A ESTATÃSTICA NO FUTEBOL
72% DO FUTEBOL É "CAIXINHA DE SURPRESAS"
English:
http://www.technologyreview.com/blog/arxiv/24182/
Toda vez que um bom time perde uma partida, algum comentarista de TV recorre ao lugar-comum de que "o futebol é uma caixinha de surpresas" para explicar o resultado. Só agora, porém, um estudo foi capaz de provar matematicamente que essa condição é verdadeira, dando um número à probabilidade de um torneio de futebol acabar com um resultado "justo": 28%. Os 72% restantes são a caixinha de surpresas.
O número saiu de um trabalho do astrofÃsico inglês Gerald Skinner, do Centro Goddard de Voos Espaciais, em Washington (EUA). Ele e seu cunhado Geoff Freeman, um estatÃstico da Universidade de Warwick (Reino Unido), publicaram um estudo sobre o tema na edição deste mês do periódico "Journal of Applied Statistics".
Para chegar ao número, a dupla de cientistas aplicou uma ideia engenhosa a uma base de dados simples -os resultados dos 64 jogos realizados na Copa da Alemanha, em 2006.
Basicamente, o que Skinner e Freeman fizeram foi analisar o número de resultados inesperados -as "zebras"- que ocorreram no torneio, para calcular o risco de o melhor time acabar eliminado antes de levar a taça.
A fórmula da "zebra"
Para definir matematicamente um placar "irrealista", porém, os cientistas tinham de contornar um paradoxo: como saber de antemão qual time é o melhor da Copa se o torneio serve justamente para isso?
Para contornar essa condição inexorável em que cada jogo "só termina quando acaba", os cientistas lançaram mão de uma ideia criativa. Agruparam todos os jogos do torneio em grupos de três partidas para achar triângulos em que um time A enfrentasse B, B enfrentasse C e C enfrentasse A. Se A ganha de B, B ganha de C e C ganha de A, temos aà uma "zebra", definida em uma fórmula.
Skinner contou 335 triângulos na Copa de 2006, sendo que 17% deles tinham "zebra". Aplicando o número à estrutura do torneio, conclui-se que mesmo a melhor equipe corre 72% de risco de ser eliminada.
Quer dizer então que o esporte mais popular do mundo tem seus campeonatos lançados à mercê da sorte? Segundo Skinner, para adquirir um grau de confiabilidade maior, o futebol teria de ser um esporte com uma média maior de pontuação por jogo, como o basquete.
"Mas, para isso, as regras teriam de mudar tanto que, na verdade, já não terÃamos mais o mesmo jogo", disse o astrofÃsico à Folha. "Muitas pessoas dizem que um certo grau de incerteza é parte da graça do futebol, mas é algo que me incomoda ver tantos jogos acontecerem, e tudo ir abaixo por conta dum único resultado."
Um formato de torneio como o Campeonato Brasileiro, em que todos os times se enfrentam e o resultado é a soma dos pontos corridos, certamente diminuiria esse risco, mas provavelmente não reduziria o número total de zebras. Além disso, esse tipo de estrutura requer uma quantidade de jogos inviável para uma Copa.
O futebol, então, está condenado à caixinha de surpresas?
Um pesquisador da USP que leu o estudo de Skinner a pedido da Folha diz que o trabalho é um exercÃcio intrigante, mas questiona aquilo que os cientistas adotam como definição de o "melhor" time. Tiago Tranjan, especialista em filosofia da matemática, diz que o Brasileirão mede a "regularidade" de um time, enquanto a Copa mede sua "capacidade de decisão" em momentos cruciais. São qualidades distintas.
Além disso, trÃades são ruins para avaliar se um resultado é justo, diz. "Esses triângulos com "zebra" existem até em torneios de xadrez, um jogo onde em tese não existe sorte", diz.
Tranjan diz que um estudo levando tudo isso em conta indicaria que o futebol não é mais "injusto" que o basquete. Nenhum cientista qualificado, porém, dispôs-se a fazê-lo ainda.
Rafael Garcial - Fonte: Folha de S.Paulo - 02/10/09.
MAIS SIMPLES
Ainda sem divulgar o valor da obra do Mineirão, o governo de MG calcula em cerca de R$ 400 milhões o custo da reforma do estádio para a Copa-2014. O edital de licitação já foi publicado. O comitê mineiro do Mundial diz ter reduzido em dois terços o valor inicialmente estimado, que chegava a R$ 1,2 bilhão. Com esse enxugamento, dizem cartolas, o novo Mineirão não terá mais shopping, centro de convenções e hotel mas também não precisará usar área do governo federal, como se previa no primeiro projeto.
Painel FC – Eduardo Arruda - Fonte: Folha de S.Paulo – 09/10/09.
O LEITINHO DA SELEÇÃO
A Nestlé será o sexto patrocinador da seleção brasileira e da Copa de 2014. A empresa se juntará ao time já integrado pela Nike, pelo Itaú, pelo Pão de Açúcar, pela AmBev e pela Vivo. Para isso, o presidente da Nestlé, Ivan Zurita, negocia dois contratos diferentes: um com a CBF, para a seleção, e outro com a Fifa, para a Copa. Só o contrato com a CBF pode chegar ao valor de 4 milhões de dólares anuais, como o de alguns patrocinadores. As partes acreditam que o acordo poderá ser anunciado em novembro.
Panorama - Holofote - Felipe Patury - Fonte: Veja - Edição 2133.
NABABESCO
Cartolas ligados à sede paulista da Copa-14 declaram que o orçamento para o estádio de BrasÃlia apresentado ao BNDES foi de R$ 800 milhões, ou R$ 400 milhões acima do teto da linha de financiamento proposta pelo banco estatal. BrasÃlia rebate os números. Diz que seu estádio custará R$ 600 milhões e que não sabe ainda se tomará empréstimo no BNDES.
Painel FC – Eduardo Arruda - Fonte: Folha de S.Paulo – 09/10/09.
CLÃSSICO É CLÃSSICO
Nelson Rodrigues dizia que o Fla x Flu nasceu 40 minutos antes do nada.
Mário Marra - Fonte: O Tempo – 09/10/09.
RONALDO X SILVIO SANTOS
Em gravação no SBT, Ronaldo desconversou sobre regime. "Você tá fazendo tudo para ficar um palito, não tá?", perguntou Silvio Santos. "Nem tanto", disse ele. Veja o vÃdeo em http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u635341.shtml.
Fonte: Folha de S.Paulo – 09/10/09.
SUANDO FRIO
Após criar mal- -estar com o São Paulo no banquete de aniversário do Corinthians ao exibir vÃdeo de um bâmbi, Andres Sanchez passou maus bocados na entrega do Grão Colar da Ordem do Mérito FutebolÃstico. Temia receber um manto rosa.
"Ufa, estava morrendo de medo", declarou Andres, que recebeu um manto amarelo. O rosa foi entregue ao secretário municipal de Esporte, Walter Feldman, que, por ser são-paulino, acabou virando motivo de piada dos corintianos e palmeirenses que foram ao Pacaembu.
Painel FC – Eduardo Arruda - Fonte: Folha de S.Paulo – 08/10/09.
Mais detalhes:
http://futebolpaulista.com.br/info_texto.php?cod=31151
LAZARONI
Eleito técnico do ano no Qatar, Sebastião Lazaroni apoia o estilo de Dunga, mas lamenta que ele não tenha feito a falta em Maradona na Copa de 1990.
Fonte: Folha de S.Paulo – 09/10/09.
FATO RARO... HOJE EM DIA!
0 meia atacante Alessandro Del Piero, da Juventus, está completando 16 anos como jogador do clube. São raros os casos e quando existem devem ser lembrados. Del Piero, que está machucado, pode ser lembrado pela qualidade nas finalizações e pela liderança exercida em campo. O brasileiro Diego é que tem tudo para crescer jogando ao lado dele.
Mário Marra - Fonte: O Tempo – 09/10/09.
UMA CHANCE DE OURO
Primeiro é preciso dizer que a escolha do Rio para sediar a OlimpÃada de 2016 foi fruto de um trabalho brilhante. Pura ficção, mas brilhante.
Quem viu o Pan-2007 não tem por que acreditar em nenhuma das promessas feitas e sabe que aquela cidade maravilhosa que os filmes mostraram não existe.
É claro, porém, que pode existir. Bastará gastar o que está previsto, de fato, nela.
Em segundo lugar, é preciso dizer com todas as letras e sem nenhuma ironia que nunca, jamais, o Brasil teve um presidente da República como Luiz Inácio Lula da Silva. Nunca, jamais e em tempo algum.
Nenhum governo antes tirou tantos milhões de brasileiros da linha de pobreza, diferença maior dele em relação a todos os seus antecessores.
Porque, de fato, um presidente preocupado com os excluÃdos, coisa que os outros só conheceram na teoria, enquanto Lula foi um deles, na prática.
E nenhum governo antes do dele conseguiu projetar tanto o Brasil internacionalmente, não à toa chamado de "o cara" pelo surpreendentemente derrotado poderoso presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Sim, reitere-se aqui que a vitória carioca é a maior surpresa do colunista em quase 40 anos de exercÃcio do jornalismo.
Mas Lula simplesmente não só trouxe os dois maiores eventos mundiais para o Brasil como, ainda por cima, se não fez da crise internacional apenas uma marolinha, tratou de impedir que fosse um tsunami por aqui.
Bem ele, o único que não falava inglês na comitiva quase totalmente da elite branca que o paÃs mandou para Copenhague.
Fenômeno, sem dúvida, fabulosamente macunaÃmico, cercado por inúmeras histórias mal contadas, algumas que até envolvem assassinato, como a do prefeito de Santo André, Celso Daniel.
Desnecessário dizer que haverá roubalheira. Como haveria, já foi dito, também em Tóquio, em Chicago, em Madri e está havendo em Londres, que receberá a OlimpÃada de 2012. Mas nós não vivemos nem nos Estados Unidos nem na Espanha nem no Japão. Nem na Inglaterra.
E desnecessário dizer que fiscalizaremos -e descobriremos uns 10% das tramoias. Ainda mais em ano eleitoral, como 2010.
É difÃcil exercitar a esperança quando a experiência já ensinou o que precisava em relação aos que comandarão o projeto olÃmpico.
Gente que fechou as portas aos maiores empresários do Rio de Janeiro e que fez questão de acumular cargos, como faz Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB e do comitê organizador da OlimpÃada.
Assim como, aliás, Ricardo Teixeira acumula os cargos de presidente da CBF e do comitê organizador da Copa do Mundo, diferentemente do que acontece e aconteceu em todas as outras partes do mundo, basta lembrar de Michel Platini, na Copa da França, ou de Franz Beckenbauer, na da Alemanha.
Lula não gostava dessa gente e a colocou no topo do mundo. Sem se preocupar em ter uma polÃtica esportiva para o paÃs.
Se a Rio-2016 mudar tal estado de coisas, valerá a pena. A ver.
Juca Kfouri (http://blogdojuca.blog.uol.com.br/) - Fonte: Folha de S.Paulo – 04/10/09.
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