8 DE MARĂO. O DIA Ă DELAS, SĂ DELAS.
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Ah! O Homem! Assim mesmo, com H maiĂșsculo. Um ser injustiçado que ao longo das Ășltimas quatro dĂ©cadas vĂȘm sendo desafiado pela disseminação do pensamento feminista ocidental.
A verdadeira histĂłria da criação do Dia Internacional da Mulher âfoi inicialmente proposta na virada do sĂ©culo XX, durante o rĂĄpido processo de industrialização e expansĂŁo econĂŽmica que levou aos protestos sobre as condiçÔes de trabalho. As mulheres empregadas em fĂĄbricas de vestuĂĄrio e indĂșstria tĂȘxtil foram protagonistas de um desses protestos em 8 de Março de 1857 em Nova Iorque, em que protestavam sobre as mĂĄs condiçÔes de trabalho e reduzidos salĂĄriosâ (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_da_Mulher), e nĂŁo porque 129 trabalhadoras teriam sido vĂtimas de um incĂȘndio numa fĂĄbrica na mesma Nova Iorque, como conta a lenda que ajuda a reforçar esse carĂĄter de injustiça com o sexo feminino. Ou seja, mais uma farsa feminista.
Pois o homem nĂŁo tem um dia dele.
MilhĂ”es de homens pelo mundo jĂĄ saĂram para protestar contra mĂĄs condiçÔes de trabalho e salĂĄrios reduzidos, mas nem por isso mereceram ganhar um dia sĂł pra eles. Nem municipal.
Por sĂ©culos, forma os homens que lutaram e morreram em guerras por justos ou absurdos motivos e, exceto os herĂłis, o que o mundo lhes deu foi uma sĂ©rie de monumentos ao soldado desconhecido, em diversos paĂses e cidades. Mas nĂŁo um dia.
Foi Eva quem seduziu AdĂŁo, fez o âManĂ©â comer a maçã e cĂĄ estamos nĂłs todos, pagando pela expulsĂŁo de ambos do paraĂso. E a mulher tem um dia sĂł dela.
Antes, o homem saĂa para trabalhar e ganhava dez mil reais. A mulher tambĂ©m quis trabalhar. Foi exercer a mesma atividade que o homem, com a mesma competĂȘncia, talvez maior em muitos casos, ganhando trĂȘs mil.
O homem ficou caro para a empresa. Ficou desempregado. Arrumou outro emprego ganhando cinco mil. Os dois juntos passaram a ganhar oito mil, dois mil a menos.
A renda diminuiu. E o salårio da mulher passou a ser extremamente importante para a economia doméstica. E o homem ainda passou a ter que ouvir que sem o salårio dela, com a mixaria que ele ganha, eles estavam ferrados.
O pobre homem sem dia comemorativo transformou-se apenas num fornecedor de sĂȘmen, um pĂŽrra, enquanto a mulher ocidental, detentora de um dia internacional sĂł dela, hoje disputa atĂ© presidĂȘncia de grandes potĂȘncias.
Ganha mais que o homem.
NĂŁo Ă© mais a Ășnica responsĂĄvel imediata pela educação e pela criação dos filhos, se apropria do sucesso deles enaltecendo seu esforço financeiro para pagar-lhes boas escolas e no mĂĄximo aceita dividir os fracassos dos pobrezinhos, sendo que na maioria das vezes o atribui a alguma caracterĂstica herdada do pai.
Essa mulher que comemora um dia Ășnico e exclusivo dela, jĂĄ nĂŁo lava mais a louça todas as noites. Um dia ela, um dia o homem, e ai dele se nĂŁo lavar no seu dia.
Se ela nĂŁo tem o prĂłprio carro, pergunta se vocĂȘ vai precisar dele porque ela jĂĄ tem um compromisso marcado. E se vocĂȘ disser que vai precisar, certamente terĂĄ a incumbĂȘncia de levar ou buscar. Ou, mais provavelmente, vai te convencer a ficar a pĂ© e ter que se virar de tĂĄxi, ĂŽnibus, ou na carona de algum amigo que jĂĄ levou sua mulher em algum lugar e ainda vai ter que buscar depois.
Tenho uma teoria de que todas as mães fazem parte de um complÎ, milenar, sem distinção de credo, religião, cor ou raça, e que tem por objetivo enaltecer nossa masculinidade apenas como parte de uma trama psicológica que visa infernizar nossas vidas adultas com os conceitos feministas.
MamĂferos que somos, aprendemos com as mulheres a apreciar o prazer dos seios quando nascemos. Mas, passada a fase da nossa subsistĂȘncia, elas os escondem, negam e nos deixam a mercĂȘ de nossas vontades.
Essa é a mulher do século XXI. E com 24 horas por ano dedicadas a ela.
Mas, o que farĂamos sem as mulheres?
Primeiro que o mundo seria péssimo se só existissem homens.
Depois, nĂŁo hĂĄ nada que gratifique mais um homem do que estar na companhia da mulher que ama. E estou falando de homem que gosta de mulher, claro.
A mulher Ă© a poesia do mundo. Ă a mĂșsica enigmĂĄtica que toca nossos ouvidos, seja ela sua esposa, mĂŁe, irmĂŁ, filha, amiga, nĂŁo importa.
A mulher tem um canto Ășnico, que nos amolece, que nos amortece, que nos entorpece.
Naturalmente dissimulada uma mulher nĂŁo pede ĂĄgua, diz que ta com sede. NĂŁo pede coberta, diz que estĂĄ com frio.
A mulher nĂŁo pede amor. Ela diz que ama.
E, afinal de contas, ter um Dia Internacional de Mulher nĂŁo Ă© lĂĄ coisa do outro mundo. AtĂ© ĂĄrvore tem dia, Ăndio, geralmente as coisas que precisam ser protegidas, jĂĄ repararam?
EntĂŁo, sĂł posso desejar um Feliz Dia Internacional da Mulher. E que ele seja bem comemorado por todos nĂłs.
Bem, a prosa ta boa, mas Ă© melhor vocĂȘ ir trocar a fralda do bebĂȘ, ou lavar aquela louça de hoje, ou tirar a roupa da mĂĄquina e por no varal antes que ela te pegue!
ParabĂ©ns Mulheres! VocĂȘs merecem.
Foto: França - Modelo desfila com a boca coberta durante apresentação da Maison Martin Margiela, na Semana de Moda de Paris. O lançamento da coleção da grife teve algumas das modelos com tecidos que cobriam os låbios.
Leia mais e veja mais fotos:
http://moda.terra.com.br/interna/0,,OI2618173-EI1119,00.html
Fonte: Terra - 25/02/08.
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