FM - Faculdade Mental

A CARTA MAGNA
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A CONSTITUIÃ‡ÃƒO E OS CONSTITUINTES
No link abaixo vocÃª pode conferir a ConstituiÃ§Ã£o de 1988 e no final a lista de todos os nomes que participaram da elaboraÃ§Ã£o e das discussÃµes sobre a nova Carta.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ConstituiÃ§ao.htm

QUALIDADE DO VOTO
"Para melhorar a qualidade do ensino no Brasil, os brasileiros precisam melhorar a qualidade do voto".
http://www.todospelaeducacao.org.br/

CÃ“PIA E COLA
Selecione o trecho que vocÃª quer copiar. Aperte as teclas "Ctrl" e "C". Movimente o cursor. Digite "Ctrl" e "V" e pronto: o texto original surgirÃ¡ reproduzido no lugar que vocÃª escolheu.
A liÃ§Ã£o Ã© conhecida de quem estÃ¡ acostumado a escrever em computador. Ao que tudo indica, vai sendo adotada em larga medida pelos formuladores de programas de governo em algumas eleiÃ§Ãµes municipais.
Um caso pitoresco saiu publicado em 26/09 na Folha.
NÃ£o hÃ¡ dÃºvida de que a populaÃ§Ã£o idosa merece atenÃ§Ã£o das autoridades. Com esse espÃrito o candidato Raimundo Salles (DEM) incluiu em seu programa a idÃ©ia de construir um centro de referÃªncia para a populaÃ§Ã£o da terceira idade, no centro do municÃpio paulista de MauÃ¡.
Um detalhe, porÃ©m, foi esquecido. Raimundo Salles nÃ£o disputa a Prefeitura de MauÃ¡. Ã‰ candidato a prefeito em Santo AndrÃ©. A proposta fora simplesmente retirada, sem maior cuidado digital, da plataforma de um candidato na cidade vizinha.
O deslize chama a atenÃ§Ã£o pelo que tem de anedÃ³tico, mas nÃ£o chega a surpreender num ambiente polÃtico em que mesmo as personagens dotadas de maior criatividade -a saber, os marqueteiros- repetem Ã exaustÃ£o os lemas e sestros de outros carnavais. Em SÃ£o Paulo, a semelhanÃ§a entre os projetos administrativos dos candidatos motiva agora uma animada troca de acusaÃ§Ãµes no horÃ¡rio eleitoral: trata-se de saber quem copia mais as idÃ©ias do adversÃ¡rio.
NÃ£o faltarÃ¡ muito para que, nas bancas de camelÃ´s, vendam-se CDs com "kits-candidato", trazendo nÃºmeros e promessas, ao lado das cÃ³pias piratas de filmes e programas de informÃ¡tica.
"NÃ£o se pode reinventar a roda", justificou-se o candidato que nÃ£o era de MauÃ¡. Com certeza. Ã‰ positivo que as prioridades da populaÃ§Ã£o e as soluÃ§Ãµes tÃ©cnicas para atendÃª-las tenham-se tornado objeto de notÃ¡vel consenso, ultrapassando os limites da paixÃ£o partidÃ¡ria e ideolÃ³gica.
A soma de propostas pontuais nÃ£o Ã© capaz, entretanto, de constituir programa polÃtico verdadeiro -e hÃ¡ raÃzes mais profundas para a indiferenciaÃ§Ã£o dos atuais discursos de campanha.
O artificialismo, o aspecto prÃ©-fabricado de tudo o que apresentam, surge de uma situaÃ§Ã£o em que o elo entre governo e sociedade carece de base institucional sÃ³lida. A vida partidÃ¡ria se resume quase sempre aos momentos de campanha, a prÃ¡tica oposicionista se desfibra na fisiologia dos Legislativos locais, e o principal canal de comunicaÃ§Ã£o entre polÃticos e eleitores parece ser o das pesquisas de opiniÃ£o.
Candidaturas e plataformas, em vez de constituÃrem um processo orgÃ¢nico e democrÃ¡tico, nascem, ou ressuscitam, conforme a ocasiÃ£o. Os polÃticos, prontos para qualquer cargo que lhes pareÃ§a interessante, tiram entÃ£o da prateleira seus sorrisos e programas; ou, em casos urgentes, recortam, colam e plastificam os que estiverem no computador mais prÃ³ximo.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 28/09/08.

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