SACOLA GRADUADO
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O SACOLINHA
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âO livro tem que chegar antes que o crimeâ, defende Sacolinha.
Ademiro Alves de Sousa, o Sacolinha, tinha 18 anos quando leu o primeiro livro. Trabalhava como cobrador de lotação e, numa viagem qualquer, caiu uma publicação em suas mĂŁos. Passou a ler sem parar â e a torcer para a viagem demorar mais para que pudesse terminar a histĂłria. AtĂ© que folheou âQuarto de Despejoâ, de Carolina Maria de Jesus. A histĂłria da mulher favelada era muito parecida com a de gente de sua comunidade. Foi um baque.
Da leitura partiu para a escrita. Hoje, aos 30 anos, o morador de Suzano, na Grande SĂŁo Paulo, Ă© autor de seis livros: âGraduado em Marginalidade, 85 Letras e Um Disparo, PeripĂ©cias de Minha InfĂąncia, Estação Terminal, Manteiga de Cacau e Como a Ăgua do Rioâ. Todos publicados por editoras importantes, com prefĂĄcio de escritores como IgnĂĄcio de Loyola BrandĂŁo e Moacyr Scliar.
SĂł escrever, porĂ©m, nĂŁo bastou. Seja pela secretaria de Cultura de Suzano, seja de forma autĂŽnoma, criou saraus, concursos literĂĄrios, salĂŁo internacional do livro, bibliotecas pĂșblicas. Foi Ă s ruas, ministrou oficinas em favelas, deu aulas em penitenciĂĄrias.
Nessas andanças, descobriu que todo mundo gosta de ler. âSe em algum momento o sujeito teve um livro nas mĂŁos e nĂŁo gostou Ă© porque nĂŁo era a leitura certa.â
Formado em Letras, Sacolinha aposta que a literatura tem a capacidade de transformar a realidade, assim como transformou a sua. Para ele, as crianças se identificam nos que estĂŁo por perto e tĂȘm algum status, como o traficante, o pagodeiro, o jogador de futebol. Mas, Ă medida que houver um escritor negro, jovem e que aparece na tevĂȘ, âa inspiração muda de alvoâ.
Seu sonho Ă© que todas as crianças tenham livros Ă disposição. âO importante Ă© fazer o livro chegar antes de que o crimeâ, defende.
TRECHO DE COMO A ĂGUA DO RIO (AEROPLANO, 2013)
(...) Toda vez que eu estou em algum local pĂșblico e abro um livro, me sinto o todo-poderoso, como se tivesse o bem mais precioso do mundo â e tenho. Sou quem sou graças aos livros. Se nĂŁo fossem eles, estaria a sete palmos abaixo da terra, Ou com a bunda fazendo buraco no sofĂĄ. Sou como a ĂĄgua do rio, que nunca Ă© a mesma e que se renova a todo instante. A cada livro lido eu me renovo, e as pessoas que estĂŁo ao meu redor tambĂ©m. Acredito no livro como agente transformador do ser humano. Hoje procuro mostrar a muitas pessoas o que um livro pode fazer pela vida de alguĂ©m. Eles salvaram a minha vida e continuam salvando. (...)
Fonte: Almanaque Brasil â NĂșmero 170 â Junho 2013.
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