ELES NEM SEMPRE CHEGAM TĂO RĂPIDO
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SĂł vendo de perto para acreditar.
De repente uma chama â que nĂŁo se apresentava assim como tĂŁo perigosa â se torna uma labareda com um imenso poder destruidor, que começa a consumir tudo o que cruza o seu caminho.
Os vidros das janelas simplesmente derretem a olhos vistos, ferros vĂŁo retorcendo e madeiras, plĂĄsticos e tecidos se transformam em combustĂvel para que o fogo se alastre com a velocidade e a força de uma catĂĄstrofe.
NĂŁo, nĂŁo estou falando do incĂȘndio da fĂĄbrica de Diadema.
Estou falando do incĂȘndio em uma residĂȘncia que fica diante do meu escritĂłrio.
TĂŁo logo vi a primeira chama, liguei para os bombeiros.
A famĂlia ainda estava no interior da casa. Nesse momento, eram duas idosas, um rapaz deficiente, uma criança de uns 12 anos e dois cachorros.
A menina saiu correndo de dentro da casa desesperada olhando a chama começar a tomar força e consumir o quarto onde tudo começou.
Aos poucos sai uma idosa, depois a outra, e a menina entra novamente na casa e sai com amparando o deficiente.
Muita fumaça preta sai de dentro da casa, e penso que foi um âmilagreâ essa menina ter conseguido tirar o deficiente lĂĄ de dentro, e, acreditem, fez isso carregando um dos cachorros debaixo do braço.
Enquanto essa pequena corajosa garota salva seu parente, estou ao telefone falando com o corpo de bombeiros ao telefone.
O atendente quer saber o endereço, o bairro, o CEP, meu nome, meu telefone de contato, e quando eu esbravejo dizendo que o fogo estĂĄ consumindo a casa enquanto ele pede essas informaçÔes, pra mim, nesse momento, inĂșteis, esse mesmo atendente me informa que jĂĄ havia outro registro desse incĂȘndio, o que me deixa ainda mais furioso.
Fico ali em pĂ© vendo o fogo se alastrar, a vizinhança se aglomerar, as labaredas derrubarem o telhado, a laje, as colunas de fumaça saĂrem pelo teto do que agora Ă© apenas um conjunto de paredes que mal se sustenta em pĂ©.
A casa foi consumida em menos de 15 minutos.
Os bombeiros levaram 30 minutos para chegar. Repito, 30 longos minutos, sendo que estamos localizadas entre duas unidades dos bombeiros que, teoricamente, nĂŁo deveriam levar mais de 5 minutos para chegar.
Mas, chegaram. E levaram pelo menos mais 10 minutos para colocar suas roupas protetoras, ligar as mangueiras e entrar na casa.
Nessa altura do campeonato, nĂŁo havia mais nada para ser efetivamente apagado.
Só o que fizeram mesmo foi resfriar o local, e eu nem sei também para que, pois não havia mais nada para queimar, nem salvar, nem proteger.
Os 30 minutos entre meu chamado e a chegada dos bombeiros foram suficientes para que a vida de uma famĂlia ficasse reduzida Ă s cinzas.
Segundo versos dali da rua, o fogo começou com um curto-circuito num carregador de celular, que todos nós, por puro comodismo, costumamos usar e deixar ali plugado na tomada, pra facilitar nossa vida.
Felizmente, a famĂlia saiu fisicamente ilesa, apesar de o mesmo nĂŁo poder ser dito quanto ao psicolĂłgico e ao emocional.
Um dos cachorros nĂŁo teve a mesma sorte. Mas, ainda bem que foi um dos cachorros. Seria muito mais triste e trĂĄgico se fosse uma das pessoas.
Tive trĂȘs aprendizados nesse episĂłdio:
a) não se deve confiar na fiação de imóveis muito antigos;
b) nĂŁo se deve deixar equipamentos ligados nas tomadas sem necessidade;
c) os bombeiros nem sempre chegam a tempo.
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