e foi rebaixada. Edílson Pereira de Carvalho declarou-se culpado e vive livremente em Jacareí. Caro desembargador, tecnicamente os dois casos são iguais. E ninguém vai preso.
Paulo Vinicius Coelho (http://espnbrasil.terra.com.br/pvc/) - Fonte: Folha de S.Paulo - 23/08/09.
RELAÇÕES PERIGOSAS
José Sarney, em uma de suas inúmeras e indefensáveis defesas no Senado, quis sensibilizar os políticos e a população ao questionar quem não atenderia aos pedidos de uma neta, de um neto ou de um namorado de uma neta. Ele sabe que a maioria dos que o criticam faz e faria o mesmo.
O nepotismo e tantas outras relações interesseiras, perigosas, perniciosas e antiéticas, mesmo se não forem ilegais, acontecem, com muita frequência, na política, na sociedade e no esporte. "É dando que se recebe", uma praga nacional.
Muitas pessoas bem-intencionadas não sabem, ou fingem não saber, o que é ético e/ou legal. Fazem o que a maioria faz. É a lei da esperteza e da acomodação.
É cada dia mais frequente, na administração dos clubes e nas comissões técnicas dos times de futebol, a presença de parentes e de convenientes amigos de técnicos e dirigentes. Assim, dirigentes de clubes, federações e da CBF se perpetuam no poder.
Em alguns clubes, parentes se alternam no comando. No Cruzeiro, entra Perrella e sai Perrella.
A desculpa esfarrapada de todos, no esporte e na política, é a de que precisam se cercar de pessoas de confiança.
O nepotismo tem que ser combatido, já é proibido no serviço público, mas há inúmeras outras relações tão ou mais perigosas.
Muitos dirigentes trabalham muito próximos de empresários. Um agente costuma administrar a carreira de um técnico e de vários jogadores que estão sob o comando desse mesmo técnico. Os conflitos de interesses são inevitáveis. Os técnicos falam que sabem separar as coisas. Parafraseando Caetano Veloso, de perto, ninguém é 100% íntegro.
Alguns jornalistas não escapam dessas relações perigosas. Gostam de ser amigos de jogadores, de técnicos e de dirigentes. Recebem informações privilegiadas e em troca, no mínimo, não criticam suas fontes.
É um risco hoje até elogiar jogador ou técnico. Alguns empresários se aproveitam disso para valorizar seus clientes. Os agentes entopem os e-mails de comentaristas com ótimas informações sobre seus jogadores. Por isso e por outros motivos, não coloco e-mail na minha coluna.
No Brasil, os profissionais são, a cada dia, mais valorizados pelas relações sociais e corporativistas do que pela competência técnica.
A rede de interações é extensa e com dezenas de conexões. O ser humano está a cada dia mais interligado, mais só e menos livre.
Tostão - Fonte: Folha de S.Paulo - 23/08/09.
MAOMÉ E O FUTEBOL
Maomé era um profeta que não sabia nada de futebol. Esse verso, que faz parte do hino de um dos times alemães mais fortes, o Schalke 04, está, para usar uma expressão clássica tirada do mundo da bola, na marca do pênalti. A torcida do Schalke 04, uma das mais aguerridas da Alemanha, grita o hino antes de cada partida. Mas a letra, há longo tempo incorporada à memória dos torcedores e ao som dos estádios, pode ser modificada depois que partiram da comunidade muçulmana queixas em relação à presença de Maomé no hino. A administração do clube, da região industrial do Rio Ruhr, contratou um especialista em islamismo para estudar o caso. Ninguém sabe exatamente o que Maomé faz no hino, cujo título é “Azul e branco, te amo”, mas há décadas é assim, e eventuais incômodos sempre se limitaram a torcidas adversárias. Por que, agora, a reclamação?
O debate em torno do hino do Schalke 04 é um pequeno ponto no grande e crescente quadro de animosidade, na Europa, na relação entre muçulmanos e não muçulmanos. Recentemente, um vídeo de origem ignorada virou um campeão instantâneo de audiência no YouTube e gerou um inflamado debate. Até a semana passada, já tinha sido visto mais de 10 milhões de vezes. Chamado Demografia muçulmana, ele apresenta, ao longo de 7min31s, supostas evidências estatísticas da islamização da Europa.
Os números enfileirados provocaram inicialmente um choque – e foram depois submetidos a exames detalhados. A BBC checou-os um a um e constatou uma quantidade expressiva de erros, expostos num programa de rádio. Para ficar num caso, o vídeo afirma que as taxas de fertilidade dos países europeus são baixas e cadentes, o que facilitaria o caminho para uma dominação islâmica. Não é bem assim. As taxas são baixas, é verdade, mas estão crescendo nos principais países europeus. No Reino Unido, por exemplo, de 2001 a 2007, o índice subiu de 1,63 para 1,92, o maior em algumas décadas. O trabalho investigativo da BBC também já está no YouTube. Foi visto, até o momento em que é escrito este artigo, 10 mil vezes, um milésimo da audiência conquistada pelo vídeo original para o qual tenta servir de contraponto.
A Europa parece ao mesmo tempo alarmada, intimidada e irritada com o crescimento do islamismo. É da França que têm partido as respostas mais contundentes. O presidente Nicolas Sarkozy reiterou, há pouco tempo, que não é bem-vinda na França a burca, o traje típico com que algumas mulheres casadas muçulmanas cobrem todo o corpo ao sair à rua, exceto as mãos e os olhos. Símbolo do pudor feminino para os islâmicos, a burca foi tratada por Sarkozy como uma demonstração da subserviência da mulher.
No início de agosto, no verão europeu, uma francesa convertida ao islamismo foi expulsa de uma piscina pública na França por estar vestindo um burquíni, mistura de burca e biquíni. Razões de higiene foram alegadas, mas a expulsão está vinculada ao fantasma do crescimento islâmico. As estatísticas do vídeo sobre a demografia muçulmana foram desmontadas em boa parte, mas o medo segue. É o que demonstra, em sua pequenez extraordinária, a atitude da direção do Schalke 04 de considerar a possibilidade de deletar Maomé da letra do tradicional hino do clube.
Paulo Nogueira - Fonte: Época - Edição 588.
Schalke 04 - http://www.schalke04.de/
O vídeo "Demografia muçulmana" - http://www.youtube.com/watch?v=6-3X5hIFXYU
O vídeo da BBC - http://news.bbc.co.uk/2/hi/programmes/more_or_less/8189434.stm
FESTIVAL DE LUGARES-COMUNS
No passado, um dos ditados mais falados era: "Quem corre é a bola". Os grandes jogadores, em vez de correr com a bola para entregá-la ao companheiro, faziam a bola correr, com passes de primeira, longos e curtos.
Evidentemente, só fazia isso quem tinha talento. No passado, mesmo nos grandes times, havia jogadores medianos. Hoje, tem mais.
Os atletas atuais correm muito mais que antes. Algumas TVs já mostram quantos quilômetros cada um correu. Brevemente, haverá prêmios para os que correm mais.
Vejo isso como uma evolução física, técnica e tática, desde que o jogador tenha talento, saiba para aonde e por que corre e não corra demais com a bola, a não ser em lances especiais. Kaká evoluiu porque aprendeu a esperar o momento certo para dar suas belíssimas arrancadas em direção ao gol.
A diferença hoje entre as melhores equipes da Europa e as melhores brasileiras é que lá a bola corre mais, de pé em pé. É uma delícia ver o Barcelona jogar, a equipe que faz isso melhor.
No Brasil, os jogadores correm demais, com ou sem a bola, e têm muita pressa para chegar ao gol. Importamos da Europa a correria e as jogadas ofensivas aéreas, e eles, em troca, levaram o toque de bola. Saíram ganhando.
Hoje, o futebol que se joga no Brasil se parece mais com o da Europa do passado, e o deles se parece mais com o brasileiro de outras épocas. Isso ocorre somente pela qualidade dos jogadores ou é também um estilo dos técnicos?
É preciso separar o futebol europeu de poucas equipes, no máximo dez, que contratam os melhores jogadores do mundo, das outras equipes, que, tecnicamente, não são melhores do que as melhores equipes brasileiras.
Os técnicos europeus abandonaram há muito tempo alguns conceitos que continuam presentes no Brasil. Viraram chavões. Um deles é que é preciso três zagueiros para marcar dois atacantes. Como os zagueiros brasileiros marcam muito atrás, não há espaço entre eles e o goleiro. Os times brasileiros não jogam com dois zagueiros e um terceiro na sobra, e sim com três zagueiros em linha.
Outro chavão é que é necessário ter três zagueiros para os laterais (alas) apoiarem. Corinthians e Cruzeiro, as duas melhores equipes do primeiro semestre, jogaram com dois zagueiros e com os laterais avançando, alternadamente.
A seleção faz o mesmo. Os técnicos estão acabando com os laterais que marcam e apoiam, uma virtude brasileira. É lateral ou ala, desde as escolinhas.
Enquanto os principais times europeus copiam o jeito brasileiro de jogar, de outras épocas, com dois zagueiros e dois laterais que avançam, um de cada vez, os técnicos brasileiros copiam o jeito torto e ruim dos europeus, de anos atrás, de jogar com dois zagueiros e um lateral-zagueiro.
O zagueiro brasileiro está cada dia mais mimado, mais superprotegido. Só querem jogar na sobra, ao lado de dois outros zagueiros.
A moda brasileira é o zagueiro especializado. Há os que só atuam bem pela direita, os que só atuam bem pela esquerda e os que só atuam bem na sobra. E assim caminha o futebol, de chavão em chavão.
Tostão - Fonte: Folha de S.Paulo – 26/08/09.
Não deixem de enviar suas mensagens através do “Fale Conosco” do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php