NĂO FOI SĂ O BRASIL QUE FALIU. Ă, VOCĂ TAMBĂM FALIU.
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JĂ PRA RUA...
Temos que reconhecer. Tal qual o modelo polĂtico, o modelo brasileiro de cidadania tambĂ©m estĂĄ falido.
A noção de civismo Ă© rudimentar, o patriotismo Ă©, muitas vezes, equivocado e o nacionalismo beira o ridĂculo.
O que estĂĄ acontecendo na cĂąmara dos deputados Ă© digno de roteiro de cinema. Nem o mais inspirado escritor ou roteirista seria capaz de criar um presidente como esse.
O que acontece no governo federal Ă© digno de uma tese de pĂłs-doutorado sobre como ser incompetente ao extremo em um mandato de um ano.
Vivemos dias de fatos que Jack Palance nĂŁo teria coragem de dizer âacredite, se quiserâ porque sĂŁo coisas absolutamente inacreditĂĄveis.
O desvendamento do tamanho, da audåcia, dos personagens, dos enredos, dos volumes financeiros envolvidos e do fato de que tudo o que jå se sabe sobre corrupção representa apenas 30% do todo, nos obriga a fazer uma escolha: cumbica, galeão, ou o engajamento no movimento para começar a reescrever a história do Brasil.
Estamos falidos como cidadĂŁos.
Desesperançosos, conformados com algo que parece não poder ser mudado. Mas pode. E podemos. Saindo da inércia. Fazendo valer não apenas nossos votos, mas nossas vozes.
A indignação precisa sair dos posts do Facebook e ir pras ruas. Precisa sair do Twitter, do Google+, do Instagram e se manifestar no lugar mais democråtico de todos que é o asfalto.
Ă duro sugerir isso, mas precisamos nos inspirar na forma como os argentinos demonstram sua indignação, assim como fazem os venezuelanos e como fizeram os egĂpicios, os argelinos, os lĂbios e os ucranianos quando derrubaram seus governos.
E fizeram por dois motivos: estavam falidos como sociedade e como cidadĂŁos.
Mas não estavam falidos como nação.
E Ă© por ela que temos que ir pras ruas nesse ano de 2016.
E não sair mais delas, até que haja mudança.
Ă o Ășnico caminho. E pode ser a Ășltima chance de nos livrarmos dessa nojeira toda que emporcalha e fede cada um dos trĂȘs poderes.
Como nação ainda temos salvação. Acredite, se quiser.
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