PATO EM MILÃO!!!
PATO FAZ ESTRÉIA DOS SONHOS NO MILAN
Atacante marca no primeiro jogo na Itália, ajuda a resgatar seu ídolo Ronaldo, é ovacionado. Brasileiro mais precoce a estrear no time italiano, ex-jogador do Inter ofusca até o melhor do mundo, que o ajudou a chegar a Milão.
Fonte: Folha de S.Paulo – 14/01/08.
"PATOMANIA" GERA "ARRAPATO" E "KA-PA-RO"
A ""Patomania", termo usado pelo ex-jogador Leonardo, diretor do Milan, em uma entrevista à ESPN Brasil, já se manifesta de várias formas na Itália. Torcedores, imprensa, patrocinador e os próprios companheiros de elenco ajudam na nova febre.
Dentre as manchetes na Itália, após os 5 a 2 do Milan no Napoli, figuram coisas como ""Milan Patômico" e ""Ka-Pa-Ro", uma brincadeira com as primeiras sílabas dos brasileiros Kaká, Pato e Ronaldo, remetendo ao famoso trio sueco que atuou na equipe rubro-negra de Milão nos anos 50, o Gre-No-Li (Gren, Nordahl e Liedholm).
No estádio San Siro, torcedores levaram várias faixas com brincadeiras com o nome Pato, apelido assumido pelo atacante, uma alusão à sua cidade de origem, no sudoeste do Paraná. "Impato Profondo" podia ser lido em cartaz. A brincadeira mais popular, porém, parece ser a do ""ArraPato", termo com forte teor sexual na Itália (em português, algo próximo de "excitado"). (RBU)
Fonte: Folha de S.Paulo – 15/01/08.
A GASTANÇA DOS CLUBES
Os clubes brasileiros descobriram que jogadores medíocres, razoáveis ou bons de outros países sul-americanos são mais baratos que os brasileiros do mesmo nível. Com algumas exceções, os ótimos atletas dos países vizinhos e do Brasil atuam na Europa e em outros continentes.
O câmbio favorável não é a única razão para tantas importações pelos clubes brasileiros. Outros motivos são a Timemania -gastam por conta-, o crescimento da economia, o mito de que jogadores de alguns países sul-americanos são mais raçudos que os do Brasil e porque virou moda.
Há um excesso de jogadores medianos contratados, importados ou não. Os clubes brasileiros adoram gastar mais do que arrecadam. Prefiro um ótimo jogador do que cinco razoáveis. É melhor também formar um elenco menor e com atletas que atuem bem em várias posições, como faz o São Paulo.
Santos e Cruzeiro, que disputarão a Libertadores, trouxeram muitos jogadores, mas nenhum ótimo reforço. Jadílson, a melhor contratação do Cruzeiro, é um bom lateral, como Fernandinho. O volante Marcinho Guerreiro, repatriado pelo Santos, está muito mais para paulada do que para guerreiro. Ele não tem habilidade, posiciona-se mal e comete muitas faltas, algumas violentas.
Alguns clubes, como Flamengo e Fluminense, contrataram bons reforços, porém alguns para a mesma posição. Isso é ideal para os ricos clubes europeus. Para o Brasil, é excesso. Por ser habilidoso e criativo, não significa que Dodô, mais recuado, jogue bem. Thiago Neves e Conca estão no mesmo nível e atuam na mesma posição. O Flamengo contratou vários bons volantes, mas continua sem um bom companheiro para Souza.
O São Paulo conseguiu um grande reforço (Adriano) e vários bons jogadores para disputarem posições de titulares. Em compensação, saíram outros, mais ou menos do mesmo nível. Fábio Santos é um bom volante quando está em forma, o que é raro. Além disso, ele penteia demais a bola (passa o pé por cima), antes de dar o passe.
Se Muricy Ramalho quiser armar o time com quatro defensores, como fez várias vezes no ano passado, vai precisar de um lateral-direito. O zagueiro Breno fez bem essa função. Joílson, como Souza, é muito mais armador ou ala do que lateral.
O São Paulo não possui há muito tempo um excelente meia de ligação e continuará sem tê-lo. Nem Danilo foi esse jogador. Era um terceiro atacante pela esquerda.
Os títulos conquistados pelo clube mostram que esse meia não é essencial, a não ser que seja um craque -são poucos.
Melhor do que um bom meia de ligação é ter um armador de cada lado que defenda e ataque bem.
Se Aloísio ficasse, poderia formar uma boa dupla com Adriano. Aloísio joga mais parado e de costas para o gol. Adriano sai mais da área para receber a bola, ajeitar o corpo e ficar de frente para disparar suas bombas. Isso quando está em forma.
Antes da Copa do Mundo de 2006, Parreira sonhou com o Adriano da Copa das Confederações e com o Ronaldo dos Mundiais de 1998 e 2002. Se essa fosse a realidade, os dois atletas formariam uma excepcional dupla.
Tostão - Fonte: Folha de S.Paulo - 13/01/08.
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