COPA LIBERTADORES 2009
OS BRASILEIROS NA LIBERTADORES
Sucesso aos 5 times brasileiros: São Paulo, Cruzeiro, Grêmio, Palmeiras e Sport Recife.
Organização: CONMEBOL (http://www.conmebol.com/)
Edições: 49
Local de disputa: América Latina
Sistema Grupos e Eliminatórias
Primeiro vencedor: Peñarol - Uruguai
Último vencedor: LDU - Equador
Maior vencedor: Independiente - Argentina (7 vezes)
A história e os campeções da Libertadores: http://www.campeoesdofutebol.com.br/libertadores.html
São Paulo - http://www.spfc.com.br/
Cruzeiro - http://www.cruzeiro.com.br/
Grêmio - http://www.gremio.net/home/
Palmeiras - http://www.palmeiras.com.br/home/index.asp
Sport Recife - http://www.sportrecife.com.br/
VARAL VERMELHO - FUNDAÇÃO GOL DE LETRA
A Fundação Gol de Letra, dos ex-jogadores Raí e Leonardo, vai fazer em abril um leilão de camisas autografadas dos jogadores brasileiros do Manchester United, time do português Cristiano Ronaldo. A entidade ensaia aproximação com o clube inglês.
Mônica Bergamo - Fonte: Folha de S.Paulo - 26/02/09.
Fundação Gol de Letra - http://www.goldeletra.org.br/
LEI PELÉ - LIMITES AMPLOS
O texto do projeto para alterar a Lei Pelé, no Congresso, cria restrições à atuação de fundos de investimento e empresários no futebol, mas não os impede de adquirir direitos sobre jogadores. Um artigo prevê que terceiros não podem interferir nas transferências de atletas. Mas a regra, já prevista pela Fifa, é driblada pelo atual formato de parceria entre fundos e times. A proposta de lei ainda prevê que contratos dos jogadores não podem ceder direitos sobre negociações aos agentes. Só que a proibição não se estende aos clubes.
Painel FC - Rodrigo Mattos - Fonte: Folha de S.Paulo - 25/02/09.
GERAÇÃO "ON"
A seleção da coluna entrará em campo para o próximo compromisso com a seguinte formação: Glédson; Joílson, Halisson, Acleisson e Richarlyson; Vanderson, Kléberson, Glaydson e Taison; Wallyson e Keirrison. No banco de reservas ficarão Wanderson (goleiro), Jadilson, Maylson, Leanderson, Cleverson e Roberson. A seleção adversária, armada no três-cinco-dois, se apresentará com: Weverton; Adailton, Heverton e Welton; Arilton, Cleiton, Éverton, Uelliton e Neilton; Washington e Elton. Os reservas serão Dalton (goleiro), Erivelton, Hamilton, Wellington, Hélton e Jailton.
Primeiro aviso ao leitor incauto: os nomes são todos verdadeiros, de jogadores em atividade no futebol brasileiro. Segundo aviso: se os mais distraí-dos ainda não perceberam, o embate acima dá-se entre os nomes terminados em "son" contra os terminados em "ton". Nomes em "son" e "ton" hoje abundam, nos gramados, como estrelas no céu. Tempos atrás, mais característicos eram os apelidos de duas sílabas, Pelé, Didi, Dida, Pepe, Telê, alegres e infantis. Os terminados em "son" e "ton", ao contrário, são nomes severos, que evocam chefes guerreiros. Tanto eles se multiplicam que para escalar as seleções não foi preciso ir além de um restrito universo. Na grande maioria, são de jogadores dos times da primeira divisão do Campeonato Brasileiro, com apenas alguns poucos reforços – afinal, Weverton, goleiro do Vila Nova, de Goiás, não merecia ficar de fora, nem Acleisson, volante do Mirassol, clube do interior paulista.
A questão é: por que a pesada preferência pelos nomes em "son" e "ton"? O futebol não é um universo fechado. Ele espelha a sociedade brasileira. Mais exatamente, espelha as camadas mais populares da sociedade. O que leva a concluir que estamos diante de um fenômeno de massa: o povo brasileiro, maciçamente, anda preferindo dar nomes em "son" e "ton" aos filhos homens. Complexas e misteriosas são as razões pelas quais um nome, ou uma classe de nomes, entra ou sai de moda. É tarefa para antropólogos e sociólogos. Modestamente, enquanto se espera por mais doutas explicações, o que se pode é especular.
É de supor, em primeiro lugar, que quem pespega no filho os nomes de Wallyson ou Leanderson espera do interlocutor reação que vá além da indiferença. Afastemos desde logo, no caso do "son", ter sido ele importado dos costumes nórdicos, em que a terminação "son" (ou "sohn" – "filho", em inglês, alemão e línguas afins) identifica o filho de alguém de nome igual ao contido nas sílabas precedentes. É improvável que Leanderson signifique "filho de Leander" ou que Wallyson signifique "filho de Wally". Parece ser mais o caso de criações livres, movidas pelo gosto da invenção. Keirrison, artilheiro do Palmeiras, contou à revista Veja São Paulo que deve seu nome à preferência do pai pela letra K, combinada à admiração pelo beatle George Harrison. Keirrison tem um irmão chamado Kimarrison, de novo com K, e dessa vez homenagem do pai, roqueiro incorrigível, a Jim Morrison. Como Harrison e Morrison viraram Keirrison e Kimarrison, isso fica por conta da peculiar alquimia que rege a produção de nomes no Brasil.
Ao lado do gosto da invenção, a queda pelo estrangeirismo é outro traço que se adivinha nos pais dos "son" e dos "ton". São nomes que soam estrangeiros. Por coincidência (ou não?), as terminações em "on", tanto no inglês quanto no francês e no espanhol, correspondem ao "ão" português. Entre outros milhares de exemplos, action, em inglês e francês, e acción, em espanhol, dão em "ação" em português. Ora, o "ão" é o som mais típico da língua portuguesa, terror dos estrangeiros que o tentam imitar. Fugir do "ão", como se faz, mesmo inconscientemente, quando se opta pelo "on" é negar a língua portuguesa como nem São Pedro negou Jesus Cristo antes que o galo cantasse.
O gosto da invenção, somado à queda pelo estrangeirismo, colabora para a hipótese seguinte: a escolha dos nomes Kléberson ou Richarlyson, Welton ou Arilton, trairia o desejo de, com o fermento de toques originais e estrangeiros, prover o filho de uma personalidade forte e única. Não, ele não haverá de ser um zé qualquer, nem um joão-ninguém. A ironia desta história é que, em contraponto à tendência pelos "son" e "ton" nos estratos populares, nas classes altas vigora a tendência oposta. Lá reinam os Josés e os Joões, Antônios e Franciscos, como fazia décadas não se via. Tal qual em outros campos, um Brasil vai para um lado, o outro para a direção inversa.
Roberto Pompeu de Toledo - Fonte: Veja - Edição 2101.
Roberto Pompeu de Toledo - http://www.objetiva.com.br/objetiva/cs/?q=node/233
REALIDADE E IMAGINAÇÃO
A memória é diferente da lembrança. Nem tudo o que está na memória é lembrado. Muitas coisas queremos esquecer. Mesmo assim, elas continuam presentes, disfarçadas, de outras formas.
Não podemos fugir de nossos fantasmas. Hoje, quero lembrar de algumas coisas que imaginei e vi, e não apenas das que vivi. O que imaginamos é real para nós.
Nos anos 50, meu pai me contava histórias sobre Zizinho, Puskas e, principalmente, sobre Di Stéfano. Para o meu pai, eram os três melhores jogadores do mundo na época. Mesmo depois que Pelé foi coroado o Rei do Futebol, meu pai falava que Pelé era o melhor do mundo, mas que Di Stéfano era o único jogador que conseguia ser um supercraque de uma área a outra. Pelé reinava do meio para a frente.
Na Copa de 1994, almoçava sozinho no centro de imprensa em Dallas, Estados Unidos, quando se apresentou um senhor mais velho. Ele disse que acompanhou minha carreira de jogador, pediu licença e falou: "Meu nome é Di Stéfano". Era ele. O meu ídolo, que não vi jogar durante toda uma partida, mas que morou na minha imaginação, estava diante de mim. Quase cai da cadeira. Almoçamos juntos e batemos longo papo sobre futebol e sobre a Copa.
Não lembro bem da Copa de 1954. Porém lembro do querido mestre Armando Nogueira escrevendo coisas maravilhosas sobre Puskas e sobre a seleção húngara que eliminou o Brasil.
Em 1958, acompanhei toda a Copa pelo rádio, em um bar do bairro Industriários, onde morava, na companhia de meu pai, de meus três irmãos e de uma enorme torcida. Após o título, dançamos e cantamos pelas ruas. Não imaginava que, oito anos depois, estaria jogando uma Copa ao lado de Pelé e Garrincha.
Recentemente, vi na íntegra todos os jogos do Brasil na Copa de 1958, disputada na Suécia. Eu, um crítico que sempre teve a preocupação de não exagerar nem glamourizar tanto as coisas do passado, surpreendi-me. Pelé, Garrincha, Didi, Nilton Santos e outros grandes craques eram ainda melhores do que conta a história.
No final dos anos 50 e início dos anos 60, assisti pela televisão às mais belas partidas de minha vida, entre o Santos, de Pelé, Coutinho e Zito, contra o Botafogo, de Garrincha, Didi e Nilton Santos. Não esqueço um gol que Pelé fez, tabelando com Coutinho e jogando a bola por cima do goleiro Manga.
Continuo com minhas lembranças. Na Copa de 1962, no Chile, Garrincha fez de tudo. Garrincha não foi somente o maior driblador e o mais lúdico jogador do mundo de todos os tempos. Ele tinha muita técnica e criatividade. Driblava seu marcador e, em uma fração de segundos, colocava a bola entre os zagueiros, para o companheiro para fazer o gol.
Tenho muito mais coisas para dizer, mas acabou o espaço. Pretendo terminar essas minhas lembranças na próxima coluna.
Preciso ainda falar da Copa do Mundo de 70 e de grandes times e de grandes craques mais recentes, como Zico, Romário, Ronaldo, Ronaldinho, Kaká e outros. Nos seus melhores momentos, esses jogadores foram tão bons quanto os grandes craques brasileiros do passado, com exceção, evidentemente, de Pelé e Garrincha.
Tostão - Fonte: Folha de S.Paulo - 22/02/09.
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