FM - Faculdade Mental

FUTEBOL SHOW - 16/09/2007

OUR GAME IS FAIR PLAY

MUNDIAL FEMININO DE FUTEBOL - CHINA 2007

Nossas meninas venceram a Dinamarca na quinta 20/09 por 1 a 0, gol de Pretinha nos acrÃ©scimos do segundo tempo. A seleÃ§Ã£o brasileira terminou a primeira fase em primeiro lugar no grupo D. Nesse domingo 23/09 o Brasil venceu a AustrÃ¡lia por 3 a 2 e se classificou para as semi-finais.

SEMI-FINAIS

Quarta-feira 26/09 - Alemanha X Noruega

Quinta-feira 27/09 - Estados Unidos X Brasil

A diputa de terceiro e quarto lugar e, a final, serÃ£o disputadas no prÃ³ximo domingo 30/09.

VEM AÃ A 5Âª TAÃ‡A NOVOS HORIZONTES DE FUTSAL

O TORNEIO FUTSAL DA FACULDADE NOVOS HORIZONTES, na categoria masculino/Adulto, tem pÃ´r finalidade congregar os alunos das unidades do Santo agostinho e do Barreiro, meio de lazer e prÃ¡tica sadia do esporte.

De 21 de Outubro Ã 03 de Dezembro de 2006.

Ricardo & Buchecha

COPA 2014

A CBF escalou a seleÃ§Ã£o que vai Ã sede da Fifa no fim de outubro para o anÃºncio da escolha do Brasil como sede da Copa de 2014. De polÃticos, Lula e SÃ©rgio Cabral. O resto do time formarÃ¡ com Paulo Coelho, RomÃ¡rio e â€“ a grande surpresa â€“ provavelmente Gisele BÃ¼ndchen. A modelo ainda negocia a sua participaÃ§Ã£o. PelÃ© nÃ£o vai Ã SuÃÃ§a. O rei sÃ³ entrarÃ¡ em campo depois de a Copa estar garantida.

Fonte: Veja - EdiÃ§Ã£o 2.026.

A LINGUAGEM DO COICEBOL (O caso Foquinha)

Volta e meia, vestibulares de importantes instituiÃ§Ãµes apresentam questÃµes em que se pede aos candidatos a leitura das entrelinhas de um texto, de um pronunciamento etc. Esse tipo de questÃ£o avalia a capacidade do aluno de efetivamente compreender o que lÃª, de tirar suas prÃ³prias conclusÃµes, de enxergar o que estÃ¡ "oculto", de captar as subliminaridades etc.
Em tempos escuros como estes (refiro-me ao nauseante "politicamente correto", verdadeiro neomacarthismo da linguagem e do pensamento, que faz ver chifre em cabeÃ§a de cavalo, enxergar idÃ©ias que nem de longe estÃ£o presentes nos textos, nos pronunciamentos), essa espÃ©cie de questÃ£o, se mal formulada, pode dar asas Ã "criatividade" de bancas Ã¡vidas por meter os pÃ©s pelas mÃ£os.
Felizmente, nÃ£o Ã© o que tem ocorrido -Ã© bom que se diga. Em geral, as questÃµes nÃ£o esbarram no rÃ©s-do-chÃ£o do proselitismo vulgar, embora vez por outra se veja algum delÃrio.
Posto isso, permito-me trocar com o leitor duas palavras sobre a "leitura" de parte do que se escreveu/ouviu depois do que ocorreu domingo, no MineirÃ£o, no grande "clÃ¡ssico das alterosas" (Cruzeiro x AtlÃ©tico). LÃ¡ pelas tantas, o jogador Kerlon levantou a bola com o pÃ© direito, levou-a Ã cabeÃ§a e seguiu em direÃ§Ã£o Ã Ã¡rea adversÃ¡ria. Foi "contido" por um megabrucutu, que, guiado por seu espÃrito e alma de ser das trevas, agrediu o hÃ¡bil Foquinha.
O que se ouviu depois disso foi um festival de insanidades. Falou-se do "cÃ³digo de Ã©tica" dos "boleiros", que, por sinal, em muito se assemelha ao da bandidagem. Neste, por exemplo, matar "pode", mas estuprar "nÃ£o pode" (?!?!?!). No "cÃ³digo" dos "boleiros", admite-se o diabo (nÃ£o preciso entrar em detalhes, creio), mas nÃ£o se admitem pedaladas e focadas, por exemplo. Em 2002, quando Robinho encantou os que de fato gostam de arte, digo, de futebol, deu-se o mesmo (mentes brilhantes defendendo pernas-de-pau agressores).
Desta vez, a coisa nÃ£o foi diferente. VÃ¡ lÃ¡ que toscas almas penadas do submundo (e ponha submundo nisso!) do futebol profiram disparates. Ã‰ tÃpico do meio, tristemente formado por uma copiosa quantidade de ignorantes e pobres de espÃrito. Mas Ã© inaceitÃ¡vel que alguns profissionais da imprensa defendam o "legÃtimo direito de defesa" do jogador "que se sentiu ofendido, humilhado". Em outras palavras, esse "legÃtimo direito de defesa" significa o direito de agredir, aleijar ou matar.
Permito-me perguntar (afinal perguntar nÃ£o ofende): se Ã© crime fazer a apologia da violÃªncia, por que nÃ£o enquadrar quem se manifestou favoravelmente aos agressores do MineirÃ£o? Isso nÃ£o Ã© disseminar a "teoria" de que hÃ¡ "cÃ³digos" que estÃ£o acima da lei? A lei, no caso, sÃ£o as regras do futebol. Se Kerlon tivesse violado uma delas (e nÃ£o burlou coisÃssima nenhuma -basta lÃª-las para que se veja que nada o impede de fazer o que fez), que se aplicasse o que prevÃªem essas regras. E basta.
A linguagem da violÃªncia, caro leitor, nÃ£o Ã© sÃ³ verbal. Ã‰ tambÃ©m nÃ£o-verbal. Expressa-se por repertÃ³rio vÃ¡rio de signos -como cones e cavaletes (que, com o beneplÃ¡cito das "autoridades", transformam em privado o que Ã© pÃºblico) ou coices em quem tem talento, desferidos por coelhos e outros bichos, em cuja defesa saem leÃµes e outras feras. Ã‰ isso.

Pasquale Cipro Neto - Fonte: Folha de S.Paulo - 20/09/07.

TÃTULOS E FILAS MODIFICAM POUCO AS TORCIDAS DO PAÃS

Ãšltima pesquisa do Datafolha mostra pequena variaÃ§Ã£o em relaÃ§Ã£o Ã lista de 93. Flamengo e Corinthians preservam boa vantagem sobre rivais; times oscilam dentro da margem de erro ao longo desses 14 anos.

Os tÃtulos em sÃ©rie e os anos de fila dos clubes brasileiros nÃ£o produziram efeito significativo nas pesquisas de torcida do Datafolha nos Ãºltimos anos.
Os nÃºmeros colhidos entre os dias 14 e 15 de agosto Ãºltimos, frutos de 2.771 entrevistas em 164 municÃpios do paÃs com pessoas de 16 anos ou mais, mostram variaÃ§Ã£o dentro da margem de erro (dois pontos percentuais) em relaÃ§Ã£o Ã consulta feita em maio de 2006.
E, analisando as pesquisas desde 1993, pouco mudou no cenÃ¡rio nacional, que vÃª Flamengo e Corinthians confortavelmente Ã frente na preferÃªncia. Os trÃªs clubes com maior torcida na seqÃ¼Ãªncia, SÃ£o Paulo, Palmeiras e Vasco, mantÃªm o status que os fazem ganhar a mesma verba da TV que os rivais Flamengo e Corinthians.
O rubro-negro carioca aparece na Ãºltima lista do Datafolha com 17% dos torcedores do paÃs, mesmo nÃºmero de 1993 -desde 1992 o Flamengo nÃ£o conquista o Brasileiro, e suas maiores glÃ³rias datam de 1981. O clube subiu dois pontos percentuais (margem de erro) em relaÃ§Ã£o Ã pesquisa do ano passado. JÃ¡ chegou a figurar com 19% da preferÃªncia e com 15%.
O Corinthians caiu um ponto percentual comparando com a lista anterior, mas seus 12% da preferÃªncia agora nÃ£o revelam tendÃªncia de queda -o Ãºnico tÃtulo do time nos Ãºltimos quatro anos foi o contestado Brasileiro de 2005. Em 1993, o mais popular dos times paulistas aparecia com 10% dos votos.
O SÃ£o Paulo, apesar dos tÃtulos recentes, mostra estagnaÃ§Ã£o desde 2005, quando faturou seu terceiro Mundial. Com 8% da torcida do paÃs, figura com sÃ³ um ponto percentual a mais do que tinha em 1993, o ano de seu segundo Mundial.
O Palmeiras tem oscilado mais desde 1993, quando saiu de sua maior fila, mas pouco foge da margem de erro. Na Ãºltima pesquisa, exibe os 8% que mostrou em outras duas listas neste sÃ©culo, que nÃ£o viu tÃtulos palmeirenses na elite.
O Vasco tambÃ©m apresenta pequenas variaÃ§Ãµes ao longo dos Ãºltimos 14 anos. NÃ£o baixa de 4% da torcida nacional nem supera os 7% -na pesquisa mais fresca, fica com 5%.
Os demais grandes times ficam bem prÃ³ximos nas pesquisas. GrÃªmio, Santos e Cruzeiro, com 4%, 3% e 3% da preferÃªncia, respectivamente, vÃªm em um segundo escalÃ£o. Ao longo dos Ãºltimos 14 anos, alcanÃ§aram como topo 4% da torcida nacional. Em 1993, tinham um ponto percentual a menos.
O Inter, na primeira pesquisa pÃ³s-tÃtulo mundial, figura com 2% dos votos. No meio de 2006 e em 1993, registrava 3%. O AtlÃ©tico-MG Ã© o mais regular: nas 12 pesquisas feitas pelo Datafolha nos Ãºltimos 14 anos, sempre teve 2% da preferÃªncia.
Fluminense e Botafogo oscilam entre 1% e 2% (na Ãºltima pesquisa, o alvinegro estÃ¡ na frente), o que os deixam tecnicamente empatados com times de torcida mais localizada, como Bahia, Sport e Santa Cruz.

Rodrigo Bueno (Fonte: Folha de S.Paulo - 16/09/07)

E SCOLARI FICOU NO MEIO DA PONTE

NÃƒO SOU herÃ³i. NÃ£o sou covarde. Sou um meio-termo. Ã‰ a minha desgraÃ§a. Certo dia, tinha uns 14 ou 15 anos, envolvi-me em cena de pancadaria nas ruas. Para defender a honra de uma fÃªmea, levei de um macho. Barbaramente. Cheguei em casa e, com os olhos fora das Ã³rbitas, o meu pai, que Deus o tenha, deixou-me a liÃ§Ã£o de uma vida: quando bateres, bate para acertar. Caso contrÃ¡rio, o melhor Ã© estares quieto. Quem fica no meio da ponte leva de todos os lados.
Foi impossÃvel nÃ£o lembrar estas sÃ¡bias palavras quando Luiz Felipe Scolari partiu para um jogador sÃ©rvio com o propÃ³sito de lhe assentar os cinco mandamentos. Ponto prÃ©vio: sempre defendi Scolari. Quando o homem chegou a Portugal, o preconceito antibrasileiro, tÃpico de selvagens com complexos de culpa colonial, crucificaram o homem nos jornais. Comigo nÃ£o, violÃ£o. Comigo nÃ£o, FelipÃ£o. Arregacei as mangas e lembrei uns fatos: o homem era campeÃ£o do mundo; o homem era bom; o homem, a prazo, conseguiria proezas que nenhum portuguÃªs conseguiu em cem anos de futebol.
Falei e disse. O homem nÃ£o foi campeÃ£o do mundo, mas quase. Quarto lugar na Ãºltima Copa do Mundo, um feito sÃ³ igualado em 1966 (com o lendÃ¡rio EusÃ©bio). E, quando Portugal organizou o torneio europeu em 2004, a equipe chegou Ã final, coisa nunca vista pelos patrÃcios. Perdeu para a GrÃ©cia, sim, mas perdeu bem. FelipÃ£o fizera o possÃvel e o impossÃvel para espremer leite de tetas secas.
O Ãºltimo jogo contra a SÃ©rvia alterou tudo. Um empate nos Ãºltimos minutos, com gol miseravelmente ilegal. E, quando o sÃ©rvio -Dragutinovic, eis o nome- avanÃ§ou sobre Scolari, as palavras do meu pai voltaram a ouvir-se do AlÃ©m: quando bateres, bate para acertar. Caso contrÃ¡rio, o melhor Ã© estares quieto.
Scolari nÃ£o esteve quieto. Mas tambÃ©m nÃ£o bateu para acertar. Ficou no meio da ponte e levou de todos os lados. Da Uefa, da torcida. Do presidente da RepÃºblica, do primeiro-ministro. Do aÃ§ougueiro, do taxista. SÃ³ nÃ£o levou do prÃ³prio sÃ©rvio, porque alguÃ©m o agarrou. HaverÃ¡ perdÃ£o para tamanho fracasso?
NÃ£o creio. Fecho os olhos e a triste seqÃ¼Ãªncia ainda hoje me assalta durante o sono. Scolari avanÃ§a para o bicho. AvanÃ§a trÃªmulo. Tenta um jab de esquerda, na melhor tradiÃ§Ã£o do pugilismo clÃ¡ssico. Mas o movimento Ã© tÃ£o denunciado, tÃ£o lento e tÃ£o fraco que o sÃ©rvio se esquiva com arrepiante facilidade. Pior: depois do falhanÃ§o, Scolari recua. Arrepende-se. Foge. O meu pesadelo termina com a bandeira de Portugal atirada para a lixeira. Ã€s vezes, termina rasgada. Ou em chamas. Desperto da cama com um grito, ofegante e lavado em suor. E agora?
Agora, a FederaÃ§Ã£o Portuguesa de Futebol jÃ¡ avisou que nÃ£o tenciona demitir Scolari. Que pena. Que vergonha. Que misÃ©ria. Scolari desonrou Portugal. NÃ£o falo do empate. NÃ£o falo da agressÃ£o. Falo da ausÃªncia de agressÃ£o. Ou, se preferirem, de uma agressÃ£o iniciada e falhada. Ao nÃ£o acertar no sÃ©rvio como ele merecia, Scolari mostrou uma falta de fibra que, mais cedo ou mais tarde, acabarÃ¡ por contaminar a equipe. Quem viver verÃ¡.

JoÃ£o Pereira Coutinho - Fonte: Folha de S.Paulo - 19/09/07.

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