FUTEBOL SHOW MUSICAL
TEMA DA COPA 2010
English:
http://community.livejournal.com/ontd_football/1675511.html
http://www.telegraph.co.uk/culture/music/7085340/KNaans-World-Cup-theme-song.html
Details:
http://letras.terra.com.br/knaan/1623480/traducao.html
Video: http://www.youtube.com/watch?v=r-Eokd-Ih1c
A música remixada de Wavin’ Flag, do cantor K’Naan, nascido na Somália e naturalizado canadense, foi criada pela Coca-Cola, e será a música tema oficial da Copa do Mundo da África do Sul de 2010.
A Coca-Cola é patrocinadora oficial do Mundial da Fifa e editou a música original Wavin’ Flag para ficar com cara da África, mas sem deixar de lado o ritmo já tão conhecido usado em suas propagandas.
Wavin’ Flag: The Celabration Mix é um remix da trilha original do terceiro album de K’Naan, chamado Troubadour.
Confira a letra:
http://letras.terra.com.br/knaan/1623480/traducao.html
Vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=r-Eokd-Ih1c
Mais detalhes:
http://community.livejournal.com/ontd_football/1675511.html
http://www.telegraph.co.uk/culture/music/7085340/KNaans-World-Cup-theme-song.html
EU VI PRIMEIRO: TERMO "COPA" FOI REGISTRADO EM 1985 PARA ALIMENTOS
Apesar de ter registrado mais de 500 marcas no Brasil, a Fifa não tem direito sobre a utilização do nome "Copa" para determinados produtos. É que a empresa Nissin-Ajinomoto tem a propriedade sobre essa denominação desde 1985 para itens como café, cacau, chá, açúcar, arroz e pão. Isso não fere os direitos da entidade que gere o futebol mundial porque não há relação direta com a Copa do Brasil-2014. Procurada, a Nissin-Ajimoto afirmou que precisaria realizar uma pesquisa com o departamento de marketing sobre o assunto.
Fonte: Folha de S.Paulo - 06/03/10.
PREOCUPAÇÕES
Em pesquisa feita ontem mesmo, os empresários do país apontaram que os principais problemas para a Copa-2014 e a Olimpíada-2016 são infraestrutura (64%), aeroportos (23%) e segurança (13%).
Painel FC - Eduardo Arruda - Fonte: Folha de S.Paulo - 10/03/10.
REPORTAGEM ENTRE VÂNDALOS
BILL BUFORD
Editora: Companhia das Letras; Tradução: Júlio Fischer; (328 págs.)
SOBRE O AUTOR: Nasceu em 1954, em Baton Rouge, Louisiana, nos EUA. Estudou literatura na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Foi editor-chefe, por 16 anos, da revista literária "Granta" e editor de ficção por oito anos da "New Yorker", da qual é atualmente colaborador.
TEMA: Para entender o comportamento violento de jovens torcedores de eventos esportivos, o jornalista Bill Buford conviveu durante quatro anos com os hooligans ingleses. Em "Entre os Vândalos", o autor narra a experiência.
POR QUE LER: Publicado originalmente em 1991, é um agudo estudo sobre o comportamento grupal patológico e a sensação de compartilhar a violência sob anonimato. A nova edição permite ampliar o debate num momento em que o problema perdura no Brasil.
Fonte: Folha de S.Paulo - 06/03/10.
Detalhes:
http://livraria.folha.com.br/catalogo/1143899/entre-os-vandalos
A MULHER QUE ENGOLIU UM TIME
No mundo das wags (wives and girlfriends, esposas e namoradas), como são chamadas as vistosas parceiras dos jogadores da seleção da Inglaterra, a francesa VANESSA PERRONCEL, 33 anos, está virando lenda. Os tabloides descobriram que Vanessa, até julho mulher do jogador Wayne Bridge, 29, mãe de um menino de 3 anos, teve um caso pós-separação com o atacante John Terry, casado, dois filhos. Detalhe: os dois casais eram amicíssimos. Vanessa, a chienne, teve seu passado vasculhado – só no Chelsea teria se aproximado, além dos dois já citados, do islandês Eidur Gudjohnson, do romeno Adrian Mutu e de mais uns três jogadores não identificados. Terry perdeu o posto de capitão da seleção. Bridge, "arrasado", avisou que não vai à Copa do Mundo.
Gente - Lizia Bydlowski - Fonte: Veja - Edição 2155.
Vanessa Perroncel -
http://www.futebolparameninas.com.br/tag/vanessa-perroncel/
A TRÊS MESES DA COPA DO MUNDO
As apostas nas casas londrinas indicam a Fúria, na frente da seleção canarinho.
O ranking da Fifa tem também os atuais campeões europeus em primeiro lugar.
A imprensa espanhola revela grande confiança, e o torcedor espanhol não tem a menor dúvida de que chegou a vez de comemorar o título que falta a um país que venera tanto o futebol.
A seleção brasileira ir como a maior favorita é comum e, como uma das favoritas, é simplesmente obrigatório desde quase sempre.
Assim se dá também com a Itália, com a Alemanha, com a Argentina, por pior que seja o momento delas antes de cada Copa.
Como neste momento, quando a Itália dá sono, a Alemanha está empacada, e a Argentina, só agora, enfim, começa a mostrar que pode ser protagonista. Menos mal.
A Holanda e a Inglaterra, vira e mexe, aparecem, como de novo estão aparecendo. Mas a Espanha...
Uma Espanha que encanta atrás, no meio, principalmente, e, também, na frente. E não é por causa da vitória sobre a França, em Paris, coisa que não acontecia havia mais de 40 anos.
A França, afinal, foi derrotada com a mesma facilidade com que a seleção brasileira bateu a Irlanda, eliminada da Copa pela França, mas graças a um gol ilegal.
Nem mesmo é por causa da bolsa de apostas na capital inglesa ou devido ao nebuloso ranking da Fifa. Sem se dizer que sempre há de ser lembrado que no passado, na Copa das Confederações, quando espanhóis e brasileiros poderiam medir forças, eis que os Estados Unidos a derrotaram para serem derrotados, de virada, é verdade, e que virada!, pela seleção brasileira.
Antes, os espanhóis tinham suado sangue para ganhar da fraca África do Sul, e só na prorrogação.
Mas é exatamente porque a Espanha decepcionou na Copa das Confederações que será preciso tomar muito cuidado com ela, pois parece ter aprendido a lição, tamanha a humildade do discurso de seus principais craques quando confrontados com a badalação do favoritismo que a cerca novamente.
Uma final entre Brasil e Espanha é o jogo mais previsível e, na verdade, a partida mais esperada pelo mundo do futebol.
A história do confronto é frontalmente favorável aos brasileiros, com quatro vitórias e dois empates em oito jogos. Cinco dessas partidas valeram por Copas do Mundo, com três vitórias nacionais e uma espanhola, mas lá atrás, em 1934.
Em 1950, o time brasileiro não só ganhou como goleou, ao som de "Touradas de Madrid", por 6 a 1.
Foram necessários mais de 30 anos para que os espanhóis, humilhados pelo coro de quase 200 mil vozes no Maracanã, aceitassem fazer um amistoso contra os brasileiros, porque o "parará-tim-bum- -bum-bum" teimava em continuar a ferir os ouvidos deles.
Depois, nas Copas de 1962 e 1986, o Brasil ganhou por 2 a 1 e 1 a 0, mas com grande auxílio da arbitragem: tanto, em 1962, pelo famoso pênalti não marcado, quanto em 1986, pelo gol espanhol não visto (a bola entrou dois palmos) e pelo brasileiro, validado em impedimento.
Juca Kfouri (http://blogdojuca.blog.uol.com.br/) - Fonte: Folha de S.Paulo - 07/03/10.
AMIGOS DO REI
No futebol, é dada muita importância a coisas que têm pouca ou nenhuma importância. Nas Copas do Mundo, o Brasil ganhou e perdeu, jogou muito bem e muito mal, com diferentes estratégias, dentro e fora de campo.
Já está definido. Se o Brasil ganhar ou perder, o motivo principal será Dunga. Isso é dar uma exagerada importância a Dunga ou a qualquer outro treinador.
A Argentina não estava tão ruim nas eliminatórias somente por causa de Maradona. Ele não é um técnico debiloide. Nem, de repente, após a vitória sobre a Alemanha, ele passou a ser um estrategista, somente porque a Argentina mostrou um time organizado, disciplinado, com ótima marcação e privilegiando os contra-ataques. Parecia o Brasil.
"As coisas não precisam de você", diz a belíssima música de Marina Lima e Antônio Cícero. O futebol também não precisa tanto dos técnicos. Eles são importantes, mas há coisas muito mais decisivas.
No fracasso na Copa de 1966 e na conquista na de 2002, a seleção se concentrou em hotéis com a imprensa e os hóspedes. Na vitória em 1970 e nas derrotas de 1998 e 2006, o Brasil ficou em hotéis isolados. O tipo de concentração tem pouca importância.
Em todos os Mundiais, nos que perdeu e nos que ganhou, havia um dia de folga na semana. Em 1970, uns iam rezar, outros, conhecer a cidade, e alguns iam para a balada, como em 2006. Os jogadores de 1970 não eram santos nem os de 2006 foram baderneiros.
Em 2002, não era raro encontrar um jogador no elevador do hotel, mesmo eles ficando em andares reservados. Como o Brasil venceu, foi elogiada a proximidade dos jogadores com a imprensa e os hóspedes.
A concentração em Weggis, na Suíça, foi apontada como uma das principais causas do fracasso, em 2006. O hotel era fechado. Os treinos ficavam lotados de torcedores, como ocorre em quase todas as Copas. É raro proibir a entrada de público. Em 1970, como ocorreu em 2006, de vez em quando um torcedor invadia o gramado durante o treinamento.
O Brasil perdeu a Copa de 2006 porque os craques jogaram mal, alguns estavam fora de forma física (com ou sem balada no dia de folga), houve erros táticos, o time ficou prepotente e iludido com o oba-oba antes do Mundial, a França tinha mais conjunto e, do outro lado, estava Zidane. O restante é perfumaria.
A seleção brasileira será superprotegida na África do Sul. Dunga mandou construir um muro de vidro em frente ao hotel. Quem está fora não vê dentro, e quem está dentro não vê o lado de fora. Espero que não haja cartilha nem obrigação de os jogadores cantarem o hino nacional todos os dias.
Endosso a preocupação e as críticas de José Trajano à CBF, que não divulgou, até eu terminar esta coluna, as datas em que os jogadores iniciarão os treinos e que chegarão a Johannesburgo. Isso é essencial para o trabalho logístico da imprensa de todo o mundo. Se a CBF não tem ainda as datas, é por incompetência. A Copa está próxima.
Pelos antecedentes, tenho o direito de especular que a CBF quer dificultar o trabalho da imprensa e que alguns privilegiados já têm a programação. A CBF tem muitos parceiros.
Tostão - Fonte: Folha de S.Paulo - 07/03/10.
ABAIXO A REPRESSÃO
Há quem condene a jogada de efeito "desnecessária". Perguntam: para que essa pedalada que não sai do lugar? Esse chapéu no meio de campo? Esse toque entre as canetas perto da lateral?
Discordo radicalmente. Entre a firula e sua repressão, fico com a firula. Por dois motivos. Primeiro: quem define o que é necessário ou não?
Dirão: necessária é a jogada que redunda em situação de gol. Ora, que pobreza de espírito.
O futebol é não apenas um confronto de técnica e estratégia mas também uma disputa, digamos, moral (no sentido amplo da palavra). Os fatores psicológicos ou emocionais contam muito na definição da supremacia de um jogador ou de um time sobre seu adversário.
Sempre me lembro de uma história contada por Djalma Santos. Já em fim de carreira, o grande lateral do Palmeiras tinha de vez em quando pela frente o então jovem e endiabrado ponta Edu, do Santos.
Quando isso acontecia, Djalma, logo nos primeiros minutos, tratava de aplicar um drible humilhante sobre o rapaz, para "aquietá-lo". Era como se dissesse: "Sabe com quem você está falando?". A tática, segundo ele, dava certo. Outros laterais, mais limitados, tentavam em vão parar Edu na porrada.
Gostei da resposta de Neymar quando o zagueiro Chicão, no último Santos x Corinthians, disse que ia "quebrá-lo no meio". O atrevido atacante respondeu: "Vem. Se você me achar...".
E olhe que Chicão não é nenhum brucutu. Como diria o Neto, é um baita jogador. Por sorte, não "achou" Neymar naquela tarde. Sorte de quem? De Neymar e dos santistas, claro, mas também de todo mundo que gosta de futebol bonito.
E aqui entramos no segundo motivo pelo qual defendo a chamada firula. Entre muitas outras coisas, futebol é diversão. O público quer ver coisas espetaculares, surpreendentes, desconcertantes. O torcedor pode até se irritar momentaneamente quando o drible é contra o seu time, mas é essa promessa de encantamento que faz a gente ir ao estádio.
Será que o torcedor corintiano não se diverte ao rever hoje, oito anos passados, a série de pedaladas que Robinho deu sobre Rogério no Brasileirão de 2002? Na hora doeu, mas hoje é possível contemplar com deleite aquela explosão de talento e ousadia.
Fico assustado ao ver a reação castradora de atletas, técnicos e boa parte da crônica esportiva diante de lances de irreverência e habilidade.
Garrincha, se atuasse hoje, seria executado em praça pública.
Será que esse impulso repressivo não faz parte, de algum modo, da onda de moralismo que assola o esporte, em termos mundiais? Assim como a condenação pública dos atletas que "pulam a cerca", a censura ao drible expressa, a meu ver, uma nada saudável aversão ao prazer.
José Geraldo Couto - Fonte: Folha de S.Paulo - 06/03/10.
GUERRA SEM FIM
Há pouco tempo, assistimos a mais um conflito entre torcedores, enquanto as autoridades, perdidas, tentam encontrar as razões para tanta violência. Os motivos são vários e não podemos nos contentar em apontar apenas um deles como se por encanto pudéssemos resolver problemas de tão grande magnitude. Lembrei-me de uma reflexão feita por Tolstoi em seu clássico Guerra e Paz, verdadeira obra de arte pela harmonia entre os homens.
Escrito no início do século XIX, 200 anos atrás, o escritor russo levantava essa questão ao afirmar sobre a guerra napoleônica entre França e Rússia: “Produziu-se então uma guerra em completo desacordo com a razão e a própria natureza humana. Milhões de homens praticaram, em relação uns aos outros, tão grande número de abominações, de traições e de morticínios como não há exemplo nos arquivos dos tribunais do mundo inteiro, funcionando há séculos e sem que, no entanto, durante todo esse período, aqueles que cometeram tais crimes fossem considerados realmente criminosos”.
Aqui encontramos um dos pontos cruciais da questão. Na Inglaterra, alguns anos atrás, na época em que os chamados hooligans se sentiam livres e inimputáveis ao praticar atos de vandalismo e horrendas agressões contra torcedores rivais, estudos profundos foram realizados para tentar esclarecer a origem desse comportamento, acompanhados de iniciativas importantes para combatê-lo. O sucesso da empreitada foi tão animador que outras sociedades imediatamente também adotaram tais estratégias com resultados extremamente positivos.
E nós, o que fizemos até agora, pergunto eu? Por que não entender essas decisões e adequá-las à nossa realidade? Só não o fazemos porque não o queremos, ainda que provavelmente não consigamos resolver totalmente a questão absurdamente complexa e construída sobre o alicerce de incalculáveis causas.
E aqui volto a Tolstoi: “Para nós, a posteridade, nós que não somos historiadores nem nos deixamos levar pelo entusiasmo das investigações e examinamos, por conseguinte, com um bom-senso imperturbável os acontecimentos, as causas aparecem-nos em número incalculável. Quanto mais nos enfronhamos na investigação dessas causas, mais numerosas elas se revelam. E todas se afiguram igualmente justas, embora falsas também, dada a sua insignificância se comparadas à imensidão dos acontecimentos. E igualmente falsas pelas insuficiências, independentemente de todas as demais causas concordantes poderem ter produzido o resultado encarado”.
Por exemplo, o fato de Napoleão ter se recusado a retirar suas tropas para o outro lado da fronteira (ou, em nosso caso, o fato de colocarmos no mesmo estádio as duas torcidas beligerantes). Parece-nos valer tanto quanto a recusa de um soldado francês a realistar-se (mais ou menos como proibir a venda de bebidas alcoólicas nas cercanias do estádio, como propôs o governador e possível candidato a presidente, José Serra). Pois a verdade é que, se este não tivesse voltado à atividade e o seu exemplo seguido por milhares de soldados, teria havido bem menos homens no exército de Napoleão. E este se veria impossibilitado de declarar a guerra.
Ou seja, é absolutamente necessária a concordância de numerosas circunstâncias. E basta que faltem algumas delas para se evitarem conflitos inomináveis que levem a morticínios sem lógica. A vida do homem tem duas faces claras. A vida individual, tanto mais livre quanto mais gerais e mais abstratos os seus interesses; e também a vida como elemento social, a vida no cortiço humano em que o homem inevitavelmente tem de se submeter às leis prescritas. Neste caso, elas o levam a matar e a morrer por causas que desconhece, mas que lhe são impostas por líderes muitas vezes desconhecidos e ideologias que ele mesmo não avaliza.
É fundamental, portanto, -que- se enquadre a discussão por um ângulo mais amplo, cuja tangência poderá nos levar a entendê-lo melhor e, quem sabe, controlá-lo para o bem comum e a paz social que tanto queremos. Não nos acomodemos em particularizações que não nos levarão a lugar nenhum. E aproveitemos a experiência alheia, conforme as palavras de Goethe: “O mais tolo dos erros ocorre quando jovens inteligentes acreditam perder a originalidade ao reconhecer a verdade reconhecida dos outros”.
Sócrates - Pênalti - Fonte: Carta Capital - Edição 586.
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