O PLANEJAMENTO PARA A COPA
DRAFT 2010 SOCCER WORLD CUP - TOURISM ORGANISING PLAN
English:
http://www.project2010.co.za/
http://www.deat.gov.za/Branches/tourism/areas_of_work/2010/2010%20Tourism%20Organising%20Plan.pdf
É bom os organizadores da Copa 2014 começarem a analisar os erros e os acertos de outras copas. Buscar benchmarking é um dos melhores caminhos e fazer uma análise dos planos da Copa da África em 2010 parece ser bem mais condizente com a realidade brasileira.
Veja a apresentação:
http://www.deat.gov.za/Branches/tourism/areas_of_work/2010/2010%20Tourism%20Organising%20Plan.pdf
Mais:
http://www.project2010.co.za/
VOLUNTÁRIOS PARA A COPA
Disse Fraz Beckenbauer que "sem voluntários seria impossível realizar a Copa", referindo-se aos 5.300 colaboradores, não remunerados, que ajudaram na realização da Copa de 2006. O ex-craque foi o presidente do Comitê Organizador, elogiado por nove entre dez jornalistas que cobriram o evento. A Alemanha pré-selecionou 50 mil candidatos de 168 países. Foram selecionados 15 mil e, desses, 5.300 foram chamados ao palco do Mundial. O Brasil vai passar pelo mesmo processo visando 2014.
Em 2005, a Alemanha utilizou 2.000 voluntários. Para 2010, a África do Sul vai contar com 5.000, dos quais 64% tem menos de 30 anos de idade. Eles foram selecionados através das inscrições pela Internet. Os interessados em 2010 ainda podem se inscrever: (http://www.fifa.com/confederationscup/organisation/volunteers/volunteer.html).
Chico Maia - Fonte: O Tempo - 17/05/09.
FIFA 105 ANOS
A Fédération Internationale de Football Association (FIFA) foi fundada em Paris, a 21 de maio de 1904, após representantes da França, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Suécia e Holanda firmarem um pacto. Pouco depois, foram criados os primeiros estatutos FIFA, incluídas aí as regras pelas quais o jogo seria disputado. Intenções de criar uma grande competição internacional de futebol começaram a tomar forma.
FIFA, ou Fédération Internationale de Football Association, é a entidade responsável por supervisionar as numerosas confederações, federações e associações ao redor do mundo, bem como organizar várias competições de futebol, sendo a Copa do Mundo a mais importante. A FIFA é uma associação estabelecida sob as leis da Suiça. A FIFA é composta por um corpo supremo que é o Congresso da FIFA, uma assembléia composta por um representante de cada federação nacional afiliada à entidade.
Leia mais: http://br.oleole.com/fifa/historia-factos/fhi4.html
CACAU NA SELEÇÃO DA ALEMANHA
O atacante brasileiro Cacau foi convocado pelo técnico Joachim Löw para a seleção alemã. O jogador do Stuttgart, nascido em Santo André (SP), aceitou o convite e vai defender a equipe nos amistosos contra China e Emirados Árabes.
Fonte - O Tempo - 20/05/09.
PATROCÍNIO NO FUTEBOL
No futebol, pois nenhum clube divide seu nome com o patrocinador e nem precisa, já que a visibilidade é total e não há como as redes de televisão evitarem mostrar a marca do patrocinador durante os jogos. Mas elas fazem tudo para esconder as marcas dos patrocinadores estáticos. Nas entrevistas, só mostram um pedaço do rosto do jogador ou treinador. Os clubes já colocam a marca do patrocínio até no microfone. Breve terão de pintar as caras dos atletas para os parceiros aparecerem.
Chico Maia - Fonte - O Tempo - 21/05/09.
CARTEIRA DE TRABALHO FENOMENAL
É difícil imaginar que haja alguém no país com um salário tão alto registrado na carteira de trabalho: o Corinthians paga 650.000 reais mensais a Ronaldo, ou 8,4 milhões de reais por ano (fora o que ele recebe dos patrocinadores). Uma remuneração desse calibre é comum para os grandes craques – mas nunca na carteira de trabalho. Ronaldo ganha quatro vezes o salário de Dunga, de quem depende para voltar à seleção.
Lauro Jardim - Panorama - Radar - Veja - Edição 2113.
PAGO PARA VER
Ronaldo jogou para 29 mil pagantes contra o Fluminense, na quarta. Uma semana antes, o jogo contra o Atlético-PR, pelas oitavas da Copa do Brasil, recebeu 33 mil torcedores. Tudo para ver o Fenômeno. Em janeiro, o Corinthians foi campeão da Copa São Paulo, também contra o Atlético- -PR. A final tinha 34 mil pessoas.
Com Ronaldo no Pacaembu, a média de público do Corinthians é de 27 mil pagantes por partida, igualzinha à da campanha do título brasileiro de 2005. Em 2008, na Série A, a média do Flamengo foi de 40 mil por jogo, e a do Grêmio, sem estrelas, de 31 mil pagantes por partida -o Corinthians levava 23 mil na Série B. Não se discute que Ronaldo tem mais apelo do que Tevez, há quatro anos, e que o Pacaembu deveria estar bombando. Ou pelo menos recebendo mais gente do que o Olímpico, do Grêmio, recebia em 2008.
Fazer isso talvez seja mais uma missão para Luis Paulo Rosenberg, capaz de criar uma campanha do tipo "veja Ronaldo fazendo história". Quem vive em São Paulo tem obrigação de ver Ronaldo no estádio, mas... Mas ninguém tem a ideia de que ver o Fenômeno em ação é tão especial quanto assistir ao Cirque du Soleil, quando vem ao Brasil.
No futebol brasileiro, só uma pequena parcela dos clubes descobriu a bilheteria. São aqueles sem acesso a grandes contratos de patrocínio, como Inter e Grêmio, que apostam no sócio-torcedor para encher estádio. Outros, como Corinthians e Palmeiras, descobriram só a renda. Veja a diferença. Uma coisa é perceber que a bilheteria pode virar receita. Outra coisa é crescer o olho e aumentar o preço do ingresso para arrecadar mais. Contra o Fluminense, o ingresso do setor VIP do Pacaembu custava R$ 250. O público de 29 mil pagantes proporcionou renda de R$ 1,1 milhão. No Maracanã, 50 mil torcedores pagaram ingresso para ver Flamengo x Internacional. A renda foi de R$ 900 mil. O que vale mais? O estádio lotado ou o bolso cheio?
Os alemães descobriram o público. Cobram o ingresso mais barato das grandes ligas europeias e têm a maior média de espectadores do planeta -36 mil por jogo. Aqui, o Clube dos 13 jamais discutiu como criar mecanismos para aumentar o público. Há até um consenso, exposto por Mauro Holzmann, seu ex-diretor de marketing: "Entre o público e a renda, eu escolho a renda".
Na hora em que o Brasil traz de volta alguns de seus grandes jogadores, é preciso dinheiro para pagá-los. Mas é também a chance de encher os estádios, o que também é dinheiro. Como mostra a Alemanha. Em toda a história do futebol brasileiro, nenhum campeonato teve mais público do que o Brasileirão de 1983, com 22 mil pagantes, em média. Há dois anos, em 2007, o Brasileiro teve a melhor média em 20 anos. O crescimento e a queda de público têm a ver com o sucesso dos clubes de grande torcida. Quatro dos cinco Brasileiros com mais torcedores foram vencidos pelo Flamengo. Mas não pode ser só isso. É preciso convencer as pessoas de que ir ao estádio é um programa legal. Neste ano você pode ver o Corinthians, de Ronaldo, e o Flamengo, de Adriano. Tá a fim? Se não, o indício é o de que o Brasil vai perder a chance de levar mais gente ao estádio.
Paulo Vinícius Coelho - Fonte: Folha de S.Paulo - 17/05/09.
A ARMAÇÃO DO GOL 1.000
Todo mundo sabe que Pelé marcou seu milésimo gol no dia 19 de novembro de 1969 e que, por uma feliz coincidência, o evento histórico se deu no Maracanã, então maior estádio do mundo. O que ninguém sabe é que não foi bem uma coincidência.
A verdade é que as redes que detinham os direitos de transmissão estavam determinadas a garantir que o gol do artilheiro do Santos saísse no Rio de Janeiro, não só porque os índices de audiência seriam maiores, mas porque os operadores de câmera concordavam que só os refletores do Estádio Mário Filho iluminariam com propriedade a dimensão épica do momento.
Pelé marcou o gol número 998 no Recife, contra o Santa Cruz, pela Taça Brasil. Ainda faltavam dois jogos até a próxima partida no Maracanã, contra o Vasco, e tudo indicava que o Botafogo da Paraíba e o Bahia iriam afrouxar a marcação em cima do Rei pelo privilégio de sofrer o milésimo tento. O que demonstra o quanto o futebol era mais romântico naqueles tempos - ou então como a tal Taça Brasil não valia absolutamente nada.
Uma estratégia de guerra foi montada no jogo contra o Botafogo-PB. Repórteres de campo receberam uma lista de apelidos que Pelé odiava para irritá-lo durante suas investidas ao ataque. Não adiantou: Pelé marcou o gol 999 logo no 1º tempo. Por sorte, o time adversário estava tão disposto a deixar o Rei fazer outro (o goleiro chegou a cobrar um tiro de meta em cima dele pra ver se a rebatida entrava), que o craque decidiu não manchar o gol mil com a suspeita de fraude. No 2º tempo, o goleiro santista simulou uma contusão e Pelé foi defender a meta em seu lugar.*
No jogo contra o Bahia, tudo de novo. Estrategicamente posicionados na arquibancada, funcionários da TV Soteropolitana usaram espelhos para refletir o sol no rosto de Pelé. Fotógrafos disparavam flashes toda vez que o camisa 10 do Santos se aproximava da linha de fundo - recurso ainda mais enervante porque a partida foi disputada durante o dia. De qualquer maneira, as câmeras não tinham filme.
Mesmo assim, não foi possível parar o Atleta do Século em um lance. Aos 26 minutos do segundo tempo, Pelé driblou o goleiro e chutou. A bandinha contratada pela diretoria do Bahia ergueu o naipe de metais para tocar "A Copa do Mundo é Nossa", mas o zagueiro Nildo tirou em cima da linha, proeza que foi premiada com uma tremenda vaia de sua própria torcida e a demissão do jogador no dia seguinte*.
E assim Pelé pôde fazer o milésimo gol diante de 70.000 pagantes. E aquele pênalti, não sei não.
*Existem cercas coisas que parecem invenção, mas são inacreditavelmente verdadeiras.
Histórias (inventadas) da Televisão - Arnaldo Branco - Fonte: Monet - Número 74.
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