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FENERBAHÇE - TURQUIA
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Partida na Turquia tem apenas mulheres e crianças na torcida. Clube mais popular do país, o Fenerbahçe resolveu proibir a presença de homens para impedir a violência; estádio ficou lotado.
Mais de 40.000 mulheres e crianças assistiram na terça-feira (20/09/11) a uma partida do campeonato turco de futebol, depois que as autoridades esportivas decidiram, em um ato inédito, proibir a presença dos homens no estádio do Fenerbahçe por distúrbios.
A partida entre Fenerbahçe e Manisaspor válida pela terceira rodada do campeonato nacional, terminou 1-1 e nenhum incidente foi registrado no estádio Sukru Saracoglu de Istambul.
Apenas as mulheres e crianças com menos de 12 anos foram admitidas no estádio
A Federação de Futebol da Turquia (TFF) anunciou que decidiu proibir a presença dos homens na partida para "recordar aos torcedores a beleza e os valores do futebol".
Fonte: Exame (http://exame.abril.com.br/) - 21/09/11.
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AJUDA AOS DERROTADOS
A CBF anuncia em outubro uma aguardada mudança no calendário do futebol. A partir de 2012, os times que forem eliminados nas duas primeiras fases da Taça Libertadores poderão participar da Copa do Brasil. O presidente da entidade, Ricardo Teixeira, atendeu aos pedidos dos maiores times do país para tentar melhorar o faturamento da competição, que corre o risco de se tornar deficitária. Com a mudança, acaba também a possibilidade de se repetir a situação que o Corinthias viveu neste ano, quando, após ser eliminado pelo modesto Tolima na fase eliminatória da Libertadores, acumulou prejuízos no primeiro semestre ao jogar apenas o Campeonato Paulista.
Panorama - Holofote - Otávio Cabral - Fonte: Veja - Edição 2236.
CBF - http://www.cbf.com.br/
Corinthians - http://www.corinthians.com.br/portal/
Tolima - http://www.deportestolima.com/
ATRASOS E FALTA DE CONTROLE AMEAÇAM LEGADO DA COPA
Governo não consegue acompanhar andamento de obras associadas a evento. Cidades-sede admitem organizar jogos com a infraestrutura atual e recorrer a feriados para minimizar problemas.
Quase quatro anos após o Brasil ser escolhido como sede da Copa de 2014, o governo perdeu o controle do andamento das obras ligadas ao evento e pôs em risco o legado de infraestrutura que ele poderia deixar para o país.
Divulgado há 11 dias, o balanço mais recente do governo sobre os projetos da Copa já está desatualizado. Prazos indicados no documento não batem com informações das cidades-sede, e outros soam irreais diante dos problemas que as obras têm enfrentado.
Autoridades que acompanham os preparativos para a Copa já falam em organizar os dias de jogos com a estrutura hoje disponível, sem contar com as novas obras.
A promessa do governo de entregar nove estádios no final de 2012 também já caiu por terra, com novos atrasos.
No capítulo transportes, há problemas como o do monotrilho do eixo norte/leste de Manaus. Além de sofrer questionamentos da CGU (Controladoria-Geral da União), a obra pode estourar o prazo.
A previsão do governo do Amazonas é de início das obras em novembro de 2011 e conclusão em maio de 2014, dois meses antes da Copa. O governo reconheceu que pode não concluí-la a tempo.
"Obras grandes como essa sempre podem estourar o prazo. Mas [se o prazo for estourado] será concluído mesmo depois", afirmou o coordenador para Copa 2014 de Manaus, Miguel Capobiango.
Em Recife, o secretário estadual da Copa, Ricardo Leitão, prevê o começo da execução de quatro projetos para o início de 2012. O governo federal, para novembro.
O discurso das cidades-sede é o de que a maioria das obras não são imprescindíveis para a realização dos jogos. "Se houver dificuldade, focamos só na obra do acesso ao estádio", disse Leitão.
Representantes das seis cidades ouvidas pela Folha admitiram que podem trabalhar com feriados em dias de jogos para atenuar problemas.
"Podemos criar um ponto facultativo para os funcionários públicos que trabalham naquela região do Beira-Rio", contou o secretário de mobilidade urbana de Porto Alegre, Vanderlei Cappellari.
São Paulo fala em feriado na abertura da Copa. E em reduzir o fluxo de pessoas em metrô e trem para não atrapalhar o público dos jogos.
Nos aeroportos, o Brasil já perdeu a chance de deixar um legado, de acordo com os especialistas. "Agora estamos correndo atrás da demanda", afirmou o professor Elton Fernandes, da Coppe/UFRJ.
Dos 13 terminais da Copa, 7 devem ter a capacidade ampliada com instalações provisórias, os puxadinhos. "Eles têm um custo muito inferior e dão conta do recado", diz Jaime Parreira, diretor de engenharia da Infraero.
Não falta dinheiro federal. Até agora, são R$ 6,5 bilhões para aeroportos, R$ 8 bilhões para mobilidade urbana e R$ 400 milhões por estádio.
Ainda assim, das 49 obras de mobilidade urbana da Copa, só 9 começaram. Oito dos 13 aeroportos iniciaram reformas. E pelo menos cinco estádios vão estourar o prazo inicial fixado pela Fifa.
A situação gera incômodo na entidade. "Estamos preocupados com qualquer atraso, por qualquer razão", afirmou o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, por meio de sua assessoria.
Por contrato, a Fifa pode tirar a Copa do Brasil na ausência de melhorias no sistema de transporte. O histórico da entidade sugere que é improvável que isso ocorra, mas o discurso dos dirigentes da Fifa certamente mudou.
Em 2007, relatório da Fifa concluiu que a infraestrutura do país era adequada e só viu problemas em Cuiabá e Natal. Quatro anos depois, a infraestrutura disponível para os jogos na maioria das cidades-sede é a mesma.
Mariana Barbosa / Rodrigo Mattos - Fonte: Folha de S.Paulo - 25/09/11.
CGU - http://www.cgu.gov.br/
Coppe/UFRJ - http://www.coppe.ufrj.br/
Infraero - http://www.infraero.gov.br/
Fifa - http://pt.fifa.com/
A LEI DA FIFA
A presidente Dilma Rousseff tem acertado ao não ceder às exigências da Fifa, entidade máxima do futebol, para a realização da Copa do Mundo no Brasil, em 2014.
O mais novo motivo de disputa é a Lei Geral da Copa, que define regras para sediar o Mundial no país, como políticas de ingresso, distribuição de direitos de mídia e garantias dos patrocinadores.
A Fifa parece buscar, na prática, autonomia total para definir essas questões, como se não houvesse uma legislação nacional em vigor.
A questão dos ingressos é exemplar. O Estatuto do Idoso garante meia-entrada aos maiores de 60 anos, assim como leis estaduais preveem o desconto também para estudantes. Não há por que suspender esses direitos na Copa e deixar a definição para a Fifa.
Também vai na direção correta a decisão do governo federal de liberar até 3% do tempo dos jogos e 30 segundos dos eventos oficiais para emissoras que não detêm os direitos da Copa. Essa fatia não chega a prejudicar as empresas que pagarem pelo evento, que terão a exclusividade em sua transmissão.
Compreende-se a preocupação da Fifa, que nos últimos quatro anos ganhou cerca de US$ 4 bilhões com esse tipo de negócio. Mas deve-se buscar um equilíbrio entre o lucro das empresas, e também o da Fifa, e o acesso dos brasileiros à maior celebração do calendário mundial do futebol, que voltará ao país depois de 64 anos.
O governo já cedeu bastante à Fifa, atendendo a exigências -muitas delas razoáveis- que inflaram os custos do evento em pelo menos dezenas de milhões de reais.
A preparação para a Copa avança a passos lentos. As prometidas melhorias de infraestrutura estão em risco. A ampliação dos aeroportos será mais tímida do que se imaginava. O investimento no transporte público pouco avançou, e já se cogita decretar feriado nos dias de jogo para evitar, ou amenizar, um vexame. Até hoje, nem o governo sabe, como admite a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, quanto vai custar o evento.
Um ambiente de fragilidade institucional, com as leis do país suspensas para atender a uma entidade privada, seria um novo golpe no duvidoso legado da Copa.
A experiência bem-sucedida da Alemanha, em 2006, deve servir de exemplo para o governo brasileiro negociar com a Fifa, respeitando direitos empresariais sem, no entanto, ferir os interesses do país.
A Lei Geral da Copa será agora analisada pelo Congresso, ambiente em que lobbies e pressões costumam surtir efeito. O governo deve vetar mudanças que alterem o cerne dessa legislação.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 27/09/11.
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