TURMAS VIAJANTES
ALÉM DO CARTÃO-POSTAL (FOTO RUTA)
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A mensagem de confirmação no e-mail avisa: “Estamos ansiosos para tê-lo em uma tarde de exploração e fotografiaâ€. Exploração, esta é a palavra que descreve melhor a atividade que aconteceu no dia seguinte, um sábado, quando um grupo de estrangeiros – eu entre eles – saiu com uma câmera na mão pelas ruas de Lastarria. No bairro “cultural†de Santiago, o único objetivo seria fotografar cenas que fugissem do óbvio turÃstico.
Fazer com que as pessoas caminhem pela cidade com um olhar criativo é a ideia central do Foto Ruta, um projeto que começou em Buenos Aires, em 2011 e, neste ano, alcançou a capital do Chile – e logo, estará também em ValparaÃso, no litoral do paÃs, e em Nova York. O preço varia de 30 a 90 dólares.
Além de um brasileiro, o passeio daquele sábado contava com um casal canadense, uma nova-iorquina e uma jovem chilena. “Pessoas locais vêm para explorar os setores centrais da cidade que, à s vezes, mal conhecemâ€, explica Cat Allen, a elegante inglesa que dirige o escritório de Santiago. O evento começa em um café, onde ela mostra uma séria de imagens que serviriam de inspiração. Em seguida, o grupo sai para duas horas de caminhada livre. No fim, todos voltam ao ponto de partida para compartilhar com o grupo os melhores registros feitos.
Aceitam-se todos os tipos de câmeras – as terças-feiras, aliás, são dedicadas aos que usam celulares. Contudo, o que importa é exercitar a maneira de ver a cidade. “Observamos o espaço com um olhar mais atentoâ€, disse a nova-iorquina Mei Leong. “Você repara em coisas que normalmente não veria.â€
Caio Ferretti - Fonte: Tam nas Nuvens – Ano 06 – Número 66 – Junho 2013.
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BIBLIOTECA DAS TURMAS DO FM
A ONDA
As impressões acerca dos protestos que atravessam o paÃs vêm se alterando ao sabor dos acontecimentos, mas já há editoras decididas a publicar análises do fenômeno. A Boitempo prepara para julho "Cidades Rebeldes: Passe Livre e as Manifestações que Tomaram as Ruas do Brasil", em parceria com o portal Carta Maior, com textos de Slavoj Zizek, David Harvey, Ruy Braga, Lincoln Secco e outros. O Movimento Passe Livre assinará um artigo. Outros abordarão violência nas manifestações, partidarismo, luta polÃtica e democracia. O livro, com fotos, custará R$ 10 na versão impressa e R$ 5 na digital. A Companhia das Letras também anunciou dois e-books sobre o tema, assinados pelo jornalista Piero Locatelli e pelo filósofo Marcos Nobre.
Painel das Letras – Raquel Cozer – Fonte: Folha de S.Paulo – 22/06/2013.
Boitempo –
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A COZINHA VENENOSA – UM JORNAL CONTRA HITLER
Os inimigos de Hitler. Livro conta pela primeira vez história do jornal 'Münchener Post', maior oponente do nazista na imprensa alemã.
De todos os bilhões de folhas de papel jornal gastas ao longo da história para tratar de Adolf Hitler, as primeirÃssimas saÃram da gráfica de um jornalzinho chamado "Münchener Post".
Numa sexta-feira de maio de 1920, uma nota da seção "Assuntos de Munique" registrava: "Uma espécie de partido, que ainda anda de fraldas e aparenta ter saúde bem fraca, vem aparecendo às vezes em público, sob o nome de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães'. Na terça-feira à noite, um senhor chamado Hitler falou sobre o programa desse partido'".
A reportagem informava que o tal senhor "pregou o antissemitismo nos moldes nacionalistas".
Mais do que pioneiro em farejar que era preciso ficar de olho no rapaz de bigode curto e fala inflamada, o "Post" converteu-se logo em seu mais encarniçado inimigo na imprensa alemã.
Num livro importante sobre o fenômeno nazista, "Para Entender Hitler" (Record, 2002), o jornalista norte-americano Ron Rosenbaum opina: "A batalha travada entre Hitler e os corajosos repórteres do Post' é um dos grandes dramas nunca relatados da história do jornalismo".
Uma jornalista brasileira radicada na Alemanha desde 1991 resolveu a questão. Em "A Cozinha Venenosa - Um Jornal Contra Hitler", livro que acaba de ser lançado aqui, Silvia Bittencourt, 49, conta pela primeira vez a história.
Fruto de três anos de trabalho, o volume, lançado pela editora Três Estrelas (do Grupo Folha), conta em minúcias as batalhas, que transcenderam as palavras, entre o diário e os nazistas.
Segundo Bittencourt, e a julgar pelo que relata Rosenbaum, não há nem na Alemanha livros sobre o "Post".
"Aqui ninguém conhece o Münchener Post', nem mesmo os polÃticos sociais-democratas atuais", diz a autora, em referência ao partido polÃtico alemão que criou o jornal, no final dos anos 1880.
ASCENSÃO
A pesquisa de Bittencourt se desenvolveu em especial em arquivos e bibliotecas de Munique, cidade na qual o austrÃaco Adolf (1889-1945) se estabeleceu em 1913.
Depois de ter lutado na Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918, o até então artista frustrado encontra nos fundos de uma cervejaria no centro da cidade, em 1919, uma reunião de um pequeno partido trabalhador, onde começaria sua trajetória.
"De um desocupado, sem formação ou profissão alguma, Hitler se tornou, em poucos meses, uma estrela em Munique", diz Bittencourt.
Ao contar a trajetória do "Münchener Post", ela narra em detalhes a ascensão de Hitler e do partido, que saltou dos 200 filiados do final de 1919 aos 4 milhões de membros em 30 de janeiro de 1933, quando Hitler foi nomeado chanceler alemão.
O "Post" não duraria então mais do que 40 dias. Embora já tivesse sobrevivido a incontáveis atentados nazistas, o de 9 de março foi o final.
"Destroçaram os equipamentos de produção do jornal, como os linotipos. Colocaram barras de ferro nas engrenagens das prensas rotativas, a fim de impedir que elas voltassem a ser usadas, e lançaram os grandes barris de tinta de impressão sobre as calçadas", relata a autora.
O pequeno grupo de jornalistas que produzia o diário, que à época tinha dez páginas diárias e modestos 15 mil exemplares, não estava na Redação. Quase todos escaparam, um deles cruzando os Alpes a pé. Outros não tiveram a mesma sorte.
O editor de cultura, Julius Zerfass, foi um dos primeiros encarcerados no campo de concentração de Dachau, do qual seria solto no fim do ano.
"A Cozinha Venenosa", tÃtulo do livro, era a maneira pela qual Hitler se referia ao jornal. No glossário do ditador, "veneno" era um termo usado para o mais abominável.
O jornal retribuÃa chamando o nazista de "arremessador piolhento de lama" ou classificando seu partido, já em 1923, como "o bacilo venenoso mais perigoso que o corpo do povo vem carregando consigo". Como diz Rosenbaum, se houve alguém na história que pode dizer "eu avisei" foram os repórteres do "Post", primeiros "a tentar alertar o mundo para a natureza da besta feroz que rastejava em direção a Berlim".
Cassiano Elek Machado – Fonte: Folha de S.Paulo – 22/06/13.
Detalhes:
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