Ă TEMPO QUE VOA
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Ă TEMPO QUE VOA
Mal começou o ano de 2009 e jå estamos no natal e no reveillon do mesmo.
Se me perguntarem detalhadamente como foram meus meses eu nĂŁo saberia dizer o que fiz exatamente em cada mĂȘs. O que me parece feito outro dia, na verdade foi a meses, quando nĂŁo, no ano passado ou retrasado.
Ăs vezes encontramos um amigo que nĂŁo vemos hĂĄ algum tempo, e numa conferĂȘncia rĂĄpida descobrimos que esse âalgum tempoâ significa dois, trĂȘs anos, atĂ© mais.
Li recentemente que Ă s 24 horas do nosso dia hoje equivalem a 17 horas. Ă como se cada minuto ou segundo tivesse sido encurtado em 29,2%. Ă como se cada minuto tivesse apenas 42,48 segundos, ou como se uma hora tivesse apenas 42,48 minutos. Muito doido isso.
Mas, mais doido do que isso é a previsão de que em mais 5 anos essas 17 horas se reduzam a 14 horas. Ou seja, a redução passarå para 41,7%. Como se uma hora tivesse apenas 35 minutos.
à claro que nossos relógios continuarão marcando os 60 minutos de praxe pra se completar uma hora, mas cada vez mais nossa percepção é de que realmente as horas, os dias, os meses e os anos se tornarão mais curtos.
SĂŁo muitas as influĂȘncias para esses acontecimentos, com explicaçÔes das mais diversas, que vĂŁo da espiritualidade Ă fĂsica quĂąntica. SĂł que elas existem e mesmo que eu nĂŁo saiba dar mais esclarecimentos, todos nĂłs percebemos o que estĂĄ se passando.
Indico o livro 2012, de Gregg Braden, como fonte de informaçÔes, uma vez que nesse livro existem dezenas de opiniÔes e pensamentos referentes a esse tema.
No entanto, nĂŁo precisamos ir tĂŁo a fundo para fundamentar essa passagem tĂŁo rĂĄpida do tempo. No nosso dia-a-dia fica muito fĂĄcil de perceber como algumas coisas acontecem.
Somos hĂperconectados hoje em dia. O celular que nĂŁo nos dĂĄ trĂ©gua e que cada vez mais traz embutidos diversos serviços e informaçÔes que consomem nosso tempo. A internet, que simplesmente extinguiu as distĂąncias e o tempo na circulação das informaçÔes. As TVs que, via satĂ©lite, nos pĂ”em em contato com as informaçÔes em tempo real e aproxima povos, culturas e acontecimentos.
E enquanto eu escrevo esse post, e vocĂȘ o lĂȘ post, o tempo nĂŁo parou. E quando me dei conta, esse pequeno texto consumiu mais de 40 minutos do meu tempo (com algumas interrupçÔes, claro) e provavelmente de 5 a 10 minutos do seu, o que mostra que produzir continua demorando muito mais do que consumir, deixando claro porque as pessoas trocam tanto de celular, de pĂĄginas na internet, de canais de TVâŠ
Como voa esse tempo, nĂŁo?
2010 ESTĂ CHEGANDO
Sou do tempo em que pensar na chegada do ano 2000 causava apreensĂŁo. E como ele era distante.
Em 1981, eu e uns amigos marcamos entĂŁo um encontro para o dia 1 de abril do ano 2000. Faltavam ainda 19 anos para a data e isso parecia uma eternidade.
EstarĂamos todos vivos? O mundo ainda existiria?
A incerteza era tanta que por via das dĂșvidas marcamos o encontro em trĂȘs locais possĂveis, de modo que se algum deles fosse dizimado pelo tempo, ou por alguma catĂĄstrofe, terĂamos opçÔes para nos encontrar.
E assim, o encontro foi documentado e assinado por todos, e cada um ficou com uma cĂłpia (feita a mĂŁo, pois, imaginem, para nĂłs, estudantes de 16, 17 anos de idade, xerox era carĂssimo em 1981).
Enfim, veio o ano 2000. E sem que a gente percebesse ou comentasse sobre isso, o mundo não havia mudado praticamente nada. E apesar de termos determinado 3 opçÔes de locais para o encontro (que obviamente não sofreram nenhuma catåstrofe), o mesmo foi realizado na casa de uma das amigas do grupo, no dia 1 de abril, como combinado.
Nem todos os signatårios foram ao encontro, uma pena. Em compensação outros amigos compareceram e a festa foi muito boa.
NinguĂ©m teceu nenhum comentĂĄrio significativo por estarmos no ano 2000. O ano em si foi citado muito mais como uma referĂȘncia de ânossa! quanto tempo passou!â, sem se levar em consideração a idĂ©ia inicial futurista e/ou catastrĂłfica que a data representava.
E lĂĄ se foram 10 anos desde entĂŁo. E por mais que o mundo tenha incorporado muito dos filmes futuristas que sempre projetaram carros voadores e viagens espaciais para qualquer cidadĂŁo comum, pouca coisa realmente mudou.
A realidade Ă© que ainda temos que lidar com a fome, a violĂȘncia, as guerras, o analfabetismo, a falta de saneamento bĂĄsico, as epidemias e pandemias, a mĂĄ distribuição de renda, subnutrição, situaçÔes que demonstram que nos tornamos na verdade uma versĂŁo dos Flintstones com o benefĂcio de algumas modernidades dos Jetsons.
Alguns tĂȘm micro-ondas enquanto outros nĂŁo tĂȘm sequer comida. Muitos tĂȘm potentes celulares que consomem considerĂĄvel fatia de sua renda, enquanto a renda que sobra mal dĂĄ pra se sustentar direito.
Nossa modernidade de 2010 tem uma medicina cada vez mais avançada cientĂfica e tecnologicamente, na mesma proporção em que o mundo tem uma população cada vez mais doente, com lugares onde as pessoas ainda morrem em filas esperando atendimento mĂ©dico.
Estamos Ă espera da cura do cĂąncer e da AIDS, mas ainda tem gente morrendo de Dengue, de gripe, de Leptospirose.
Enquanto o veĂculo voador nĂŁo chega Ă s ruas estĂŁo abarrotadas de carros e congestionamentos, causados pelo excesso dos mesmos. Mas, mais do que isso, causados pela inoperĂąncia de quem planeja e controla o trĂąnsito e pela ignorĂąncia de quem dirige os carros.
E mesmo com toda a tecnologia de 2010, o planeta nunca esteve tĂŁo poluĂdo e desorientado climaticamente, sem que uma luz no fim do tĂșnel esteja realmente visĂvel.
A modernidade de 2010 estĂĄ cada vez mais abarrotada de corrupção, ganĂąncia e corporativismo em todos os nĂveis da sociedade. E o futuro a Deus pertence.
Saudades de 1981.
Que venha 2010.
Feliz ano novo a todos.
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Imagem acima - Fonte: http://caloni.com.br/blog/.
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Só sendo palhaço para suportar essa palhaçada!
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