BARÇA! BARÇA! BARÇA!
BARCELONA - COPA LLIGA CHAMPIONS
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http://www.fcbarcelona.com/web/english/
O Barcelona se tornou campeão da Liga dos Campeões da Europa ao derrotar o Manchester United por 2 a 0 dia 27 de maio no Estádio Olímpico de Roma. Um legítimo campeão que nos 90 minutos do jogo fez somente 7 faltas. Não precisa falar mais nada.
Veja mais:
http://espnbrasil1.terra.com.br/finalchampions/
O site oficial do Barça:
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PAIS E FILHOS
A Fifa lançará normativa a partir de outubro para regularizar as transferências de menores de 18 anos. Atualmente, as saídas de atletas não são permitidas, mas agentes e clubes conseguem burlar a regra, por exemplo, ao dar emprego aos pais dos atletas menores. Essas transações não contam com supervisão da entidade máxima do futebol. Para estabelecer a nova regra, a Fifa criará um comitê para analisar os casos de negócios com garotos. De acordo com a entidade, os casos de exploração infantil têm crescido muito.
Escolinhas - Com a nova resolução da Fifa, a CBF terá de registrar e passará a controlar todos os centros formadores de atletas de categorias de base fora do escopo dos clubes. Entrarão nessa lista, por exemplo, até escolinhas.
Preparação - A entidade máxima do futebol tem enviado representantes para explicar as mudanças na norma para garotos em congressos de direito esportivo pelo mundo.
Painel FC - Eduardo Arruda - Fonte: Folha de S.Paulo - 25/05/09.
O FATURAMENTO DOS CLUBES DE FUTEBOL NO BRASIL
O faturamento dos 21 maiores clubes de futebol do país subiu 6% em 2008. Em entrevista a VEJA.com, Amir Somoggi, especialista em marketing e gestão de clubes de futebol, diz que as fontes de receita, como bilheteria, patrocínio e publicidade, já crescem mais do que a venda de jogadores. Gráficos ainda mostram o faturamento individual e global dos 21 clubes.
http://veja.abril.com.br/noticia/variedade/pib-elite-futebol-desacelera-atinge-ineditos-r-1-4-bi-471968.shtml
Fonte: Veja - Edição 2114.
BALANÇO GERAL
Levantamento feito pela Casual Auditores mostra que os 20 clubes com maior faturamento no Brasil, somados, arrecadaram R$ 1,4 bilhão no ano passado. Dessa lista, oito times tiveram faturamento menor em relação a 2007 e 12 obtiveram mais dinheiro. O São Paulo prossegue como a equipe que mais conseguiu receita bruta, mas seu faturamento caiu 16% em comparação com 2007 (R$ 160,5 milhões contra R$ 190,08 milhões). O clube atribui isso à queda precoce na Libertadores e ao fato de não ter negociado atletas.
Em relação a 2007, os 20 clubes do país faturaram cerca de R$ 200 milhões a mais -um crescimento de mais de 10%- mesmo com a crise financeira mundial no ano passado. Como comparação, o PIB brasileiro cresceu 4% no mesmo período.
Internacional (2º), Palmeiras (3º), Flamengo (4º) e Corinthians (5º) foram os outros, além dos sãopaulinos, que obtiveram arrecadação superior a R$ 100 milhões no ano passado.
Painel FC - Eduardo Arruda - Fonte: Folha de S.Paulo - 28/05/09.
A PRIMEIRA Co.Ce.Ga. (Convenção de Centroavantes, Goleadores e Afins)
Quando cheguei ao Bar da Preta, vi uma multidão. Está bem, não era uma multidão, mas havia ali 11 pessoas, o que provavelmente era um recorde histórico para o humilde estabelecimento.
Sentavam-se todos numa longa mesa, e Preta andava de um lado para o outro com ares de importante, dando ordens ao garçom maneta e ao cozinheiro caolho. Olhei atentamente e vi que reconhecia os 11.
Estavam ali Diego Tardelli, sempre agitado e perguntando "O Leão não vem?"; Kléber, do Cruzeiro, que brigava com o garçom; Kléber Pereira, do Santos; Adriano, que ouvia um funk no seu Ipod; Fred, do Flu; Washington, que comia um coração de galinha; o jovem Ciro, do Sport; Keirrison, do Palmeiras; Felipe, do Goiás; e Nilmar, do Inter. Na cabeceira, é claro, sentava-se Ronaldo.
"O que está acontecendo aqui?", perguntei para a Preta.
"É a Primeira Co.Ce.GA."
"Cocega?"
"Convenção de Centroavantes, Goleadores e Afins."
"Ah, claro..."
Nesse instante, Ronaldo pegou uma faca, deu três batidinhas num copo e pediu a palavra: "Caros amigos, considero aberta a sessão".
"Muito bem, e o que vamos reivindicar?", perguntou Felipe.
"Mais pagode nas concentrações?", sugeriu Adriano.
"Chuteiras com bico de espuma para os zagueiros", arriscou Nilmar.
Ronaldo, com as mãos sobre a barriga, o que lhe dava um certo ar de Buda, falou: "Acho que a gente pode ser mais ambicioso. A gente devia era tomar o controle".
"Você quer que a gente vire técnico?", perguntou Keirrison.
"Mais que isso", disse o corintiano. "É hora de virarmos políticos!"
"Hein?", declarou Washington.
"Claro, pô. Os centroavantes são os caras mais amados do país. Se formarmos um partido, ninguém ganha da gente."
"Só tem um problema: se nós ganharmos, ninguém vai querer ficar com o Ministério da Defesa", comentou Diego Tardelli.
"Em compensação, vamos cuidar muito bem da economia. Já somos donos de boa parte do PIB mesmo", arrazoou Kléber Pereira.
"Eu cuidaria do Ministério da Saúde", falou Nilmar. "Nos últimos anos, tenho passado tanto tempo no departamento médico..."
"Eu, que tenho uma livraria, fico com a Cultura", avisou Washington.
"Mas qual a vantagem de virar político?", perguntou Fred. "A gente já tem o melhor emprego do mundo."
"O segundo melhor", disse Ronaldo. "Um deputado custa uns cem mil por mês, fora os extras. Uns têm até castelo."
"E só precisaremos trabalhar de terça a quinta. Assim até o Romário aguenta", lembrou Adriano.
"É o fim das concentrações", falou Nilmar. "E os políticos têm mais mulheres que nós", disse outro.
"Então, todo mundo a favor?", perguntou Ronaldo.
"Sim", falaram os outros dez. Preta, então, disse: "Pois eu já tenho o slogan para vocês. É assim: "Não vote em quem quer ganhar uma bolada por fora. Vote em quem quer colocar a bola para dentro".".
Preta foi aplaudida por todos e escolhida como a Duda Mendonça do partido. Não sei, não, mas acho que eles têm boa chance.
José Roberto Torero - Fonte: Folha de S.Paulo - 26/05/09.
"O TIME NÃO MERECE A TORCIDA QUE TEM"
Mais uma vez, o futebol gerou um espetáculo de pura barbárie. O palco de turno foi o romântico estádio do Fluminense, no Rio. Brucutus, digo, "torcedores" interromperam o treino, agrediram o jogador Diguinho e perpetraram outras imbecilidades.
Mas o protesto não era só barbárie, não. Havia também gotas de civilização, expressas num cartaz em que se lia isto: "O time não merece a torcida que tem". Ou será que é a torcida que não merece o time que tem? Bem, a parte podre da torcida (os brucutus) decerto não merece o time que tem -o time é um milhão de vezes melhor do que ela.
A relação entre o time e a parte civilizada da torcida é outra história (e assunto para os comentaristas esportivos). O meu assunto é discutir, do ponto de vista linguístico, se é o time que não merece a torcida ou se é a torcida que não merece o time.
"Mas não dá no mesmo?", podem perguntar alguns. Sim e não, ou seja, depende. O "Aurélio" registra "merecer" apenas com o sentido de "ser digno de; conseguir em virtude de seus méritos"; já o "Houaiss" diz que "merecer" pode significar "ser digno de; estar, por suas qualidades ou conduta, no direito de obter (benesses, algo bom, vantajoso) ou sujeito a passar por (algo que lhe seja desfavorável, doloroso, desabonador)".
A segunda definição do "Houaiss" talvez decorra da observação do uso efetivo do verbo, que de fato contempla as duas hipóteses (ser digno de coisa boa ou ruim), o que se verifica também em pelo menos outras duas línguas neolatinas (espanhol e italiano). Trocando em miúdos, é o famoso caso do "ninguém merece", expressão que se usa quando se quer dizer que é muito ruim a missão ou tarefa que se tem ou teve pela frente.
Voltando ao tricolor das Laranjeiras, a faixa exposta deixa claro que, para a torcida, o time é inferior a ela. E se a ordem fosse invertida ("A torcida não merece o time que tem")?
Aí, só o contexto permitiria a clara compreensão da mensagem. Poder-se-ia entender que o time é uma lástima, e a torcida, maravilhosa ou o contrário. Parodiando Paulinho da Viola (vascaíno dos bons), "coisas da língua, minha nega". E que coisas!
Essas idas e vindas do sentido de determinadas palavras me fazem lembrar o termo "jus", empregado (pouco, hoje, mas com frequência, outrora) com o sentido de "direito", "prerrogativa legal" ("...que ele Diabo tinha jus antiquíssimo de desesperar toda a gente" -o trecho é de A. Herculano, citado no "Aurélio").
A palavra "jus" hoje é empregada essencialmente na expressão "fazer jus a", definida como "ser merecedor de" tanto pelo "Aurélio" quanto pelo "Houaiss". O problema é que já há muita gente usando "fazer jus a" com o segundo sentido de "merecer" (o de ser sujeito a algo ruim), o que não encontra abrigo nos dicionários (de sinônimos ou de regência). Até prova em contrário, "O time inglês fez jus à derrota" não é construção que se imite ou que tenha apoio no uso formal da língua.
Outro caso interessante é o do verbo "conspirar", que, em tese, significa "tramar, maquinar, planejar (secretamente) contra alguém, contra um governo ou governante etc."
("Conspirava contra o rei"; "Conspirou contra o reitor"), mas hoje já aparece com o sentido de "concorrer, tender (para certo fim), contribuir". A definição é do "Aurélio", que dá este exemplo: "Tudo parecia conspirar para sua felicidade". Coisas da língua, caro leitor. É isso.
Pasquale Cipro Neto (http://www.professorpasquale.com.br/site/home/index.php) - Fonte: Folha de S.Paulo - 28/05/09.
VIRAR O JOGO
Ser torcedor de futebol é um traço da personalidade do presidente Lula que contribui para fixar sua imagem de político popular. Essa relação genuína com o esporte e o fato de ter sido o Estatuto do Torcedor a primeira lei por ele sancionada, em maio de 2003, encheram de esperanças os setores empenhados na modernização do esporte no país.
Ao lançar o Estatuto, formulado, na realidade, no último período do governo Fernando Henrique Cardoso, a partir de consultas e debates entre especialistas, o presidente Lula alertou para o fato de que "no Brasil há lei que pega e lei que não pega". E deu a receita: "Para pegar, é preciso que as pessoas responsáveis deste país comecem a falar dela, para que o torcedor seja respeitado na sua cidadania".
Passados seis anos, a frustração com os rumos que o esporte tomou não poderia ser mais aguda. Nada ou quase nada da lei "pegou", e o presidente não parece mais interessado em fazer com que pegue. Ao contrário, o governo federal curvou-se ao status quo mafioso que domina grande parte das confederações, federações, clubes e comitês esportivos do país, associando-se àqueles que deveria combater.
O Ministério do Esporte, transformado em aparelho do PC do B, pouco faz além de politicagem e agenciamento de verbas para projetos fracassados e obras nebulosas, como as do Pan de 2007, que, em meio a suspeitas de desvios, consumiu R$ 3,7 bilhões de verba pública -quase 800% mais do que o previsto.
A maioria dos clubes brasileiros enfrenta situação financeira deplorável e recebe benesses do poder público, como os recursos da loteria Timemania, sem a exigência de contrapartidas. O governo Lula não induz e não cria estímulo à adoção de modelos empresariais no futebol brasileiro. Parece satisfeito com o ambiente amadorístico, atrasado e corrupto que se conhece desde sempre.
Nesse contexto, a violência nos estádios permanece, o torcedor não é reconhecido como consumidor e o êxodo de atletas para o exterior só tem aumentado. O único avanço, se é que se pode chamá-lo assim, registrado recentemente no futebol brasileiro foi a adoção de um campeonato nacional estável, nos moldes dos europeus, com respeito às regras de acesso e rebaixamento -o que equivale a descobrir a roda na primeira década do século 21.
Conhecidas as 12 cidades-sede da Copa do Mundo, a ser disputada no Brasil em 2014, a realização desse grande evento deveria ser encarada como auspiciosa oportunidade para virar o jogo e colocar o esporte brasileiro em outro patamar. Mas isso vai depender da opinião pública -pois cartolas e autoridades continuam adeptos de velhos esquemas táticos.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 30/05/09.
UM PAÍS PARA A COPA/TRANSPORTE - BRASIL AÉREO É UM GRANDE PINGA-PINGA
Apenas Brasília conta com voos sem escalas para todas as outras cidades candidatas a jogos da Copa do Mundo de 2014. Anac afirma que malha aérea é questão de mercado, Gol diz confiar no governo para sucesso do Mundial, e TAM não comenta assunto.
Serão 12 sedes espalhadas por um país com dimensões continentais, o que torna o avião meio único de deslocamento para milhares de turistas, além de centenas de atletas, jornalistas e funcionários da Fifa, que virão ao Brasil para a Copa do Mundo de 2014.
Mas o Brasil aéreo não se conversa. Pelo mapa atual de rotas do país, apenas uma cidade, a capital, Brasília, tem voos diretos para as outras 16 localidades que sonham em abrigar as partidas da competição.
Rio Branco, no Acre, só tem ligação direta por via aérea com Brasília -três voos diários, que somam capacidade de aproximadamente 500 pessoas.
Mesmo cidades de porte maior contam com poucas ligações com o resto do país.
Porto Alegre, por exemplo, é conectada sem escalas com apenas outras cinco cidades candidatas ao Mundial.
Nem o Rio de Janeiro, que deve ser o centro nervoso da Copa de 2014 -receberia a final e o comitê organizador-, chega perto dos 100% de voos diretos com outras cidades que sonham com o Mundial. Dos aeroportos cariocas partem aviões, sem escalas, para 13 candidatas ao evento.
Na média, as cidades que seguem na disputa têm voos diretos com sete concorrentes.
Isso significa horas perdidas em conexões. O tempo gasto em escalas num hipotético roteiro por sete cidades para acompanhar uma seleção finalista seria suficiente para um voo entre São Paulo e Miami, nos EUA -cerca de oito horas.
Jogo de empurra
O debate para incrementar a malha aérea do país visando o Mundial ainda não entusiasma.
Procurada pela Folha, a Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, que tem como missão "adotar as medidas necessárias para o atendimento do interesse público e para o desenvolvimento e fomento da aviação civil", disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que a malha aérea do país é "uma questão de mercado" que cabe à iniciativa privada.
A reportagem também procurou a opinião das principais empresas do país. A Gol afirmou que "acredita que o governo está preparando o país para a Copa, e as companhias aéreas se empenharão para atender ao público da melhor forma antes, durante e depois dos jogos".
A TAM, a maior empresa aérea do Brasil, e patrocinadora da CBF, não respondeu ao questionário enviado no início da semana passada.
Além das longas horas de viagem, que podem aumentar pela infraestrutura aeroportuária do país, os turistas que viajarem pelo país durante o Mundial terão, pelo cenário atual, que fazer bons investimentos.
Em simulações nos sites das empresas, um torcedor que viajar para acompanhar pelo país sete jogos de uma seleção que for até a decisão gastaria até R$ 4.000, ou mais do que o dobro do que um torcedor que foi à Copa da Alemanha gastou. Isso contando o preço cheio, para fazer igual número de deslocamentos nos modernos, e pontuais, trens alemães.
A Anac diz que existe liberdade tarifária para as empresas no país decidirem o quanto devem cobrar pelas passagens e que não vai intervir no assunto.
Mas, em um mercado com poucos concorrentes (só Gol e TAM têm malhas nacionais), a diferença no preço das passagens, principalmente fora das tarifas promocionais, é mínima, ficando em alguns trechos na casa dos centavos.
Paulo Cobos - Fonte: Folha de S.Paulo - 26/05/09.
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