CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL
NOVA SEDE CBF
Numa área de 130 mil metros quadrados na Barra da Tijuca, bairro nobre do Rio de Janeiro, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai investir cerca de R$ 80 milhões para a construção de sua nova sede, com centro de treinamento profissional e um hotel, que servirá aos atletas já na fase de preparação do Mundial de 2014.
Numa recepção festiva a autoridades, incluindo o presidente da Fifa, Joseph Blatter, a CBF lançou a pedra fundamental do empreendimento e anunciou que as obras do complexo vão estar prontas em 2012. O novo CT vai deixar para trás um dos mais bonitos centros de treinamentos do mundo, na Granja Comary, em Teresópolis (RJ). A partir de 2012, a Granja Comary vai servir apenas às categorias de base da CBF.
Localizada na região serrana fluminense, o centro de treinamento foi durante as duas últimas décadas a casa da seleção principal - conta com mais de 150 mil metros quadrados de área verde, cinco campos, infraestrutura para os atletas, com alojamentos, vestiários em ótimo estado, além de sala de musculação.
Fonte: O Tempo – 29/09/09.
NOVA CASA: SEDE TERÁ MUSEU E HOTEL
O novo CT da CBF terá também três campos de futebol, quadra coberta, centro de fisioterapia e parque ecológico. A previsão de conclusão da sede é dezembro de 2012, servindo também para o comitê organizador da Copa.
Fonte: Folha de S.Paulo – 29/09/09.
Mais detalhes:
http://www.piniweb.com.br/construcao/arquitetura/arquiteto-paulo-case-assina-projeto-para-museu-do-futebol-e-141072-1.asp
NOVA PROPOSTA DE BRASILEIRÃO
A Globo Esporte, braço da emissora que cuida de eventos esportivos, enviou proposta aos clubes para alterar o formato do Brasileiro. Sugere a volta do sistema de mata-matas, com duas vagas na Libertadores para os dois primeiros na fase de classificação e outras duas para o campeão e o vice. Caso se repitam, elas seriam dos semifinalistas. A Globo também sugere uma inversão na janela de transferência. Quatro semanas em janeiro e 12 entre junho e agosto, o que permitiria a jogadores repatriados atuar já no mês de junho.
Na sugestão da emissora, os Estaduais teriam suas datas reduzidas de 23 para 19, mas os clubes continuariam a receber a cota atual.
A Globo sustenta que os clubes argumentam para alterar o calendário o fato de não poder jogar torneios ou amistosos internacionais, mas rebate alegando que não conseguirão R$ 800 mil por partida, como nos Estaduais.
Painel FC – Eduardo Arruda - Fonte: Folha de S.Paulo – 28/09/09.
DINHEIRO PÚBLICO
Momento de tensão entre a Fifa e o governo em torno da Copa de 2014: o Ministério da Fazenda faz carga contra a exigência da entidade de não pagar impostos no Mundial. A isenção seria estendida a todos os seus fornecedores, sem exceção. A Receita Federal não aceita os termos propostos pela federação. O Ministério do Esporte defende que eles sejam atendidos, pois fazem parte dos compromissos assumidos pelo país para sediar o evento. O impasse está instalado.
Mônica Bergamo - Fonte: Folha de S.Paulo – 29/09/09
ESPÍRITO ESPORTIVO
João Havelange, da Fifa, foi vetado no Ministério da Cultura. A comissão que analisa projetos da Lei Rouanet negou pedido da editora Casa da Palavra para captar recursos para uma biografia fotográfica do cartola. O MinC afirma que rejeitou o projeto "por considerar que a obra não tem relação direta com a área cultural".
O valor pleiteado para a vida em fotos de Havelange era de R$ 441 mil. A editora enviou carta ao MinC pedindo que a decisão seja reconsiderada.
Mônica Bergamo - Fonte: Folha de S.Paulo – 28/09/09.
DINHEIRO PARA QUEM TROUXE O CANECO
Lula anunciará em breve a concessão de indenizações e aposentadorias aos jogadores de futebol que integraram as seleções brasileiras que foram campeãs do mundo - quem não trouxe o caneco não terá direito.
O pagamento começa com os ex-craques da Copa de 1958, quando o Brasil foi campeão pela primeira vez. Os valores são: R$ 4,6 mil (aposentadoria) e R$ 465 mil (indenização). Há 13 atletas vivos dessa Copa, mas os familiares dos nove já falecidos também receberão. O plano é estender medida em 2012 aos campeões de 1962.
Fonte: Isto É - Edição 2081.
GRATIDÃO
Que os brasileiros campeões mundiais de futebol de 1958 merecem nossa eterna gratidão é indiscutível. Assim como os de 1962 e daí por diante, porque enterraram o complexo de vira-latas.
Muitos deles estão em má situação ou deixaram suas famílias assim. E gratidão, sabe-se, não enche barriga ou paga contas.
É, porém, obrigação da CBF tratar desses heróis nacionais.
Botar dinheiro público para atendê-los é uma demasia por diversas razões, por melhores que sejam as intenções e por mais que os jogadores mereçam muito mais, por exemplo, que os privilégios que os políticos se permitem.
Demasia porque não se pode pensar em dar aposentadoria ou indenizar um Pelé, quando se quer ajudar um Moacir.
Sim, a carreira de atleta é curta e a aposentadoria por tempo de serviço é quase uma impossibilidade. Nada impede, no entanto, que a CBF tenha um fundo de pensão para amparar quem vestiu e veste sua camisa, assim como um plano de assistência médica contratado com empresas particulares, algo já prometido e jamais cumprido.
Porque, se a moda pega, não só Paulo Maluf terá anistia por ter dado fuscas aos campeões de 1970 como teremos a repetição das indenizações dadas a algumas vítimas da ditadura, que, como disse Millôr Fernandes, na verdade nada tinham de idealistas, apenas estavam fazendo investimento.
Juca Kfouri (http://blogdojuca.blog.uol.com.br/) - Fonte: Folha de S.Paulo – 28/09/09.
SAFARI NA COPA
A Copa de 2010 já começou a aquecer o turismo de brasileiros na África do Sul. A conclusão é da rede Visa, que afirma que o volume financeiro e o número de transações realizadas por viajantes internacionais na África do Sul aumentaram. As transações chegaram a 13 milhões com os cartões Visa -alta de 11% ante 2007- e contribuíram com US$ 1,8 bilhão para o faturamento do turismo sul-africano. Os brasileiros gastaram mais de US$ 14 milhões com seus cartões na África do Sul, valor 37% superior a 2007.
Em 2008, a África do Sul foi visitada por quase 9,6 milhões de estrangeiros. O Brasil ocupa a 15ª posição entre os que mais enviam visitantes ao país. Em gastos realizados pelos portadores do cartão Visa, os brasileiros ocupam o 22º lugar. O valor médio das compras feitas por brasileiros foi de US$ 101. Entre as principais categorias de gastos estão comércio varejista e hospedagem.
Mercado Aberto – Maria Cristina Frias - Fonte: Folha de S.Paulo – 30/09/09.
POR COPA-14, PELEZINHO VOLTA AO GIBI
Nenhum outro esportista viveu tanto como personagem de quadrinhos no país quanto Pelezinho.
Criado por Maurício de Sousa, o menino inspirado em Pelé, que protagonizou gibis de 1977 até o início dos anos 90, época na qual inspirou de brinquedos a embalagens de produtos, está prestes a voltar.
Com o gancho da realização da Copa de 2014, o cartunista já trabalha com o intuito de torná-lo mascote do segundo Mundial de futebol no Brasil.
"Com Pelé está tudo certo. Agora falta acertar com a CBF e a Fifa. Sei que a Fifa é rigorosa com relação a direitos do Mundial, mas irei dar a eles algo que nunca tiveram", diz Sousa.
Segundo ele, que tem tudo preparado para a volta do personagem, a ideia é transformar Pelezinho num ícone mundial. "Ele será uma grife, algo de que nunca se esquecerão. Ninguém sabe hoje quem foram as mascotes das últimas Copas, pois elas vivem só aquele momento. Com Pelezinho, é diferente."
Após tentativas sem êxito nos últimos meses de se reunir com cartolas da Fifa e da CBF, o cartunista adianta que até topa abrir mão de alguma coisa para que a parceria se consolide, mas deixa claro que, se ela não se concretizar, Pelezinho não ficará apenas no plano das ideias.
"Mesmo que à revelia, ele se fará presente, muito presente", declara Sousa, que também é pai de outros três personagens inspirados em futebolistas: Ronaldinho, Ronaldo e Dieguito (Maradona).
Uma amostra do que irá fazer já foi dada na escolha das sedes da Copa, quando desenhou Pelezinho homenageando as cidades e convocando-as a fazer a "Supercopa" em 2014.
Sem contar a criação de produtos especiais, Pelezinho terá sua volta ao gibi em 2010, coincidentemente, ano de Copa. (CCP)
Fonte: Folha de S.Paulo - 26/09/09.
MUSEU DO FUTEBOL: A EXPERIÊNCIA DA PALAVRA
Repetimos a lenda e o delírio que o futebol desencadeia em cada relato que fazemos de uma partida, tenha ela ocorrido hoje ou há 50 anos. Pouco importa se o jogo foi visto pela TV, ouvido pelo rádio ou lido em uma notícia de jornal. Na cabeça de quem o imagina, ele reaparece límpido como uma verdade absoluta, repassada de geração em geração.
É a força expressiva da tradição oral, da palavra, que serviu perante a história para perpetuar a existência dos contos e dos povos, muito antes da invenção da imprensa ou da imagem eletrônica. O jogo nos faz viver, em renovado feitio, algo que impregna nossa vida afetiva.
O Museu do Futebol comemora seu primeiro aniversário. Comemora com palavras que o descrevem, tal qual este texto. Ou com a algazarra das palavras de seus quase 400 mil visitantes. Um deles, Mario Moutinho, reitor da Universidade Lusófona de Lisboa, ao entrar na Sala das Copas, disse em alto e bom som: "Este é o museu da palavra!".
Então, seria esse um museu da palavra? Sim, afirmou o reitor, porque as imagens fotográficas ou em movimento incitam os visitantes a um desabrochar de percepções. E de falas.
Como numa babel de gerações, em que netos indagam a avós, filhos a pais e vice-versa. O Museu do Futebol, com mais de 1.500 imagens e seis horas de vídeos expostos, comemora essa herança comum, passada pela tradição oral, num país tão falto e escasso da valorização dessa memória.
No museu estão expostas as imagens que percorreram o imaginário idílico da nação desde 1896, quando o filho de ingleses Charles Miller aqui aportou trazendo na mala uma bola e um manual de regras.
Para além dos grandes vultos, feitos memoráveis e datas solenes, o museu também conta uma outra história: aquela narrada por hábitos, costumes, atitudes, vestimentas e gestos de um povo, ano a ano, década a década.
Visitar o Museu do Futebol, como afirmaram 98% dos entrevistados em pesquisa, é "visitar um museu de história". Ou, como disse o presidente da Fifa, Joseph Blatter: "Este não é um museu sobre o jogo de futebol, mas sobre o mais importante no futebol: o povo que o pratica. Este não é um museu, é um lugar onde se vive".
O pensamento de Blatter deve se somar ao ensinamento (que norteia o projeto educativo do museu) de Anísio Teixeira, que, nos anos 30, prescreveu: "A escola deve se transformar em um centro onde se vive, e não em um centro onde se prepara para viver". O futebol é, à distinção do modelo médio da escola ainda vigente, um lugar onde se vive -no campo, na rua, na arquibancada e, independentemente do lugar físico, na palavra.
Exatamente com a frase "o futebol é o campo da palavra" se iniciou, em 2005, o projeto curatorial que iria tomar forma e conteúdo nas entranhas do estádio do Pacaembu, em São Paulo: o Museu do Futebol, idealizado pelo governador José Serra e realizado pela Fundação Roberto Marinho, com recursos do governo do Estado, da prefeitura e da iniciativa privada, via lei federal de incentivo à cultura.
A concepção desse museu-escola produziu frutos reconhecidos aqui e no exterior, com matérias no "New York Times" e no "Le Monde".
O que surpreende o visitante não é a tecnologia de ponta ou as atividades interativas, mas o romper com o olhar vetusto e esperado de um museu. O espaço pensado para deixar solto o desejo libertário em cada visitante, estimulando uma inventiva própria, um gozo intelectual -aliás, título do livro de Jorge Wagensberg, diretor do Museu de Ciências CosmoCaixa de Barcelona e reconhecido educador.
"Se pode falar de outros gozos da mente, mas chamo de "gozo intelectual" o que ocorre no momento exato de uma nova compreensão ou de uma nova intuição. Algo, portanto, além do estímulo, da conversação ou da compreensão necessários à aquisição de um conhecimento. Como se a complexidade infinita concebida por uma mente (a do artista que cria) pudesse alcançar uma segunda mente (a do artista que contempla), dentro de uma realidade finita -princípio que está relacionado com a solidão intrínseca do gozo intelectual, o conceito mais relevante do conhecer."
Cada visitante do Museu do Futebol é encarado como artista em potencial. Em certo sentido, o visitante é o próprio conteúdo do museu: ele se nutre do museu e o nutre. Assim, amplia as próprias fronteiras do conhecimento, permitindo a fruição do espaço de visitação num gozo intelectual, próprio e sensível. O grande trunfo do Museu do Futebol é estimular a experiência de transformar imagens num campo, fértil, de palavras.
Leonel Kaz , 58, advogado e jornalista, é curador e diretor-executivo do Museu do Futebol.
Fonte: Folha de S.Paulo – 29/09/09.
Museu do Futebol - http://www.museudofutebol.org.br/
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